Rapaz, olha só esse bagulho, que parece ter saído da mente doentia do roteirista de Mad Max:
Este cavalinho mecânico tem nada menos que 3.500 cavalos de potência com motor de 27,9 litros e 12 compressores!
A construção desse monstro levou sete anos ao todo.
O construtor Mike Harrah, do sul da Califórnia, passou sete anos construindo o caminhão THOR 24, que possui um enorme motor de 27,9 litros.
O caminhão está atualmente estacionado em um hangar de aeronaves nos arredores de Lake Havasu City, Arizona, EUA.
Esse cavalinho de Harrah é construído sobre um caminhão Peterbilt 359 de 1979. Ele é movido por dois motores Detroit Diesel 12V-71, complementados por oito supercompressores BDS 8-71. Como cada motor vem com um supercompressor de fábrica, o número total de supercompressores chega a doze. A cilindrada desse motor incrível é de 27,9 litros. O eixo de transmissão que gira os supercompressores tem mais de dois metros e meio de comprimento.
O coletor de admissão é feito de uma fina placa de
alumínio, e oito tanques de óxido nitroso estão montados em sua parte superior. Há 24 tubos de escape. A 2500 rpm, o motor diesel de 24 cilindros produz 3471 cavalos de potência. A potência é transmitida para o eixo traseiro por meio de uma transmissão automática Allison HT740 de quatro velocidades. O THOR 24 tem 13,41 metros de comprimento e pesa 13,5 toneladas.
Devido ao enorme peso do motor, a suspensão dianteira original do Peterbilt não permitia sequer girar o volante, sendo então substituída por uma suspensão de braço em A, semelhante à de ônibus. O chassi é construído com tubos retangulares com uma espessura de parede de aproximadamente 16 milímetros. As rodas de alumínio Alcoa
são calçadas com pneus 315/30 R22.5 na dianteira e 11 R24.5 na traseira.
A cabine conta com 24 instrumentos: velocímetro, tacômetro, diversos manômetros e indicador de status do compressor. Cintos de segurança de competição estão fixados aos assentos. Acima do motorista, quatro telas exibem a estrada à frente. A área dos assentos inclui uma televisão de 40 polegadas e um potente sistema de som.
Segundo Harra, o caminhão pode atingir velocidades de até 160 quilômetros por hora, mas o problema não é acelerar, o problema é parar esse troço! Para solucionar isso, foram instalados quatro paraquedas de frenagem no para-choque traseiro.
No final de 2014, a sonda Rosetta aproximou-se do cometa e liberou o módulo de pouso Philae, que pousou com sucesso, encontrou água e aminoácidos e tirou fotos “à bordo” do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Esse cometa tem 4 quilômetros de diâmetro, mas o penhasco nesta foto tem quase um quilômetro de altura. O formato incomum do cometa se deve à fusão de dois corpos celestes. O eixo de rotação do cometa passa por um estreito istmo que conecta suas duas metades.
Muito louco imaginar que temos tecnologia para fazer um treco desses, e há poucos anos atrás, a gente nem sabia ainda como fazer para um aeroplano voar.
TUdo que você precisa fazer é acertar ali no meio do arco-íris
Tem umas notícias que me deixam muito bolado, e sempre que eu fico bolado, eu trago a história pra você ficar também, hahahaha.
Se liga nessa maluquice aqui, uma perfeita idéia de jerico:
Uma atração de bungee jumping sem cordas, a partir da ponte rodoviária mais alta do mundo, foi suspensa antes de sua inauguração, após vídeos de testes de segurança gerarem preocupação com segurança nas redes sociais.
Após ter sido notícia como a ponte rodoviária mais alta do mundo, a Ponte do Grande Cânion de Huajiang voltou às manchetes recentemente, desta vez por uma atração controversa que desafiava os corajosos a saltarem da ponte para uma rede colorida com as cores do arco-íris, evitando assim cair no Rio Beipan, 625 metros abaixo. Sem cordas, sem paraquedas. Na cara e na coragem.
Tudo que você precisa fazer é acertar ali no meio do arco-íris
Imagens da equipe de segurança lançando sacos de areia de diferentes pesos na rede como parte de um teste de segurança viralizaram nas redes sociais chinesas no início deste mês, causando preocupação entre o público em geral.
Como o nome sugere, o bungee jumping sem corda difere do bungee jumping tradicional, pois os participantes não usam corda de segurança e, em vez disso, saltam diretamente de uma plataforma para uma rede de segurança abaixo. A Ponte Huajiang oferece diversas opções de altura, variando de 20 a 50 metros, permitindo que os participantes escolham a altura de acordo com sua preferência pessoal (e coragem). O preço é de pouco mais de 1.600 yuans (US$ 225), inferior aos 3.000 yuans (US$ 420) do bungee jumping padrão.
A ponte do Grande Cânion de Huajiang
Com inauguração prevista para esta semana, a instalação foi testada com sacos de 45 e 90 quilos lançados da plataforma. Embora a rede tenha se mostrado bastante resistente, ainda assim gerou muitas preocupações com a segurança. Usuários das redes sociais questionaram o que aconteceria se alguém simplesmente errasse o alvo na rede de 160 metros quadrados ou se ela se rompesse sob o peso de uma pessoa.
Em resposta às críticas, a empresa que opera a atração controversa explicou que a rede foi projetada com cantos fixos para absorver eficazmente o impacto de uma queda, descendo em seguida até a plataforma inferior, garantindo a saída segura do participante. Isso pouco fez para apaziguar o público e, segundo a imprensa chinesa, a inauguração da instalação de bungee jumping sem cordas foi adiada.
Muita gente está com uma pança horrível precisando emagrecer. Eu mesmo sou um. Na real, eu estou prestes a ser um ex-um desses porque já emagreci pra caramba, simplesmente tomando vergonha na cara e parando com essa putaria de comer pizza e macarrão antes de dormir. Estou fazendo acompanhamento com nutricionista e espero chegar em janeiro mais fino e esbelto que minha conta bancária está hoje.
Mas vamos ao que interessa e o que interesa é essa belezinha aqui:
Uma academia chinesa tem chamado bastante atenção por sua oferta irresistível:
Ela vai DAR esse Porsche Panamera para a primeira pessoa que perder 50 kg em três meses.
Mole? Tranquilo? Melzinho na chupeta? Eu acho que dá até sem malhar. Eu perdi quase 5kg numa semana só comendo direito…
Se você é o tipo de pessoa que precisa de motivação extra para ir à academia, talvez a chance de ganhar um Porsche Panamera 2020 seja o que faltava para te tirar do sofá. Uma academia na cidade de Binzhou, província de Shandong, na China, anunciou recentemente que dará o Panamera do proprietário como prêmio para a primeira pessoa que perder 45quilos em três meses.
Para participar, os interessados precisam pagar uma taxa de 10.000 yuans (US$ 1.400) e se pesar antes de iniciar o processo de emagrecimento. A taxa obrigatória também cobre três meses de treinamento intensivo, acomodação e alimentação, então mesmo que você não ganhe, ainda estará levando vantagem.
“O desafio está em andamento e as inscrições serão encerradas quando houver 30 participantes. Sete ou oito pessoas já se inscreveram”, disse Wang, um instrutor de fitness da academia, à mídia local.
Embora a promoção da academia tenha animado muita gente com a chance de ganhar um carro esportivo de luxo enquanto perdia peso, especialistas criticaram os idealizadores do desafio por colocarem vidas em risco. Um especialista crticou o desafio:
“Perder 0,5 kg por dia é muito rápido. A menos que você esteja com sobrepeso severo, esse ritmo levará à perda de massa muscular em vez de gordura, o que pode causar desequilíbrios hormonais, queda de cabelo e menstruação irregular ou ausente. Uma meta mais segura é perder cerca de 0,5 kg por semana.”
O Dr. Fu Yansong, gastroenterologista do Hospital Popular Provincial de Shaanxi, acrescenta que “Perder peso em um ritmo tão acelerado pode sobrecarregar os órgãos e até mesmo colocar a vida em risco, a perda de peso científica deve ser feita gradualmente para que o cérebro, a gordura corporal, os músculos e os órgãos possam se adaptar ao novo equilíbrio energético”.
Vamos lá, quem se importa com a saúde quando há um carro incrível em jogo?
“ Perder peso em um ritmo tão acelerado pode sobrecarregar os órgãos e até mesmo colocar a vida em risco”
Mas como aqui é terra BR, o paraíso da malandragem, e dessas malandragens a gente já conhece de longe, eu até imagino qual é a jogada do cara da academia: Quem se inscrever ele vai meter treino de força pra caceta, e em vez de emagrecer, você vai é pesar mais, ganhando massa musucular e ficando de fora do carro.
É uma boa jogada de marketing de qualquer maneira. Não sei porque nenhum BR pensou em fazeralgo assim. Nem que seja dando um Corsa 94.
Existe toda sorte de capa de celular por aí. Mas algumas conseguem ser realmente estranhas. Uma das mais estranhas capinhas de celular que eu já vi na vida, tem o destaque de ser pesada pra caramba.
Mas por que tanto peso? Há uma boa justificativa para isso.
Essa capa para smartphone de 2,7 kg é tão pesada e difícil de usar que deve limitar o tempo de uso de telas da maioria das pessoas pela metade.
As capas para smartphones costumam ser leves e elegantes por natureza, mas a Matter Neuroscience decidiu seguir o caminho oposto, criando talvez a capa para celular mais pesada e volumosa que o dinheiro pode comprar. Havia um propósito por trás dessa aparente loucura: eles estavam tentando criar a capa para smartphone mais inconveniente possível, a fim de tornar o uso do aparelho o mais difícil possível. A capa, feita de aço inoxidável pesa impressionantes 2,7 kg, é mais pesada que um MacBook Pro de 16 polegadas, e consiste em duas peças separadas que se encaixam por meio de parafusos ao redor do telefone.
Inspirada no icônico telefone Black Diamond dos anos 80, a capa de aço inoxidável para smartphone não cabe no bolso e se torna incrivelmente difícil de usar quanto mais você checa o telefone. É essa fadiga física que naturalmente lembra o usuário de largar o telefone. A menos que você seja um frequentador assíduo da academia e comece a usá-lo como halter pra musculação, hahahaha.
“Com 2,7 kg, suas mãos e braços ficam fisicamente cansados ao usá-lo. Essa fadiga te lembra de largar o telefone. É um ciclo de feedback físico contra o uso excessivo, e ainda tonifica seus músculos”, diz a página do projeto no Kickstarter.
Embora remover a capa pesada do seu telefone não seja impossível, você precisa de uma chave Allen para separar as duas peças de metal, o que é suficientemente irritante e demorado para te fazer desistir da ideia.
A ideia surgiu da necessidade de combater o vício em celulares, que pode ate mesmo causar problemas físicos:
A capa para smartphone de 2,7 kg está atualmente em fase de financiamento coletivo no Kickstarter , e você pode pré-encomendar uma por não menos que US$ 210. É um preço salgado, mas se você está mesmo decidido a combater o vício em smartphones , pode optar pela versão em latão, que é ainda mais pesada e custa US$ 500.
A Matter Neuroscience espera atingir sua meta de financiamento coletivo de US$ 75.000 e até agora já conseguiu arrecadar um pouco mais de US$ 18.000.
Imagina o perrengue de entrar no banco com isso. Parece coisa do Mundo Canibal:
Aqui esta a ultima parte da minha divertida saga de criar, modelar, imprimir e pintar uma escutura de um Predador. Eu o batizei de “Skull Seeker” porque achei que o nome soava legal.
Em termos de processo, não há grande misterio, eu pego a escultura já separada em partes e impimo cada uma com resina.
A ideia de fazer as partes separadas tem três funções: Permite brincar com variações, por exemplo, posso ter opções variadas de braços e cabeças, quantas me der na telha de fazer.
Cortar a peça para fazer em partes permite (caso eu queira) fazer moldes mais facilmente. E também permite evitar problemas, tipo, se dá um bug qualuer, um suporte que quebra, uma falha de impressão, eu só perco aquela parte. Dividir é sempre mais inteligente. Também para a pintura, separar em partes facilita (embora eu não use isso, normalmente eu prefiro pintar a peça inteira, montada)
a peça em partes
Depois de dividir cada uma e imprimir, eu resolvi não usar a base, porque achei a base pobre em design. Mas eu também não gosto muito de bases muito espalhafatosas, porque tiram o foco da atenção da figura em si e porque eu vou gastar a preciosa resina numa base e estou com pouca resina em casa.
Acho que vou encomendar uma base de madeira para o predador mais pra frente.
Seguimos sem base por enquanto.
Quando tudo está impresso, umas oito horas depois, eu dou uma pré-montada nele:
Agora é pintar. Nada de misterio, o processo é o mesmo do alien e de odas as demais peças. Tinta acrilica e nanquim. Primer, uma aguada de naquim pretão e venho com pincel seco branco revelando detalhes.
Isso facilita ver melhor o que estou pintando.
Bem, aí é meter tinta acrilica em cima. Horas e horas depois…
Aqui está ele finalizado:
Mais algumas imagens, pq esse me deu trabalho, hehehe.
Eu achei que ficou legal. Estou pensando em fazer algumas cabeças extras para quando eu enjoar. E talvez uma ou duas novas versões dos braços com armas diferentes. Tipo:
Usei IA para botar ele num ambiente, como os caras do marketing de colecionáveis gostam de fazer:
Eu também fiz com IA umas opções dele como se estivesse num filme para ver como ficaria. Acho que ia ser daora, hein? Se liga:
Bem, é isso, espero que tenha gostado. Foi muito divertido de fazer esse monstro incônico do cinema, que fará par com meu xenomorfo.
Quer que eu crie seu personagem? Eu modelo o que você imaginar! Só me chamar no philipe3d@gmail.com ou nas redes sociais, aproveita e me segue!
Se puder ajudar a divulgar esse post para seu amigo que gosta de estátuas, arte pop e cinema, eu te agradeço!
Fico por aqui já pensando no que virá a seguir.
Com cerca de 14.000 anos, esses corpos foram cuidadosamente secos por fumaça em grandes fogueiras, resultando em restos escurecidos, mas preservados ao longo do tempo.
A preservação de restos humanos é uma prática que remonta à pré-história, registrada em diversas culturas pelo mundo. Um estudo recente, no entanto, indica que a mumificação pode ter começado muito antes do que se imaginava.
Após analisar restos humanos pré-históricos no Sudeste Asiático, pesquisadores concluíram que alguns corpos foram preservados por meio de secagem com fumaça. Com idades entre 4.000 e 14.000 anos, essas múmias superam em antiguidade as encontradas no Egito ou no Peru, sendo potencialmente as mais antigas já registradas.
Muitos desses restos foram encontrados em posições “agachadas” ou “flexionadas”, segundo os pesquisadores, com marcas evidentes de queimaduras usadas para preservação.
Ossos pré-históricos com marcas de queimadura
Os restos analisados apresentavam sinais de exposição a queimaduras para preservação.
Os estudos revelaram que os corpos passaram por “longos períodos de secagem com fumaça, resultando em mumificação antes do sepultamento”.
“Os resultados eram esperados em parte, mas também surpreendentes”, afirmou o Dr. Hsiao-chun Hung, autor principal do estudo, ao All That’s Interesting. “Quando os testes de laboratório confirmaram a idade desses esqueletos, ficamos chocados — são extremamente antigos. Essa descoberta nos levou a refletir sobre o mundo espiritual dessas comunidades, seus laços familiares e a dedicação em preservar seus entes queridos. Registros etnográficos indicam que a criação de uma múmia defumada podia levar até três meses, exigindo cuidados contínuos para manter a forma do corpo. A habilidade, paciência e determinação envolvidas nesse processo são impressionantes.”
Os pesquisadores acreditam que os povos pré-históricos usavam técnicas semelhantes às de comunidades indígenas atuais da Austrália e Papua-Nova Guiné. Os corpos eram provavelmente “amarrados logo após a morte e suspensos acima de fogueiras de baixa temperatura, emitindo muita fumaça, por longos períodos”.
Esse processo ocorria possivelmente “dentro de uma casa ou estrutura construída para esse fim”. Após a secagem, as múmias eram transferidas para “abrigos rochosos, cavernas ou residências protegidas” e, anos depois, sepultadas.
Secagem por fumaça na pré-história
Ilustração de como povos pré-históricos podem ter usado fumaça para preservar corpos:
Com base na diversidade de múmias analisadas, os pesquisadores sugerem que “essa prática pode ter sido comum entre caçadores-coletores em uma vasta região, por milhares de anos”. A tradição de mumificação por fumaça pode ter se estendido “do nordeste da Ásia e Japão Jomon até a Oceania ocidental e Austrália, e talvez além”.
“Suspeitamos que essa prática seja muito antiga”, disse Hung . “Nosso estudo focou no Sudeste Asiático e sul da China, mas há indícios de conexões com as primeiras migrações humanas da África para a Ásia, incluindo os ancestrais dos povos papuas e indígenas australianos. Essa tradição provavelmente tem raízes profundas, disseminando-se pelas rotas migratórias. Pode ter surgido entre os primeiros caçadores-coletores, muito antes de se fixarem na Ásia.”
Mas por que esses povos mumificavam seus mortos?
O papel da mumificação na história humana
Muitos corpos foram encontrados em posições “flexionadas”, indicando que foram amarrados após a morte para preservação.
A mumificação é uma prática documentada ao longo da história. Antes, múmias de 7.000 anos do Chile eram consideradas as mais antigas, mas os egípcios e antigos europeus também preservavam seus mortos, muitas vezes em pântanos.
Segundo os pesquisadores, a mumificação por fumaça no Sudeste Asiático provavelmente refletia o desejo de manter laços com os falecidos.
“É difícil precisar o motivo de uma prática de mais de 10.000 anos, mas há hipóteses”, explicou Hung. “Uma possibilidade é o desejo universal de eternidade — a ideia de que o corpo não desaparecesse após a morte, permanecendo próximo dos vivos. Outra é prática: essas comunidades caçadoras-coletoras eram nômades sazonais. Uma múmia defumada, compacta, podia ser transportada como parte da família, mantendo os mortos integrados à comunidade durante migrações.”
Algumas culturas acreditavam que preservar o corpo permitia que o espírito se movesse livremente durante o dia, retornando ao corpo à noite.Atualmente, algumas comunidades indígenas na Austrália e Papua-Nova Guiné ainda praticam a mumificação por fumaça, sugerindo a continuidade desse ritual.
Corpos defumados de Papua, Indonésia Proceedings of the National Academy of Sciences Um exemplo moderno de corpo preservado por fumaça em Papua, Indonésia.
O desejo de manter laços com entes queridos é, claramente, uma prática pré-histórica. Há mais de 10.000 anos, humanos buscavam formas de preservar a memória de seus antepassados, um impulso que persiste até hoje.
Sacolas plásticas têm causado grande poluição em nossos cursos d’água e ajudado a transformar aterros sanitários em verdadeiros arranha-céus. Diante de um problema tão grande e caro, o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais estima que as comunidades costeiras da Califórnia gastam US$ 428 milhões por ano limpando o lixo plástico dos cursos d’água, muitos defensores buscam soluções igualmente robustas.
O problema é que essa solução pode ser muito pequena, tipo do tamanho dessa lagarta:
Um estudo publicado na Current Biology, pesquisadores do Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantábria e da Universidade de Cambridge mostram que uma criatura chamada verme-de-cera pode apontar um caminho para resolver nosso problema com o lixo plástico.
Isso é possível porque, como disseram os pesquisadores do estudo, o verme pode comer plástico em “velocidades excepcionalmente altas”. Por velocidades excepcionalmente altas, eles querem dizer mais de 1.400 vezes mais rápido do que qualquer outro organismo, de acordo com o estudo.
Flickr/Jedimentat44Um golfinho enredado em plástico.
Isso é importante, pois o tipo mais comum de plástico é o polietileno, conhecido por ser difícil de decompor. Segundo os autores do estudo, eles esperavam verificar se as larvas da traça da cera — a larva da traça da cera — possuem enzimas que “atacam” as ligações químicas que compõem o plástico, contribuindo assim para a sua erosão a uma taxa muito alta.
O interesse deles surgiu, pelo menos em parte, devido ao fato de que os vermes da cera podem fazer a mesma coisa com a cera de abelha, que, segundo os pesquisadores, não é diferente do plástico em termos de estrutura química.
Colocando sua teoria à prova, pesquisadores colocaram 100 larvas de cera em uma sacola de compras de supermercado. Meio dia depois, os pesquisadores descobriram que as larvas haviam consumido impressionantes 92 miligramas de plástico, uma quantidade muito maior do que os 0,13 miligramas de plástico que as bactérias microbianas haviam removido ao longo de um dia inteiro.
“É extremamente, extremamente emocionante porque decompor o plástico tem se mostrado muito desafiador”, disse Paolo Bombelli, autor do estudo da Universidade de Cambridge, ao Telegraph.
Pesquisadores veem grande potencial para essas pequenas criaturas e dizem que estão ansiosos para colocar os vermes para trabalhar nos cursos d’água do mundo.
“Estamos planejando implementar essa descoberta em uma maneira viável de nos livrarmos do lixo plástico, trabalhando em busca de uma solução para salvar nossos oceanos, rios e todo o meio ambiente das consequências inevitáveis do acúmulo de plástico”, disse a líder do estudo, Federica Bertocchini.