domingo, julho 13, 2025
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De surpresa

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Foi de surpresa.
Hoje na escola do meu filho, enquanto esperava ele buscar a mochila para irmos embora, apos a apresentação escolar que marca o inicio das férias, fui surpreendido por uma menina que me perguntou na lata, sem anestesia, sem sequer um bom dia de cordialidade: “Quem é você?”

Em menos de um segundo minha mente pensou em tantas ideias malucas que eu poderia ter dito… E se eu falasse que sou um alien? Ou que sou Jesus? Ela ia levar um susto. Ou talvez eu devia responder que também não sei. Filosoficamente não sei quem sou e que apenas tenho uma pálida ideia, puramente baseada em evidências anedóticas que coleto há quase cinquenta anos.
Mas respondi que era pai de um aluno e me signifiquei ao mundo pelo prisma do meu filho.

Intrigado com a pergunta da menina, questionei se eu poderia fazer algo por ela.

E já sem me olhar nos olhos ela disse: “Não, eu só queria saber quem você é mesmo.”
Ela foi embora, com a certeza de quem eu era.

E eu fiquei ali, com a dúvida.

Elegia a uma tangerina

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Tens muitos nomes.

Não lembro como chegastes às minhas mãos.
Tua pele carnuda era rechonchuda, com brilhos alaranjados desvaindo-se em contornos esverdeados.

Segurei pelo pendúnculo onde ainda se pendurava precariamente uma diminuta folha verde e senti aquelas tuas carnes frias.

Vinha de terras geladas da cozinha, de alguma prateleira escura, onde outrora se apegava a tuas irmãs numa massa amorfa de promessas de prazer.

Verifiquei. Girei e olhei com cuidado o seu corpo em busca de imperfeições, mas você era perfeita. Tão perfeita que me furtei no desejo da violação de sua pele.
E como um proctologista maníaco que penetra no desconhecido, com meu dedo em riste, perfurei seu pólo sul com volúpia e brutalidade.

Violei-te sem piedade e ouvi como que um gemido rouco emanando, quando rasguei com força suas carnes.

Por um segundo, temi o que encontraria. Temia uma gosma melosa, temia dar de cara com larvas, e temi, acima de todos os temores, encontrarte seca, flácida, triste.

Mas temendo a imperfeição, descobri seu corpo e revelei-a nua para o universo pela primeira vez. Não completamente nua, porque não convém. Estava ainda coberta com uma rede branca de renda, seus gomos se apertando em agonia silenciosa.

Agarrei seu corpo com as duas mãos e a parti em duas metades, quase que geometricamente perfeitas. Não sei se atingi a simetria divina, pois não ousei contar-te cada gomo.
Levei o primeiro dos gomos à boca com indisfarçável prazer, ainda sem saber se minha felicidade seria plena. Estaria doce demais? Seca? Seria azeda ou repleta de caroços?

Para minha felicidade, estava repleta de caldo. Seu sangue inundou minha boca com tamanho volume, numa enchente amazônica de suco, que interrompeu meu deleite com pensamentos sobre como tanto suco pode caber num único gomo?

E assim, gomo após gomo, mastiguei e engoli em total satisfação. O doce na medida certa. E, opa, um caroço. Um pobre e triste caroço. Um filho único, que surgiu do nada entre um gomo medio e um grande.

Caroço que fiz lembrar a infância a cuspí-lo ao ar. Ele girou no sol em verdadeiro salto mortal triplo-giratório e mergulhou na grama do jardim.

E agora, a primeira metade já havia evaporado, tao rápido, tão fugaz.

A segunda metade parecia tentar superar a metade que lhe antecedeu. Sabores, texturas e perfeição. E então, quando me dei por conta, era você apenas um único gomo.

Um gomo solitário que se encaminhava para o corredor da morte. O momento derradeiro. Segurei seu gomo entre o meu polegar e indicador e olhei contra o sol.
Vi a luminosidade amarela atravessando seu corpo sem pedir licença. Vi cada uma de suas vesículas de suco a esperar pelo horror da carnificina que se aproximava.

Não havia sinal de nenhum caroço para atrapalhar o clímax de sua existência.
Contemplei pela ultima vez sua forma de lua crescente e engolfei seu corpo com meus lábios.
E agora você era saudade.

De ti, restou apenas suas cascas recurvadas sobre a mesinha. Suas formas irregulares me lembraram o mapa da Groelândia.

Fiz menção de remontar seu corpo, como um quebra-cabeças infantil e imaginar que quem sabe por mágica, você voltasse ali para dentro. Mas eram só cascas tristes, memórias perdidas de uma fruta perfeita que um dia existiu.

E assim, suas cascas amontoadas e desordenadas desceram para a escuridão abissal de uma lata de lixo, e eu parti, em busca da geladeira, onde em uma prateleira escura, uma de suas irmãs aguardava também o seu momento de redenção, prestes a conhecer o desejo, o êxtase e a melancolia.

 

The Velvet Sundown: O sucesso da banda que não existe fisicamente

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A banda de psych-rock gerada por IA The Velvet Sundown não existia há duas semanas, mas hoje eles têm mais de meio milhão de ouvintes no Spotify e estão prestes a lançar seu terceiro álbum.

A banda que não é física

O Velvet Sundown é ou o grupo de rock mais dedicado e inspirado de todos os tempos, ou simplesmente segue regras diferentes. A banda de psych-rock surgiu do nada há duas semanas, mas conseguiu lançar dois álbuns e já anunciou que o terceiro será lançado em breve no Spotify. Eles já ostentam respeitáveis ​​500.000 ouvintes mensais na popular plataforma de streaming de música e não mostram sinais de desaceleração. Mas o sucesso repentino e o calendário recorde de lançamentos de álbuns chamaram a atenção para a banda esta semana, com muitos acusando o Velvet Sundown de ser um truque gerado por IA. E, verdade seja dita, todos os sinais apontam para esse fato.

Em primeiro lugar, as fotos postadas no Instagram do grupo musical são claramente feitas com IA no chat GPT com aquele seu tom amarelo em tudo. (nem pra usar um midjourney, hein?)

Além disso, há o fato de que os nomes dos membros da banda – Gabe Farrow, o guitarrista Lennie West, o sintetizador Milo Rains e o percussionista Orion “Rio” Del Mar – só podem ser rastreados até a conta do Instagram da banda, que parece ter sido criada no final do mês passado.

No Deezer, o The Velvet Sundown chegou a publicar um aviso que diz:

“Algumas faixas deste álbum podem ter sido criadas usando inteligência artificial”.

Quando a notícia da ascensão meteórica do The Velvet Sundown no Spotify surgiu, houve muita controvérsia em torno de suas conquistas em tão pouco tempo, mas as pessoas por trás do projeto se manifestaram e confirmaram que o grupo é gerado por IA.

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“The Velvet Sundown é um projeto de música sintética guiado pela direção criativa humana, composto, dublado e visualizado com o apoio da inteligência artificial”, diz a biografia do grupo. Não se trata de um truque — é um espelho. Uma provocação artística contínua, projetada para desafiar os limites da autoria, da identidade e do futuro da própria música na era da IA. Todos os personagens, histórias, músicas, vozes e letras são criações originais geradas com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial empregadas como instrumentos criativos. Qualquer semelhança com lugares, eventos ou pessoas reais — vivas ou falecidas — é mera coincidência e não intencional.

A música mais popular do Velvet Sundown no Spotify, “Dust on the Wind”, tem mais de 500.000 reproduções na plataforma, o que a torna um pequeno sucesso, e foi destaque em playlists populares do Spotify, como “Vietnam War Music” e “Good Mornings – Happily Positive Music to Start The Day”.

Pessoalmente eu gosto dessas musicas. Principalmente “Crimson parade”.  Mas uma banda feita com Ia não é necessariamente uma novidade. Longe disso. Eu mesmo fiz uma ano passado, lembra?  The Funkastic Six:

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Faniquitos preconceituosos

Eu vi recentemente uma galera  arrancando os pentelhos do cu dando faniquito nas redes sociais dizendo que isso é absurdo e nhé, nhé, nhé, uns mais exaltados exigindo ate que os streamings deletem, pedindo o banimento da Velvet Sundown…

Sinceramente, eu acho idiota. Não a banda, mas quem dá faniquito com uma merda dessa. Veja, as empresas de Ia vendem o produto, os caras usam o produto, as empresas de streaming tocam as musicas, ganham o dinheiro dos assinantes.
Pra mim soa meio ridículo, porque parece alguém reclamando que o Gorillaz não são de verdade, mas desenhos animados.

Ah, mas musica IA não tem alma…

Foda-se mano. NInguém liga para o que você acha que tem alma ou não tem. Você é o Chico Xavier para ficar fiscalizando alma por aí? 
Parodiando o que o gênio Chino Anysio costumava falar sobre o humor: “Só existe dois tipos, o engraçado e o sem graça”, na música só existem dois tipos também: A que você gosta e a que você não gosta.
Mas note o elemento “você” aí na equação. Isso significa que a musica não é. è sua percepção que está em questão.
O que eu não gosto, um monte de gente gosta e é importante ter a humildade de entender que a gente não é a bolacha dourada sagrada do pacote não. Senão, periga a gente parecer o pândego desairoso e árdego lá, que gosta de cagar regra do que é bom e o que não é na internet, para depois pedir desculaps e botar a culpa das merdas que fala no vinho.

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Há quem prefira musica ruim feita por gente que musica boa feita com tecnologia. A cara que eu faço quando vejo isso.

Alma, poder, energia, vibe, molho… Tudo isso são elocubrações. São elementos puramente abstratos da mente humana. Quando você escuta você está ouvindo uma frequência sonora que vai de um ponto a outro do espectro audível. Todo o resto é processado dentro da sua caixola aí.
“Ah, mas quando eu escuto um Mozart eu sinto a alma”…  Amigo, guarda aí sua cartinha do Mozart. Não é supertrunfo essa porra não. Se tu puxar o Mozart eu vou puxar o Oruam, hahaha.

Pra começar, a gênese do problema de um enorme galerão da internet com a Inteligência Artificial possivelmente se localiza no vácuo de ignorância (que nem é culpa deles, já que tudo é muito novo e evoluiu tão rapido que não foi compreendido em toda sua complexidade) sobre COMO que essa porra funciona, como que faz, como que gera por exemplo, uma música. De onde ela sai.
A questão aqui é que não existe um jeito só de fazer isso. “Há mil maneiras de preparar Neston” nisso aqui.
Tem muitos e alguns são bem mais difíceis que os outros. É possível fazer uma música apenas clicando num botão e vendo o que sai? Hoje sim, até pouco tempo atrás era mais complicado, mas conforme a tecnologia evolui, os desenvolvedores tentam deixar o mais fácil possível, para conseguir mais gente pagando e assim poder desfrutar as belezas do capitalismo num iate na Sardenha.

E é isso que assusta muita gente, principalmente quem acha que vai perder mercado com uma avalanche de produções genéricas que vai chover pra todo lado.

Dá pra culpar quem tem esse medo? Também não dá. É um medo legítimo.  Eu entendo. O que eu não entendo, é um cara dizer que prefere ouvir uma musica ruim feita por gente do que uma musica boa feita com IA. 

Acredite se quiser, isso existe, me deparei com um desse ontem, achei curioso e fui investigar. Descobri que o cara que falou isso faz muisca que eu acho (e talvez até ele) ruim, enão talvez esteja legislando em causa própria, hahaha.
Pessoalmente, como eu sou um cara cujo prazer maior na vida é entrar e futucar lugares desconhecidos, foruns russos, deep web, investigar assuntos estranhos e tudo mais, eu também sou meio assim na musica e fico escutando coisas bem variadas nos streamings, de musica turca ao axé, hino soviético, trilhas de filmes antigos, sambistas esquecidos, concertos, e até coisa que eu nem sei se pode ser considerado música, tipo isso:

Confira abaixo (atenção, quase não dá tempo de apertar “play” e ouvir):

Se você acha que isso é mentira, saiba que até o portal brasileiro Cifraclub, especializado em cifras e tablaturas de músicas, para quem quer aprender a tocá-las, possui a partitura de You Suffer para guitarra. A letra da canção é: “You suffer… But why?” E entrou pro Guiness como a menor música do mundo.

Então eu acho que tenho uma tolerancia relativa para o que muita gente pode considerar ruim. Nem tudo que eu escuto eu gosto, eu nem sei se tudo que eu escuto foi 100% feito por gente.

A musica é salsicha, se você gosta, talvez seja melhor não saber como foi feita. Digo isso porque se você vai ver, a história da música está ABARROTADA DE PLÁGIOS, alguns descarados mesmo. Grandes celebridades consideradas “gênios” foram pegas roubando trabalhos alheios, e até processadas. Então, essa idéia higiênica de “eu quero saber como foi feito antes de ouvir” é só uma fachada para maquiar um preconceito.
É triste constatar isso, mas a realidade da música no mundo todo é: Jabá.

Fora isso, a musica hoje é cheia de tecnologia que as pessoas normais nem sonham.  Os programas corrigem a voz dos cantores, ajustam tom, tudo. Muita musica é montada toda com samples eletrônicos, a IA está pra todo lado dentro dos estudios, prinicpalmente nos plugins e na masterização. Os algoritmos estão espalhados por aí, definindo o que vão mostrar pra você nos streamings… Tá tudo dominado, mermão. Os grandes artistas são apenas maquinas de fazer dinheiro, um esquema bem planejado e que funciona. É uma industria.

Gretchen e Millie Vanilli

É um negócio, mano. Desde sempre que as gravadoras simplesmente escolhem o que vão lançar e PAGAM as radios para tocar o produto deles e vã repetir por dezenas de vezes, até esse produto se tornar palatável à massa. É simples não tem complicação de entender isso.
Desde sempre é assim, e chegou num ponto, onde um produtor simplesmente criava um sucesso como quem faz um nescau. Vamos pegar por exemplo, o Mister Sam.

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Mister Sam

Mister Sam era um Dj argentino e produtor de discos de samba, que lançou grandes sucessos no Brasil. Ele é creditado como inventor do “bunda music”.  Ele simplesmente escrevia uma musica e daí ele saía em busca de quem ia tocar e quem ia cantar e ele ganhava o dinheiro no final. (e era muita grana) Foi assim que Mister Sam inventou a Gretchen e seu eterno “Melô do piri-piri”.

É uma musica com praticamente nada além de gemidos e umas frases soltas em francês e uma guitarrinha irritante em loop. Era uma desculpa para a Gretchen rebolar, claro. Tem quem veja “alma” nisso aí, mas eu vejo mais que isso, vejo um negócio altamente rentável.  Se Mister Sam fosse fazer algo assim hoje, talvez ele estivesse focado em gerar uma gostosa de IA. Em vez de gastar dinheiro com uma banda, ele pagaria alguém para gerar a musica com sintetizadores ou mesmo IA e “pau na maquina” do mesmo jeito.

Outro exemplo de grupo musical metafísico é o Milli Vanilli.
milli vanilli | Textos | banda, IA, inteligência artificial, musica, Textos

Esses dois caras formaram uma dupla que chegou no topo das paradas e conquistou Grammy nos anos 1990 foi obrigada a devolver o prêmio após revelação de fraude.
Foi tambem uma ideia de Frank Farian, um produtor na linha do Mister Sam, que inventou a dupla e colocou dois caras sarados para fingir que cantavam com plauyback.

Esses dois eram como os bonequinhos de desenho animado do Gorillaz. Mas as pessoas ficaram putas quando a verdade veio à tona. Não eram eles que cantavam!  Até então, tinha “alma”, tinha “molho” e tudo mais, só que depois da verdade exposta, sumiu a alma? Acabou o molho?
Minha impressão é que a música de Milli Vanilli segue sendo igual sempre foi, ao ponto deles levarem o Grammy de Melhor Artista Revelação em 1990. O problema reside na dimensão da fantasia. As pessoas não querem ter seu tapete de crenças puxado. Elas queriam acreditar que os bonitões cantavam.

A eterna discussão do que é arte

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Arte.

Esse treco todo volta e meia passa pela eterna discussão do que é arte. Desde o Urinol do Duchamp à banana na parede, vacas cortadas ao meio e coisas assim, as pessoas ficam debatendo o sexo dos anjos. Na musica, não seria diferente.
O que eu acho mais escroto em tudo é o cara que acha que ninguém pode ouvir funk porque ele gosta de Heavy Metal. É como o religioso que acha que o Deus dele é o certo.
A gente tem que abrir essa cabeça, né? O mundo já ta uma merda o suficiente pra tu ficar cagando regra.

Eu acho que se tem público, se alguém gostou e ta ouvindo, é arte. Foi criado com IA? Foi tocado na gaita? Foi batucado no cano ou foi peidado com a mão, tá valendo.
Eu também faço umas musiquinhas usando IA e meu sonho é que fosse fácil igual uma galera pensa que é.

Teve musica que passei uma semana lutando contra a IA, que queria fazer uma parada totalmente diferente do que eu idealizei. Agora as feramentas de IA permitem voce abrir a sua musica num painel e trabalhar as partes dela, você tem controle, mano. Não é aperte aqui e sai pronto (mas pode ser se o cara tiver preguiça).
Pelo menos no meu caso, eu como gosto de sarna pra me coçar,  trabalho efetivamente  escrevendo as letras, desmontando musicas, e remontando, e muitas vezes, eu TOCO a musica numa flauta de verdade, aqui no mundo real e depois transformo ela em outra coisa com a IA. E assim nasce uma musica.
Tem umas que saem facil, outras dão um trabalho do caralho! Tem um monte que vai pro lixo pq não consigo fazer ficar legal e jogo a toalha.

O medo do novo

O problema das pessoas com musica feita com IA envolve também o medo do novo.
Isso vai de ritmos (como as proibições ao rock nos tempos da brilhantina) e até mesmo aos instrumentos.  Vamos lembrar que até o Gilberto Gil — que é um camarada de mente aberta — passou a vergonha de paticipar de passeata contra o uso da guitarra elétrica no Brasil. Ele mesmo diz que tem vergonha de ter feito isso.

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Passeata contra a guitarra eletrica em 1967

Assim, gente querendo censurar musica, apenas porque não concordam que se use Inteligência artificial em sua criação não espanta. Já vi usarem as mais variadas desculpas  pra se banir musica. É uma coisa velha, encardida na história.

Seja por motivos religiosos, políticos ou morais, as músicas que desafiam o status quo ou que de alguma forma interferem em certos interesses, são frequentemente silenciadas. A famosa rede de comunicação britânica BBC se recusou a tocar a música “God Save the Queen” da banda de punk rock Sex Pistols. Por um momento, os Estados Unidos proibiram faixas dos The Beatles; a China proibiu o K-Pop (ritmo pop sul-coreano) temendo sua influência global; já a Alemanha nazista proibiu o jazz na época e a ditadura militar do Brasil censurou 500 músicas entre 1964 e 1985.

Essas coisas são parte da vida. O preconceito contra a inovação é do jogo.
Mas até que ponto devemos nos preocupar?

Eu não sei você, mas eu me preocupo muito, o tempo todo estou preocupado, porque  há de fato uma insegurança generalizada em todas as áreas. Na questão da IA na musica, o que eu vejo de problema não é uma banda com homenzinhos feitos no Chat Gpt, são as automações. Uma simples automação bem feita pode fazer um trilhão de musicas de todos os tipos e subir 24/7 para os streamings, estourando a banda de dados, superlotando e atolando todo o processo de indexação nos sistemas, e isso irá empurrar os produtores reais para uma periferia caótica.
Ah mas que sujeito chato sou eu que me espanto com sacanagem num mundo cheio de sacanas, hein?

A regulamentação do papai-Estado

Eu sempre pensei que o bom uso das tecnologias de inteligências artificiais deveriam estar ao alcance do ser humano, para serem usados pelo ser humano, num processo de criação como uma FERRAMENTA.

Mas se uma automação começa a controlar isso e gerar material procedural de forma descontrolada, acho bem problemático — e principalmente porque as pessoas com pensamento simplista colocarão tudo no mesmo saco. E outros, ainda mais desesperados, implorarão por uma “regulamentação do papai-Estado”, convenientemente ignorando o fato de que hoje o estado pode canetar a seu favor, mas ele pode ir contra você amanhã, quando o poder mudar de mãos.

Fora que o Estado não tem poder mágico, eles vão escolher alguém que certamente será aquele amigão do uisquinho e tapinha nas costas, pau mandado do partido, ariculado ideologicamente, para sentar numa cadeira e dizer o que pode e o que não pode sobre tudo envolvendo IA.

Aí o governo resolve botar um amigão desses, como foi o Mário Frias, aquele ator medíocre de novela das seis, o Ministro da cultura da gestão Bolsonaro, que vai decidir com base no que ele acha certo com sua visão de mundo.
Quem é que pode ter a prerrogativa de saber tudo sobre IA para apitar qualquer coisa? Até onde algo assim será bom? Não sei.
Eu não tenho uma resposta nem um caminho. De onde eu estou, eu só vejo merda no horizonte, desculpe, sou pessimista.
Mas de volta a questão do cara que prefere ouvir musica ruim provinda de gente do que musica boa feita com IA, (sem sequer entrar no mérito do que é bom e o que é ruim) acho que estamos vivendo um momento bem curioso.

Chegará um momento em que não saberemos se algo é real ou não. Diante disso surge uma questão que costumo pensar nela enquanto eu drijo pelas ruas de Nierói. Ela é: Existe um valor intrínseco da criação humana na arte?
A resposta imediata de 9 em cada dez pessoas a quem eu ja perguntei isso é “Sim”.
Mas será? Eu não estou certo disso, falando sério mesmo.

Claro que quando você pensa no artista, lá trabalhando ralando feito um feladaputa, quase que num comercial do Domecq a gente dá uma moral para a humanidade subjacente ao processo de criação e execução.

 

Mas será que isso muda de figura num “teste cego”? Esse talvez seja o ponto onde eu me vejo mais confuso atualmente. Se eu visse uma obra foda, sem ter a mínima noção se aquilo veio de um cara sozinho, criando num quarto de hotel ou um cara sozinho montado num supercomputador criando com uma IA que usa um dataset monstruoso, criado com bilhões de referências (guarda a sua carta da “arte roubada dos artistas” aí um minutinho, pq tem  dataset feito com arte legalizada também) eu teria como julgá-la para algo além do “gostei-não gostei”?

Hoje há discussões sobre pessoas que param de gostar de livros porque descobriram que os autores eram verdadeiros cuzões, como o H.P. Lovecraft, e o acusado de ser abusador, Neil Gaiman.
Há os que separam o autor da obra. Você é desses?
Será que uma música, feita por exemplo num sintetizador Roland, capaz de emular vários instrumentos diferentes, tem menor valor que a mesma música feita numa sala de concertos com 70 musicos?

E se tiver, esse valor está implicito no produto artístico? Ou apenas na minha compreensão do produto, ou seja, o tal “valor artístico” está não no produto, na arte, mas no receptor?

Para um pintor de paisagens e retratos, a fotografia é um cheat produzido por uma máquina. A fotografia perde seu viés artistico por ser produzida com um instrumento? E o pincel, a tela, o aerografo, não são também instrumentos por acaso?

A musica tocada no radio tem menor valor que a musica tocada ao vivo?

Se uma orquestra pegar uma musica criada com IA e executar? Vira uma “lavagem qualitativa” (pergunto pq é claro que vai ter banda fazendo, ninguém é trouxa de achar que não). Esse gênio não volta mais pra dentro da garrafa. Lucar contra a IA é perda de tempo. É melhor gastar esse tempo aprendendo a usar de forma boa.
Eu fico pensando nessas coisas.
Talvez ainda seja muito cedo para formarmos uma compreensão equilibrada do contexto da tecnologia na nossa vida e na arte.

Ou pior, talvez já seja tarde.

Subindo músicas para os Streamings 2 – Minha experiência na LANDR

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Se você ainda não viu o primeiro artigo que eu fiz detalhando o processo pelo qual um artista pode fazer o upload de suas músicas para os principais serviços de streamings de músicas, dá uma olhada aqui.

Nesse artigo aqui eu vou relatar um fluxo de trabalho que estou testando com a LANDR e que realmente gostei muito, não apenas pela sua facilidade mas também pela ENORME qualidade do serviço, e as ferramentas disponibilizadas pela plataforma, que são de pirar o cabeção, maluco.

Bom, eu já estou batendo cabeça nesse negócio já tem alguns meses, mas em termos técnicos, acho que já posso me qualificar quase como um semi-virgem, hahahaha.

Quando comecei, logo após aquele primeiro artigo (uni o útil ao agradável, conforme eu pesquisava para resolver os meus problemas, eu fiz artigos ensinando o que eu estava descobrindo, o que serve para ajudar os outros e isso vai enchendo este site) eu me encontrei meio perdido sobre como deveria fzer para subir as minhas músicas. Cada serviço tem seu grau de complexidade e burocracia. Entenda, subir musica para os serviços não é como jogar sua foto no instagram ou subir um video para o youtube. É mais trabalhoso. Por que? Porque são mais de 100 servições de streamings hoje e cada um tem suas exigências de formato, padrão, metadados, e tal, fora questões técnicas como samples, taxa de bits, direitos autorais divisão de royalties, e tudo mais… Mas embora não seja um “passeio no parque”, também não é “física de foguetes”.

Serviços bons e furadas

Em alguns serviços que experimentei esse trabalho era mais complexo ou menos complexo. Alguns sistemas são até meio burros — no sentido de que você fica preso a ficar preenchendo campos com pergutas e exigências estúpidas repetidamente.  Outros têm taxas ocultas que você vai descobrir depois que ja pagou “pra entrar na festa”.

Mas como criador, o ruim mesmo é quando tudo está cero você sobe o material e espera um tempão para descobrir que ele foi recusado por alguma nova burocracia ou exigência estapafurdia.

Um dos serviços que eu fiquei mais puto e quase me levou à loucura, tive vários “piripaques do Chaves” de ódio, depois de me dar um trabalho DO CACETE e resultou em NADA concreto, mesmo eu pagando caro pra caralho por uma conta profissional lá, falando direto com o atendimento, explicando meu projeto ANTES de contratar (sempre antes de contratar tudo é lindo, tudo é maravilhoso) e depois se recusaram a me devolver o dinheiro, mesmo sabendo que eu não ia subir nada lá. Essa é a bosta do unchainedmusic.io

Quer um conselho de amigo? Passe longe desse aí!

Mas a beleza da internet, das tecnologias e do livre mercado, é que para cada serviço lazarento, se você souber procurar, pode achar um legal.

E eu achei o LANDR legal. Eu já conhecida o LANDR desde quando usei para fazer uma masterização naquele experimento onde eu escrevi uma musica e fiz o falecido Charles Aznavour cantar — de quem sou devoto, (sim, devoto, pq “fã” é bem menos do que eu sou)

Uma musiquinha muito limitada tecnicamente para a época, (pq se hoje a IA está ainda nos primórdios, eu fiz aquilo no primórdio dos primórdios). Você não tem noção do tempo que eu perdi, tentando fazer aquilo usando ferramentas como o Eleven Labs lááá atrás para fazer aquela merda cantar.

Obviamente o resultado era bem abaixo do sofrível, já que é uma Inteligência Artificial de narração.
Eu ficava mandando meus testes para o meu amigo Robert, que pacientemente ouvia e concordava: “É…Ficou uma merda”.

Bem, conforme a tecnologia foi evoluindo e novos serviços aparecendo, mais e mais gente investindo tempo e recursos em criar ferramentas altamente complexas, eu passei a me dedicar mais profundamente aos experimentalismos. Usando Daws e loopers, tocando músicas numa flauta, gravando no banheiro (do mesmo jeito que o Raul Seixas fazia) e convertendo o som em notas musicais, depois reconvertendo as notas em Midi e alterando isso em diferentes instrumentos no looper, exportando essa base, jogando no Suno para recriar a partir daquilo, exportando em partes, diovidindo no Lala.ai e jogando no reaper para remontar com efeitos sonoros, do Eleven Labs que foi evoluindo paralelamente e hoje é uma ferramenta ABSURDA de legal… Eu passei a perceber que a tecnologia tinha botado um canhão na nossa mão.
Mas isso aí é um mundo cara! Não dá pra dominar, e essa foi uma constatação que cheguei rapidamente, foi um choque de humildade. Eu nunca vou ser bom nisso.

Existe tanta coisa, são tantos processos, tantos plugins, tantas traquitanas — fora IAs — que me senti um chimpanzé exposto ao painel de controle de um Boeing 747. E é assim que me sinto ainda. Foi assim também quando abri a interface do Zbrush pela primeira vez. Eu olhei pra ela, ela olhou pra mim, e eu pensei: “Nossa Senhora, eu tô ferrado!”

Mas eu sigo batendo cabeça, e me divirto muito no processo, que é também, muitas vezes, frustrante demais.  Mas entre os experimentalismos mais loucos que eu fiz estão a única música do mundo contendo um suposto extraterrestres de verdade (gravações de aliens do caso Mirassol) e a única musica do mundo contendo um suposto fantasma de verdade, o Konstantin Raudive Mais experimental que isso, só o Hermeto Pascoal tocando a cuba da pia do banheiro, hahaha.

A LANDR

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Mas vamos falar da minha experiencia na LANDR, que é o que interessa. Desde seu lançamento em 2014, a LANDR oferece uma serie de ferramentas que ampliam as possibilidades dos músicos. Basicamente é como uma plataforma self-service, que é acessível e interessante demais em todos as etapas da criação musical. A empresa já ostenta com orgulho mais de 3 milhões de usuários, de 160 países e funciona num montão de línguas. Atualmente, eles ja têm mais de 12 milhões de faixas masterizadas e passam dos 20.000 lançamentos mensais, e seu parquinho está lotado de gente, desde produtores caseiros (como eu), até artistas e selos estabelecidos, gente que tem Grammy na estante.

Masterização com IA na LANDR

A masterização é realmente uma parte importante no processo de finalização de uma música. E é aqui um dos pontos fortes da LANDR. Os caras oferecem uma masterização instantânea com qualidade de estúdio, através de aprendizado de máquina e inteligência artificial. O algoritmo de masterização deles é guiado por uma equipe de engenheiros de áudio profissionais. Ele foi construído para analisar e ajustar o áudio pedacinho por pedacinho. Tudo começa com um grande big data onde eles reuniram dados de milhões de faixas masterizadas. Assim, essa IA aprendeu a dar uma melhorada SUBSTANCIAL no processo de otimização da música.

Eu já testei varios processos de masterização diferentes. Até chegar na LANDR, eu estava usando um fluxo manual no Reaper, onde me dava um grande trabalho de setar alguns plugins e ajustar tudo na mão em vários canais. Depois achei um jeito com IA que era muito interessante, usando esse modelo que baixei no github e funciona com uma IA local, escrita em C++, que rodo aqui na minha máquina, mas claro, ele é muito (mas muuuuuito mesmo) mais primitivo do que a LANDR consegue gerar.

Lendo assim, isso pode até soar como algo difícil pra caramba, (masterização é coisa pra engenheiro, mano, eu sei) mas eles conseguiram fazer tudo de um jeito bastante intuitivo, e olha, estão de parabéns!
Um ponto muito forte é a interface. Talvez a melhor que já usei ate agora. Olha que belezinha essa UI:

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Masterização mais fácil que andar pra frente

Bibliotecas de Samples

Olha, aqui está um campo onde eu sou garoto, sou noob, total cabaço, chame como quiser.

Me parece que os caras que fazem essas músicas modernas de hoje, ficam trocando esses samples, esses beats aí e coisa e tal. Música de gente moderna, tá ligado? Eles baixam eses packs e samples e jogam em loopers e brincam com eles, misturam coisas, é como aquele brinquedo de antigamente “o laboratório de química experimental” só que na versão de música, e eletrônica.  São como pedacinhos. Tem pedacinho de tudo que você imaginar, uns de bateria, uns de violão, e pianos, sintetizadores, os caras pegam essas coisas e vão misturando e jogando um em cima do outro e ajustando, para formar novas músicas. Eu sei que isso ainda vai ser uma cachaça que vai SUGAR A MINHA VIDA. E por isso, estou só olhando esse negócio aqui da borda da piscina por enquanto.
São nada menos que 3 milhões de samples livres de royalties ali pra você. 
Eu sou proveniente de um outro mundo, e estou tentando engatinhar antes de correr. Mas tem isso lá. Um porrilhão, maluco. Um porrilhão de bibliotecas de samples royaltie free para você usar e fazer o seu som.

samples ldnr | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora
É um mundo de samples! Se você curte, isso vai sugar sua vida!

Cursos

Uma outra parada que tem lá dentro que eu vi por alto e já me interessou, é que eles tem uns cursos. Tem curso de um MONTE de coisa, são mais de 200 cursos e isso é muito útil, porque eu sou autodidata e fico HORAS tentando descobrir como faz as paradas. É meio como um orangotango tentando escrever uma tese.  Cursos podem ajudar a acelerar o processo. De graça ainda, fica melhor, é sempre bom, né Jason?

cusrsos | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora

Subindo o som

Então, como eu te disse, a Ladnr é uma plataforma que ajuda a criar o som, melhorar o som, te ensina como resolver as paradas, e claro, ela vai ajudar você a subir seu som para os streamings depois que estiver pronto.
Até onde eu consegui entender, eles tem um wizard interno que te pega pela mão e leva num passo-a-passo até a música pegar o aviãozinho direto para o Spotify, Deezer, Apple music e adjacências.  Este é o visual do distribution wizard.

 

Distribution Wizard EN | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora
Aqui está em inglês mas ele aparece todo em português tb

Você vai preenchendo e ele vai te orientando. Basicamente é bem fácil. Ele pergunta coisas como o nome da música, quem é o artista principal, se a música tem letra ou é instrumental, se tem, quem esceveu a letra, quem compôs a melodia, quem é o produtor musical da obra e assim vai.
Você pode ter um artista principal ou mais de um. Artistas convidados, tudo isso você vai colocando lá.
No botãozinho verde de NEXT, você vai “passando de fase”.  Mas isso é legal — ele verifica se tu deu algum mole ANTES de ir pra fase seguinte.

Por exemplo, um mole que eu dei e ele me avisou, foi que uma das minhas músicas tinha mais de oito segundos de silêncio. Por regra de vários streamings, não pode. Aí ele indicou isso e eu cropei a parte do silêncio lá e subi de novo. Fácil e rápido.
Formatos ele aceita vários, entre eles, o Wav e o Flac.

Música no ar em dois dias?

Velocidade é o lance. Eles prometem um lançamento em somente 2 dias. Quem já usou esses serviços de distribuição que existem por aí afora, sabe a via crucis de esperar até um mês para uma música subir para os streamings. Dois dias pra catapultar a música da tua máquina para o mundo, é o SONHO DOURADO de qualquer artista.

 Royalties

Não acho que eu poreciso dizer isso, porque bem, é óbvio! Uma vez que você lançou sua música nos streamings, você pode receber royalties pelo seu trampo. Mas você já sabe disso e não vou chover no molhado.  Um amigo meu, vendo minha empolgação,  perguntou: “Cara, isso dá dinheiro?”


Porra, se dá! Eu estou rico, mermão, morando numa cobertura na Vieira Souto! Eu só finjo que moro em Niterói, hehehehe.

Falando sério agora: Cara, se tu acertar uma música e ela bombar, sim, você vai ganhar dinheiro, mas é tão difícil, meu… Muito mais de vinte mil canções entram nos streamings por dia.

Não faça pelo dinheiro apenas, pq se fizer, tu vai se frustrar! Quer dinheiro só? Compra um PLR, ou escreva um curso de alguma coisa que você sabe, aprende a fazer esse marketing mais safado de funil de vendas, meta a conversa fiada de jornada do herói na copy, prometa mundos e fundos para o desesperado achar que vai enriquecer com seu curso, vai lá em Balneário Camboriu e tire umas fotos numa Ferrari Lamborgni ou McLaren alugada, pose todo pimpão na porta da mansão de alguém e bote pra vender num hotmart da vida.

Esperar ganhar grana de verdade com streamings que pagam frações de centavos por execução, está longe de ser a estrada dos tijolos amarelos. Qualquer um que disser o contrário estará te iludindo.

Mas se você é um artista, um criador de alguma coisa musical e gostaria de compartilhar o que você faz com o mundo, aí é legal. Mas ficar rico nisso, é como diz o camelô:

“Num tem galantia! Pla que galantia? Vai tomá na sua cu!”

Quanto tu vai ganhar? Depende. A ferramenta tem uma calculadora de royalties onde você pode ver que precisa de muito nego ouvindo seu som para pingar um cascaio. Olha só:

calculadora de royallties | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora
Para ganhar cem dólares, ou seja, uns 600 reais no spotify, você precisa ter quase trinta mil plays. Ja no Tidal, com esse volume, tu já abiscoita o dobro! E no Deezer, três vezes mais. O LANDR manda sua música pra todos duma só vez (vc controla pra qual streaming vai querer mandar).

No meu primeiro mês, de cara, com uma música (que eu odeio, chamada “Linda Flor”) e que fiz só para entender como funcionava, eu arrumei 5000 seguidores que ainda estão ouvindo a minha música. Hoje, ela já está nuns dez mil plays la no Spotify, eu acho.

Então, segue meu raciocinio aí: Se tu fizer uma música maneira e der a sorte de alguém jogar ela numa playlist, ou ela virar um chiclete na cabeça de uma galera, (tipo no segmento sertanejo) aí o céu é o limite!

 Divulgação com a LANDR

A empresa oferece também outra parada que não testei. Além da distribuição, eles incluem o acesso ao programa Spotify para Artistas e lançamento das faixas para os editores de playlists. Note que a LANDR não faz esse trampo de divulgação nas playlists, mas ela da as ferramentas pra você fazer.
O sistema permite criar campanhas pre-save e criação de engajamento antes do lançamento. Tabém permite adicionar letras com o Musixmatch e permite que os fãs as utilizem em plataformas como o Instagram, o que dispara o alcance. Ele tem um monitoramento de performance com estatísticas e ferramentas para conceber ideias. Parece legal.
Tambem é possível dividir royalties na plataforma, mas não sei bem como usa isso, porquê eu sou um homem solitário.

Quanto custa a brincadeira?

Aqui está a real questão central para nós, os sulamericanos. A gente não ganha em dólar. Tudo pra nós é seis vezes mais caro, (na verdade umas dez vezes ou mais, pq ainda tem a carga tributária).
Os caras oferecem três planos (o que é uma ideia inteligente, já que nem todo mundo têm o mesmo perfil).
Os planos são: Essentials, Stardard e Pro.

os planos da Landr | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora Eles vão te dar masterização com IA ilimitada em todos no formato Mp3. A distribuição de músicas também é ilimitada nos três planos.
No mais barato, você pagará cerca de 21,90 reais por mês e no mais completão, 41,50 por mês. Não é nada absurdo, considerando que hoje você come uma pizza (que vai virar cocô) por uns cem reais. Se for da de boa qualidade com catupiry de verdade, uns 150, né?
Claro que cobram antecipadamente no modo anual, onde o valor fica melhor, mas você vai desembolsar quase 500 conto de cara. Compensa? Depende do perfil como eu disse.

Eu acho que uma boa seria “entrar pela beiradinha”. Eu, usuário novato, iria no plano standard, e depois faria um upgrade conforme a necessidade.  Mas se você já sabe dos paranauês, aí tavez compense mais entrar via pro até para ter mais acessos ao manancial GIGANTESCO de plugins que eles liberam no pro. Só de extras os caras estão oferecendo nada menos que QUATRO MIL FUKING REAIS de brindes úteis de parceiros.  No total de features mais brindes chega a uns oito mil dinheiros!
Se liga:

extras | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora
Orchestra elements?? VEM NI MIM!!!!

Bom, eu jáa rodei os quatro cantos do mundo procurando, e realmente até agora não encontrei nenhum serviço que ofereça tanto por este valor. Todos os planos da LANDR  dão acesso a um plano de distribuição que inclui:

  • Distribuição ilimitada de singles, álbuns e EPs, para mais de 150 lojas, incluindo Spotify, Apple Music e até o TikTok
  • Você vai ficar com 100% dos seus royalties (IMPORTANTE!)

Outra parada que eu vi, mas não sei como funciona ainda é a LANDR Network, um negócio que você pode contratar e vender serviços lá dentro.

Pode ser uma fonte de renda extra dependendo do seu caso, hein?! Os profissionais da “LANDR Network” são músicos profissionais que oferecem diversos serviços relacionados a música, produção musical e marketing. A rede permite que você encontre trabalhos para tudo, desde composição musical até mixagem e masterização, passando por capas de álbuns e criação de conteúdo.

Pelo que eu entendi, existem dois tipos de profissionais de rede na LANDR, os Profissionais Afiliados, que são Membros da comunidade LANDR que oferecem serviços. Qualquer pessoa pode ser um Profissional Afiliado. em também os profissionais Verificados: Profissionais da indústria musical verificados e ativos, avaliados pela LANDR. Profissionais Afiliados podem se candidatar para serem destacados, mas devem ter um histórico comprovado. E olha que legal: Não tem comissão. É direto. 

Colocando a LANDR à prova

Eu decidi testar o serviço antes de publicar este artigo, é claro. Pra isso, subi a continuação daquele projeto instrumental que eu lancei essa semana, o “Heaven in concert“.  Eu ia lançar como “Hell in concert”, mas acho que talvez o nome “inferno” prejudique o acesso, então eu fui numa pegada mais leve colocando o nome de “Concerto profano” no disco:

concerto profano capalow | Textos | dicas, LANDR, musica, streamings, trilha sonora
Basicamente, são trilhas orquestrais com um estilo meio sombrio e macabro. Bom pra assustar a vizinha crente com satanic panic.
Uns cantos meio gregorianos em latim, com uns gritos de coro a la Carmina Burana completam a obra. Na última larguei uns gritos, chamas e risadas sinistras de demônios, criados com a ferramenta de efeitos sonoros de IA do Eleven Labs, sempre muito útil para inventar barulhos diferentes.
Assim que eu subi, levei uns vinte minutos para cadastrar tudo como devia ser e mandei pra análise.

Pois bem, logo depois que eu mandei veio um aviso de erro. Eu havia cadastrado meu disco como “Soundtrack”, porque por alguma razão que desconheço, “clássico” não entrava no streaming da Apple.  Parece que a Apple não gosta de musica clássica.

Assim, tentei “soundtrack”, que entra, mas segundo me disseram, eu só poderia usar soudtrack se meu disco fosse a trilha de um filme existente. Então, voltei para clássico mesmo e mandei subir, sabendo que ele não vai entrar na Apple Music e meu querido amigo Dalmo, que é fã de carteirinha do Steve Jobs, não vai ouvir meu disco profano.

Mandei subir e fui levar o Davi pra cortar o cabelo. Ao voltar da barbearia, surpresa!
Para meu total espanto, não levou dois dias, como eu esperava. Levou HORAS! Entrou Hoje mesmo! 
Está lá no Spotify já. Escuta aí:

Enfim, superou vastamente as minhas expectativas. Estou muito feliz de ter achado a LANDR.

 

 

Terra de Gigantes: 10 casos ufológicos com seres enormes

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Dentro da casuística ufologica, existem contatos imediatos de todos os tipos e dentro desses contatos, temos também contatos com criaturas bem diferentes. A Ufologia tenta seu melhor para criar um sistema de classificação tipologica desses seres, afim de organizar o manancial infinito de esquisitices, (falando nisso, se você quer ver uns aliens bem estranhos e macabros tenho um post pra você) de modo que esse monte de relatos possam ser agrupados e estudados, buscrando correlações e eventuais conexões futuras que permitam aos pesquisadores se aprofundarno mistério.

Dentro desse monte de seres, temos alguns que parecem ser predominantes em casos na Terra, que são os seres peludos, os baixinhos cabeçudos dos olhos grandes e pretos, os bonitões atléticos nórdicos, os fortinhos atarracados de cabelinhos curtos, os que emitem luz e lembram fantasmas, os pequeninos e finalmente os gigantões.
Nesse post me aterei apenas aos encontros estranhos com seres enormes.

1-  O humanóide gigante na estrada

514283630 754129267176930 1271081007711056266 n | Textos | aliens, contatos imediatos, extraterrestres, gigantes, humanoides, ufologia
Esse caso ocorreu em Pradelles-Cabardès, Aude – França no dia 27 de abril de 1987.

Era o fim da tarde quando, um homem de meia-idade que optou por manter sua identidade em sigilo por questões de privacidade, caminhava sozinha por uma estrada rural pouco movimentada, nos arredores da vila de Pradelles-Cabardès, no sul da França. O céu estava encoberto, típico da primavera, com uma luz suave espalhada sobre a vegetação e silêncio absoluto no ambiente. (provavelmente aquele silêncio já conhecido em varios casos de contatos imediatos, onde um estranho vácuo parece absorver todos os sons do ambiente. Animais não cantam, não há som de vento, insetos nem nada)

Ao chegar a uma encruzilhada isolada, o homem relatou ter avistado uma figura gigantesca, com cerca de três metros de altura, cruzando a estrada à sua frente.

Segundo ele, o ser possuía braços longos, ombros estreitos e vestia uma capa ampla, além de botas escuras. No rosto, usava uma máscara transparente que deixava entrever apenas contornos vagos de um rosto.
A criatura não se movia de forma convencional: Ela avançava em saltos rápidos e silenciosos. Depois de cruzar a estrada, desapareceu no matagal à beira da via, sem deixar rastros. Atônito, o homem permaneceu imóvel por alguns instantes, tentando compreender o que havia presenciado. Ainda em choque, deixou o local às pressas, evitando olhar para trás. O caso foi relatado diretamente pela testemunha a Denis Breysse, coordenador do Projeto Bécassine.
Denys Breysse é um físico francês, professor universitário e coordenador do Projeto Bécassine, dedicado a catalogar e analisar relatos de encontros com humanoides em todo o mundo desde 1985. Esse caso está documentado no livro Encontros Humanóides 1985–1989: Os Outros entre Nós (Humanoid Encounters 1985–1989: The Others Among Us), de Albert S Rosales, pesquisador cubano-americano que se tornou referência internacional ao compilar milhares de relatos de encontros com seres humanoides ao redor do mundo.

2- A mulher gigante misteriosa

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Esse caso ocorreu em Schwerte, Alemanha no final de agosto de 1986.

Naquele fim de tarde frio e nublado, com o céu carregado, Rolf Kaster, estudante de química, pedalava pelos arredores de Schwerte-Ergste. Entre campos silenciosos e bosques à margem do rio Ruhr, ele seguia rumo ao instituto, onde faria seus exames finais. Por volta das 18 horas, algo inesperado aconteceu, um encontro que mudaria sua vida para sempre.
Enquanto seguia pela trilha, Rolf avistou uma forma estranha parada a cerca de 10 metros à sua frente. A princípio, a figura estava abaixada, quase escondida entre os arbustos. Ele parou a bicicleta e ficou observando enquanto ela lentamente se erguia, ficando cada vez mais alta até revelar uma mulher imensa, com cerca de 3,5 a 4 metros de altura.

A figura feminina impressionava pela elegância esguia, com membros longos e postura firme. Seu rosto, de traços europeus, exibia uma beleza serena e quase hipnotizante. O macacão que usava tinha um brilho metálico discreto, envolvendo suas mãos e deixando apenas os dedos livres. O capuz e as botas, do mesmo material, pareciam moldados ao corpo. No pescoço, um colar com uma pedra transparente brilhava suavemente.
Kaster ficou profundamente surpreso com a presença da mulher gigantesca. Sem saber o que pensar, ele perguntou:

— Você vem do futuro?

Ela respondeu “não”, em um dialeto alemão que ele teve dificuldade para entender. Calmamente ela disse que vinha da constelação de Lupus, localizada a cerca de 14,6 anos-luz da Terra.

Em silêncio, fez um gesto com a mão, indicando que ele a seguisse. Ainda atordoado com tudo aquilo, Kaster encostou a bicicleta nos arbustos e começou a acompanhá-la. Caminharam em silêncio por um terreno inclinado e coberto de vegetação baixa. O ar parecia mais denso. Mesmo sem entender o que estava acontecendo, ele não sentia medo só uma curiosidade intensa, quase hipnótica, que o impulsionava a seguir adiante.
Kaster e a gigante atravessaram um bosque e chegaram a uma clareira. Acima, flutuava uma pequena nuvem, de onde caía uma chuva fina concentrada. Uma corrente de ferro desceu com um tubo na ponta. A gigante o segurou e se apoiou no tubo. Os dois foram então sugados para cima. A corrente permanecia imóvel, e a chuva limitava a visão. Kaster sentiu forte pressão e quase desmaiou. Ao olhar para cima, viu uma imensa nave metálica oculta no interior da nuvem.
Dentro do objeto, Kaster encontrou outros gigantes semelhantes à sua acompanhante. O chão era metálico e prateado. Havia também algo muito curioso: um ser submerso dentro de um aquário com rodas. A criatura tinha corpo cinzento-esverdeado em forma de funil, com pequenos tentáculos na base e olhos ao redor do topo. Kaster teve a nítida impressão de que a criatura enviava mensagens direto à sua mente e isso causava uma forte sensação de conexão. Era bem diferente dos gigantes, com quem a comunicação era mais difícil. As poucas trocas de informação eram confusas, e ele não conseguia responder com clareza. Logo, os gigantes interromperam o diálogo.
Os gigantes colocaram cuidadosamente um capacete revestido com uma substância gelatinosa na cabeça de Kaster, preparando-o para um teste conectado a um computador. Ele se sentou em um banco, ao lado de um dos seres que também usava um capacete proporcional ao seu tamanho. Kaster deveria jogar um jogo tridimensional, segurando um dispositivo que parecia um cubo de quatro dimensões.
Talvez fosse um teste de inteligência, mas Kaster percebeu que suas perguntas eram respondidas rapidamente, inclusive sobre fenômenos físicos. Quando perguntou por que os gigantes se pareciam tanto com humanos, não recebeu resposta e entendeu que era uma informação sigilosa. Ao tentar tirar o capacete, sentiu uma dor extrema que o paralisou e dificultou sua respiração. Antes de perder a consciência, viu a criatura do aquário mudar de cor para branco, e então tudo escureceu.

Kaster acordou sobre a grama, perto dos arbustos onde sua bicicleta estava escondida. Sentia a mente confusa e estava tão cansado ao pedalar de volta para casa que temia cair. Ao chegar, caiu no sono imediatamente. Na manhã seguinte, estava recuperado e lembrava com clareza cada detalhe do fantástico contato. Percebeu também que seu cabelo estava grudado com uma substância pegajosa e ressecada, de origem desconhecida.
Mais tarde, Kaster pensou que os gigantes poderiam ser robôs orgânicos controlados por uma inteligência avançada. Talvez a criatura no aquário, que parecia se comunicar por telepatia, fosse esse cérebro mais inteligente por trás de tudo. Isso explicaria a aparência humana dos gigantes e a dificuldade de comunicação direta.

Este foi um caso investigado e apresentado por Illobrand von Ludwiger, físico e renomado pesquisador alemão de fenômenos ufológicos, apresentado durante o Simpósio da MUFON (Mutual UFO Network) em 1993 — uma das mais respeitadas conferências internacionais sobre o tema. O caso está documentado no livro Encontros Humanóides 1985–1989: Os Outros entre Nós (Humanoid Encounters 1985–1989: The Others Among Us), de Albert S Rosales.

3- A mulher gigate fantasmagórica

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Este é um caso que ocorreu no Condado de Võru, Estônia em 1937.

Theodor Reha, um fazendeiro respeitado da aldeia de Sänna, caminhava sozinho por uma trilha nos arredores de sua propriedade, no condado de Võru. O ambiente era tranquilo, a luz já rarefeita, quando seus olhos captaram algo incomum adiante, no meio do caminho.

Aproximadamente a 50 metros de distância, surgiu no caminho uma figura feminina imensa. Uma mulher de cerca de cinco metros de altura, vestida inteiramente de branco, cuja beleza era descrita como simplesmente extraordinária.

Ela não se movia, apenas observava em silêncio.

Reha fez uma pausa com medo até que a criatura desapareceu na floresta. O incidente durou apenas alguns minutos.
Theodor estava completamente sóbrio e em perfeitas condições de saúde no momento da observação. Relatou o caso com firmeza, sem exageros, apenas descrevendo o que viu.

Esse caso foi divulgado por Jüri Lina, jornalista e escritor estoniano ativo desde os anos 1960, com base no relato direto da testemunha. Conhecido por suas pesquisas sobre fenômenos paranormais e ufologia, ele se dedica desde 1979 a revelar mistérios que desafiam a compreensão humana. O caso foi posteriormente arquivado nos registros soviéticos dos Arquivos KAYA em Moscou, pela Comissão Soviética sobre Fenômenos Anômalos (CAE), criada em 1984. Este também é um caso compilado na obra Os Outros entre Nós (Humanoid Encounters 1930–1949: The Others Among Us), de Albert S Rosales.

4- O gigante russo 
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Na Rússia, em 1938 relatos de pessoas gigantes começaram a pipocar. Naquele tempo, “gente enorme” era frequentemente avistada nas florestas e nos campos de várias regiões da Rússia.
Um dos relatos mais marcantes é o caso de Nikolai Grigorievich Potapov, natural de Leningrado (atualmente São Petersburgo).

Em 1938, quando ainda era menino e vivia numa aldeia da região de Smolensk, ele testemunhou uma figura de altura impressionante:

“No verão, eu e um grupo de garotos caminhávamos por uma estrada florestal em direção a uma aldeia vizinha. De repente, não muito longe da estrada, entre as árvores, vimos um ‘homem’ de estatura gigantesca. Lembro especialmente da barba esverdeada, de um cinto largo do qual pendia algo semelhante a um sabre, e das botas de cano alto. Suas roupas eram de cor escura.

Com uma mão, ele segurava o ‘sabre’, que levantava e abaixava lentamente. Ficamos apavorados e corremos. Tentamos retornar por outro caminho, mas para nossa surpresa, vimos aquele ‘homem’ novamente e corremos mais uma vez.

Quando contei à minha mãe, ela disse que se tratava de um lesovik (uma espécie de goblin das florestas) e que ela própria também já o tinha encontrado certa vez, enquanto colhia frutas.”

Esse caso foi relatado por Nikolai Grigorievich Potapov em carta enviada décadas depois aos Arquivos KAYA, descrevendo um evento vivido no final dos anos 1930, em território russo. O KAYA foi um projeto soviético de registro de fenômenos anômalos, organizado em Moscou com apoio do Instituto Astronômico do Estado e ampliado em 1984 com a criação da Comissão CAE. Reuniu milhares de relatos enviados por testemunhas, com apoio de ufólogos, cientistas e militares. Ese caso também foi compilado por Albert S Rosales, pesquisador cubano-americano que se tornou referência internacional ao compilar milhares de relatos de encontros com seres humanoides ao redor do mundo.

5- A giganta que impressionou a todos

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Um caso ocorrido em Nifonyata, Distrito de Vereshchaginsky, Região de Perm na Russia é um dos casos de gigantes mais curiosos das coisas bizarras. Este caso não tem uma data específica, mas sabemos que ocorreu por volta d 1930.

“Eu estava no sexto ano naquela época. E morava junto à minha família em nossa aldeia natal, Nifonyata, no distrito de Vereshchaginsky. Era o início do verão, quando surgem as primeiras flores de morango. Eu e um grupo de cinco ou seis colegas brincávamos nas campinas, a cerca de quatrocentos metros ao nordeste da aldeia.
Estávamos perto do cemitério de Kerzhatsky. Ali cresciam três pinheiros, grandes e silenciosos, enfileirados em uma pequena ravina. Seus troncos eram largos e os galhos mais baixos ficavam na altura da cabeça de um adulto.

Foi ao nos aproximarmos dessas árvores que presenciamos algo que jamais esqueceríamos:

De trás do abeto à direita, surgiu uma mulher. Não uma mulher comum. Ela era imensa, três vezes mais alta que um adulto, com cerca de seis metros de altura.

Vestia um traje marrom-escuro que lembrava seda ou cetim, reluzente à luz do sol. O vestido ia até os joelhos, com mangas até os cotovelos e um decote discreto. Não havia cinto nem gola, apenas o tecido moldando-se à sua silhueta atlética. Era uma mulher de beleza impressionante, com traços que lembravam o tipo grego ou romano.

Ela estava descalça. A pele do rosto, dos braços e das pernas era de um tom bronzeado agradável. Seus cabelos castanho-escuros eram muito espessos e caíam sobre os ombros em duas grandes mechas que desciam abaixo da cintura.
Ficamos em semicírculo a cerca de quatro ou cinco metros dela, com a cabeça erguida, fascinados pela sua presença. Ela parou diante de nós, passou os dedos pela mecha esquerda do cabelo como se estivesse se penteando e sorriu. Sem pensar direito, eu disse:

“Gente, olha, o diabo tem mulher!”

No mesmo instante, ela lançou um olhar penetrante na minha direção. Algo brilhou em seus olhos, não sei dizer o quê, então ela se virou com serenidade e desapareceu novamente atrás das árvores.

Reuni coragem e corri ao redor das três árvores para ver onde ela havia desaparecido, mas a menos de vinte metros dali não havia nenhum arbusto, nem vestígio ou sinal de sua passagem. Só estavam as três árvores, imóveis e vazias. Foi quando o medo nos dominou, e todos corremos de volta à aldeia. Cada um contou exatamente a mesma história. Nenhum de nós esqueceu o que viu.
Mais de cinquenta anos se passaram. Tive a oportunidade de falar com minha tia Maria Kirillagovna, que hoje vive na cidade de Vereshchagino e estava conosco naquele dia. Ela confirmou mais uma vez toda a história.
Quem era essa mulher imensa, bela e misteriosa? Ainda me pergunto. ”

O caso foi relatado por P. D. Fedoseev, da cidade de Yaroslavl, em carta enviada décadas depois aos Arquivos KAYA, descrevendo um evento vivido no início dos anos 1930. KAYA foi um projeto soviético de registro de fenômenos anômalos, organizado em Moscou com apoio do Instituto Astronômico do Estado e ampliado em 1984 com a criação da Comissão CAE. Reuniu milhares de relatos enviados por testemunhas, com apoio de ufólogos, cientistas e militares.

6- O humanóide gigante assustador

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Em Burgata, Israel, no dia 30 de maio de 1993 em plena madrugada, eram tr~es horas da manhã quando uma mulher teve uma visão assutadora que a abalaria para o resto da vida.
O caso ocorreu na plácida comunidade rural chamada Burgata.  Hannah Somech, uma mulher de meia-idade, tornou-se protagonista de um dos relatos de contato mais impressionantes e enigmáticos já registrados no país.

Hannah conta que foi acordada por volta das três da manhã pelos latidos furiosos de seu poodle branco. Levantou-se e foi até a cozinha, chegando bem a tempo de ver seu cachorro sendo lançado vários metros no ar e arremessado violentamente contra a parede.

Assustada e indignada, ela saiu de casa para entender o que estava acontecendo. Ao tentar seguir pelo quintal, sua passagem foi interrompida por uma barreira invisível, como se tivesse esbarrado em um campo de foça – uma parede que não podia ver. Foi então que avistou, a poucos metros de distância dela, uma figura impressionante examinando atentamente a sua caminhonete:

O ser tinha aproximadamente 2,13 metros de altura, pele extremamente pálida, cabeça arredondada, olhos grandes e redondos, e vestia um macacão metálico prateado, com aparência brilhante. Apesar da cena surreal, Hannah não sentiu medo. Estava muito furiosa com o que havia acontecido ao seu cãozinho.
Ela perguntou em voz alta:

— O que você fez com o meu cachorro?

Sem que o ser abrisse a boca, ela ouviu uma voz clara em sua mente, fria e direta:

— Vá embora. Estou ocupado.

Hannah insistiu, exigindo uma resposta. Ela acredita que sua expressão incomodou o ser, que respondeu novamente com a mesma voz mental, agora mais firme e ameaçadora:

— Tire essa expressão arrogante do rosto. Eu poderia machucar você também, mas não quero. Apenas vá embora e me deixe trabalhar.

Percebendo a ameaça, Hannah recuou e voltou para dentro de casa. Acordou o marido, que, alarmado, telefonou para um amigo, dizendo que havia intrusos do lado de fora e pediu que ele fosse rapidamente até o local. Quando o amigo chegou, os dois investigaram toda a propriedade, mas não encontraram ninguém. Em seguida, pegaram o carro e percorreram todo o moshav, mas o visitante já havia desaparecido.

Na manhã seguinte, notaram algo estranho no quintal: um círculo de 4,5 metros de diâmetro onde a grama estava completamente achatada. No interior do círculo, a vegetação estava encharcada por um líquido vermelho. Mais tarde, o material foi identificado como cádmio, uma substância tóxica incomum, sem explicação natural para estar ali.

Próximo ao local também foram encontradas pegadas enormes, medindo cerca de 1 pé e 4 polegadas, aproximadamente 41 centímetros, compatíveis com o tamanho do ser que Hannah avistou. Após o encontro, Hannah relatou sintomas físicos severos, incluindo fadiga intensa, dores de cabeça constantes e dores musculares, que perduraram por dias. Esses efeitos são frequentemente associados a casos de contato próximo com entidades não humanas.

O caso de Hannah só se tornou público porque vídeos e anotações foram feitos antes que os líderes do moshav impusessem silêncio absoluto aos moradores. Seu depoimento foi registrado por Doron Rotem, e um policial chamado Yosef Sari também gravou um pequeno documentário informal sobre os encontros na região.

Para Doron Rotem, que interrogou Hannah após o incidente, o ser teria se irritado com o cachorro por causa dos latidos e, por isso, o atacou. Quando Hannah apareceu, ele a teria ameaçado, talvez como forma de intimidação, mas acabou recuando. Na visão de Rotem, isso sugeria que esses seres demonstravam certo respeito ou cautela em relação aos humanos, mas não tinham o mesmo apreço pelos animais. Até hoje, o que aconteceu naquela madrugada permanece sem explicação.O caso aoarece no livro – Return of the Giants (O Retorno dos Gigantes) de Barry Chamish

Barry Chamish foi um jornalista e autor israelense-canadense, conhecido por suas investigações intensas sobre fenômenos ufológicos em Israel. Em seu livro Return of the Giants (2000), ele reúne relatos de avistamentos de seres altos e misteriosos ocorridos na década de 1990 naquele país. Chamish sugere conexões com figuras bíblicas e discute evidências físicas relacionadas a esses encontros.

7- O gigante Brilhante

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Em Megalong Valley, Nova Gales do Sul, Austrália, no mês de novembro de 1977, um casal comum viveu um episódio que marcaria suas vidas para sempre.

John e Gail Weldon seguiam pela solitária Jenolan Caves Road, no lado oeste do Vale de Megalong.
Era por volta das 22h quando, a cerca de três quilômetros da vila de Hampton, uma aparição inexplicável interrompeu sua rota.

Do nada, uma colossal figura humanoide, luminosa e amarelada, com cerca de 3,5 metros de altura, surgiu da vegetação densa ao lado do carro, avançando lentamente até a pista, direto em sua frente.

A entidade atravessou a estrada a apenas 15 metros do veículo. Atônito, John pisou nos freios. A figura caminhou na direção deles, parando por um instante para encará-los. Seu rosto, ainda que envolto em brilho intenso, revelava traços humanos claramente definidos, olhos, nariz e boca. Mas, antes que o casal pudesse compreender o que via, a criatura se virou e desapareceu novamente entre os arbustos, engolida pela escuridão. Sem pensar duas vezes, John acelerou e fugiu dali o mais rápido que pôde.

O caso depois saiu no The Blue Mountains UFO Research Club Bulletin,de  abril de 2017.

The Blue Mountains UFO Research Club, é um grupo australiano dedicado à investigação séria e meticulosa de fenômenos ufológicos na região das Blue Mountains, em Nova Gales do Sul. Por meio de entrevistas, boletins e estudos de campo, o clube documenta casos misteriosos que desafiam explicações convencionais.

8-  Os gigantes do caso Zanfretta

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O caso de Pier Fortunato Zanfretta é um dos mais famosos e controversos da ufologia italiana, envolvendo múltiplos supostos encontros com seres extraterrestres entre 1978 e 1981, na região de Gênova, Itália. Zanfretta, um segurança particular, relatou abduções, contatos diretos com seres alienígenas e experiências que atraíram grande atenção pública, além de investigações por ufólogos e até autoridades locais.

Contexto e Primeiro Incidente (6 de dezembro de 1978)

Pier Fortunato Zanfretta trabalhava como segurança noturno em Torriglia, uma área rural próxima a Gênova. Na noite de 6 de dezembro de 1978, enquanto patrulhava uma vila desocupada, ele relatou uma experiência extraordinária:

  • Avistamento inicial: Por volta da meia-noite, Zanfretta viu luzes estranhas no céu e decidiu investigar o quintal da vila. Ele alegou ter sido surpreendido por um ser enorme, com cerca de 3 metros de altura, descrito como humanóide, com pele esverdeada, olhos brilhantes em forma de triângulo e uma aparência reptiliana. O ser tinha uma cabeça grande, com espinhos ou protuberâncias, e usava algo que Zanfretta descreveu como um “aparelho” no peito, possivelmente metálico, que parecia emitir luz ou sinais.
  • Contato físico: Zanfretta afirmou que o ser o tocou, causando uma sensação de calor intenso. Ele tentou fugir, mas perdeu a consciência. Colegas de trabalho encontraram-no mais tarde, desorientado, com o carro da patrulha misteriosamente posicionado no topo de uma colina, sem marcas de pneus que explicassem como chegou lá.
  • Evidências físicas: Após o incidente, marcas estranhas foram encontradas no terreno da vila, incluindo uma grande pegada em forma de ferradura, com cerca de 50 cm de comprimento, que foi considerada anômala. Amostras do solo foram coletadas, mas análises não revelaram nada conclusivo.

Eventos Subsequentes

Zanfretta relatou pelo menos 11 encontros adicionais com esses seres, chamados por ele de “Dargos” (um termo que ele disse ter recebido telepaticamente), entre 1978 e 1981. Alguns pontos-chave:

  • Segunda abdução (30 de julho de 1979): Em outra patrulha, Zanfretta alegou ter sido levado a bordo de uma nave espacial. Ele descreveu o interior como metálico, com equipamentos estranhos, e disse que os seres se comunicavam telepaticamente, mostrando-lhe imagens de seu planeta natal, descrito como um lugar árido. Ele também mencionou ser submetido a exames físicos.
  • Outros incidentes: Em várias ocasiões, Zanfretta desapareceu por horas, reaparecendo em locais distantes sem explicação. Em um caso, ele foi encontrado em estado de choque, com marcas de queimadura na pele. Seus colegas de trabalho relataram interrupções nas comunicações por rádio durante esses eventos, e luzes estranhas foram vistas por testemunhas na região.
  • Hipnose regressiva: Para esclarecer os eventos, Zanfretta passou por sessões de hipnose conduzidas por psicólogos e ufólogos, incluindo o Dr. Mauro Moretti. Sob hipnose, ele forneceu detalhes vívidos sobre os seres, a nave e mensagens que diziam respeito à proteção da Terra. Essas sessões reforçaram suas alegações, mas também geraram debate sobre a confiabilidade da hipnose.

Descrição dos Seres

Os seres descritos por Zanfretta tinham características marcantes:

  • Altura de cerca de 3 metros.
  • Pele esverdeada, com textura áspera ou escamosa.
  • Olhos grandes e triangulares, com brilho amarelado.
  • Cabeça com espinhos ou protuberâncias, sugerindo uma aparência reptiliana.
  • Equipamento ou dispositivo no peito, possivelmente para comunicação ou respiração.
  • Comunicação telepática, com mensagens sobre a Terra e a necessidade de contato pacífico.
zanfretta | Textos | aliens, contatos imediatos, extraterrestres, gigantes, humanoides, ufologia
A pegada gigante do alien (destacada e amarelo)  comparada a um pé adulto humano

Investigações e Repercussão

  • Autoridades: A polícia local e os Carabinieri investigaram os incidentes, especialmente após o primeiro caso, devido às marcas físicas (pegada e solo compactado) e ao estado de Zanfretta. Não houve conclusões definitivas, mas os relatórios oficiais confirmaram que ele parecia genuinamente abalado.
  • Testemunhas secundárias: Outros seguranças e moradores locais relataram luzes estranhas e anomalias durante os períodos dos supostos encontros, dando alguma credibilidade indireta.
  • Mídia e ufologia: O caso ganhou ampla cobertura na Itália, com Zanfretta aparecendo em programas de TV e jornais. Ufólogos italianos, como Roberto Pinotti do Centro Italiano Studi Ufologici (Cisu), consideraram o caso intrigante, mas dividido entre ceticismo e apoio. Críticos sugeriram alucinações, transtornos psicológicos ou fabricação, enquanto defensores apontaram a consistência dos relatos e as evidências físicas.
  • Polêmicas: A credibilidade de Zanfretta foi questionada por alguns devido à falta de provas concretas além de seu testemunho e das marcas iniciais. Ele também publicou um livro, Il Caso Zanfretta (2006), e participou de documentários, o que levou acusações de busca por fama. No entanto, ele manteve sua história até sua morte em 2019, sem contradições significativas.

O caso Zanfretta permanece um marco na ufologia italiana por sua riqueza de detalhes, múltiplos incidentes e envolvimento de testemunhas secundárias. Ele é comparado a casos como o de Travis Walton (EUA) devido às alegações de abdução e exames físicos. A pegada gigante e as marcas no solo são frequentemente citadas como evidências físicas, embora inconclusivas. O caso também reflete o interesse da Itália nos anos 1970 por OVNIs, em um período de grande atividade ufológica na Europa.

9- Os gigantes do caso La Rioja

Um veículo atravessava o deserto de La Rioja, a noroeste da Argentina. Era o início de 1995.

O motor do caminhão roncava pesado na estrada poeirenta. O relógio no painel marcava 23h17. Oscar E., um homem de 36 anos e olhar cansado, bocejava enquanto ouvia rádio AM. Era mais uma noite solitária entre entregas, como tantas outras que enfrentava naquele trecho árido do norte argentino.

Mas algo diferente pairava no ar.

Do nada, uma luz intensa surgiu no céu, movendo-se de forma irregular, como se estivesse viva. Primeiro pensou ser um avião, depois, talvez um helicóptero. Mas aquilo não fazia barulho. Não piscava. Apenas se movia… e se aproximava.

Foi quando a luz mergulhou sobre a estrada, bloqueando seu caminho. Instintivamente, Oscar freou bruscamente, sentindo o caminhão derrapar sobre a areia. A cabine foi tomada por um brilho branco cegante. O rádio estalou e morreu. O motor tossiu e calou. Um zumbido grave e pulsante começou a vibrar em seus ossos.

Oscar tentou gritar, mas sua voz não saiu. Suas mãos tremiam sobre o volante. O ar parecia pesado… denso. Em transe, ele abriu a porta e desceu do caminhão, como se estivesse sendo conduzido.

Do outro lado da luz, três figuras surgiram.

Altos — altíssimos. Pelo menos dois metros e meio de altura. Seus corpos eram magros, braços longos, pele azulada e semi-translúcida que reluzia como se fossem feitos de névoa elétrica. Seus olhos eram negros e brilhantes, e não havia boca, nem nariz visível. Eles flutuavam levemente sobre o solo.

Oscar não ouviu vozes. Mas sentiu palavras dentro da mente. Uma presença fria, matemática, quase clínica. Ele estava sendo examinado. Era como uma experiência. Um rato de laboratório diante de algo incompreensível.

Um dos seres levantou o braço e uma espécie de tubo de luz envolveu o caminhoneiro. Tudo ao redor desapareceu. O deserto sumiu. O tempo parou.

Depois, tudo foi escuridão.

Dois dias depois, Oscar foi encontrado por um fazendeiro, caminhando descalço, desorientado e desidratado, no meio do deserto. Estava a mais de 30 quilômetros do local onde havia deixado o caminhão.

O caminhão foi encontrado intacto, parado, com o painel levemente derretido, e os pneus dianteiros murchos. O relógio interno marcava ainda 23h17. O mesmo horário da luz.

Oscar não sabia explicar como chegou ali. Não lembrava de nada. Com o tempo, flashes começaram a surgir — imagens confusas de um ambiente metálico, luzes pulsantes, e os três seres altos olhando para ele como médicos sem alma.

Meses depois, sob hipnose regressiva, Oscar revelou mais:

“Eles me disseram… não com palavras… que estão aqui há muito tempo. Estudando. Testando como nosso corpo se adapta ao planeta. Disse que somos como sementes em terreno emprestado.”

Ele nunca mais foi o mesmo. Sofria de insônia, pânico noturno e sentia que “alguém o observava” constantemente. Largou o caminhão e mudou-se para a cidade, onde viveu discretamente. Alguns dizem que desenvolveu habilidades psíquicas. Outros, que enlouqueceu.

10- O gigante de Paty do Alferes, no Brasil 

contato paty | Textos | aliens, contatos imediatos, extraterrestres, gigantes, humanoides, ufologiaPra fechar, um caso ocorrido no Brasil.
Era 1977, e a zona rural de Paty do Alferes, no interior do estado do Rio de Janeiro, respirava tranquilidade. As noites eram silenciosas, pontuadas apenas pelos sons dos grilos e do vento entre as folhas. Naquela noite específica, Moacir, um lavrador acostumado à lida da terra e aos sons da natureza, percebeu algo incomum: uma luz intensa, branca, imóvel no céu, pairando sobre o campo.

Curioso, ele se aproximou.

A luz descia lentamente, como se estivesse “procurando algo”. O silêncio era absoluto. À medida que Moacir se aproximava do foco luminoso, sentia o ar ao redor vibrar, como se estivesse eletrizado. Foi então que viu — uma figura enorme emergiu do clarão.

A primeira coisa que percebeu foi a altura: o ser media entre 2,5 e 3 metros, com silhueta robusta e movimentos lentos. A pele — ou talvez o traje — parecia metálica, refletindo a luz ao redor de maneira quase líquida. Os braços eram desproporcionais, longos, e havia algo na forma daquele corpo que o tornava completamente estranho… inumano.

Moacir paralisou. Não conseguia mover o corpo nem os olhos. Não havia som algum, nem mesmo o farfalhar das folhas. Uma presença silenciosa e dominante o envolveu. Ele sentiu algo — não palavras, mas uma espécie de comando mental, como se o ser quisesse que ele se aproximasse.

O lavrador deu um passo, depois outro. Mas antes que pudesse alcançar o gigante, tudo se apagou.

Horas mais tarde, Moacir despertou em casa, deitado em sua cama, desorientado, como se tivesse passado dias em sono profundo. Não se lembrava de como havia retornado. Sua esposa o encontrou ali, trêmulo e suando frio, murmurando frases desconexas sobre “luz no campo” e “o homem grande de olhos que pesam”.

Nos dias seguintes, ele começou a apresentar lacunas de memória, distúrbios do sono e uma sensação constante de estar sendo observado. Os filhos — entrevistados anos depois — confirmaram: o pai nunca mais foi o mesmo. Tornou-se introspectivo, evitava falar do caso e se mostrava profundamente perturbado sempre que se tocava no assunto.

O caso chegou até grupos de ufologia, que consideraram o episódio como uma das ocorrências mais impressionantes de contato com seres gigantes no Brasil.
O caso é enorme  eu preciei resumir muito. Recomendo, no entanto, que se você tiver curiosidade escute os dois episódios do podcast Hangar 18 sobre este caso

E também leia em detalhes o caso publicado originalmente no Portal Fenomenum. 

A descrição batia com outros relatos: luz intensa, ausência de som, paralisia, presença de entidade alta e enigmática, e posterior apagamento de memória.
Até hoje, moradores antigos de Paty do Alferes ainda comentam sobre o “homem gigante que veio da luz”.

Bem espero que este post tenha sido divertido e instrutivo. Ele é a primeira publicação do mundo gump numa parceria com a página Enigmas fantásticos, do Facebook.

Bizarro: Homem descobre enguia viva no abdômen

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Ta aqui um post que pode te dar uma gastura do caramba!

Um homem de 33 anos, residente em Hunan, na China, passou por uma experiência médica chocante ao buscar atendimento de emergência devido a intensas dores abdominais. O caso, relatado pelo jornal Huaihua Daily, aconteceu no Primeiro Hospital Afiliado da Universidade Médica de Hunan, onde o paciente chegou com o rosto pálido, suando muito e relatando fortes dores no estômago.

Um diagnóstico surpreendente

Após uma tomografia computadorizada, os médicos identificaram um objeto estranho no abdômen do paciente, que parecia ter rompido a parede do intestino e se alojado na cavidade abdominal. Com o abdômen rígido e sinais de uma possível peritonite – uma infecção potencialmente fatal –, a equipe médica optou por uma cirurgia laparoscópica de emergência. Durante o procedimento, os cirurgiões ficaram atônitos ao encontrar uma enguia viva, de aproximadamente 30 centímetros, nadando entre os órgãos do paciente.

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A cirurgia de emergência

A enguia, que havia perfurado completamente o intestino, representava um risco imediato de infecção grave. Utilizando um instrumento semelhante a uma pinça, os médicos conseguiram capturar e remover o animal. Em seguida, suturaram o orifício no cólon sigmoide e realizaram uma lavagem da cavidade abdominal com solução salina para reduzir o risco de complicações. Felizmente, o paciente se recuperou bem e recebeu alta após o procedimento.

Mas como a enguia chegou lá?

Embora os médicos não tenham detalhado como a enguia acabou dentro do corpo do paciente, especulações não faltaram. Os mais inocentes acham que o chinês comeu o animal vivo, uma pratica bem comum no oriente. Nas redes sociais, comentários variaram entre humor e incredulidade. “Todo mundo sabe como isso aconteceu”, escreveu um internauta. Outro brincou: “Ele deve ter caído sentado em cima dela sem querer”. Apesar das piadas, o caso levanta questões sobre como um animal aquático, conhecido por viver em ambientes lamacentos como rios, lagos e arrozais, pode acabar nadando na barriga de uma pessoa.

Enguias são criaturas adaptadas a ambientes aquáticos e lamacentos, onde costumam cavar buracos em solos macios. Essa habilidade pode explicar como o animal conseguiu perfurar o intestino humano, um tecido relativamente frágil.

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Casos semelhantes não são tão raros

Surpreendentemente, histórias como essa não são inéditas. Casos semelhantes já foram registrados, um inclusive, no ano passado. Apesar de bizarro, o incidente reforça a importância de cuidados médicos rápidos e precisos em situações de emergência.

O destino da enguia, por outro lado, permanece um mistério. O que você acha que aconteceu com ela? Deixe sua opinião nos comentários!

fonte

Heaven in concert

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Quero te convidar para dar uma escutadinha no meu novo album, chamado Heaven in Concert. Acho que á está disponivel em todos os streamings (no spotify eu tenho certeza).

heaveninconcert | Textos | anjos, heaven, musica, streaming

Algumas musicas são puramente instrumentais e outras são cantadas, em latim, em linguas fictícias e fecha com um Pai nosso em aramaico. Tem uma pegada meio SaintPreux e uma delas meio Ray Coniff.

Em breve vem o Hell in concert, já está pronto aguardando a burocracia infinita dos streamings.
Me dá uma moralzinha aí e me segue lá?

Coreia do Sul dá mais um passo na direção de curar o envelhecimento

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Será que algum dia nossa tecnologia nos permitirá viver pra sempre?
Bem, talvez não para sempre, mas pelo menos dobrar nossa expectativa de vida? Parece uma ideia utópica, mas que está gradualmente se tornando mais e mais um futuro palpável! Pesquisas para entender e conter o envelhecimento estão correndo contra o tempo, para mudar o mundo como conhecemos. 

Introdução ao Envelhecimento e à Ciência da Longevidade

O envelhecimento é uma parte inevitável da experiência humana, mas seus efeitos vão muito além de rugas e cabelos grisalhos. Com o passar dos anos, o corpo enfrenta uma série de desafios, incluindo o declínio de sistemas biológicos essenciais que mantêm nossa saúde e vitalidade. Um dos principais fatores por trás dessas mudanças é a deterioração da homeostase proteica, ou proteostase, que regula a qualidade e o funcionamento das proteínas em nossas células. Quando esse sistema falha, proteínas malformadas ou danificadas começam a se acumular, contribuindo para o surgimento de doenças crônicas e degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

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Será que chegaremos no dia em que envelhecer será algo opcional?

Nos últimos anos, cientistas de todo o mundo têm se dedicado a entender como o envelhecimento afeta os mecanismos celulares e, mais importante, como podemos intervir para retardar esses efeitos. Um estudo recente conduzido por uma equipe de pesquisadores da Chung-Ang University, na Coreia do Sul, trouxe novas perspectivas sobre esse tema, apontando para uma droga promissora chamada IU1. Este composto demonstrou a capacidade de melhorar a função de dois sistemas cruciais de controle de qualidade proteica: os proteassomas e a autofagia. Publicado em 15 de agosto de 2024 na revista Autophagy, o estudo abre portas para o desenvolvimento de terapias antienvelhecimento que podem melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.

O Papel da Proteostase no Envelhecimento

As células humanas possuem mecanismos altamente sofisticados para identificar e eliminar proteínas defeituosas, garantindo que o ambiente celular permaneça saudável. Esses sistemas de controle de qualidade proteica são essenciais para evitar o acúmulo de proteínas malformadas, que podem causar estresse celular e desencadear uma série de problemas de saúde. No entanto, à medida que envelhecemos, esses sistemas começam a perder eficiência, permitindo que proteínas danificadas se acumulem e contribuam para o desenvolvimento de doenças relacionadas à idade.

Dois sistemas principais trabalham em conjunto para manter a proteostase: os proteassomas e a autofagia. Os proteassomas são complexos proteicos que degradam proteínas defeituosas em pequenos fragmentos, chamados peptídeos. Já a autofagia é um processo mais amplo, no qual as células “limpam” estruturas maiores, incluindo agregados proteicos, por meio da formação de vesículas especializadas que reciclam esses componentes. Quando esses dois sistemas funcionam em harmonia, a saúde celular é preservada. No entanto, com o avanço da idade, sua eficiência diminui, o que pode levar a uma série de complicações.

A Descoberta da Droga IU1

A pesquisa conduzida pela equipe do Professor Seogang Hyun, da Chung-Ang University, teve como objetivo explorar como a droga IU1 poderia influenciar esses sistemas de controle de qualidade proteica. O interesse pelo IU1 surgiu após o Professor Hyun participar de uma conferência acadêmica, onde descobriu que esse composto era capaz de aumentar a atividade dos proteassomas. Intrigado com o potencial antienvelhecimento da droga, ele decidiu investigar seus efeitos em um modelo animal: as moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster).

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Drosophila melanogaster

As moscas-das-frutas são amplamente utilizadas em estudos sobre envelhecimento devido à sua curta expectativa de vida e à semelhança de seus processos de deterioração muscular com os observados em humanos. Além disso, sua simplicidade genética permite que os pesquisadores observem os efeitos de intervenções específicas com relativa facilidade. No estudo, a equipe administrou IU1 às moscas e avaliou uma série de parâmetros relacionados ao comportamento e à proteostase.

Resultados Promissores do Estudo

Os resultados do estudo foram extremamente animadores. A administração de IU1 revelou um efeito sinérgico impressionante: ao inibir a atividade da peptidase específica de ubiquitina 14 (USP14), um componente do complexo proteassomal, a droga não apenas aumentou a atividade dos proteassomas, mas também estimulou a autofagia. Essa dupla ação resultou em uma melhora significativa na saúde celular, com destaque para a redução da fraqueza muscular relacionada à idade e um aumento na longevidade das moscas.

Curiosamente, os pesquisadores também testaram o IU1 em células humanas e observaram resultados semelhantes, sugerindo que os benefícios da droga podem ser aplicáveis a humanos.

Esses achados são particularmente significativos, pois indicam que o IU1 pode atuar como um agente terapêutico capaz de combater os efeitos do envelhecimento em nível celular.

Implicações para Doenças Degenerativas

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A deterioração da proteostase é uma característica central de várias doenças degenerativas, como Alzheimer, Parkinson e outras condições neurológicas associadas ao envelhecimento. Nessas doenças, o acúmulo de proteínas malformadas no cérebro leva à formação de placas e emaranhados que prejudicam a função neuronal, resultando em sintomas como perda de memória e dificuldades motoras.

Os resultados do estudo sugerem que o IU1, ao melhorar a função dos proteassomas e da autofagia, pode ajudar a prevenir ou retardar o progresso dessas doenças. “A redução da homeostase proteica é uma marca registrada de doenças degenerativas”, explica o Professor Hyun. “Nossos achados podem servir como base para o desenvolvimento de tratamentos para uma ampla gama de condições relacionadas à idade.”

O Futuro das Terapias Antienvelhecimento

A descoberta do potencial do IU1 abre novas possibilidades para o campo da medicina antienvelhecimento. Embora o estudo tenha sido conduzido em moscas-das-frutas e células humanas, os resultados são um passo importante na direção de terapias que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos. Ao preservar a saúde celular e prevenir o acúmulo de proteínas danificadas, o IU1 pode oferecer uma abordagem inovadora para retardar o envelhecimento e combater doenças associadas.

No entanto, é importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias antes que o IU1 possa ser utilizado em humanos. Estudos clínicos em larga escala serão essenciais para determinar a segurança e a eficácia da droga, bem como sua aplicabilidade em diferentes contextos clínicos. Além disso, os pesquisadores precisam explorar os possíveis efeitos colaterais e as interações do IU1 com outros sistemas biológicos.

Sobre a Chung-Ang University

A Chung-Ang University, localizada em Seul, Coreia do Sul, é uma instituição de pesquisa renomada, conhecida por sua excelência acadêmica e contribuições científicas. Fundada como um jardim de infância em 1916, a universidade alcançou o status de instituição de ensino superior em 1953 e hoje é reconhecida pelo Ministério da Educação da Coreia. Com o lema “Justiça e Verdade”, a universidade se dedica a formar líderes globais e criativos, oferecendo programas de graduação, pós-graduação e doutorado em diversas áreas, incluindo direito, administração e medicina.

O Professor Seogang Hyun

O Professor Seogang Hyun é um pesquisador destacado no Departamento de Ciências da Vida da Chung-Ang University. Desde 2010, seu grupo de pesquisa tem explorado temas como metabolismo nutricional, genética do desenvolvimento e mecanismos de envelhecimento, utilizando modelos como a Drosophila melanogaster. Com um doutorado pelo Korea Advanced Institute of Science & Technology (KAIST), o Professor Hyun publicou cerca de 240 artigos científicos e possui um índice h de 20, refletindo o impacto de suas contribuições no campo da biologia.

Conclusão

O estudo conduzido pela equipe da Chung-Ang University representa um marco importante na pesquisa sobre envelhecimento. Ao demonstrar que a droga IU1 pode melhorar a função dos sistemas de proteostase, os pesquisadores abriram um novo caminho para o desenvolvimento de terapias que não apenas prolongam a vida, mas também melhoram sua qualidade. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer antes que essas descobertas cheguem aos pacientes, os resultados oferecem esperança para um futuro em que o envelhecimento seja enfrentado com soluções científicas inovadoras.