sábado, julho 26, 2025
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Novo video impressionante do Yeti: Será fraude?

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Um novo video do que parece ser o Yeti ou o “Pé grande” chegou na internet e despertou polêmicas, devido a sua alta qualidade. Filmado coma caâmera de um Smatrtphone em seu zokm  maximo, podemos ver o que parece ser um claro pé-grande com sua famosa cabeça cônica e peluda, se movendo entre as árvores.
Imediatamente o video caiu naquele mecanismo conhecido da ufologia, onde que se é bom demais na qualidade, só pode ser é fraude.
De fato parece ser um video real e consistente, mas será um Yeti ou alguém fantasiado agindo de modo estranho?
Há quem veja no video “movimentos muito humanos”, mas quanto a isso fica a questão: A pessoa já viu ou estudou a biomecânica de um Yeti para saber se seus movimentos são dioferentes dos de um homo sapiens?
Confira o video:

 

A Colorado River Expeditions, uma empresa de rafting, publicou o vídeo em sua conta do YouTube, insistindo que não era uma farsa nem foi gerado por computador. A filmagem foi gravada em 24 de maio de 2025.

O autor do vídeo estava inicialmente filmando uma margem de rio argilosa e levemente inclinada, coberta por abetos e pinheiros, mas então notou algo marrom e vivo escondido entre os arbustos. Então, a criatura se afasta e desaparece entre os arbustos.  Os críticos dizem que os movimentos da criatura são “muito humanos” e, em determinado momento, ela parece até pressionar um dedo nos lábios, como se dissesse: “Shh, quieto”.

Os criptídeos desse tipo continuam a ser vistos e registrados em fotos e videos, por toda a América do Norte e até mesmo atropelados por carro da polícia já foram e há até uma história muito interessante sobre um cara que matou um deles e excursionou pelos Estados UNidos mostrando o ser numa geladeira, com o corpo que impresionou até cientistas. 
No entanto, o misterio de sua existência prossegue até os dias de hoje.

O que você acha? Fake? Picaretagem ou só mais um registro incrível dessa misteriosa criatura, que aparece até nas lendas dos povos originários?

 

Milícias Privadas nas Franjas do Capitalismo Selvagem

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Muitos dos “futuros distópicos” que a literatura, quadrinhos e cinema trazem para nos assustar e tirar o sono nas madrugadas compartilham de certos elementos em comum. Um deles é o poder desmedido que deveria ser uma prerrogativa de um Estado ser usado por um grande e poderoso fidalgo, com motivações nem sempre das mais boazinhas.

Em um mundo onde bilionários fundam empresas aeroespaciais como quem abre padarias, e onde a lógica da privatização alcança até mesmo o uso da força armada, estamos presenciando o nascimento de um futuro tenebroso? Talvez sim. Seria a era das milícias paramilitares corporativas como atores globais. Um cenário onde o monopólio da violência, antes prerrogativa do Estado soberano, vai lentamente escorrendo pelas rachaduras do capitalismo selvagem e se alojando nas mãos de quem pode pagar.

Depois do poder economico, do poder de influenciar as decisões direta (via lobby) ou indiretamente (via redes sociais, exercitos de bots e etc e tal, Né Mark?) restará o que? O poder da violência? Talvez.

Essa realidade não é mais distópica — ela já é presente. O aprofundamento desse fenômeno pode ser observado a partir da análise minuciosa do estudo militar brasileiro MO 6512 – DIEGO Antonio Zborowski Simi. A obra traz uma investigação robusta sobre o crescimento exponencial das chamadas Empresas Militares Privadas (EMP), especialmente a partir dos atentados de 11 de setembro de 2001. Em paralelo, o artigo da BBC, “Os planos da Rússia e dos EUA para a guerra fora da Terra”, mostra como a corrida armamentista, agora extraplanetária, é impulsionada não apenas por Estados, mas por corporações.

A quebra do monopólio estatal da violência

Segundo a doutrina clássica de Max Weber, o Estado moderno é definido como a entidade que detém o monopólio legítimo do uso da força. Mas o que acontece quando essa força é terceirizada? O relatório de Simi revela como os EUA, ao iniciarem a chamada “Global War on Terror” (GWOT), contrataram massivamente empresas como Blackwater, DynaCorp e Aegis Defense Services para operar ao lado — ou no lugar — de suas forças armadas regulares no Iraque e no Afeganistão.

Em determinado momento, o número de contratados por EMP ultrapassou o de soldados norte-americanos regulares. Em 2007, havia mais de 180 mil contratados civis atuando no teatro de guerra do Oriente Médio. Estas empresas realizavam funções como segurança de comboios, proteção de embaixadas e até interrogatórios de prisioneiros, como no infame caso de Abu Ghraib. Com isso, o uso da força se torna um bem mercantilizável — e sua aplicação, uma questão de quem tem recursos para contratá-la.

Paralelo com as milícias urbanas

No Brasil, a palavra “milícia” está frequentemente associada a grupos armados clandestinos, compostos por ex-policiais, militares e civis, que impõem sua ordem sobre comunidades inteiras por meio da coação e da exploração econômica. No entanto, como mostra o estudo, essas milícias fazem parte de um espectro mais amplo de atores não estatais armados, que inclui também insurgentes, senhores da guerra e empresas privadas de segurança.

Todas essas formas têm algo em comum: emergem da falência — ou ausência — da infuência do Estado. Onde o Estado não chega, surgem estruturas paralelas de poder, com forte apelo ao controle territorial e lucro. Na prática, tanto no Iraque como na favela carioca, a lógica é a mesma: impor regras, explorar recursos e oferecer “segurança” mediante pagamento. O que muda é o verniz legal e a escala da operação.

A privatização da guerra: negócio bilionário

De acordo com o estudo de Simi, entre 1994 e 2002, o Departamento de Defesa dos EUA firmou contratos de mais de 300 bilhões de dólares com EMPs. Já em 2013, o setor movimentava cerca de 200 bilhões de dólares anuais. Empresas como a Halliburton, que prestava serviços logísticos no Iraque, tornaram-se gigantescas corporações multinacionais de guerra.

A guerra, nesse novo paradigma, deixa de ser uma prerrogativa de soberania para se tornar um serviço. E quem oferece esse serviço não é mais um Exército nacional com soldos baixos, mas sim empresas com capital aberto, ações na bolsa e executivos com bônus milionários. Guerra se torna negócio — e, como todo negócio, sua perpetuação passa a ser desejável.

O Monstro que se Vira Contra o Criador: Putin, o Wagner e a Tragédia de Prigozhin

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Prigozhin – um carinha que só uma mãe poderia amar.

Se há um exemplo contemporâneo que ilustra com precisão os riscos envolvidos no uso de exércitos paramilitares fora da estrutura estatal tradicional, ele se encontra na Rússia de Vladimir Putin. Em 2022, o mundo assistiu, estarrecido, à invasão da Ucrânia. Mas o que poucos esperavam é que, em meio ao esforço de guerra, o Kremlin quase fosse destruído por dentro — não por seus inimigos externos, mas por um aliado armado até os dentes: o Grupo Wagner.

Fundado por Yevgeny Prigozhin, empresário próximo de Putin, o Grupo Wagner operava como uma força militar paralela ao Exército russo. Apesar de sua fachada como “empresa de segurança privada”, sua atuação era, na prática, militar. Era um verdadeiro exército, com tanques, drones, artilharia pesada e milhares de combatentes, muitos deles recrutados em presídios.

Pacto com o capiroto

Putin sempre cultivou uma relação ambígua com Prigozhin. De um lado, o utilizava como executor de tarefas sujas e missões sensíveis fora da alçada da burocracia militar tradicional. O Grupo Wagner combateu na Síria, na Líbia, na República Centro-Africana e, com força brutal, na Ucrânia, especialmente na batalha por Bakhmut.

De outro lado, essa força paralela servia como contrapeso ao poder do Ministério da Defesa russo, muitas vezes atravessando ordens diretas do comando militar. Essa estrutura permitia a Putin agir com flexibilidade — mas plantava, silenciosamente, uma bomba-relógio.

Rebelião à vista

Em junho de 2023, o impensável aconteceu. Após meses de tensões com o alto comando militar, Prigozhin lançou uma revolta armada. Com milhares de mercenários, marchou em direção a Moscou, tomando cidades russas ao longo do caminho. A população ficou atônita. Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, uma força armada interna avançava rumo à capital.

Putin, visivelmente abalado, (leia com-o-cu-na-mão) classificou o ato como traição. Mas, em vez de esmagar a rebelião, negociou um acordo improvisado por meio do presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko. Prigozhin recuou. Temporariamente. Foi seu erro. Ele já devia ser maduro o suficiente para saber que Putin, o ex-espião da KGB, não brinca em serviço.

O fim inevitável

Em agosto de 2023, o avião de Prigozhin caiu em “circunstâncias misteriosas”. Não houve sobreviventes. Era o fim anunciado de uma relação construída sobre conveniências táticas e lealdades voláteis.

O caso da Wagner mostrou ao mundo os riscos de empoderar demais uma força militar não institucional. O que começou como ferramenta estratégica tornou-se ameaça existencial ao próprio regime que a criou. É o velho dilema de todo imperador que confia em gladiadores: quando os aplausos cessam, eles podem se voltar contra a tribuna.

O espelho da distopia

Se até um Estado autoritário e centralizador como a Rússia passou aperto com uma empresa de guerra particular — ainda que informal —, o que dizer de democracias frágeis e economias permeadas por milícias armadas, como o Brasil?

Bilionários armados e a era da guerra privada espacial

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É difícil não sentir que “vai dar bosta isso aí”

O artigo da BBC alerta para um novo tipo de militarização: a do espaço. E não são apenas os Estados-nação que estão investindo nisso. Elon Musk, com sua SpaceX, e Jeff Bezos, com a Blue Origin, estão liderando uma corrida privada pelo domínio do além-terra — e não apenas para exploração científica ou turística. A lógica da defesa também está em jogo.

Embora ainda não estejamos vendo EMPs operando em Marte, já temos uma demonstração clara rolando na baixa porbita da Terra. Grupos privados estão colocando satelites ao seu bel-prazer. Elon Musk pretende lotar o ceu com seus satelits de comunicação. Mas será só isso? Eu duvido.  Uma hora o céu será “pequeno demais para todo mundo”.

Imagine um futuro onde empresas privadas não apenas explorem minérios em asteroides, mas também mantenham forças armadas privadas para defendê-los. Nesse cenário, quem controlará o uso da força? Um tratado internacional? Ou o conselho de acionistas de uma empresa listada na NASDAQ?

Grupos de paramilitares vêm ser organizando nos EUA desde 1990

Segundo Mark Pitcavage, pesquisador do Centro de Extremismo da Liga Antidifamação dos Estados Unidos:

“O movimento das milícias, como é conhecido, são grupos extremistas antigoverno que começaram a ganhar força nos anos 1990. Sua ideologia está baseada em teorias da conspiração globais sobre ameaças à paz e à estabilidade, e eles acreditam que o governo federal está colaborando com estas conspirações.”

Segundo Pitcavage, estes militantes “dizem que o governo está tentando tirar suas armas, privar-lhes de seus direitos e libertades e que eles precisam lutar contra isso.” fonte

Dinheiro compra exércitos

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Jeremy Scahill, jornalista citado no estudo de Simi, argumenta que, com as EMPs, governos já não precisam de aliados — basta que tenham recursos para “alugar soldados”. Em sua obra sobre a Blackwater, ele mostra como essa empresa — envolvida em diversos abusos no Iraque — operava com quase total impunidade.

Ao que parece, a violência se tornou uma commodity.

Esse modelo é perigosamente escalável. Hoje, os Estados contratam EMPs. Amanhã, grandes corporações podem contratar suas próprias forças para proteger ativos estratégicos — minas de lítio, usinas nucleares, laboratórios de biotecnologia. E depois de amanhã? Talvez um magnata decida criar sua própria “força de defesa” para garantir os interesses de seu conglomerado na Antártida, no fundo do mar ou em órbita da Terra?

E se um ricaço decide que vai minerar ouro em terras da União, em áreas de reservas indígenas e “quem não gostar que fique na frente das minhas metralhadoras”?

É um passo perigoso na direção da barbárie, onde a lei do forte impera.  Ainda mais num estado corrupto e cleptocrata, onde as três instânicas dos poderes da republica estão mais interessados em jetons, vantagens, décimo quinto salário, auxílios diversos, aumento do teto salarial, vinhos premiados na licitação do restaurante, filé de qualidade e tapinhas nas costas recíprocos.

Longe dos palacios e gabinetes decorados, longe das casas nas margens do lago, nababescamente decoradas com marmore, granito, tapetes persas e vidro, o pipoco come. “É onde o filho chora e a mãe não vê”.

Um novo feudalismo?

Estamos, na prática, retornando a uma lógica pré-estatal. No lugar de um Leviatã centralizador, temos múltiplos centros de poder armados. As EMPs podem ser vistas como os novos “exércitos de vassalos”, leais não a um soberano, mas a quem pagar mais. Isso configura o que alguns autores já chamam de “neo-feudalismo corporativo”.

A fragmentação do poder de fogo e a ausência de controle social ou parlamentar sobre essas forças privadas resultam numa ameaça clara à democracia. O cidadão comum perde o controle sobre a guerra. Já não se trata mais de um parlamento votando por uma intervenção militar, mas de um CEO assinando um contrato.

Segundo este artigo da Veja, para o diretor do FBI, Christopher Wray, o extremismo da direita radical americana alcançou o patamar de “ameaça nacional prioritária”, sendo responsável por cerca de 1000 atos terroristas por ano.

Muitos são ataques dos chamados “lobos solitários”, sem relação com qualquer tipo de grupo ativista, mas a ação de alguns bandos vem se sobressaindo à medida que se aproxima o 3 de novembro. Calcula-se que existam espalhados pelo país entre 15 000 e 20 000 milicianos ativos em mais de 300 organizações. Ao menos 25% deles são veteranos das Forças Armadas, treinados no uso de armas pesadas — coletes, camuflagem e fuzis são marcas registradas.

A legitimação do terror como ferramenta de negócios

O terrorismo, originalmente usado por atores não estatais, agora também é combatido por outros atores não estatais — pagos para isso. Mas, como denuncia o estudo, as EMPs frequentemente atuam num “vácuo jurídico”, e seus abusos raramente são punidos. Isso cria um cenário onde a distinção entre guerra legítima e violência contratada se dissolve.

As EMPs operam num território ético cinzento: não estão sujeitas à mesma regulação que as forças armadas, tampouco à fiscalização pública. São empresas, com metas de lucro, e não instituições de Estado com compromissos constitucionais. Isso significa que o uso da força pode ser determinado não pela necessidade de paz ou defesa, mas por metas trimestrais de faturamento.

Entre os países com mais grupos paramilitares de exportação estão a Russia e os Estados Unidos. Mas muitos outros países possuem grandes grupos fortemente armados.

O modelo exportado: Wagner na África

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Paralelamente à crise interna, a Rússia consolidou o uso de forças paramilitares no exterior. Um exemplo emblemático é o caso de Mali. Em 2021, o governo interino do país negociou a contratação de cerca de 1.000 mercenários da Wagner por aproximadamente US$ 10,8 milhões mensais, para treinar o exército maliano e proteger autoridades-chave.

Para o Pentágono, o risco era grande:

“Qualquer papel para mercenários russos no Mali deverá exacerbar uma situação já frágil” — disse Cindi King, porta-voz do Pentágono voanews.com.

Além disso, o comandante do Comando dos EUA na África, General Stephen Townsend, confirmou presença de “algumas centenas” desses mercenários em 2022, chegando por apoio logístico da Força Aérea Russa.

Reações e consequências

A comunidade internacional reagiu rapidamente. EUA, União Europeia e França ordenaram sanções, alertaram sobre instabilidade e destacaram que as milícias russas não seguem normas reconhecidas e podem desestabilizar ainda mais o Sahel .

Na prática, a presença da Wagner no Mali trouxe abusos nos direitos humanos, como acusações de execuções extrajudiciais, e enfraqueceu o exército regular maliano, desviando recursos que poderiam fortalecer a própria defesa nacional .

O padrão global

O que acontece no Mali é parte de um padrão global de exportação de “milícias estatais não-estatais”. A Rússia, usando a Wagner como instrumento de política externa, foi capaz de semear o caos em regiões instáveis — mas ao fazer isso, também semeou risco de dependência, colapso institucional e reação internacional.

O modelo funciona assim:

  1. Instabilidade local – países sem garantias estáveis contratam mercenários para conter insurgências.

  2. Interesses corporativos – a Wagner exige concessões, infraestrutura e exploração de recursos (como mineração).

  3. Violência descontrolada – sem supervisão estatal, essas forças agem com brutalidade e impunidade.

  4. Crise de soberania – o país cliente perde controle sobre seu exército e sobressai a influência de atores estrangeiros armados.

Esse mesmo padrão está sendo seguido em outros países africanos, como a República Centro-Africana, Líbia e Moçambique .

Conexão com a crise russa

Há um vínculo direto entre o uso interno na Ucrânia e a exportação externa: o reforço paramilitar em zonas de conflito fortaleceu Wagner e tornou visível sua autonomia operacional — um combustível para a rebelião interna.

O exemplo russo mostra: exércitos paralelos, se bem-sucedidos e sem limites, não apenas fragilizam inimigos externos, mas também podem voltar-se contra seu arquiteto, ou prolongar crises em locais já frágeis — como é o caso no Mali.

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Desde a administração Obama os grupos paramilitares de orientação à direita, explodiram em número

E o Brasil?

O estudo de Simi levanta, ao final, um alerta para as Forças Armadas brasileiras. O uso crescente de EMPs em conflitos internacionais pode influenciar a doutrina militar nacional. Pior: num país onde milícias armadas já dominam territórios urbanos inteiros, o risco de surgirem empresas paramilitares legalizadas, atuando sob demanda de políticos, empresas ou grandes fazendeiros, é um fato perigosamente real, eu diria até certo de acontecer.

Já há empresas de segurança armada atuando em áreas rurais com equipamentos de padrão militar. E, como mostrou a CPI das Milícias, ex-policiais e militares atuam com frequência como “consultores” de segurança de políticos e empresários. A linha entre EMP, milícia e exército paralelo é tênue. Hoje uma força preocupante é a dos grupos de religiosos fanáticos. Some isso com exercitos de encomenda e temos a receita do desastre.
Eu ja tinha falado sobre o risco das ditaduras evangélicas neste post. 

O fim do contrato social?

Se continuarmos nessa trajetória, o contrato social rousseauniano —  Estado protege o povo em troca da submissão à lei — estará em frangalhos.

Em seu lugar, uma lógica mercantilista onde a segurança é um privilégio de quem pode pagar. Os demais ficarão à mercê de milícias, criminosos ou exércitos corporativos com interesses próprios.

E, nesse cenário, o poder deixa de ser exercido pelo povo, por meio de representantes eleitos, para ser decidido em reuniões de diretoria, com base no ROI (retorno sobre investimento).

A distopia armada em construção

A ascensão das EMPs, milícias corporativas e bilionários espaciais armados revela o embrião de um futuro distópico, onde a guerra é um serviço como qualquer outro, e onde a força é privatizada como se fosse banda larga.

Se o Estado abdica do seu papel de regulador e guardião da paz, abre espaço para que o mercado da violência floresça. E nesse mercado, o cliente tem sempre razão — mesmo que ela esteja armada até os dentes.

É isso. Em resumo, quem tem *, tem medo.

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Os trigêmeos idênticos que não se conheciam

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Imagine descobrir, já adulto, que você tem irmãos gêmeos idênticos dos quais nunca soube. Agora, imagine que essa revelação não apenas transforma sua vida, mas também expõe um experimento secreto que desafia a ética. Essa é a história real e fascinante de três irmãos gêmeos idênticos que, após um reencontro inesperado, se tornaram celebridades instantâneas – até que um segredo sombrio veio à tona.

Aviso: este artigo contém spoilers do documentário Três Estranhos Idênticos (Three Identical Strangers), que deve ter na locadora do Paulo Coelho, hehe

Um Reencontro Inesperado

Tudo começou em 1980, quando Robert Shafran, ou simplesmente Bobby, então com 19 anos, pisou pela primeira vez no campus da Sullivan Community College, em Nova York. Como calouro, ele esperava um dia comum, mas foi surpreendido por cumprimentos calorosos de estranhos. Colegas lhe davam tapinhas nas costas, e até garotas que ele nunca vira o abraçavam como se o conhecessem.

“Ninguém é tão popular no primeiro dia de aula”, pensou Bobby, confuso.

A resposta para o mistério veio quando Michael Domnitz, um colega de campus, bateu à sua porta. Ao ver Bobby, Michael ficou perplexo: ele era idêntico a Eddy Galland, um estudante do ano anterior que não estava mais na faculdade. Intrigado, Michael levou Bobby a uma cabine telefônica, e eles ligaram para Eddy. A conversa confirmou algo extraordinário: Bobby e Eddy nasceram no mesmo dia, 12 de julho de 1961, e foram adotados pela mesma agência, a Louise Wise Services. Sem perder tempo, Bobby e Michael percorreram 160 km até Long Island para encontrar Eddy. Quando os dois se viram, foi como olhar no espelho – os mesmos trejeitos, o mesmo jeito de falar, até o mesmo sorriso.

A história tomou um rumo ainda mais surpreendente quando David Kellman, ao ver a foto dos irmãos gêmeos em um jornal, percebeu que também era idêntico a eles. Assim, os três gêmeos idênticos – Bobby, Eddy e David – se reuniram, desencadeando uma onda de alegria e espanto. A mídia logo abraçou a história, e os irmãos se tornaram celebridades da noite para o dia.

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Fama Instantânea e Semelhanças Impressionantes

O reencontro dos gêmeos foi apenas o começo. A vida dos três entrou em uma montanha-russa de entrevistas, participações em programas de TV e até uma aparição no filme Procurando Susan Desesperadamente, com Madonna. Apesar de terem sido criados em ambientes distintos – Bobby em uma família de classe média-alta, Eddy em um lar de classe média e David em uma família mais humilde –, os gêmeos compartilhavam características impressionantes.

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Eles riam da mesma forma, fumavam cigarros Marlboro, gostavam de luta livre e até tinham preferência por mulheres mais velhas. Juntos, abriram um restaurante chamado Triplets (Trigêmeos, em inglês) e aproveitaram a fama, vivendo momentos de pura felicidade.

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Os pais adotivos, no entanto, ficaram intrigados com a separação dos irmãos. Ao confrontar a agência Louise Wise Services, receberam uma explicação vaga: os gêmeos foram separados para facilitar a adoção, já que encontrar uma família para três crianças seria mais difícil. Mas algo parecia errado. Um dos pais, ao voltar à agência para buscar um item esquecido, flagrou funcionários celebrando com champanhe, como se “aliviados” por terem evitado problemas maiores. Aí deu ruim.

Um Segredo Sombrio

Seus pais adotivos relataram como as crianças costumavam bater a cabeça contra as barras do berço. David teve muitos problemas emocionais e passou um longo período se consultando com um psicólogo. Bobby estava em liberdade condicional após confessar ter se envolvido em um assalto que terminou com a morte de uma mulher em 1978. Eddy, por outro lado, desenvolveu um transtorno mental que culminaria com seu suicídio, em 1995, atirando contra a própria cabeça.

Bobby já estava se afastara do trio devido a episódios de obsessão pela família por parte de Eddy. Mas a tristeza que se seguiu ao falecimento de Eddy acabou afastando ainda mais os dois irmão restantes.

Foi quando o grande segredo foi revelado. Naquele mesmo ano, o jornalista e escritor, premiado com o Pulitzer, Lawrence Wright, pesquisando material para seu livro sobre irmãos gêmeos, se depara com um artigo nos anos 1990, que fazia referência a um estudo secreto sobre irmãos gêmeos que foram separados. Era um artigo de 1986 publicado no The Psychoanalytic Study of the Child e forneceu a pista para se descobrir que os jovens eram parte de um experimento social arquitetado secretamente.

“Na década de 1960, uma agência de adoção se viu envolvida com a colocação de vários conjuntos de gêmeos idênticos e, guiada por uma variedade de influências, escolheu separar os membros de cada conjunto. Das influências orientadoras, as considerações clínicas foram centrais. A literatura científica prevalecente da época (promovida por Bernard) vinha descobrindo características sobre gêmeos que atraíam a atenção de qualquer profissional sério no campo da saúde mental. Essas características incluíam o seguinte: 1-a paternidadede de gêmeos era onerosa, de modo que cuidar frequentemente ficava comprometido 2-as crianças invariavelmente enfrentavam riscos específicos de desenvolvimento que pareciam diretamente atribuíveis à gravidez de gêmeos; 3-eles também pareciam mais vulneráveis ​​a uma ampla variedade de distúrbios patológicos.

Uma vez que as colocações foram feitas, por razões éticas, a agência não poderia dizer nem aos pais adotivos nem aos filhos da existência de um gêmeo, para que esse conhecimento não prejudicasse o vínculo família-criança que se esperava que evoluísse e é reconhecida como necessária para o crescimento e o desenvolvimento.”

Trecho do artigo de Samuel Abrams. Um colega e um frequente co-author com Neubauer

Esse estudo, liderado pelo psiquiatra Peter Neubauer em parceria com o Child Development Center (posteriormente integrado à Jewish Board), usou os gêmeos como cobaias em um experimento de “natureza versus criação”. A agência Louise Wise Services separou intencionalmente os irmãos, colocando cada um em uma família diferente, sem informar os pais adotivos ou as crianças sobre a existência dos outros.

Os gêmeos eram monitorados regularmente por pesquisadores que se apresentavam como representantes do governo, realizando testes psicológicos sem revelar o verdadeiro propósito. Esse acompanhamento continuou até a adolescência, quando as visitas diminuíram. Bobby e David, ao acessarem registros do estudo arquivados na Universidade de Yale, descobriram que não eram os únicos: outros pares de gêmeos haviam sido separados para o mesmo experimento. Neubauer, um sobrevivente do Holocausto que trabalhou com Anna Freud e coeditou o The Psychoanalytic Study of the Child, nunca publicou os resultados, temendo a reação pública. Os arquivos completos permanecem lacrados em Yale até 2065, embora cerca de 10.000 páginas editadas tenham sido liberadas em 2018.

ELES NÃO FORAM SEPARADOS PARA FINS DE PESQUISA. ELES (LOUISE WISE SERVICES) DECIDIRAM FAZER ISSO E ENTÃO VIERAM ATÉ MIM. QUANDO FICAMOS SABENDO DA POLÍTICA, DECIDIMOS QUE ELA OFERECia UMA OPORTUNIDADE EXTRAORDINÁRIA PARA A PESQUISA.”

Dr. Pete Neubauer. Para o Greensboro News & Record em 1998

Impacto da Separação

A separação dos gêmeos deixou marcas profundas. Os pais adotivos relataram que, quando bebês, os três batiam a cabeça nas grades do berço, um possível sinal de trauma. David enfrentou problemas emocionais e precisou de terapia por anos. Bobby, antes do reencontro, esteve envolvido em um assalto em 1978 que resultou na morte de uma mulher, o que o levou à liberdade condicional. Eddy, por sua vez, lutou contra um transtorno mental que o levou ao suicídio em 1995, um evento que abalou profundamente os irmãos sobreviventes.
As diferenças nos estilos de criação também influenciaram suas vidas. O pai de David, um imigrante descontraído, acolheu os três de braços abertos. O pai de Bobby, um médico bem-sucedido, era mais distante. Já o pai de Eddy, um professor rígido, impunha disciplina militar. Essas dinâmicas, combinadas com o trauma da separação, moldaram os desafios que cada um enfrentou.

 

Ética em Questão

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Neubauer

O experimento de Neubauer levanta sérias questões éticas. Na década de 1960, a agência justificava a separação de gêmeos alegando que a criação conjunta poderia comprometer o desenvolvimento das crianças, com base em estudos da época. No entanto, ocultar a existência de irmãos e usá-los como cobaias sem consentimento viola princípios éticos modernos. Embora a Louise Wise Services não tenha infringido leis da época, hoje a legislação exige que gêmeos sejam adotados juntos.
Na conclusão do estudo em 1980, Neubauer temia que a opinião pública fosse contra o estudo e se recusou a publicá-lo.
Após a morte de Neubauer em 2008, algumas vítimas do estudo buscaram reparação junto à Jewish Board, que herdou os registros. Pelo menos três participantes do experimento, incluindo Eddy, morreram por suicídio, evidenciando o impacto devastador da separação.

Uma História Ainda em Aberto

A jornada de Bobby, Eddy e David é uma mistura de alegria, tragédia e indignação, por serem parte de um dos vários experientos psicológicos cruéis. O documentário Três Estranhos Idênticos não apenas conta a história desses gêmeos idênticos, mas também provoca reflexões sobre ética na pesquisa e o impacto de decisões que alteram vidas. Embora os irmãos tenham vivido momentos de fama e conexão, o peso do experimento secreto mudou suas trajetórias para sempre. Até hoje, a história permanece inacabada, com respostas trancadas nos arquivos de Yale.

 

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Reality Rash: Novo Beat ‘em Up Nostálgico

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Meu amigo e leitor aqui do blog há anos, Andre Capella fez um game muito maneiro, daqueles de pancadaria.

Se você é fã de jogos arcade cheios de ação, nostalgia e trilhas sonoras marcantes, vai gostar desse projeto. Ele mistura uma narrativa sci-fi épica com a jogabilidade clássica dos anos 80 e 90!

Dá um confere aí:

Uma História de Salvar o Mundo (ou Vários!)

Em um futuro distópico, a humanidade está à beira da extinção. Uma corporação ambiciosa desenvolve uma máquina revolucionária capaz de viajar entre realidades para encontrar uma solução. Mas, como toda boa história de ficção científica, algo dá errado. Durante os testes, a máquina causa uma catástrofe, fundindo quatro realidades distintas em um único caos. Os quatro núcleos da máquina, essenciais para restaurar a ordem, são espalhados pelos territórios mesclados. E agora? Quem reunir os núcleos em 72 horas poderá salvar sua própria realidade – mas isso significa sacrificar as demais.

É nesse cenário que conhecemos Fred e Jessy, dois lutadores carismáticos da realidade inspirada nos vibrantes anos 80/90. Com punhos rápidos e determinação inabalável, eles embarcam em uma missão frenética para coletar os núcleos e salvar seu lar. A narrativa é direta, sem rodeios, e te joga no meio da ação – exatamente como um bom arcade deve fazer!

Jogabilidade que Resgata a Essência dos Arcades

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O jogo é um verdadeiro tributo aos clássicos beat ‘em up que dominavam os fliperamas. Aqui, a proposta é simples, mas viciante: jogabilidade clássica, fácil de aprender, mas difícil de dominar. Esqueça árvores de habilidades complicadas ou tutoriais intermináveis. Todos os movimentos e combos estão desbloqueados desde o início, permitindo que você se concentre no que realmente importa: socar, chutar e abrir caminho por hordas de inimigos em cenários vibrantes e caóticos.

Quer jogar com um amigo? O modo cooperativo local garante diversão em dobro, trazendo aquela sensação nostálgica de compartilhar o controle com alguém no sofá. E para completar a experiência, as trilhas sonoras originais capturam perfeitamente a energia dos anos 80/90, com batidas que vão fazer você querer continuar lutando sem parar.

Por que Você Vai Amar Este Jogo?

  • Direto ao ponto: Nada de textos longos ou cutscenes demoradas. O foco é na ação pura e simples.
  • Nostalgia garantida: Inspirado nos clássicos dos fliperamas, com visuais e sons que remetem à era de ouro dos videogames.
  • Jogue como quiser: Sozinho ou com um amigo, a escolha é sua!
  • Desafio na medida certa: A jogabilidade acessível convida novos jogadores, enquanto os combos e inimigos desafiadores mantêm os veteranos engajados.

Enfim, projeto maneiro pra caramba, Andre esta de parabéns bem como o time do game. A premissa sci-fi intrigante, personagens carismáticos e uma jogabilidade que resgata o melhor dos arcades, este beat ‘em up é uma carta de amor aos fãs do gênero.

Aproveite para descarregar o stress socando inimigos ao som de uma trilha sonora retrô!

Só vem!

O homem que sabia ficar invisível

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Volta e meia eu escavo, encontro e trago para contar aqui casos sobre pessoas que realizaram proezas estranhas, intrigantes e misteriosas. De gente que pegou fogo do nada a gente que saiu voando por aí. Gente que comia até defunto e gente que vivia sem comer nada.
Então você já deve estar acostumado a ver coisas realmente intrigantes aparecendo por aqui no Mundo Gump, e não preciso falar muito para te apresentar a mais um membro desse tipo estranho de “clube dos X Men”.  Mas aqui está um verdadeiro caso de “não vão acreditar em você na mesa do bar”.

O homem que sabia ficar invisível 

Seu nome era Alexander Malcolm Jacob, e ao que parece só existe uma fotografia desse homem por aí:

Alexander Malcolm Jacob
Alexander Malcolm Jacob

Já sei, você pode achar que estou usando o velho recurso de usar sentido figurado, para atrair sua atenção e te fazer ler as minhas mal traçadas linhas, mas a verdade é que invisível aqui é literal mesmo! Não se trata de um cara discreto, ele conseguia desaparecer, no melhor estilo do “Mister M”, na frente das pessoas, chocando absolutamente todo mundo que presenciava o fenômeno.

Mas antes de chegar na parte que ele some, para terror de seus convidados, vamos saber um pouco mais sobre quem é este cara; e tentar imaginar: como diabos ele conseguiu aprender a fazer isso?

Origem misteriosa

Não se sabe com precisão de onde ele veio. Todos o conheciam apenas como Alexander Malcolm Jacob, mas muitos tinham certeza de que se tratava de um pseudônimo e embora ninguém saiba com certeza seu nome verdadeiro, muito se especulou sobre isso ao longo do tempo.

Pelas descrições e pela fotografia, sabemos que ele era um homem de aparência europeia, que falava inglês muito bem e passou quase toda a vida na Índia, então colônia britânica.

Alguns o consideravam polonês, outros o chamavam de judeu armênio, e a Wikipedia diz que ele devia ser um cristão Jacobita. Ele próprio, certa vez, declarou ser turco, nascido perto de Constantinopla.  Segundo sua biografia, seu pai seria o primeiro fabricante de sabão no império otomano.

Acredita-se que o verdadeiro nome de Alexander era Iskandar Maliki bin Yaqub al-Birr.

Mas foi com o nome de Alexander Jacob que ele se tornaria conhecido. Tão conhecido, que suas histórias iriam fazer autores a criar peronsagens inspirados nele.  O autor americano F. Marion Crawford escreveu o romance Mr. Isaacs sobre ele em 1882. O personagem Lurgan Sahib do romance Kim , de Rudyard Kipling, também foi baseado em Jacob.

Vendido como escravo

Segundo contou certa vez o própro Alexander, quando criança, seus pais eram muito pobres e literalmente o venderam como escravo a um rico paxá, para servi-lo como servo. Porém, o Paxá  logo percebeu alguma coisa “diferente” naquele franzino garotinho. Não está claro se Alexander demonstrou algum poder paranormal diante do Paxá, ou apenas seu talento em conversar, e  encantar as pessoas com sua fluência fez com que o Paxá lhe desse um tratamento distinto entre os seus servos. O fato é que isso lhe deu uma boa educação.

O paxá tratou Alexander como se fosse mais que um servo, e lhe ensinou não apenas literatura, línguas, filosofia e as sutilezas da cultura oriental, mas também o iluminou sobre o ocultismo – o que o ajudou muito em sua carreira futura.

Após a morte do paxá, o jovem com 21 anos foi primeiro a Meca (um indício de que ele era muçulmano) e de lá peregrinou até à Índia.

Logo que chegou na Índia, ele estava na completa miséria, seu mestre havia morrido, ele não tinha dinheiro nem fiadores. Alexander mudou-se para Bombaim, onde trabalhou como escriturário com base em seu conhecimento de árabe. Graças ao seu conhecimento, rapidamente conseguiu um emprego na corte de Ami-ul-Kabir, pai de Sir Kharsheedjah Bahadur; em Hуderabad e, dois anos depois, graças ao seu talento extraordinário para distinguir instantaneamente jóias falsas de verdadeiras, ele se viu em Calcutá, trabalhando para os joalheiros Charles Nephew and Co. Ele então trabalhou para o Nawab de Rampur e Dholpur por um curto período.

Agente secreto?

Alexander tinha tamanho talento que rapidamente enriqueceu no comércio de pedras preciosas. Seus clientes incluíam altos funcionários da Índia e da Grã-Bretanha, e foi provavelmente nessa época que surgiram rumores de que ele tinha virado nada menos que um… AGENTE SECRETO de sua majestade, um colega do James Bond!

Os rumores eram de que  Alexander foi recrutado pela inteligência britânica para fazer espionagem. Não há retratos sobreviventes do Sr. Jacob (exceto por uma fotografia duvidosa de autenticidade obscura mostrada ali em cima) mas, de acordo com relatos de pessoas, ele era muito bonito de rosto e corpo, e também possuía algo como magnetismo natural, atraindo constantemente a atenção de todos.  Esse poder de sedução e mistério o levaram a ser procurado para conversas e conselhos por vice-reis e príncipes

Jacob chegou a Simla na década de 1870 e fundou um negócio de comércio de pedras preciosas e curiosidades. O sucesso do negócio permitiu-lhe construir e manter uma casa de luxo, conhecida como Belvedere, em Simla.

O lugar era um sucesso! Era frequentemente visitado por multidões de nobres. Apesar de podre de rico, seus hábitos eram praticamente ascéticos — Alexander nunca bebia, não fumava, era celibatário, vegetariano rigoroso e, em vez de cavalos caros em seu estábulo, havia apenas um pônei peludo e feio, no qual ele gostava de cavalgar pela região.

Ocultismo e mistérios

Muitos que investigaram sua vida acreditam que ela foi toda permeada pelo ocultismo, pela filosofia oriental e por conhecimentos avançados da astrologia.

Ele não usou esse conhecimento para enganar os crédulos, mas viveu de acordo com seus princípios e ensinamentos.  Em jantares, ele frequentemente impressionava os convidados com seus “milagres”.

Certa vez, em um de seus jantares, a popular médium e esotérica Helena Blavatskу estava presente e ela admitiu publicamente que ele era um mestre em “demonstrar fenômenos sobrenaturais à vontade”.

Um desses milagres foi sua repentina “dissolução” no ar, bem diante dos olhos de seus convidados.

Num segundo ele estava lá, sentado à mesa, como todos os outros, manejando habilmente uma faca e um garfo, e de repente, PUF! O vazio se instalou em seu lugar. Apenas a faca e o garfo se moviam, como antes, levitando sozinhos sobre o prato…

Isso causou um profundo impacto em Blavatsky e no resto dos comensais. Seria uma espécie de desmaterialização?  Seja como for, (eu não estava lá pra ver) nem todo mundo parecia ficar chocado com os milagres. E aqui está um caso onde um coroa simplesmente fez pouco caso de Jacob.

O homem que não areditou nele

Certo dia, num jantar, um general não estava se sentindo muito satisfeito com tais “performances” e exigiu algo mais sofisticado.

Ele pediu a Jacob que mostrasse outros “truques”.

Ah Mermão… Aí o véio pisou no calo de Jacob, que visivelmente ofendido pela palavra “truque”, pediu ao general que lhe desse sua bengala.

A bengala era feita de uma videira velha. Alexander examinou a bengala e pediu que um serviçal trouxesse uma tirrina com água. Quando ele trouxe, Alexander mergulhou a bengala do general naquela tigela com água. Nada aconteceu.
Eles se entreolharam, os convidados esperando algo espantoso, mas nada aconteceu. Eu até posso imaginar que o General sorriu amarelo, se sentinto o “rei da noite”, mas depois de alguns minutos, todos viram, estupefatos, raízes sugindo na ponta da bengala.

Logo, na outra extremidade começaram a aparecer brotos. Rapidamente, as raízes estavam se espalhando e encheram toda a tigela. Alexander se levantou e segurou a bengala, murmurando algo praticamente inaudível.

Então, para choque de todos, galhos começaram a crescer da bengala, e em suas pontas se abriram folhas, e então surgiram pequenos cachos de uvas, que começaram a crescer!

Tudo isso aconteceu em literalmente 10 minutos.

E você acha que acabou?

Alexander pediu a um dos convidados que fechasse os olhos e imaginasse que estava no lá quarto de sua casa, que ficava a cerca de um quilômetro e meio de onde acontecia o jantar.

O convidado obedeceu. Fechou os olhos e, ao abri-los, ficou surpreso ao ver não a mesa de jantar e os convidados, mas era o seu quarto ao seu redor, com Alexander ao seu lado!

Alexander então pediu ao hóspede que fechasse os olhos novamente para que pudessem voltar para o jantar, mas agora, chocado, o hóspede recusou.

“Bem”, disse Jacob, “já que você não quer ir, eu vou sozinho. Tchau!”   E ele desapareceu, deixando o hóspede em seu quarto.

E assim, ele voltou a aparecer no jantar.  Esse episódio insano, parece ter saído da mente fertil de um editor do Notícias Populares, mas nos indica aque a viagem não foi hipnose.  Alexander e seu convidado de alguma forma, se teletransportaram para a casa do hóspede.

Em 1896, um correspondente da revista espiritualista Borderland encontrou-se com Jacob e pediu-lhe que comentasse sobre todos esses e outros “milagres”. Jacob afirmou que não fizera “nada de anormal” e que todos esses “truques” poderiam ter sido realizados pelo próprio correspondente, se ele soubesse como fazê-los.

Quando o repórter perguntou sobre outro truque envolvendo andar sobre as águas, Jacob ignorou: “Ah, eu não andei sobre as águas, embora possa parecer que sim. Mas, na verdade, fui sustentado no ar pelo meu amigo, que é invisível para todos. Ele morreu há 150 anos e tem sido gentil o suficiente para se tornar meu guardião desde então”, respondeu Alexander.

Não ficou claro quem era o tal “amigo”.

Outro milagre registrado para a posteridade foi um “truque” em que ele tirou o lenço do pescoço e começou a agitá-lo. Assim que ele fez isso, um volume gigantesco de borboletas surgiu voando ao redor, seguindo o lenço e havia tantas delas “que não se via nenhum objeto no quarto, nem as paredes nem o teto”.

Mas bastou Alexander dizer uma certa palavra e todas as borboletas desapareceram, como se nunca tivessem existido ali.

Em outra ocasião, ele mostrou sua sala de estar a um hóspede, que ficou chocado ao ver um enorme incêndio; tudo na sala estava tomado pelas chamas. No entanto, essas chamas eram “fantasmagóricas”, e não emanavam nenhum calor.

John Lord conta sobre ele:

“Jacob era notório, de Simla ao elegante spa de Homburg, por seus poderes mágicos. Os crédulos atribuíam-lhe a capacidade de andar sobre as águas, e até os menos crédulos lhe concediam poderes de mesmerismo e telepatia. Britânicos e indianos acreditavam que ele praticava magia branca, e havia relatos variados de que ele era judeu, armênio, agente russo e agente britânico. Era óbvio para todos que ele era o mais importante negociante de joias e antiguidades da Índia, e poucos sabiam que ele havia, de fato, realizado missões para o Departamento Secreto do governo da Índia. Ele viajava de trem particular. Sua pequena loja em Simla era um pantécnico de riquezas, resplandecente de ouro e esfumaçada de incenso, e nela Jacob agachava-se, pálido e discreto, mantendo um diário repleto de segredos.”

A treta do diamante

Bem, como eu disse Jacob estava podre de rico, morando num tipo de palacio onde realizava façanhas de enlouquecer até mesmo um técnico de efeitos especiais de Hollywood, mas o que ele não sabia é que seu império poderoso estava prestes a ruir, graças a um diamante amaldiçoado, chamado “diamante Jacob”:

O famoso Diamante Jacob
O famoso Diamante Jacob

Alexander Jacob é mais famoso pelo diamante que levou seu nome para sempre do que pelos estranhos milagres que realizou.

O Diamante Jacob , que é o sétimo maior diamante conhecido no mundo (anteriormente conhecido como Diamante Victoria, Diamante Imperial ou Grande Diamante Branco).

Esse diamante foi encontrado na àfrica do Sul, e depois de uma enorme história de contrabando e troca de mãos, veio parar na propriedade do Nizam (príncipe) de Hyderabad e atualmente é propriedade do Governo da Índia.

Mas voltando ao nosso amigo bigodudo misterioso,  foi a venda do Diamante Jacob para Mir Mahbub Ali Khan , Nizam de Hyderabad, considerado um dos homens mais ricos na história do mundo, e que arruinou Jacob. E eu vou te contar esse podre, né?

Quem foi Mir Mahboob Ali Khan

Mir Mahboob Ali Khan, era o sexto Nizam de Hyderabad, que ascendeu ao trono do opulento e influente reino em 1869. Seu reinado foi marcado não apenas por sua riqueza, mas também por sua profunda benevolência e natureza compassiva. Seus atos de bondade foram tão significativos que ele foi carinhosamente chamado de “o rei amado” em Hyderabad, um testemunho da profundidade de seu caráter e do impacto que teve no reino. 

1715874135822 | Textos | curiosidades, diamante, incrível, índia, milagres

Há muitas histórias sobre o Nizam, Mir Mahboob Ali Khan, vagando incógnito pela cidade, estendendo a mão aos necessitados. Sua generosidade era lendária, com a crença de que qualquer um que buscasse sua ajuda jamais seria rejeitado de mãos vazias. No entanto, ele também tinha um “gosto pelo luxo”, uma característica que coexistia com sua benevolência. 

Ele podia se dar ao luxo de ser pródigo e caridoso sem diminuir suas vastas riquezas, um testemunho de seu caráter único. Além disso, o Nizam tinha um interesse particular em acumular diamantes, um fascínio que adicionava outra camada de intriga à sua persona. 

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O papel de assistente-chefe de Mahboob Ali Khan não era para ser encarado levianamente. Era ocupado por um armênio chamado Albert Abid. O estimado historiador DF Karaka, de Hyderabad, observou:

“Sempre que Mahboob Ali Pasha precisava de ajuda para desabotoar ou trocar de roupa, Abid estava  ao seu lado. Sua presença não era apenas importante, mas indispensável para Sua Alteza”. 

Como criado do Nizam, Abid tinha uma ampla gama de responsabilidades, desde gerenciar o guarda-roupa do Nizam até supervisionar seus pertences pessoais. Diz-se que Abid liderava uma equipe de 12 servos apenas para vestir o Nizam.

No entanto, a astúcia de Abid era incomparável. Sabendo que o Nizam nunca usava a mesma roupa duas vezes, Abid discretamente pegava as roupas e outros pertences de seu empregador, apenas para vendê-los de volta ao Nizam mais tarde. O governante, alheio ao fato de que já possuía esses itens, ja que ele comprava tanto treco quanto um Michael Jackson deprimido, os aceitava alegremente como novas compras! 

A astúcia e a falsidade de Abid o levaram a acumular uma fortuna impressionante dando migué no principe.

Ele acabou abrindo uma grande loja em Hyderabad, administrada por sua esposa, que eles apropriadamente chamaram de “Abid’s”. A loja se tornou um símbolo de seu sucesso e, até hoje, toda a área onde a loja ficava é conhecida como “Abid’s”, um testemunho da riqueza que ele acumulou com sua astúcia. 

Abid, em sua posição única e vantajosa, era a chave para os comerciantes que buscavam acesso ao Nizam, que era um gastador compulsivo. O costume era simples, porém decisivo — o Nizam pronunciava uma única palavra, “Passand” (aprovado) ou “Na Passand” (desaprovado), determinando o destino dos itens. O primeiro seria adquirido a qualquer custo, enquanto o segundo seria rejeitado, graças à influência de Abid. (guarda esse detalhe que é importante ali na frente!)

Em meio aos acontecimentos em Hyderabad, uma figura misteriosa surgiu em Shimla, a capital britânica durante o verão. Era ele, o nosso amigo bigodudo, Alexander Malcolm Jacob.

A intriga e a influência de Jacob iam além de sua personalidade enigmática. Ele era um importante fornecedor de antiguidades e joias para os marajás e figuras britânicas influentes. Através de sua ligação com o Abid, ele estabeleceu um relacionamento próximo com Mahboob Ali Khan. Essa relação se mostrou lucrativa, pois Jacob vendeu inúmeras jóias ao príncipe a preços exorbitantes, uma prova de sua capacidade de lucrar com o príncipe facilmente influenciável. 

Em 1891, Jacob se preparava para fechar a transação mais significativa de sua vida.

Ele havia elaborado um plano para adquirir o diamante “Imperial” de 184,75 quilates, recentemente descoberto na África do Sul, de um grupo em Londres por 21 lakhs de rúpias, com a intenção de vendê-lo depois ao Nizam por 50 lakhs de rúpias.

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Nessa época, o Diamante Jacob era chamado de “diamante imperial”

Ele também havia se comprometido a pagar uma comissão de 5 lakhs de rúpias a Abid se o negócio fosse fechado com sucesso.  

Auxiliado por Abid, Jacob conheceu o Nizam, que manifestou a sua disposição em comprar o diamante, naquele momento, em Londres. No entanto, havia uma condição:

O Nizam se reservaria o direito de decidir se desejava ou não a gema e poderia declarar “Passand ou Na Passand”.

Posteriormente, Nizam transferiu 23 lakhs de rúpias a Jacob para facilitar o transporte do diamante para a Índia. Logo, a notícia do interesse de Nizam em adquirir o diamante chegou ao governo britânico por meio de informantes no palácio de Nizam. Preocupado com os hábitos extravagantes do Nizam, o governo britânico o dissuadiu de adquirir o caro diamante. Além disso, o primeiro-ministro de Nizam também se opôs ao negócio. 

Quando Jacob apresentou o diamante ao Nizam em julho de 1891, ficou consternado quando este declarou “Na Passand” após inspecioná-lo.

(Posteriormente, houve ambiguidade em torno do negócio. Jacob enviou um telegrama ao seu banco solicitando a transferência de fundos para Londres, alegando que o Nizam havia de fato concordado em comprar o diamante. Alegadamente, o Nizam havia informado Jacob, por meio de Abid, que sua rejeição era apenas uma “manobra para enganar os britânicos” e que ele realmente desejava adquirir a pedra.)

No entanto, o Nizam reverteu sua decisão e solicitou o reembolso do depósito. Mas aí Jacob recusou, insistindo que o acordo fosse finalizado, o que levou a uma prolongada batalha judicial pelo dinheiro. Contratando os principais representantes legais da Índia Britânica, Alexander Jacob se defendeu no tribunal contra ninguém menos que o Nizam! O caso atraiu atenção significativa em toda a Índia e internacionalmente, com uma comissão especial enviada a Hyderabad para coletar o depoimento de Nizam.  

O episódio marcou um acontecimento inédito, com um príncipe indiano enfrentando um tribunal britânico, causando um gigantesco constrangimento.

Dentro de um sapato e peso de papel

O “diamante Jacob”, como ficou conhecido, ganhou a reputação de ser “masculino” ou “azarado” em Hyderabad. Apesar de ter sido absolvido das acusações de fraude, Jacob nunca recebeu o pagamento pendente. Após a disputa judicial, Mahboob Ali Khan se distanciou do diamante “masculino” Jacob, guardando-o sem supervisão em um sapato velho embrulhado em um pano imundo no fundo de uma gaveta.

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Mahboob Ali Khan, pai de Mir Osman Ali Khan, o último Nizam de Hyderabad, teria encontrado o diamante Jacob no sapato do pai. Apesar do tamanho e do valor, Mir Osman Ali Khan o usou como peso de papel, causando constrangimento à família. 

Décadas depois, o diamante foi transferido para um fundo e adquirido pelo Governo da Índia em 1995. Atualmente, ele está guardado nos cofres do Reserve Bank of India, em Mumbai. 

Enfim, esssa foi a treta do diamante, que abalou o mundo na época. A história também envolve Albert Abid, que ganhou rios de dinheiro enganando seu mestre e se estabeleceu na Inglaterra, e Alexander Jacob, que perdeu dinheiro e reputação no caso dos diamantes, levando a uma vida errante. A história intrigante do diamante Jacob e os personagens que o cercam o tornam um dos diamantes mais fascinantes do mundo.

Sobre a treta, John Lord descreve o caso da seguinte forma:

Jacob concordou em comprar para o Nizam um famoso diamante guardado na Inglaterra, então chamado de ‘Imperial’ (e mais tarde  batizado em homenagem a ele de ‘Jacob’), pela soma de trezentas mil libras, metade das quais Sua Alteza havia pago como depósito. Jacob entregou o diamante pessoalmente, tendo apenas o criado do Nizam como testemunha. Ele partiu, com o Nizam ainda devendo metade do preço de compra. Sem que Jacob soubesse, o residente ouvira falar da transação. Um homem digno e prolixo, cuja paixão eram as questões legais e a propriedade, o residente procurou salvar o governo quase falido do Nizam da loucura de comprar mais uma bugiganga. O Nizam congelou. Não lhe foi permitido pagar o restante do dinheiro e ele também não quis devolver o diamante. Enrolou-o em um pano manchado de tinta e o jogou em uma gaveta. Jacob foi forçado a defender seu investimento processando um tribunal de Calcutá; embora tenha vencido o caso, estava financeiramente arruinado. Suas despesas legais eram grandes. Nenhum príncipe na Índia negociou com ele novamente e ele morreu na penúria, mesmo com sua magia. passou, em Bombaim.”

A controvérsia sobre a venda custou a Jacob praticamente todos os seus clientes. As custas das despesas judiciais de processar o príncipe usando os maiors escritorios do país, e a consequente inadimplência de outros príncipes que viram o fato dele ter ousado processar um principe como algo de “mau-tom”, o levaram à falência.

Em total desgosto pela situação, apesar de absolvido, ele decidiu ir embora de Simla para Bombaim no final de 1901.

Jacob perdeu a visão e, após quatorze anos de cegueira, foi curado pela caridade de um amigo cirurgião. Seus últimos anos foram passados ​​em um modesto quarto no Anexo de Watson, uma propriedade que se localizava de frente para o Iate Clube de Bombaim onde passou a vender porcelana, aderindo mais à sua filosofia de uma vida sem luxos e acreditando na imortalidade da alma. Não tinha família nem filhos. Ninguém jamais soube os segredos de seus milagres ou quem ele realmente era.

As últimas palavras de Jacob (para Alice Dracott) foram: “Dê lembranças a Simla”.

 

Ele morreu em 1921 e seu obituário no The Times de 21 de janeiro de 1921 afirma que Jacob “afirmava ser turco… nascido perto de Constantinopla”.

Existe um livro sobre esse personagem intrigante chamado The Mysterious Mr Jacob: Diamond Merchant, Magician And Spy

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Foto gump do dia: A conquista da Polaroid

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Lembro da primeira vez que eu vi uma fotografia polaroid. Estava com a familia num passeio quando vi um homem tirar uma foto e magicamente a câmera dele cuspir um papel, que lentamnete virou a foto, diante dos nossos olhos.
Era como testemunhar um milagre, já que com dizia Artur Clark, “tecnologia suficientemente avançada é inistinguível de magia”. 
E é essa memória que nos leva a Foto Gump do dia:

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Howard Rogers e seus experimentos. Qual desses será que foi o de sucesso?

5000 testes e 1 sucesso

Em 1963, essa fotografia histórica registrou o químico-chefe da Polaroid, Howard G. Rogers, orgulhosamente posando com sua equipe de pesquisa diante de uma impressionante exibição de 5.000 frascos químicos. Cada recipiente representava um experimento único — uma tentativa diferente de decifrar a fórmula para a fotografia instantânea em cores. Era um retrato visual de anos de dedicação científica, tentativa e erro meticulosos, e do espírito de invenção.

O desafio era monumental. Ao contrário da fotografia colorida tradicional, que exigia revelação cuidadosa em câmaras escuras, a Polaroid pretendia condensar todo esse processo em uma única folha de filme — e em questão de minutos. Rogers e sua equipe precisaram inventar novos corantes, camadas de temporização e reações químicas que funcionassem de forma coordenada e instantânea. Cada frasco naquele laboratório era uma peça do quebra-cabeça científico — alguns com descobertas, outros com fracassos — mas todos contribuindo para um avanço maior.

No final de 1963, o esforço foi recompensado com o lançamento do Polacolor — o primeiro filme instantâneo colorido bem-sucedido. Mais do que um lançamento de produto, foi um marco cultural. De repente, famílias, artistas e viajantes podiam ver suas memórias ganharem vida em cores vibrantes, em questão de minutos. A equipe de Rogers não apenas transformou a fotografia — transformou a maneira como as pessoas lembram suas vidas.

O legado desse trabalho vive não só em álbuns de fotos nostálgicos, mas também no amor contínuo pela fotografia instantânea, hoje celebrada tanto como forma de arte quanto como experiência social.

Como Funciona a Fotografia Polaroid

A magia da fotografia Polaroid reside em sua capacidade de capturar, revelar e imprimir uma imagem em poucos minutos, tudo isso em um processo químico compactado dentro da própria câmera. Ao contrário da fotografia analógica tradicional, que exigia um laboratório para revelação, a Polaroid integra todas as etapas em um único filme instantâneo.

O Processo Químico

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Quando o obturador de uma câmera Polaroid é acionado, a luz que entra pela lente atinge um filme especial composto por várias camadas químicas. Essas camadas incluem:

  1. Camada de Emulsão Sensível à Luz: Contém partículas de prata sensíveis às cores vermelho, verde e azul, que capturam a luz refletida pela cena.

  2. Camadas de Corante: Cada uma correspondente a uma cor primária, essas camadas liberam corantes durante a revelação.

  3. Camada de Revelador: Um agente químico que, ao ser ativado, inicia o processo de revelação.

  4. Camada Temporizadora e Ácida: Controla o tempo de revelação e neutraliza os químicos para estabilizar a imagem.

  5. Camada de Imagem: Onde a fotografia final é formada.

Quando a foto é tirada, o filme é ejetado da câmera, passando por roletes que rompem um compartimento selado contendo reagentes químicos. Esses reagentes são espalhados pelo filme, desencadeando reações que transferem a imagem capturada para a camada de imagem, formando a fotografia visível em cerca de 60 a 90 segundos. Esse processo, conhecido como DTR (Diffusion Transfer Reversal), foi patenteado pelo químico húngaro Rott Andor em 1939 e depois aprimorado pela Polaroid Corporation.

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O Charme do Resultado

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As fotos Polaroid têm uma estética única, com cores suaves, bordas brancas características e, muitas vezes, um toque “imperfeito” que adiciona personalidade. A borda branca, além de estética, é funcional, pois abriga os reagentes químicos antes de serem espalhados. Essa combinação de praticidade e estilo tornou a Polaroid um ícone cultural, especialmente em décadas como os anos 1970 e 1980.

A Invenção da Câmera Polaroid

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A câmera polaroid de 1959

A história da Polaroid começa com uma pergunta simples feita por uma criança. Em 1943, durante férias em família, Jennifer Land, uma garotinha de apenas três anos, perguntou ao seu pai, Edwin H. Land, por que não podia ver imediatamente as fotos que ele tirava. Fascinado pela luz e pela polarização, Land já era um inventor renomado, fundador da Polaroid Corporation em 1937, que inicialmente produzia lentes polarizadas para óculos e aplicações científicas já ia dizer que “era impossível”, quando parou por um segundo e pensou na pergunta da criança. A curiosidade da filha inspirou Land a desenvolver uma tecnologia que estava prestes a revolucionar a fotografia.

O Desenvolvimento da Tecnologia

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Após três anos de pesquisa intensa, Land apresentou o primeiro filme instantâneo em 1947, seguido pela comercialização da Polaroid Land Model 95 em 1948. Vendida por US$ 89,50 na loja de departamentos Jordan Marshall (atual Macy’s), a câmera foi um sucesso imediato, esgotando estoques rapidamente. O segredo estava no filme instantâneo, que integrava todos os químicos necessários para revelar a imagem diretamente na câmera, eliminando a necessidade de um laboratório escuro.

A inovação de Land não apenas respondeu à pergunta de sua filha, mas também introduziu o conceito de “gratificação imediata” na fotografia, um precursor espiritual da era digital. A Polaroid Model 95 produzia fotos em cerca de 60 segundos, algo revolucionário para uma época em que a revelação de filmes podia levar dias.

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O Impacto da Câmera Polaroid no Mundo Moderno

A Polaroid não foi apenas uma inovação tecnológica; ela transformou a cultura, a ciência e a sociedade, pavimentando o caminho para o mundo digital.

Democratização da Fotografia

Antes da Polaroid, tirar e revelar fotos era um processo caro, demorado e inacessível para muitos. A Polaroid tornou a fotografia instantânea acessível a milhões, permitindo que pessoas comuns capturassem e guardassem momentos imediatamente. Nos anos 1950 e 1960, a Polaroid vendeu milhões de câmeras em 45 países, tornando-se um símbolo de modernidade e liberdade criativa.

Influência Cultural

A Polaroid se tornou um ícone cultural, especialmente nas décadas de 1970 e 1980. Artistas como Andy Warhol usaram câmeras Polaroid para criar instantâneos que inspiravam pinturas e gravuras, enquanto famílias capturavam momentos em festas e viagens. A estética única das fotos Polaroid, com suas bordas brancas e tons suaves, influenciou a arte, a moda e até a decoração, com murais e álbuns de recortes ganhando popularidade.

Fotos de fantasmas? A curiosidade mais Bizarra da Polaroid

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Pode parecer estranho, e de fato é: Ao que parece, uma das formulas usadas na produção de um papel especial da polaroid, que depois acabou descontinuado,  era capaz de registrar mais do que apenas os nossos olhos conseguiam enxergar. Um tipo de entidade sobrenatural tirou proveito desse fenômeno, e passou a se comunicar através de fotos. O caso nunca foi debunkado, apesar de tentativas empenhadas de programas de Tv. Eu fiz um post detalhado, contando como isso se deu. Ele está aqui. 

O filme Polaroid desbota?

Após tirar uma foto Polaroid, a vida útil da imagem depende muito de como ela é armazenada e manuseada. O filme Polaroid é suscetível a desbotamento e deterioração com o tempo, especialmente se exposto à luz solar direta, umidade ou temperaturas extremas. A cor e a qualidade da imagem também podem mudar com o tempo devido a reações químicas no filme. Portanto, é recomendável armazenar as fotos Polaroid em um local fresco e seco, longe da luz e da umidade, para prolongar sua vida útil. Com armazenamento e manuseio adequados, as fotos Polaroid podem durar muitos anos e permanecer como uma lembrança preciosa de um momento.

 

O filme Polaroid estraga?

O armazenamento adequado do filme Polaroid antes de ser fotografado é essencial para garantir a qualidade ideal da imagem. O filme deve ser armazenado em local fresco e seco, longe da luz solar direta e de fontes de calor. A temperatura ideal de armazenamento para o filme Polaroid é entre 13 e 21 °C. Também é importante evitar armazenar o filme em ambientes úmidos, pois a umidade pode danificá-lo e afetar a qualidade da imagem. Para manter o filme nas melhores condições possíveis, ele deve ser armazenado em sua embalagem original até o momento do uso. Além disso, é recomendável usar o filme dentro da data de validade para obter os melhores resultados. Seguindo estas diretrizes de armazenamento, você pode ajudar a garantir que seu filme Polaroid produza imagens de alta qualidade e duradouras.

Avanços Científicos

Na ciência, as câmeras Polaroid foram ferramentas valiosas. Em laboratórios, elas eram usadas para registrar imagens de osciloscópios, como no estudo de movimentos oculares, permitindo análises rápidas sem a espera pela revelação tradicional. A Polaroid também contribuiu para a fotografia em 3D e até para tecnologias militares, como câmeras para aviões espiões.

white and black Polaroid One Step 2 instant camera on white board

Ponte para a Era Digital

A Polaroid foi um elo crucial entre a fotografia analógica e a digital. Ao introduzir a visualização imediata da imagem, ela preparou o público para a instantaneidade das câmeras digitais e smartphones. Edwin Land repensou a fotografia como um ato de sobreposição entre captura e visualização, uma ideia que ecoa na lógica do “aqui e agora” da fotografia digital moderna.

A Polaroid e o Futuro

Embora a ascensão da fotografia digital tenha levado a Polaroid a declarar falência em 2001 e 2008, a marca renasceu com modelos modernos que combinam o charme analógico com inovações digitais, como conectividade Bluetooth e funções como dupla exposição. A Fujifilm, com sua linha Instax, também capitalizou o fim das patentes da Polaroid, mantendo viva a fotografia instantânea.

Hoje, a Polaroid continua relevante, especialmente entre jovens que valorizam a nostalgia e a tangibilidade das fotos impressas. Modelos como a Polaroid Now I-Type e a Fujifilm Instax Mini 11 oferecem recursos modernos, como foco automático e temporizadores, mantendo a essência da fotografia instantânea.
A linha de produtos Polaroid expandiu-se significativamente nos últimos anos, introduzindo inovações como o PolaroidLab , que transforma imagens digitais em fotos instantâneas – sem precisar fotografar! Esta opção é perfeita para quem está sempre em movimento ou para quem deseja explorar novas possibilidades criativas com Polaroids.

Comparação: Fotografias Instantâneas vs. Celulares

A fotografia instantânea da Polaroid e a fotografia digital dos celulares compartilham a promessa de gratificação imediata, mas diferem em escala, propósito e experiência.

Volume de Fotografias

  • Fotografias Instantâneas: Estima-se que, em 2023, cerca de 10 milhões de filmes instantâneos (como Polaroid I-Type e Fujifilm Instax) foram vendidos globalmente, com cada pacote contendo 8 a 10 fotos. Isso sugere um volume de aproximadamente 80 a 100 milhões de fotos instantâneas por ano. Embora significativo, esse número é pequeno comparado à fotografia digital.

  • Fotografias com Celulares: Em 2023, cerca de 1,5 trilhão de fotos foram tiradas globalmente, com mais de 90% capturadas por smartphones. Com bilhões de dispositivos móveis em uso, a fotografia digital domina pela acessibilidade, armazenamento ilimitado e capacidade de edição instantânea.

Diferenças Qualitativas

  • Polaroid: Oferece uma experiência tátil e única, com fotos físicas que não dependem de telas. Cada foto é um objeto singular, com um charme retrô que incentiva a criatividade, como em colagens ou álbuns de recortes. No entanto, o custo por foto (cerca de US$ 1 a US$ 2 por filme) e a limitação de 8 a 10 fotos por pacote restringem seu uso em grande escala.

  • Celulares: Proporcionam alta resolução, edição avançada e compartilhamento instantâneo via redes sociais. A fotografia móvel é praticamente ilimitada, mas carece da tangibilidade e da estética única da Polaroid. Além disso, a abundância de fotos digitais pode levar a uma menor apreciação de cada imagem, com muitas nunca sendo impressas ou revisitadas.

Impacto Cultural Atual

Enquanto os celulares dominam a quantidade, as câmeras instantâneas como a Polaroid mantêm um nicho vibrante, especialmente entre entusiastas da fotografia e jovens em busca de autenticidade. A Polaroid inspira práticas criativas, como murais decorativos e scrapbooks, e promove um consumo mais consciente de imagens, contrastando com a efemeridade da fotografia digital.

Um legado importante

A Polaroid não apenas respondeu à curiosidade de uma criança, mas também transformou a fotografia em uma experiência imediata, acessível e culturalmente rica. Desde sua invenção por Edwin Land em 1948 até sua reinvenção na era digital, a câmera Polaroid moldou o mundo moderno ao democratizar a fotografia, inspirar a arte e preparar o terreno para a instantaneidade da era digital. Embora os celulares tenham levado a instantaneidade a outro nível, com trilhões de fotos tiradas anualmente, a Polaroid mantém seu lugar como um símbolo de nostalgia, criatividade e conexão tangível com os momentos capturados. Em um mundo dominado por telas, a Polaroid nos lembra do valor de segurar uma memória nas mãos.

fonte

Conseguiram reverter o envelhecimento?

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Eu vi esse artigo sobre o envelhecimento tem um tempo, mas como era uma notícia do tipo boa demais pra ser verdade, esperei pra ver se não era nenhuma alegação fake, mas parece que já saiu ate na CNN.

Finalmente o sonho de muitos está prestes a se tornar realidade: O rejuvenescimento genético! 

Parar o envelhecimento

O envelhecimento sempre foi visto como uma parte inevitável da vida, mas avanços científicos recentes estão desafiando essa ideia. Essa incrível pesquisa sobre a longevidade está apontando um caminho empolgante e não menos preocupante, explorando se realmente podemos desacelerar ou até reverter completamente o processo de envelhecimento.

A Ciência por Trás do Envelhecimento

Envelhecer é mais do que apenas rugas e cabelos grisalhos — é um processo biológico complexo impulsionado por mudanças celulares ao longo do tempo. Cientistas identificaram fatores-chave, como danos ao DNA, encurtamento dos telômeros e inflamação crônica, que contribuem para o envelhecimento. Mas e se pudéssemos intervir nesses processos? Pesquisas inovadoras estão começando a sugerir que isso pode ser possível.
Há quem sugira que o rejuvenescimento (como o produzido pela famosa “fonte da juventude”) ou a imortalidade é pura ficção, uma esperança motivada pelo medo da morte, mas de fato, sabemos que existe pelo menos um animal na face da terra que é de verdade, imortal. Aqui está ele. 

Avanços na Pesquisa de Longevidade

O artigo da CNN destaca esforços para combater o envelhecimento em nível celular. Por exemplo, cientistas estão explorando:

  • Senolíticos: Medicamentos que eliminam células senescentes — aquelas que param de se dividir e contribuem para doenças relacionadas à idade.
  • Reprogramação Celular: Técnicas que “reiniciam” células para um estado mais jovem, como as pesquisas do biólogo David Sinclair, que utiliza moléculas como o NMN para aumentar os níveis de NAD+, uma substância essencial para a saúde celular.
  • Terapias Genéticas: Edição de genes para reparar danos no DNA ou melhorar a resiliência celular.

Essas abordagens não visam apenas prolongar a vida, mas melhorar a qualidade de vida, permitindo que as pessoas vivam mais saudáveis e ativas por mais tempo.

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O envelhecimento está com os dias contados?

 Estilo de Vida e Longevidade

Embora a ciência de ponta seja empolgante, o artigo também enfatiza que escolhas de estilo de vida desempenham um papel crucial na longevidade. Fatores como:

  • Dieta: Uma alimentação rica em nutrientes, como a dieta mediterrânea, pode reduzir a inflamação e apoiar a saúde celular.
  • Exercício: Atividade física regular melhora a saúde cardiovascular e pode até estimular a regeneração celular.
  • Sono: Um sono de qualidade é essencial para a reparação do corpo e a manutenção da saúde cognitiva.
  • Gerenciamento de Estresse: Técnicas como meditação podem reduzir o impacto do estresse crônico, que acelera o envelhecimento.

O Futuro da Longevidade

A ideia de reverter o envelhecimento ainda está em seus estágios iniciais, mas os avanços são promissores. Empresas como a Calico (apoiada pelo Google) e pesquisadores de universidades de ponta estão investindo bilhões para desvendar os segredos da longevidade. No entanto, o artigo alerta que essas intervenções ainda não estão prontas para o uso generalizado e requerem mais testes para garantir segurança e eficácia até se tornarem um remédio que estanca seu envelhecimento e talvez até o reverta. Já pensou? Cabelos brancos sumindo, força voltando… Não seria nada mal.
Mas muitos internautas acreditam que se algo assim surgir será tão, mas tão caro que somente uma elite se beneficiará disso e essa poderá ser uma cisão épica que se pararaá dois tipos de seres humanos, mais ou menos como H.G. Wells previu em seu livro “A maquina do tempo”.

Camundongos rejuvenescidos

A pesquisa de Sinclair se baseou no uso de proteínas capazes de transformar uma célula adulta em uma célula-tronco. Sinclair e sua equipe restauraram células envelhecidas em camundongos para versões anteriores de si mesmas. Na primeira descoberta de sua equipe, publicada no final de 2020, camundongos idosos com problemas de visão e retinas danificadas puderam, de repente, voltar a enxergar, com uma visão que, por vezes, rivalizava com a de seus descendentes. Impressionante, mas a pesquisa foi além! 

220527142801 reverse aging life itself | Textos | envelhecimento, genetica, pesquisa, Sinclair

Imagine dois irmãos camundongos: um cheio de vitalidade, outro frágil e envelhecido. Ambos nasceram da mesma ninhada, mas um deles foi geneticamente modificado para envelhecer mais rápido. Essa foi a experiência intrigante, onde a pergunta que motivou os cientistas foi: se é possível acelerar o envelhecimento, seria também viável revertê-lo?

A inspiração veio do trabalho revolucionário do cientista japonês Dr. Shinya Yamanaka, ganhador do Prêmio Nobel, que em 2007 conseguiu reprogramar células adultas humanas para um estado pluripotente, ou seja, capazes de se transformar em qualquer célula do corpo. Essas células ficaram conhecidas como “fatores de Yamanaka”. No entanto, havia um obstáculo: ao regredir completamente, as células perdiam sua identidade original, tornando o processo ineficaz para aplicações terapêuticas de rejuvenescimento.

Em 2016, pesquisadores do Instituto Salk mostraram que a exposição temporária aos fatores de Yamanaka poderia rejuvenescer camundongos sem apagar a identidade celular. Porém, em alguns casos, isso vinha com um preço alto: o rejuvenescimento causava tumores.

Em busca de uma solução mais segura, o geneticista Yuancheng Lu utilizou três desses fatores e os introduziu por meio de um vírus inofensivo nas células da retina de camundongos idosos. O resultado foi surpreendente: os neurônios danificados se regeneraram, inclusive recriando projeções do olho para o cérebro.

Desde então, o Laboratório Sinclair ampliou os experimentos, aplicando o método aos músculos e ao cérebro dos camundongos, e agora trabalha na reversão do envelhecimento de todo o corpo. A equipe acredita que as células mantêm uma “cópia de segurança” da juventude e que é possível ativar essa memória genética.

David Sinclair chama essa descoberta de “a teoria da informação do envelhecimento”, onde as células envelhecem por perderem informações sobre como funcionam. A reinicialização genética permitiria que elas voltassem a agir como quando eram jovens. O processo não impede o envelhecimento futuro, mas possibilita que ele seja revertido repetidamente.

Enquanto os testes em humanos estão em estágios iniciais e levarão anos para conclusão, Sinclair afirma que já podemos adotar medidas eficazes para desacelerar o envelhecimento, a maioria a gente ja conhece:

  • Prefira uma dieta baseada em vegetais
  • Coma com menos frequência
  • Pratique exercícios intensos três vezes por semana
  • Durma bem
  • Mantenha relações sociais saudáveis
  • Controle o estresse

Todos esses fatores impactam diretamente o epigenoma, um sistema que regula quais genes devem ser ativados ou desativados. O epigenoma pode ser influenciado por comportamentos saudáveis, como dieta e estilo de vida. Por exemplo, mesmo quem tem predisposição genética a doenças como diabetes pode não desenvolvê-las se adotar hábitos saudáveis.

Outro fator interessante é a restrição calórica, prática cientificamente conhecida por prolongar a vida em diversos organismos. Camundongos alimentados com menos calorias chegaram a viver mais do que o dobro do normal. Em humanos, os resultados ainda são inconclusivos, mas Sinclair relata que reduziu significativamente sua idade biológica ao adotar uma única refeição por dia.

Combinando a ciência do rejuvenescimento celular com hábitos saudáveis, a esperança de uma vida mais longa e com qualidade está cada vez mais próxima da realidade. O futuro da longevidade está sendo escrito agora, nas bancadas dos laboratórios e nas escolhas que fazemos todos os dias.

“A pesquisa dele mostra que é possível mudar o envelhecimento para tornar a vida mais jovem por mais tempo. Agora, ele quer mudar o mundo e transformar o envelhecimento em uma doença”, disse Whitney Casey, investidora que está em parceria com a Sinclair para criar um teste biológico de idade do tipo “faça você mesmo”.

Embora a medicina moderna trate a doença, ela não trata a causa subjacente, “que, para a maioria das doenças, é o próprio envelhecimento”, disse Sinclair.

“Sabemos que, quando revertemos a idade de um órgão, como o cérebro de um camundongo, as doenças do envelhecimento desaparecem. A memória retorna; não há mais demência.”

“Acredito que, no futuro, retardar e reverter o envelhecimento será a melhor maneira de tratar as doenças que afligem a maioria de nós.”

Embora ainda não tenhamos a “fonte da juventude”, a ciência está nos aproximando de um futuro onde envelhecer com saúde e vitalidade pode ser a norma.

Combinar avanços científicos com escolhas de estilo de vida saudáveis pode ser a chave para viver mais e melhor.
Sinclair te certeza e faz afirmações bombasticas de que muito embreve o processo de envelhecer e sua inexoravel degradação física será algo superado.  Sinclair disse para uma polateia estupefata:

Este é o mundo que está chegando. É literalmente uma questão de quando e, para a maioria de nós, isso vai acontecer durante nossas vidas!

A questão é se o mundo com oito bilhões de pessoas está reparado para isso.

 

 

A mulher da língua tão grande que consegue lamber o olho

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Rapaz, se me contassem isso eu não acreditaria. Existe uma dona que tem um linguão impressionante, de fazer o Gene Simmons, do Kiss, chorar em posição fetal, humilhado.

Há algum tempo atrás ela viralizou nas redes sociais, deixando os espectadores absolutamente surpresos e até “gritando” após revelar o comprimento extraordinário de sua língua.

O Guinness World Records lista atualmente Chanel Tapper como a pessoa com a língua mais longa do mundo, medindo incríveis 9,75 cm (3,8 polegadas) da ponta ao centro do lábio.

longest tongue female header | Textos | bizarro, curiosidades, língua
Chanel Tapper

Mas essa dona chegou para mudar tudo!
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Crédito da imagem: charlenaaquino_gnc/instagram
Ela é Charlena Aquino, uma sensação da internet que está chocando os fãs no TikTok com sua língua extraordinariamente longa, que chega aos olhos.

Charlena Aquino tongue | Textos | bizarro, curiosidades, língua

Enquanto alguns fãs ficaram impressionados, outros ficaram incrédulos e até aterrorizados com seu talento incomum. Um usuário expressou seu choque comentando: “Fiquei literalmente de queixo caído”, enquanto outro disse: “Gritei quando vi!”
Outros adotaram uma abordagem mais humorística, sugerindo que Charlena poderia usar a língua como “limpador de para-brisas” para os olhos ou que ela não precisaria de uma colher para limpar um pote de Nutella.

Mas quais são os benefícios práticos de ter uma língua tão longa? Charlena não é a única com uma língua famosa. Nick Stoeberl, detentor do Recorde Mundial do Guinness para a língua mais longa, com 9,9 cm, tem algumas ideias únicas.

nick stoeberl lingua 02 | Textos | bizarro, curiosidades, língua
Nick Stoeberl

Nick revelou que sua língua alongada tem sido útil para tudo, desde lamber pirulitos e tomar sorvete até terminar o último pedaço de pudim em um copo. Aliás, seu irmão também tem uma língua anormalmente longa, o que o levou a muitas competições divertidas enquanto crescia.

Além dos usos práticos, e usos não-bíblicos, Nick também desenvolveu um lado artístico, usando a língua para pintar, envolvendo-a em filme plástico, mergulhando-a em tinta acrílica e pressionando-a sobre uma tela. “É uma maneira única de me expressar”, disse ele.

Com a ascensão de Charlena à fama nas redes sociais, parece que o fascínio do mundo por línguas anormalmente longas está longe de acabar.