quinta-feira, dezembro 12, 2024

Palavras têm poder?

As palavras podem mudar a realidade?

Hoje pela manhã, como sempre faço, fiquei pensando na morte da bezerra. Normalmente o banho é onde largo meus neurônios soltos para fazer a merda que eles quiserem, é como um recreio.

Então fiquei lembrando de uma parada que eu li e acabei pensando se de fato palavras têm poder.

Palavras têm poder? 

A ideia de que palavras possam influir de alguma maneira ainda não compreendida no tecido do real é algo que você vai encontrar nos mais diversos lugares, e talvez seja uma das ideias mais disseminadas entre grupos humanos na Terra. Hoje basta um clique para encontrar cem mil coachees quânticos te dizendo para “vibrar na abundância” (algo que ativa minha quinta série) e toda sorte de que seu pensamento forma a realidade e suas palavras a edificam. Desde aquele negócio de “O segredo” que foi uma grande febre, até sermãos de padres católicos na missa, citando como verbalizar certas coisas as atraem. Você acha material falando disso em praticamente tudo que é escola iniciática.

Seja como for, a ideia de que palavras carregam algum tipo de poder de moldar a realidade talvez remontem a própria cosmogonia cristã. Lá na Bíblia é dito que Deus criou o mundo com a palavra (Hebreus 11:3).

Considerando que os que professam da religião acreditam que os seres humanos são feitos à imagem e semelhança de Deus, portanto seria de se imaginar que nossas palavras também têm poder.

Note que estou falando poder literal de mudar o real, no melhor estilo Matrix mesmo!
Não me refiro no poder da palavra influenciar pessoas e provocar o mal (ou o bem). É um fato incontestável que nossas palavras fazem mais do que transmitir informações; elas têm impacto direto nas pessoas.

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Palavras podem influenciar pessoas a fazer o mal.

A minha dúvida reside justamente na capacidade da palavra falada, que é acima de tudo um construto mental complexo, convertida em fonemas e que viaja pelo ar em ondas sonoras influir no que chamamos de realidade.

Pra mim já está claro que o que consideramos realidade é mais complexo do que parece ser. Era previsível que assim fosse, porque se formos olhar bem de perto, essa é a regra nesse universo.

Tudo que olhamos mais de perto, se revela complexo, em ondas de complexidades que vão se sofisticando. Por isso que pessoas estúpidas, afeitas ao fenômeno Dunning Krueger tendem a pensar que “tudo é simples”.

Nada é simples nesse universo, e nossa luta para entendê-lo e assim, dominá-lo é inglória e eterna, edificando novas ideias sobre os escombros dos erros do passado. Assim caminha a humanidade.

Um milagre, no meu ponto de vista é algo que simplesmente seria impossível. Para muitas pessoas, pode ser difícil separar um milagre de uma ultra-gump-coincidência. Por exemplo, um cara sonha os números da loteria. Ele joga. As chances são de 1:50.000.000 Mas ele sonha, ele joga e ele ganha.  Ou um casal que joga em loterias diferentes no mesmo dia e os dois ganham em jogos diferentes no mesmo dia. Existem coincidências que parecem incríveis demais para ser o acaso. 

Mas isso pode ser considerado uma super coincidência, de fato. Mas uma pessoa sair voando por aí, ou estar em dois lugares ao mesmo tempo na frente de testemunhas, atravessar paredes, ou ainda o intestino de um cara acidentado literalmente crescer bem diante da comunidade cientifica atordoada (um caso realmente impressionante. Não lembro se já contei esse milagre aqui antes) aí estamos falando de um milagre, porque intestinos não crescem espontaneamente, e nem pessoas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo em condições comuns.

Mas ao longo de anos chafurdando as coisas mais estranhas e malucas do mundo para este blog, e após testemunhar o insólito diretamente, eu tenho certeza que milagres existem, e se milagres existem (não vou entrar na origem divina de milagre, não é essa a discussão) é porque o real pode efetivamente e concretamente sofrer perturbações que contrariem a lógica básica de construção dessa realidade.

Se nossa realidade for, como supõe muitos pensadores, um tipo extremamente avançado de simulação, seria perfeitamente possível que em certas situações esse código do real pudesse ser alterado através de algum mecanismos poderoso e desconhecido. Chamem de vontade, chamam de segredo, lei da atração, Deus, Alá ou qualquer divindade à sua escolha entre as dezenas de milhares que os humanos já cultuaram desde sempre.

A morte do Cazuza

Mas eu vou voltar ao meu banho e contar porque eu fiquei pensando isso com o sabonete na mão e a água pelando caindo na minha cabeça.
Eu estava lendo a biografia do Ney Matogrosso, e na pagina 320 Julio Maria, o autor, conta uma passagem muito peculiar ocorrida com o Cazuza.
Era o início dos anos 80 e havia começado a pipocar os primeiros casos de Aids por aí. Ainda chamavam ignorantemente de “câncer gay ou peste gay” na época. Em um certo dia, a mãe do Cazuza, que já estava desconfiada que ele estava namorando o Ney Matogrosso, o abordou diretamente, dizendo para que ele tomasse cuidado com o tal do câncer gay.  Cazuza, fez pouco caso do medo de Lucinha Araújo, alegando que não era promíscuo e saiu. Mas ele sabia que sim, ele era e participava de todas as irresponsabilidades autodestrutivas que conhecemos bem no meio do Rock.  Horas depois ele passou diante de um espelho. Ele foi até o espelho, olhou bem no fundo dos próprios olhos e disse as seguintes palavras:

Você vai morrer dessa maldita!

Quando Cazuza contou ao Ney que tinha feito isso diante do espelho levou um sermão do amigo. “Você não devia ter feito isso”. Ney acreditava piamente que as palavras e obviamente, o nosso pensamento têm poder.
Mas estava feito. Como sabemos, direta ou indiretamente causada pela sua própria irresponsabilidade, cazuza morreu de Aids, e como disse a Veja “agonizou em praça pública”.

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O próprio Ney não sabe explicar porque motivos ele também não pegou aids e em diversas entrevistas já considerou que isso é um milagre.
Mas será que esse episódio do Cazuza revela o poder da palavra?

Outro caso intrigante que me lembro sobre o poder da palavra, é este video, onde o John Lennon diz com todas as letras que ele mesmo ia ser assassinado por um fã. Segundo o autor disse, esse destino foi dito a ele por um espírito. O fato é que Lennon também não levou a sério e leu a carta num documentário que faziam sobre ele.
Tempos depois foi assassinado por um fã, após dar um autografo ao mesmo.

Outro caso macabro que me lembro é do tecladista dos Mamonas que antes de embarcar no avião disse que sonhou que o avião ia cair. Caiu.

No dia 5 de setembro de 2001, o médium irlandês Zak Martin descreveu uma visão assustadora:

“NA ÚLTIMA SEMANA, TIVE UMA PREMONIÇÃO MUITO NÍTIDA DE UM AVIÃO – PARECIDO COM UMA AERONAVE COMERCIAL DE PASSAGEIROS – COLIDINDO NUM ARRANHA-CÉU E EXPLODINDO EM CHAMAS. ACHO QUE É NOS ESTADOS UNIDOS – POSSIVELMENTE CHICAGO”.

O relato de Martin foi enviado para o Registro de Premonições Psíquicas, uma entidade de parapsicologia do Reino Unido. Seis dias depois, não apenas um, mas dois aviões comerciais foram jogados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Como se sabe, ambos explodiram e cobriram de fogo e fumaça os prédios mais altos daquele país, que acabaram ruindo e virando uma pilha de vidro, concreto e aço.

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Outro caso estranho envolvendo palavras de poder ocorreu na Inglaterra.

Neil Trotter, de 41 anos, de Coulsdon, disse ao pai: “Amanhã, a esta hora, serei um milionário!”
O pai dele riu e disse que ele era um idiota e devia parar de beber.
Porém, 24 horas depois, Neil ganhou mais de 107 milhões de euros na loteria EuroMillions.
foto 10 | Textos | cosmos, mente, palavras, poder, TextosPalavras podem ter poder ou tudo isso não passa do eterno fenômeno do viés de confirmação?
Eu não sei, mas é um bom tema para a mesa de bar. Eu tive que parar de pensar nisso, porque a conta de água ia vir muito cara e portanto, o post acaba aqui.
Mas e Você?  Acredita que palavras têm poder?

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Eu acredito que de vez em quando, abre-se algum tipo de janela na realidade, ao mesmo tempo em que uma palavra ou sentença é proferida, e essa janela deixa a realidade mais maleável e suscetível a manipulações. Falo isso por experiência própria e de terceiros próximos a mim.

    Minha mãe mesmo, em duas ocasiões diferentes, chegaram a ela duas pessoas, falando de algum familiar que estava desenganado, e minha mãe dizer, com certeza, de que essas pessoas seriam curadas, o que acabou se realizando. Uma outra vez, minha tia ligou pra minha mãe (são irmãs) e disse que meu primo estava com uma tosse que remédio nenhum curava. Minha mãe falou “Essa tosse não é dele, não nasceu com ele, e vai parar logo logo”. Dias depois, minha tia ligou novamente e disse que a tosse parecia ter sido tirada com a mão.

    Eu, quando passei por uma tentativa de homicídio, fiquei 2 dias no CTI e 6 dias na enfermaria. No meu último dia no CTI, eu nem sabia quando teria alta de lá, mas na visita, falei com a minha mãe que tinha certeza de que ia pra enfermaria ainda naquele dia. Dito e feito. Na enfermaria, eu passei um fim de semana internado, mas falei com a minha mãe que no próximo, eu já estaria em casa. Na quinta-feira, eu recebi alta. Eu nem sabia se teria alta ou não, mas falei com tanta certeza, que acho que a realidade tava muito maleável naquela semana.

  2. This article explores the intriguing idea that words might possess literal power to shape reality. The author reflects on various anecdotal examples, including famous instances involving John Lennon and Cazuza, to illustrate the potential impact of spoken words. While acknowledging the psychological influence of words on people, the author delves into the possibility of words having a tangible effect on reality itself, akin to phenomena described in religious and spiritual beliefs. This thought-provoking discussion questions whether coincidences are mere chance or if words can indeed alter the fabric of reality, making it an interesting topic for further contemplation.

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