quinta-feira, maio 1, 2025
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Funeral Strippers – O macabro show de Taiwan

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É impressionante como este blog me obriga a descobrir coisas novas todo santo dia. Eu nunca poderia imaginar que existem “Funeral strippers”. Ou seja mulheres que fazem um show cheio de erotismo para… DEFUNTOS.

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Quando pensamos em funerais, a imagem que vem à mente geralmente é de silêncio, lágrimas e uma atmosfera de luto profundo. Mas, em Taiwan, há uma prática que vira essa expectativa de cabeça para baixo: as Funeral Strippers, ou dançarinas exóticas que se apresentam em cerimônias fúnebres. Sim, você leu certo – em vez de apenas chorar a perda, algumas famílias em Taiwan contratam mulheres para dançar, cantar e, muitas vezes, tirar a roupa durante os cortejos fúnebres. Essa tradição, que mistura celebração e morte de uma forma única, desperta fascínio, controvérsia e até repulsa mundo afora. Neste post, vamos explorar as origens das Funeral Strippers de Taiwan, como elas funcionam, o que dizem as lendas e a ciência, e por que esse costume continua atraindo olhares curiosos em 2025.

O Que São as Funeral Strippers?

As Funeral Strippers são dançarinas profissionais que se apresentam em funerais, geralmente em cima de caminhões adaptados chamados “Electric Flower Cars” (Carros de Flores Elétricos). Esses veículos são verdadeiros palcos móveis, equipados com luzes de neon, sistemas de som potentes e, claro, varões para pole dance. As mulheres, vestidas com roupas mínimas como biquínis ou saias curtas, dançam ao som de músicas animadas, às vezes removendo peças de roupa, enquanto acompanham o cortejo até o cemitério. O objetivo? Garantir que o funeral seja “quente e barulhento” – ou renao, em mandarim –, um conceito cultural chino-taiwanês que valoriza eventos sociais cheios de vida e multidões.

Essa prática, que pode parecer chocante para olhos ocidentais, é vista em Taiwan como uma forma de homenagear o falecido e garantir que ele tenha uma despedida memorável. Em alguns casos, acredita-se que um funeral bem frequentado assegura uma passagem tranquila para o além, enquanto outros veem as Funeral Strippers como um presente final ao morto, especialmente se ele apreciava esse tipo de entretenimento em vida.

Em 2017, o funeral do político taiwanês Tung Hsiang parou as ruas de Chiayi com 50 dançarinas em Jeeps coloridos, acompanhadas por tambores, bandeiras e carros de luxo. O filho de Tung disse que o pai apareceu em um sonho pedindo uma cerimônia “divertida”. Missão cumprida!

 As Origens das Funeral Strippers em Taiwan

Embora as Funeral Strippers tenham ganhado destaque internacional nos últimos anos, suas raízes remontam a décadas atrás. Registros sugerem que a prática começou a se popularizar em Taiwan por volta dos anos 1980, durante um período de crescimento econômico e maior permissividade social.

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captura de tela de https://blog.sevenponds.com/cultural-perspectives/taiwans-funeral-strippers-liven-up-funeral-rites

Na época, a máfia local, que controlava partes do setor funerário, viu uma oportunidade de lucrar. Gangsters que também gerenciavam clubes noturnos começaram a oferecer dançarinas de seus estabelecimentos como parte dos serviços funerários, muitas vezes a preços promocionais. O que era um “extra” oferecido por criminosos logo se espalhou para o público geral, especialmente em áreas rurais.

Mas a história vai além disso. Há indícios de que performances sensuais em eventos religiosos ou fúnebres existiam em Taiwan desde o final do século XIX.

Mulheres já se apresentavam em templos ou durante celebrações para os deuses, uma tradição que reflete a crença de que espíritos, assim como humanos, apreciam entretenimento. Com o tempo, essa ideia evoluiu, e as Funeral Strippers se tornaram uma versão moderna e ousada dessas práticas ancestrais.

Na China rural, uma prática semelhante surgiu, mas o governo local a considera “obscena” e tenta bani-la desde os anos 2000. Em Taiwan, a abordagem é mais tolerante, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

 Como Funciona um Funeral com Strippers?

Imagine o cenário: uma procissão funerária serpenteia pelas ruas, com o caixão à frente, seguido por familiares e amigos. Atrás, vêm os Electric Flower Cars, decorados com luzes piscantes e carregando dançarinas que giram em varões ou cantam músicas pop taiwanesas. O som é alto, a energia é vibrante, e a multidão cresce à medida que curiosos se juntam para assistir. Em alguns casos, as apresentações acontecem durante o velório, com as dançarinas se exibindo ao lado do caixão – um contraste gritante com o silêncio típico de outros funerais.

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Captura de tela de https://www.dimsumdaily.hk/chinese-authorities-ban-strippers

As performances variam. Algumas são mais contidas, com danças leves e roupas mínimas, enquanto outras chegam à nudez total (embora isso seja tecnicamente ilegal desde os anos 1980). O objetivo principal é atrair público. Na cultura taiwanesa, um funeral lotado é sinal de respeito e prestígio, indicando que o falecido era querido e influente. As Funeral Strippers, nesse sentido, são uma estratégia infalível para encher o evento.

Os Electric Flower Cars não são exclusivos de funerais – eles também aparecem em casamentos e festivais religiosos, como celebrações de aniversários de deuses, mostrando sua versatilidade na cultura taiwanesa.

O Debate: Cultura ou Excesso?

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Atrás desse trio elétrico, “só não vai quem já morreu”

As strippers de defuntos dividem opiniões. Para muitos taiwaneses, especialmente das classes trabalhadoras e comunidades rurais, elas são uma tradição legítima, uma forma de celebrar a vida em meio à morte. “É como dar ao falecido uma última festa”, disse um organizador entrevistado pelo antropólogo Marc Moskowitz, que dirigiu o documentário Dancing for the Dead: Funeral Strippers in Taiwan (2011). Moskowitz destaca que as dançarinas se veem como artistas talentosas, não apenas como objetos de desejo.

Por outro lado, a classe média e alta de cidades como Taipei frequentemente critica a prática, chamando-a de vulgar e desrespeitosa. O governo taiwanês já tentou regulamentá-la, proibindo nudez total e limitando apresentações em áreas urbanas densas, mas a tolerância persiste nas regiões mais afastadas. Na China continental, onde o costume às vezes aparece, as autoridades são mais duras: em 2015, o Ministério da Cultura lançou uma campanha para erradicar as Funeral Strippers, oferecendo recompensas por denúncias.

Em 2006, a CCTV chinesa revelou que trupes de dançarinas faziam até 20 apresentações por mês em funerais rurais, cobrando cerca de 2.000 yuans (aproximadamente 300 dólares na época) por show. Um negócio lucrativo!

Teorias e Significados

Por trás do espetáculo, há várias interpretações. Alguns acreditam que as Funeral Strippers apaziguam espíritos errantes, distraindo-os para que não perturbem o falecido em sua jornada ao além. Outros dizem que é uma celebração da fertilidade, ligada a cultos antigos de reprodução – uma ideia defendida por acadêmicos como Huang Jianxing, da Universidade Normal de Fujian. Para Moskowitz, porém, o foco está mais no renao e na comunidade: as danças criam um senso de união e alegria em um momento de perda.

Do ponto de vista prático, as Funeral Strippers são um chamariz. Em áreas rurais com poucas opções de entretenimento, um funeral animado pode ser o evento social do mês, atraindo vizinhos e até estranhos. É uma mistura de superstição, tradição e pragmatismo que só Taiwan poderia transformar em algo tão singular.

Em 2013, um vídeo de uma dançarina se esfregando em um caixão viralizou, chocando muitos, mas também mostrando como a prática pode ultrapassar limites até para os padrões locais.

O Futuro das Funeral Strippers

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Embora as Funeral Strippers tenham perdido força em comparação com seu auge nos anos 1980, elas ainda resistem em 2025, especialmente em vilarejos e cidades menores. A modernização e a influência ocidental têm levado alguns taiwaneses a preferir cerimônias mais sóbrias, mas a tradição persiste entre aqueles que valorizam o renao e o folclore local. Enquanto isso, o interesse internacional – impulsionado por documentários e reportagens – mantém o tema vivo, transformando as Funeral Strippers em um ícone da cultura pop excêntrica.

Será que essa prática vai desaparecer com o tempo? Ou continuará evoluindo, como fez ao longo de décadas? Só o futuro dirá. Por ora, as Funeral Strippers de Taiwan seguem dançando, desafiando normas e celebrando a morte como poucos ousariam.

Já pensou em como seria um funeral assim no Brasil? Talvez com samba em vez de pole dance – quem sabe?

O Que Você Acha?

As Funeral Strippers de Taiwan são um exemplo fascinante de como a cultura molda até os momentos mais solenes. Pessoalmente acho de boa, depois daquela revista de zumbis com fotos eróticas eu já não duvido de mais nada. Mas e você? Você acha isso uma homenagem criativa ou um exagero desrespeitoso?

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O misterioso Círculo do Diabo

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Imagine uma floresta densa, envolta em névoa, onde o silêncio é quebrado apenas pelo farfalhar das folhas e o canto distante de pássaros. Agora, acrescente a essa cena um círculo perfeito no chão, onde nada cresce, como se a própria natureza tivesse decidido dar um passo atrás. Esse é o Círculo do Diabo, um fenômeno intrigante localizado em Pine Barrens, no estado de Nova Jersey, Estados Unidos. Conhecido por suas lendas sombrias e histórias que desafiam a lógica, esse lugar desperta a curiosidade de aventureiros, cientistas e amantes do sobrenatural. Neste post, vamos explorar o que é o Círculo do Diabo, suas origens, as teorias que tentam explicá-lo e por que ele continua sendo um dos mistérios mais fascinantes da América do Norte.

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Coordenadas 35º 35’05,2″ N – 79° 29’13,3″ W

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 O que é o Círculo do Diabo?

O Círculo do Diabo é uma formação circular misteriosa situada no coração da vasta região de Pine Barrens, uma área de mais de 1 milhão de acres coberta por pinheiros, pântanos e solos arenosos. Esse círculo, com cerca de 3 metros de diâmetro, destaca-se na paisagem por uma característica peculiar: nada cresce dentro dele. Enquanto ao redor a vegetação é densa e verdejante, o interior do Círculo do Diabo permanece estéril, coberto apenas por areia nua, como se algo tivesse “proibido” a vida de florescer ali.

Os moradores locais contam que o círculo está lá há gerações, e ninguém sabe ao certo quando ou como ele surgiu. Para muitos, é mais do que uma anomalia natural – é um ponto de encontro de forças desconhecidas, um portal para o além ou até mesmo a marca de um pacto demoníaco. O nome “Círculo do Diabo” não ajuda a dissipar essas ideias, carregando consigo um ar de mistério que atrai visitantes de todo o mundo.

 Pine Barrens já é famosa por outra lenda, a do Jersey Devil (Diabo de Jersey), uma criatura alada que supostamente assombra a região desde o século XVIII. Será que o Círculo do Diabo está conectado a essa história?

 

 As Lendas que Cercam o Círculo do Diabo

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As histórias sobre o Círculo do Diabo são tão variadas quanto assustadoras. Segundo os relatos locais, o círculo seria um local onde o próprio diabo apareceria em noites escuras para dançar ou realizar rituais. Alguns dizem que, se você ficar dentro dele à meia-noite, poderá ouvir sussurros ou sentir uma presença invisível. Outros contam que animais evitam o círculo, recusando-se a atravessá-lo mesmo quando forçados, como se instintivamente soubessem de algo que os humanos não percebem.

O circulo do Diabo 2 | Curiosidades | diabo, estranho, EUA, intrigante, lugares, mistério

Uma lenda popular afirma que o Círculo do Diabo foi criado por indígenas da tribo Lenape, que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores. Eles teriam usado o local para cerimônias espirituais, marcando-o como sagrado – ou amaldiçoado, dependendo da versão da história. Com o passar do tempo, essas narrativas se misturaram com o folclore cristão, dando ao círculo sua reputação diabólica.

Há quem jure ter visto luzes estranhas pairando sobre o Círculo do Diabo em noites sem lua, alimentando teorias de que ele poderia ser um ponto de atividade paranormal ou até extraterrestre. Coincidência ou não, Pine Barrens fica a poucas horas de Roswell, outro hotspot de mistérios nos EUA.

Explicações Científicas para o Círculo do Diabo

Nem todo mundo acredita em demônios ou espíritos, claro. Cientistas e pesquisadores já tentaram desvendar o segredo por trás do Círculo do Diabo, oferecendo explicações mais terrenas. Uma teoria sugere que o solo dentro do círculo é quimicamente diferente, talvez por conter altos níveis de sais ou minerais que inibem o crescimento de plantas. Outra hipótese aponta para a ação de fungos ou bactérias que formam anéis estéreis – um fenômeno conhecido como “círculos de fadas”, comum em outras partes do mundo.

Também há quem acredite que o Círculo do Diabo seja o resultado de atividades humanas antigas, como um ponto de fogueira ou uma clareira ritualística que alterou o solo permanentemente. No entanto, nenhum estudo definitivo foi realizado, e o círculo permanece um enigma, resistindo às tentativas de explicação racional.

Os “círculos de fadas” são mais famosos na Namíbia, onde formam padrões impressionantes no deserto. Será que o Círculo do Diabo é um parente distante dessas formações?

 O Fascínio Moderno pelo Círculo do Diabo

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Hoje, o Círculo do Diabo é uma atração para caçadores de mistérios e turistas curiosos. Localizado em uma área remota de Pine Barrens, acessá-lo exige uma boa dose de determinação – e um mapa confiável, já que as trilhas nem sempre são bem marcadas. Quem visita relata uma sensação estranha ao se aproximar, como se o ar ficasse mais pesado ou o silêncio mais profundo. Fotos do círculo circulam pela internet, e ele já apareceu em blogs, vídeos no YouTube e até em programas de TV sobre o paranormal.

Apesar da aura sombria, o lugar também inspira criatividade. Artistas e escritores veem nele um símbolo da luta entre o homem e a natureza, ou entre o conhecido e o desconhecido. Para os moradores de Nova Jersey, é parte do orgulho local, um pedaço de folclore que coloca Pine Barrens no mapa dos lugares mais intrigantes do mundo.

Em 2013, um grupo de pesquisadores independentes mediu a radiação no círculo do Diabo e encontrou níveis ligeiramente acima do normal. Nada perigoso, mas o suficiente para reacender teorias sobre forças inexplicáveis.

 

Por Que o Círculo do Diabo Nos Atrai?

devils tramping ground | Curiosidades | diabo, estranho, EUA, intrigante, lugares, mistério
O Círculo do Diabo não é apenas uma formação no solo; é um convite à imaginação. Ele nos lembra que, mesmo em um mundo dominado pela ciência, ainda existem lugares que escapam às nossas respostas. Será um capricho da natureza? Um resquício de rituais antigos? Ou, quem sabe, a marca de algo sobrenatural? Talvez nunca saibamos, e é exatamente isso que mantém o mistério vivo.

Se você é fã de enigmas, o Círculo do Diabo merece um lugar na sua lista de destinos. Mas cuidado: dizem que quem pisa dentro dele leva um pedaço do mistério consigo – ou talvez algo mais. Já ouviu falar desse lugar? Tem uma teoria sobre o que ele pode ser?

O mundo está repleto de lugares Gumps.

 

Namíbia: O único deserto à beira-mar do mundo

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O Deserto da Namíbia, cujo nome significa “lugar vasto”, é uma das paisagens mais impressionantes do mundo. Ele se destaca como o único deserto costeiro da Terra, estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo das costas da Namíbia, Angola e África do Sul. Com uma área de 81.000 km², esse deserto abriga um ecossistema singular, sustentado por uma neblina essencial para sua fauna e flora raras e endêmicas. Além disso, essa região é reconhecida como o deserto mais antigo do planeta, uma verdadeira joia natural.

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Mar de Areia e o Reconhecimento da UNESCO

Em 2013, a UNESCO incluiu o Mar de Areia do Namibe na lista de Patrimônios Mundiais. Esse é o único deserto no mundo onde a neblina desempenha um papel vital na sustentação da biodiversidade. As dunas monumentais dessa região podem ultrapassar 300 metros de altura, criando uma paisagem surreal que atrai viajantes e cientistas. A neblina, formada pelo encontro do ar frio do Oceano Atlântico com o calor do deserto, fornece umidade essencial para plantas e animais, tornando essa região um fenômeno ecológico único.

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Imagem de mariusz kluzniak  via Flickr

 

A Temida Costa dos Esqueletos e a Longa Muralha

Entre as regiões mais enigmáticas do deserto está a Costa dos Esqueletos, no norte da Namíbia. Esse trecho do litoral ganhou fama por seus inúmeros naufrágios, sendo um verdadeiro cemitério de embarcações. O nome remonta ao naufrágio do Dunedin Star, em 1942, um evento imortalizado no livro de John Henry Marsh. O local é conhecido por suas águas traiçoeiras e ventos imprevisíveis, que fizeram dezenas de navios encalharem ao longo dos anos.

The Lange Wand Namib Desert Namibia | Curiosidades | África, deserto, lugares, Namibia
By Brian McMorrow [CC-BY-SA-2.5], via Wikimedia Commons

Outro ponto icônico é a Longa Muralha (Long Wall), uma cadeia de imponentes dunas que margeiam o Sperrgebiet, uma área restrita do sudoeste da Namíbia. Além dos naufrágios históricos, essa costa abriga a colônia de focas-do-cabo de Cape Cross, uma das maiores populações de focas da região.

Parque Nacional Namib-Naukluft e Sossusvlei: O Coração do Deserto

O Parque Nacional Namib-Naukluft é a maior reserva de conservação da África, abrangendo uma parte significativa do deserto. Dentro dele, encontra-se Sossusvlei, um dos locais mais icônicos da Namíbia. Trata-se de uma planície de argila cercada por imponentes dunas avermelhadas, algumas das mais altas do mundo.

A palavra “Sossusvlei” significa “pântano sem saída”, um nome que reflete seu ambiente árido, mas visualmente deslumbrante. Uma das principais atrações dessa região é a Duna 45, famosa por sua cor vibrante e pela vista espetacular que oferece a quem se aventura a escalá-la. Outro destaque é Deadvlei, um antigo pântano seco que abriga árvores fossilizadas há mais de 900 anos, criando uma paisagem que parece saída de outro planeta.

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By Ikiwaner (Own work) [GFDL 1.2], via Wikimedia Commons

Deadvlei e o Impressionante Cânion de Sesriem

O Deadvlei (ou “pântano morto”) é uma das áreas mais fotografadas do mundo. Suas acácias mortas e ressecadas, de cor escura, contrastam dramaticamente com a areia avermelhada e o solo branco da planície. Esse cenário quase alienígena atrai aventureiros e fotógrafos em busca de imagens únicas.

 

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Image by Santiago Medem via Flickr

Já o Cânion de Sesriem, localizado próximo a Sossusvlei, é uma formação natural que se estende por aproximadamente 1 quilômetro de comprimento e 30 metros de profundidade.

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Image by Tee La Rosa via Flickr

Com passagens estreitas e piscinas de água permanentes, esse cânion é um refúgio para a vida selvagem, fornecendo hidratação essencial em meio à aridez do deserto.

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A Riquíssima Vida Selvagem do Namibe

Apesar de sua aparência desolada, o Deserto da Namíbia abriga diversas espécies adaptadas ao clima extremo. Entre elas, destaca-se a Welwitschia mirabilis, uma planta milenar que pode viver mais de 1.000 anos, absorvendo umidade da neblina matinal. Além disso, diversas espécies de besouros, lagartixas e outros pequenos animais desenvolveram estratégias únicas para capturar a umidade do ar e sobreviver às condições áridas.

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Na costa, a colônia de focas de Cape Cross adiciona vida e movimento ao ambiente severo. As focas, em grande número, compartilham esse território com chacais, hienas e aves marinhas, formando um ecossistema dinâmico e fascinante.

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Image by jbdodane via Flickr

Uma Maravilha Natural Incomparável

O Deserto da Namíbia é um espetáculo da natureza, reunindo belezas inigualáveis, vida selvagem única e um cenário repleto de mistérios. De suas imensas dunas ao litoral traiçoeiro da Costa dos Esqueletos, o Namibe oferece uma experiência inesquecível para aventureiros, fotógrafos e apaixonados pela natureza. Seja pela história dos naufrágios, pela imponência das dunas ou pela vida que prospera contra todas as probabilidades, esse é um destino que merece ser explorado e admirado.

Se você busca um local de tirar o fôlego, repleto de contrastes e surpresas, o Deserto da Namíbia é uma joia natural que merece estar no seu radar de viagens!

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Foto Gump do dia: Valonia ventricosa, o maior organismo unicelular da Terra

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Eu fiquei impressionado, e espero que você fique também, ao ver o maior organismo unicelular da Terra. Não, não é um ovo.

Valonia Ventricosa: A Fascinante Alga Unicelular que Parece uma Jóia do Mar

valonia ventricosa or sailors eyeball the largest single v0 | Curiosidades | alga, aquarismo, celular, curioso, estranho, foto gump do dia, incrível

Quando pensamos em organismos unicelulares, geralmente imaginamos seres microscópicos, invisíveis a olho nu, como bactérias ou amebas. Mas a natureza sempre encontra formas de nos surpreender, e a Valonia ventricosa é uma prova viva disso. Conhecida como “alga-bolha”, “olho de marinheiro” ou “uva do mar”, essa alga verde é um dos maiores organismos unicelulares do planeta, podendo atingir até 5 centímetros de diâmetro. Sim, você leu certo: uma única célula que cabe na palma da sua mão! Neste post, vamos mergulhar no mundo da Valonia ventricosa, explorando o que ela é, onde vive, por que é tão especial e algumas curiosidades que vão fazer você olhar para o mar com outros olhos.

 O que é a Valonia Ventricosa?

A Valonia ventricosa é uma alga verde do filo Chlorophyta, encontrada em águas tropicais e subtropicais ao redor do mundo, desde o Caribe até o Indo-Pacífico. Diferente das plantas multicelulares que conhecemos, como árvores ou flores, ela é composta por apenas uma célula gigante. Essa célula tem uma estrutura coenocítica, o que significa que possui vários núcleos espalhados em seu citoplasma, mas sem divisões internas em células separadas. É como uma bolha viva, cheia de líquido, com uma parede celular fina, mas resistente, feita de celulose.

Seu formato varia entre esférico e ovalado, e sua cor pode ir de um verde vibrante a tons prateados ou acinzentados, dependendo da quantidade de cloroplastos – as organelas responsáveis pela fotossíntese. Quando está submersa, essa alga reflete a luz de maneira única, dando-lhe um brilho quase metálico que a faz parecer uma joia perdida no fundo do mar. Não é à toa que ganhou o apelido de “olho de marinheiro”!

Apesar de ser uma única célula, a Valonia ventricosa pode crescer em grupos em raras ocasiões, formando pequenos aglomerados que parecem um colar de pérolas verdes. Já imaginou encontrar algo assim enquanto mergulha?

Onde Encontrar a Valonia Ventricosa?

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Se você é fã de snorkeling ou mergulho, pode ter a sorte de cruzar com a Valonia ventricosa em recifes de coral ou entre escombros submarinos. Ela prospera em águas rasas, geralmente a profundidades de até 80 metros, onde a luz solar penetra o suficiente para alimentar sua fotossíntese. Lugares como o Caribe, a costa da Flórida, o litoral do Brasil e até o Pacífico asiático são pontos quentes para avistá-la.

A alga prefere ambientes sombreados, como fendas em rochas ou sob saliências de corais mortos, e é frequentemente vista em associação com outras algas ou entre os galhos de corais vivos. Sua capacidade de aderir ao substrato vem de pequenos rizoides – estruturas semelhantes a raízes – que a fixam no lugar, mas são tão discretos que quase passam despercebidos.

Essa alga muito doida já foi observada em aquários marinhos, mas nem sempre é bem-vinda. Ela pode se tornar uma praga, crescendo em profusão e liberando esporos se for acidentalmente rompida, o que leva a uma infestação de novas “bolhas”. Um pesadelo para aquaristas, mas uma maravilha da natureza!

Acho curioso que eu imaginei aquele mundo do meu livro O experimento Carlson, onde uma forma de vida alienígena assim aparece, sem nem imaginar que isso tinha na Terra.

Por que a Valonia Ventricosa é Tão Especial?

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O que torna a Valonia ventricosa um fenômeno biológico é seu tamanho. Com até 5 centímetros de diâmetro (e às vezes mais), ela está entre os maiores organismos unicelulares conhecidos, rivalizando com outras curiosidades como as Xenophyophores, que podem chegar a 20 centímetros, mas têm uma estrutura diferente. Dentro de sua célula, a Valonia ventricosa abriga um grande vacúolo central cheio de líquido, cercado por domínios citoplasmáticos interconectados por “pontes” de microtúbulos. Cada domínio contém um núcleo e alguns cloroplastos, funcionando como uma minifábrica de energia.

Esse tamanho impressionante a torna um objeto de estudo fascinante. Cientistas já usaram a alga esférica para investigar como água e moléculas solúveis atravessam membranas biológicas, descobrindo que sua permeabilidade é idêntica tanto na osmose quanto na difusão. Além disso, sua parede celular de celulose tem uma organização única, com cristais dispostos em padrões complexos que refletem a luz, dando aquele brilho característico.

Ela tem propriedades elétricas incomuns. Sua membrana mantém um potencial elétrico elevado em relação à água do mar ao seu redor, o que intrigou pesquisadores por mais de um século. Será que ela guarda segredos sobre a evolução das células?

 A Vida Secreta da Alga-Bolha

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Apesar de seu tamanho e beleza, pouco se sabe sobre como a Valonia ventricosa interage com o ambiente ao seu redor. Não há registros de predadores naturais que a consumam regularmente, talvez por causa de sua parede celular resistente ou de possíveis defesas químicas ainda desconhecidas. Ela vive entre corais e outros organismos marinhos, mas seu impacto sobre eles permanece um mistério. Será que ela compete por espaço ou luz? Ou será que é apenas uma vizinha pacífica nos recifes?

A reprodução também é um processo curioso. Ela se divide em esporos chamados aplanosporos, que são liberados quando a célula-mãe atinge certo estágio ou é danificada. Esses esporos se desenvolvem em novas algas-bolha, continuando o ciclo. No entanto, se você tentar cortá-la ao meio esperando que ela se regenere como um ser multicelular, prepare-se para uma decepção: ela simplesmente “estoura” como um balão, liberando seu conteúdo e morrendo no processo.

Em algumas culturas costeiras, a Valonia ventricosa já foi confundida com pérolas ou objetos mágicos por mergulhadores antigos, que ficavam perplexos com sua textura gelatinosa e brilho hipnótico.

No Aquário: Amiga ou Inimiga?

Para os amantes de aquários marinhos, a Valonia ventricosa é um tópico controverso. Sua aparência exótica pode parecer um toque especial em um tanque de recife, mas ela tem fama de invasora. Se introduzida acidentalmente – por exemplo, em rochas vivas –, ela pode se multiplicar rapidamente, espalhando-se por superfícies e competindo com corais e outras algas. Aquaristas recomendam removê-la com cuidado, evitando estourá-la, para não liberar esporos que gerem mais “bolhas”.

Por outro lado, alguns entusiastas já tentaram cultivá-la como um “pet” aquático. Para isso, é necessário água salgada enriquecida com nitratos e fosfatos, luz moderada (cerca de 2000 lux por 8-12 horas diárias) e uma temperatura estável de 23°C. Ainda assim, mantê-la sob controle é um desafio!

Nos anos 1970, cientistas conseguiram cultivar Valonia ventricosa em laboratório a partir de esporos coletados em Porto Rico, provando que ela pode se adaptar a condições artificiais – mas só até certo ponto.

 Um Olhar para o Futuro

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Ela não é apenas uma alga bonita; ela é uma janela para o passado evolutivo e uma inspiração para a ciência. Sua estrutura única levanta questões sobre como os organismos unicelulares podem alcançar tamanhos tão grandes e como evoluíram para sobreviver em ambientes marinhos competitivos. Além disso, seu estudo pode abrir portas para aplicações práticas, como biomateriais baseados em celulose ou até insights sobre transporte celular.

Essa alga também me lembra do Marimo. Lembra do Marimo?

Enquanto isso, ela segue brilhando nos oceanos, um lembrete de que a vida, mesmo em sua forma mais simples, pode ser incrivelmente complexa e bela. Da próxima vez que você estiver na praia ou assistindo a um documentário sobre o mar, procure por essa pequena “joia unicelular” – ela pode estar mais perto do que você imagina!

 

A maior montanha de lixo do mundo

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O modo de vida moderno produz muito, mas muito lixo mesmo. Mas você já parou para pensar onde está e como é a maior montanha de lixo do mundo?

A Montanha de Lixo de Ghazipur: O Everest de Detritos que Assombra Delhi

Quando pensamos em montanhas majestosas, imaginamos picos cobertos de neve ou formações rochosas milenares. Mas, na periferia de Ghazipur, no leste de Delhi, na Índia, ergue-se uma montanha bem diferente: uma colossal pilha de lixo conhecida como o “Ghazipur Landfill” ou, em português, o “Aterro de Ghazipur”.

Com cerca de 70 acres (equivalente a mais de 50 campos de futebol) e uma altura que rivaliza com o icônico Taj Mahal, essa montanha de detritos não é apenas uma curiosidade impressionante – ela é um símbolo das consequências do descarte desenfreado de lixo e um desafio ambiental que afeta milhões de vidas. Neste post, vamos explorar a história desse “Everest de Lixo”, seus impactos e algumas curiosidades surpreendentes sobre o universo do lixo ao redor do mundo.

 O Nascimento de uma Montanha de Resíduos

O aterro de Ghazipur foi inaugurado em 1984 como uma solução temporária para o lixo produzido pela capital indiana, Delhi, uma das cidades mais populosas do planeta, com mais de 20 milhões de habitantes. Localizado nos arredores da cidade, o espaço deveria ser apenas um depósito controlado, mas a realidade foi bem diferente. Em 2002, o aterro atingiu oficialmente sua capacidade máxima. Em vez de ser desativado ou substituído, ele continuou recebendo toneladas de resíduos diariamente, transformando-se em uma montanha de lixo que hoje alcança impressionantes 72 metros de altura – quase tão alto quanto o Taj Mahal, que tem 73 metros.

Hoje, o Ghazipur Landfill é um dos maiores aterros sanitários do mundo, abrigando mais de 14 milhões de toneladas métricas de lixo. E o problema não para por aí: Delhi gera mais de 11 mil toneladas de resíduos todos os dias, boa parte despejada diretamente nesse “monstro” de detritos. A montanha cresce sem parar, desafiando promessas de governos locais e expondo a dificuldade de gerenciar o lixo em uma megacidade.

Curiosidade: Você sabia que o lixo acumulado em Ghazipur é tão vasto que, se fosse espalhado, poderia cobrir uma área equivalente a mais de 200 campos de futebol? Isso dá uma ideia do volume impressionante que os moradores de Delhi produzem – e do desafio que enfrentam para lidar com ele.

 Pesadelo Ambiental e Humano

De longe, o aterro pode até enganar os olhos, parecendo uma colina natural. Mas, ao se aproximar, o cheiro inconfundível de lixo revela sua verdadeira natureza. O odor fétido, especialmente intenso no calor escaldante do verão indiano, é apenas o começo dos problemas. Incêndios frequentes irrompem na montanha de resíduos, liberando fumaça tóxica que sufoca os bairros próximos. Essas chamas são causadas pela decomposição do lixo orgânico, que gera gás metano – um composto inflamável e altamente poluente.

Em abril de 2024, por exemplo, um incêndio de grandes proporções no aterro lançou uma cortina de fumaça densa sobre a região, causando problemas respiratórios generalizados. Já em setembro de 2017, um colapso devastador levou mais de 50 milhões de toneladas de lixo a desmoronar, soterrando carros, pessoas e casas próximas. Esses incidentes trágicos são lembretes sombrios de como o lixo mal gerenciado pode se tornar uma ameaça mortal.

Ibrahim Khan, um morador de 71 anos da vizinha Mulla Colony, desabafou à Sky News:

“Eu só vi essa montanha crescer. Todos os governos prometem resolver, mas nada fazem. Quem vive aqui adoece, respirar é um tormento. Sou cardíaco e sinto isso todos os dias.”

A história de Ibrahim reflete o drama de milhões de pessoas que convivem com o impacto direto do lixo acumulado.

O metano produzido pelo lixo em decomposição é 25 vezes mais potente que o dióxido de carbono como gás de efeito estufa. Em Ghazipur, esse gás não só alimenta incêndios como contribui para o aquecimento global, tornando o aterro um vilão climático além de um problema local.

O Lixo que Não Para de Crescer

Apesar dos alertas e das promessas de autoridades, o Ghazipur Landfill segue em expansão. A cada dia, caminhões despejam centenas de toneladas de resíduos, desde restos de comida até plásticos descartáveis, formando camadas sobre camadas de lixo. Especialistas estimam que, se nada for feito, a montanha pode ultrapassar os 100 metros de altura nos próximos anos, superando até mesmo o Qutub Minar, outro marco histórico de Delhi com 73 metros.

O crescimento descontrolado reflete um problema maior: a falta de infraestrutura para reciclagem e compostagem na Índia. Apenas cerca de 20% do lixo gerado em Delhi é reciclado ou tratado adequadamente; o resto vai direto para aterros como Ghazipur. Esse cenário é agravado pelo aumento do consumo em uma sociedade em rápida urbanização, onde embalagens descartáveis e produtos de curta vida útil dominam o dia a dia.

Curiosidade

Você sabia que a Índia é o segundo maior produtor de lixo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos? Estima-se que o país gere mais de 62 milhões de toneladas de resíduos por ano, e menos da metade recebe tratamento adequado. O lixo, nesse contexto, é um reflexo direto do estilo de vida moderno.

 

Impactos Além do Cheiro: A Vida ao Redor do Lixo

Viver perto de Ghazipur é como habitar uma zona de guerra silenciosa. Além do fedor e da fumaça, o aterro contamina o solo e os lençóis freáticos com substâncias tóxicas, como metais pesados e produtos químicos. Crianças brincam entre montes de lixo, catadores arriscam a vida para coletar materiais recicláveis, e doenças respiratórias e infecciosas se tornam rotina. Estudos locais apontam que a qualidade do ar ao redor do aterro frequentemente ultrapassa os limites seguros, expondo os moradores a riscos graves.

Outro fenômeno curioso – e triste – é a presença de animais necrófagos, como urubus,  abutres e gaivotas, que sobrevoam o local em busca de restos de comida. Essas aves, embora naturais no ciclo de decomposição, também espalham detritos pelo ar, ampliando o raio de impacto do lixo.

Em 2019, uma pesquisa revelou que o Ghazipur Landfill abriga uma “fauna” peculiar: ratos, baratas e até cobras prosperam entre os detritos. Esse ecossistema improvável mostra como o lixo pode criar vida – mas de uma forma que ninguém gostaria de ver de perto.

O Lixo no Mundo: Comparações e Recordes

O Ghazipur Landfill não está sozinho no pódio dos gigantes de lixo. Na Alemanha, por exemplo, existe a “Kali Mountain” (ou Monte Kali), uma montanha artificial feita de resíduos de potássio da mineração, que chega a 250 metros de altura e é considerada a maior montanha artificial do mundo. Diferente de Ghazipur, porém, ela é composta por rejeitos industriais, não lixo doméstico, e seu impacto ambiental é controlado com mais rigor.

Nos Estados Unidos, o Fresh Kills Landfill, em Nova York, já foi o maior aterro do planeta, cobrindo 890 hectares até ser fechado em 2001. Hoje, o local está sendo transformado em um parque ecológico, provando que soluções para o lixo são possíveis com planejamento. Já na Indonésia, o aterro de Bantar Gebang, perto de Jacarta, é outro “monstro” de resíduos, com mais de 40 metros de altura e uma população de catadores que vivem em suas encostas.

O maior lixão a céu aberto da história foi o de Smokey Mountain, nas Filipinas, que operou até os anos 1990. Ele chegou a sustentar uma comunidade de 30 mil pessoas que viviam do lixo – um exemplo extremo de como os detritos moldam vidas.

O Futuro do Lixo em Ghazipur

Autoridades indianas já anunciaram planos para reduzir o tamanho do Ghazipur Landfill, incluindo a instalação de usinas de incineração e projetos de biometanização para converter o lixo em energia. No entanto, essas iniciativas enfrentam atrasos e críticas por sua lentidão. Enquanto isso, a montanha de lixo segue como um lembrete visível – e fedorento – da necessidade de repensar o consumo e o descarte.

Para os moradores, a esperança é pequena.

“Quero que meus netos respirem ar limpo, mas não sei se isso vai acontecer”

lamenta Ibrahim Khan. A história de Ghazipur é um alerta global: o lixo que jogamos fora não desaparece; ele se acumula, cresce e, às vezes, vira montanha.

Você sabia que o Brasil também tem seus “montes de lixo”? O antigo lixão da Estrutural, em Brasília, foi um dos maiores da América Latina até ser desativado em 2018. Hoje, o país busca alternativas, mas ainda despeja 40% de seus resíduos em locais inadequados.

O Lixo Somos Nós

O Ghazipur Landfill é mais do que uma montanha de detritos; é um espelho das nossas escolhas. Cada sacola plástica, cada resto de comida e cada embalagem descartada contribui para cenários como esse. Reduzir, reutilizar e reciclar são passos simples que podem evitar que o lixo domine nossas cidades – e nosso futuro.

E você, já parou para pensar no destino do seu lixo? Conta aqui nos comentários e compartilhe suas ideias para um mundo com menos montanhas de resíduos!

fonte

Voltando a mexer no 3d: O Velho Goblin

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Estava há um tempo sem mexer no 3d, e ontem resolvi tirar o dia para dar um treino, porque zbrush não é igual andar de bicicleta, tu desaprende PRA VALER depois de muito tempo sem usar.

oldgoblin endsmall e1741980742300 | Curiosidades | 3d, dicas, gblin, modelagem zbrush, monstro, video

Não é um tutorial ne nada, mas eu resolvi gravar a tela caso algo saísse legal.  Se quiser gastar uns 11 minutos da sua vida para ver como ficou, aqui está:

Se você for novo por aqui e ficou curioso com meu trabalho 3d, aqui tem mais.

Ufos e avistamentos coletivos

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Os avistamentos coletivos de OVNIs há muito capturam a imaginação humana, mas há algo particularmente fascinante quando esses eventos transcendem o testemunho isolado e se tornam experiências coletivas, presenciadas por dezenas, centenas ou até milhares de pessoas ao mesmo tempo.

Esses casos desafiam explicações simplistas, alimentam debates sobre vida extraterrestre, tecnologias secretas ou fenômenos naturais mal compreendidos, e nos convidam a refletir sobre nossa posição no cosmos.

Prepare-se para uma jornada pelos céus – e talvez além deles.

1. O Incidente de Phoenix (1997) – As Luzes que Pararam o Arizona

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Na noite de 13 de março de 1997, a cidade de Phoenix, no Arizona, Estados Unidos, tornou-se o palco de um dos avistamentos de OVNIs mais amplamente testemunhados e documentados da era moderna. Entre 19h30 e 22h30, milhares de pessoas – estimativas variam entre 10.000 e 20.000 – relataram ter visto um fenômeno extraordinário no céu. O que começou como um avistamento casual logo se transformou em um evento que mobilizou moradores, autoridades e, posteriormente, pesquisadores de todo o mundo.

 O que as Testemunhas Viram?

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Os relatos convergem em dois pontos principais: luzes brilhantes dispostas em uma formação em “V” ou um objeto escuro, gigantesco e silencioso que parecia deslizar sobre a cidade. Muitas testemunhas descreveram cinco ou sete luzes amareladas ou alaranjadas, movendo-se em perfeita sincronia, enquanto outras afirmaram ter visto uma nave triangular ou em forma de boomerang, tão grande que bloqueava as estrelas ao passar. Um detalhe recorrente era o silêncio absoluto do objeto – algo incomum para qualquer aeronave conhecida na época.

Lynne D. Kitei, uma médica local que mais tarde escreveu um livro sobre o caso (The Phoenix Lights), foi uma das primeiras a registrar o evento em vídeo. Seu filme caseiro mostra as luzes pairando no horizonte, desafiando a lógica de aviões ou helicópteros. Outras testemunhas, como Mitch Stanley, um astrônomo amador que usou um telescópio para observar as luzes, insistiram que pareciam aviões individuais. No entanto, a maioria discordou, apontando a ausência de som e a escala do objeto como evidências de algo fora do comum.

 Reação Oficial e Controvérsia

A Força Aérea dos EUA inicialmente permaneceu em silêncio, mas, meses depois, sugeriu que as luzes eram flares (sinalizadores táticos) lançados por aviões A-10 durante um exercício militar na Base Aérea de Luke, a cerca de 100 quilômetros de Phoenix. Essa explicação, porém, foi amplamente contestada. Testemunhas afirmaram que os flares não poderiam se mover em formação tão precisa nem permanecer visíveis por tanto tempo sem dissipar. Além disso, o horário dos supostos exercícios não coincidia perfeitamente com os avistamentos iniciais.

O então governador do Arizona, Fife Symington, inicialmente ridicularizou o evento em uma coletiva de imprensa, apresentando um assessor fantasiado de alienígena. Anos depois, em 2007, ele mudou de tom. Em uma entrevista à CNN, Symington admitiu ter visto o fenômeno pessoalmente e o descreveu como “algo que não parecia deste mundo”. Sua mudança de discurso reacendeu o interesse no caso e reforçou a percepção de que algo extraordinário havia ocorrido.

Impacto Cultural

O Incidente de Phoenix não foi apenas um evento isolado; ele transformou a cidade em um ponto focal para entusiastas de OVNIs. Documentários, como The Phoenix Lights: Beyond Top Secret, e conferências ufológicas mantêm o caso vivo. Para muitos, as luzes representam uma das melhores evidências de que algo além da compreensão humana cruzou os céus naquela noite. Para outros, é um exemplo clássico de histeria em massa combinada com fenômenos explicáveis mal interpretados. O que ninguém contesta é o número impressionante de testemunhas – um fator que torna o caso impossível de ignorar.

 2. O Avistamento de Fátima (1917) – Um Fenômeno Celestial ou Extraterrestre?

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Embora amplamente conhecido como um evento religioso, o “Milagre do Sol” ocorrido em Fátima, Portugal, em 13 de outubro de 1917, tem intrigado ufólogos por suas semelhanças com avistamentos modernos de OVNIs. Mais de 70.000 pessoas – de camponeses analfabetos a jornalistas céticos – reuniram-se na Cova da Iria após três crianças pastoras, Lúcia dos Santos e seus primos Jacinta e Francisco Marto, anunciarem que a Virgem Maria apareceria e realizaria um sinal visível a todos.

O Dia do Milagre

Naquele dia chuvoso, a multidão aguardava sob um céu encoberto. Por volta do meio-dia, as nuvens se abriram, e o Sol começou a se comportar de maneira inexplicável. Testemunhas relataram que o astro “dançava” no céu, girava como uma roda de fogo, emitia luzes multicoloridas e parecia descer em direção à Terra antes de retornar à sua posição normal. Alguns descreveram o objeto como um disco prateado ou uma esfera brilhante, e muitos notaram que suas roupas, antes encharcadas pela chuva, secaram instantaneamente após o evento. A prova que não era o sol fazendo evoluções, é que estamos vivos, hahahaha. Se o sol, por ventura,  resolvesse dar um bordejo por aí, não haveria mais vida no planeta.

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Jornais da época, como O Século, publicaram relatos detalhados. Um repórter escreveu:

“Diante dos olhos atônitos da multidão, o Sol tremia, fazia movimentos bruscos, nunca vistos, fora de todas as leis cósmicas.”

Outros testemunhos mencionaram um som sutil, como um zumbido, e uma sensação de calor incomum, que chegou a derreter coisas e secar roupas das testemunhas molhadas por uma chuva intensa.

Interpretação Religiosa vs. Ufológica

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A Igreja Católica canonizou o evento como um milagre, associando-o às aparições marianas relatadas pelas crianças. No entanto, ufólogos como Jacques Vallée e Eric von Däniken sugeriram uma leitura alternativa: o que as testemunhas viram poderia ter sido uma manifestação extraterrestre ou tecnológica avançada, mal interpretada no contexto religioso da época. A descrição de um objeto circular giratório, emitindo luzes e movendo-se de forma impossível para o Sol real, ecoa relatos modernos de OVNIs.

O milagre de Fatima
Representação da figura que teria aparecido após o objeto realizar evoluções diante de milhares de pessoas estupefatas. Ela foi considerada pelo povo como a Virgem Maria, mas poderia ser uma extraterrestre?

Críticos argumentam que o evento pode ter sido um fenômeno atmosférico, como um parélio ou uma ilusão óptica amplificada pela expectativa da multidão. No entanto, a escala do avistamento – com testemunhas espalhadas por quilômetros – e a consistência dos relatos desafiam explicações simplistas até hoje.

Um Mistério Duradouro

Seria o caso do avistamento de Fátima e o milagre do sol um fenômeno ufológico ou uma aparição Mariana misteriosa?
Fátima permanece um ponto de intersecção entre fé, ciência e especulação ufológica. Para os religiosos, é uma prova de intervenção divina; para os ufólogos, uma evidência de que encontros em massa com o desconhecido remontam séculos. Seja qual for a verdade, o número de testemunhas e a riqueza de detalhes tornam esse caso um marco na história dos fenômenos aéreos inexplicáveis.

 3. O Caso da escola Ariel (1994) – Crianças e um Encontro Inesquecível

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Em 16 de setembro de 1994, a pacata cidade de Ruwa, no Zimbábue, tornou-se o cenário de um dos casos ufológicos mais comoventes e bem documentados envolvendo testemunhas jovens. Na escola primária Ariel, 62 crianças entre 6 e 12 anos afirmaram ter visto um objeto prateado pousar perto do pátio durante o recreio. O que torna esse caso único é a combinação de relatos consistentes, a sinceridade das crianças e a possibilidade de um contato direto com seres não humanos.

O Relato das Crianças

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Por volta das 10h, enquanto os professores estavam em uma reunião interna, as crianças brincavam ao ar livre. De repente, um objeto ovalado, descrito como metálico e brilhante, desceu lentamente a cerca de 100 metros da escola, em uma área de vegetação densa. Algumas crianças relataram ter visto pequenas figuras – de cerca de um metro de altura, com pele cinzenta, cabeçudos e zolhudos, como já conhecemos bem, hehe – saindo do objeto. Segundo os testemunhos, essas figuras se aproximaram e “falaram” com algumas crianças sem usar palavras, transmitindo imagens mentais de destruição ambiental e mensagens sobre a necessidade de cuidar do planeta.

Uma das meninas, entrevistada pelo psiquiatra John E. Mack, disse:

“Eu senti que eles estavam me olhando nos olhos, e de repente vi coisas ruins acontecendo com a Terra, como árvores morrendo.”

Outra criança desenhou o objeto com detalhes impressionantes, incluindo luzes piscantes e uma cúpula transparente.

Investigação e Credibilidade

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O cientista John E. Mack pesquisou o caso intensamente

O caso chamou a atenção internacional quando Cynthia Hind, uma ufóloga sul-africana, visitou a escola dias depois. Ela entrevistou as crianças separadamente e ficou impressionada com a consistência dos relatos. John E. Mack, professor de Harvard e pesquisador de experiências extraterrestres, também investigou o caso, filmando depoimentos que revelaram emoção genuína e ausência de contradições significativas.

Professores confirmaram que algo estranho ocorreu: alguns ouviram gritos das crianças e viram um clarão no céu, embora não tenham testemunhado o pouso diretamente. Moradores locais relataram avistamentos de luzes anômalas na mesma manhã, adicionando credibilidade ao evento.

Reflexões e Controvérsias

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O Caso da escola Ariel, de Ruwa, levanta questões profundas. Por que seres avançados escolheriam se comunicar com crianças? Seria a inocência delas um canal mais aberto para mensagens? Críticos sugerem que as crianças podem ter sido influenciadas por filmes de ficção científica ou imaginado o evento coletivamente. No entanto, a falta de exposição a mídias ufológicas na escola rural e a emoção crua nos depoimentos desafiam essa teoria.

Décadas depois, muitas das crianças, agora adultas, mantêm suas histórias inalteradas. Um documentário de 2021, The Ariel Phenomenon, revisitou o caso, mostrando o impacto duradouro na vida dos envolvidos. Para Mack, que faleceu em 2004, Ruwa foi uma das evidências mais fortes de que estamos sendo visitados.

4. O caso da escola de Wales (1977) 

1 1977 Broad Haven Triangle sightings in Wales | Curiosidades | aliens, disco voador, estranho, naves, OVNIs, polêmica, ufosCuriosamente existem mais casos que são estranhamente similares ao ocorrido no Zimbábue. Esses ocorreram no País de Gales, e com duas escolas!

Os eventos ocorridos em 4 de fevereiro de 1977 ano e nos meses seguintes se tornaram um dos episódios mais impressionantes da história recente de Pembrokeshire. Esse conjunto de relatos deu origem à expressão “Triângulo de Broad Haven”, que até hoje é lembrada como um dos marcos na ufologia local.

Numerosas testemunhas, entre elas agricultores e crianças em idade escolar, relataram terem visto naves pousando, luzes estranhas no céu e figuras humanoides de mais de dois metros de altura, vestidas com trajes prateados, vagando pelo interior galês. Isso fez com que 1977 se tornasse um ano crucial tanto para os moradores locais quanto para pesquisadores e entusiastas do fenômeno OVNI em todo o mundo.

De acordo com Emlyn Williams, integrante da Swansea UFO Network, aquele foi um período de intensa atividade na região:

“Foi uma verdadeira revoada de avistamentos. Quando analisamos cada ocorrência individualmente, já é surpreendente. Mas, ao considerar a quantidade de relatos e a proximidade dos locais, percebemos que algo realmente extraordinário estava acontecendo”

O primeiro grande incidente registrado em 1977 ocorreu em 4 de fevereiro, quando 14 alunos da escola primária de Broad Haven afirmaram ter visto um OVNI pousando nas proximidades. As crianças foram separadas e instruídas a desenhar o que haviam visto. O resultado impressionou a todos: os desenhos eram incrivelmente semelhantes, reforçando a veracidade do relato.

Um dos estudantes, David Davies, que na época tinha 10 anos, relembrou sua experiência anos depois. Em entrevista à BBC Cymru Wales, ele descreveu a nave como sendo prateada e em formato de charuto, com uma cúpula central. O avistamento durou apenas alguns segundos, mas ele se recorda da sensação de espanto e fascínio que tomou conta dele.

Coincidentemente, no mesmo dia, sem que tivessem sido influenciadas pela mídia, crianças de outra escola, localizada em Hubberston, também avistaram uma nave pairando no céu. Um estudo conduzido pelo pesquisador Peter Paget revelou que cerca de 20 alunos, além de um adulto presente no pátio da escola, testemunharam o estranho objeto.

Outro relato marcante ocorreu no Haven Fort Hotel, um edifício histórico localizado entre Broad Haven e Little Haven. A proprietária do local, Rosa Granville, afirmou ter visto uma nave oval pousar a cerca de 30 metros de sua casa. Ela descreveu ter observado duas figuras emergindo do objeto, vestidas com macacões prateados e dotadas de membros anormalmente longos. A experiência a deixou profundamente abalada, a ponto de relatar o ocorrido a seu deputado.

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Outro local de grande importância nos registros de 1977 foi a fazenda Ripperston, pertencente a Billy e Pauline Coombes. O casal alegou ter passado por diversas situações inexplicáveis, incluindo a aparição de um ser alto e prateado do lado de fora de sua casa. Esse ser teria ficado parado junto à janela, observando-os. Quando a polícia foi chamada, encontraram sinais de queimadura em uma roseira próxima ao local onde a entidade havia sido vista.

Casos similares se repetiram em Milford Haven, onde o vereador local Cyril John afirmou ter avistado um objeto cinza em forma de ovo, emitindo uma luz avermelhada. Além disso, ele relatou ter visto uma figura humanoide flutuando no ar por aproximadamente 25 minutos antes de desaparecer lentamente.

Embora os relatos tenham despertado o ceticismo de muitas pessoas, diversos pesquisadores argumentam que as explicações convencionais não são suficientes para desacreditar todos os avistamentos. Alguns sugerem que as crianças em Broad Haven poderiam ter confundido um caminhão de esgoto com um OVNI, mas especialistas apontam que seria improvável que jovens acostumados à vida no campo cometessem tal engano.

Na época, o Ministério da Defesa britânico conduziu uma investigação sobre os fenômenos, mas o relatório oficial mencionou apenas a possibilidade de brincadeiras e aeronaves militares como explicações para os avistamentos. No entanto, documentos internos revelam que autoridades estavam intrigadas com o grande número de testemunhas confiáveis envolvidas.

Para muitos ufólogos, o ano de 1977 continua sendo um dos mais notáveis na história dos avistamentos de OVNIs no Reino Unido. Alguns acreditam que a intensa atividade militar na região pode ter atraído a atenção de visitantes extraterrestres. Outros argumentam que fenômenos naturais ou testes secretos de tecnologia militar poderiam explicar os incidentes.

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Independentemente das explicações, a Swansea UFO Network afirma que avistamentos de objetos não identificados continuam a ocorrer no País de Gales até hoje. O grupo, criado em 2015, se dedica a investigar casos recentes e documentar os eventos do passado. Eles relatam receber cerca de 50 testemunhos por ano, vindos de diferentes partes do país.

Embora muitos dos avistamentos possam ser explicados por fenômenos naturais ou erros de percepção, os pesquisadores da rede acreditam que entre 10% e 20% dos casos permanecem sem explicação. Para eles, o importante é manter uma abordagem imparcial e reunir evidências, permitindo que cada pessoa tire suas próprias conclusões.

Seja qual for a verdade por trás dos eventos de 1977, o Triângulo de Broad Haven continua sendo um dos maiores mistérios da ufologia britânica, e os relatos daquele ano permanecem vivos na memória de muitos.

5. O Avistamento em Massa de Nuremberg (1561) – Uma Batalha nos Céus?

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Um dos registros mais antigos de um avistamento em massa ocorreu em 14 de abril de 1561, na cidade de Nuremberg, então parte do Sacro Império Romano-Germânico. Centenas de moradores acordaram ao amanhecer e testemunharam o que foi descrito como uma “batalha celestial” no céu. O evento foi tão impactante que o artista local Hans Glaser produziu uma xilogravura acompanhada de um texto detalhado, preservado até hoje.

 A porrada comeu

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Segundo o relato, o céu se encheu de objetos luminosos de várias formas – esferas, discos, cruzes e cilindros – que pareciam se mover em padrões complexos. Alguns objetos emitiam fumaça ou faíscas, e outros caíam em direção ao solo, desaparecendo antes de tocar a terra. Glaser escreveu:

“Os habitantes de Nuremberg viram uma visão terrível, com muitos sinais e maravilhas, como se o próprio céu estivesse em guerra.”

A xilogravura mostra um caos organizado: esferas vermelhas e azuis, cilindros pretos alongados e um grande objeto triangular dominando o cenário. Testemunhas interpretaram o evento como um presságio divino, mas ufólogos modernos veem paralelos com descrições de OVNIs e até especulam sobre uma possível demonstração tecnológica extraterrestre.

Explicações Possíveis

Na época, o evento foi visto como um aviso de Deus, refletindo o fervor religioso do século XVI. Hoje, cientistas sugerem que poderia ter sido um fenômeno atmosférico raro, como parélios (halos solares) combinados com nuvens incomuns. No entanto, a variedade de formas, os movimentos coordenados e os relatos de objetos caindo desafiam essa interpretação.

 Um Eco no Tempo

O caso de Nuremberg é um lembrete de que avistamentos em massa não são exclusivos da era moderna. Ele sugere que, independentemente da causa, a humanidade sempre olhou para o céu em busca de significado – e, às vezes, encontrou mais perguntas do que respostas.

5- A batalha de Stralsund – 1665

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Muito se fala sobre a batalha nos céus de Nuremberg, mas há um outro caso mais ou menos parecido, ocorrido em Stralsund, em 1665.  Seriam os mesmos objetos numa  espécie de revanche?

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Tudo começou em abril de 1665, quando seis pescadores testemunharam um fenômeno celestial inexplicável – uma batalha aérea nos céus acima do Mar Báltico perto de Stralsund.

Ao anoitecer, um disco cinza-escuro apareceu bem acima do centro da cidade e multidões viram aquilo, horrizadas.

Os, seis pescadores que estavam pescando arenques na costa de Stralsund observaram grandes bandos de pássaros no céu que pareceram “se transformar em navios de guerra” e se envolverem em uma batalha aérea estrondosa. Os conveses ficaram cheios de figuras fantasmagóricas. Quando, ao anoitecer, “uma forma plana e redonda como um prato” apareceu bem acima da Igreja de São Nicolau, causando pânico. No dia seguinte, eles descobriram que estavam tremendo por todo o corpo e reclamando de dor. (Seria algum efeito do medo ou efeito físico causado pela exposição à radiação?)

Transformação da mídia

A mídia espalhou as notícias como fogo, com os editores de vários folhetos e jornais travando uma competição feroz entre si para inventar as versões e interpretações mais coloridas dos eventos. Foram as convicções religiosas em particular as mais responsáveis ​​por determinar como o evento foi transformado pela mídia. O público em geral não poderia saber que o que realmente havia sido testemunhado era um reflexo atmosférico de uma batalha naval que estava acontecendo logo além do horizonte. Em vez disso, eles estavam convencidos de que o universo era governado por um deus que tinha o poder de projetar visões de desastres iminentes no céu. A batalha aérea também foi percebida como um prodigium (latim para “presságio” ou “portento”).

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Os temas visuais do século XVII provavelmente também foram decisivos em termos de determinar como a mídia moldou as representações da batalha aérea, com visões futurísticas de dirigíveis – pelas quais as pessoas do século XVII eram incrivelmente entusiasmadas – desempenhando um papel especial.

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Mais de 100 anos antes do primeiro voo tripulado de balão de ar quente ser realizado, Francesco Lana Terzi (1631–1687) publicou seu projeto para um barco voador sustentado por esferas de vácuo, o que causou grande sensação em toda a Europa. O fato de o projeto nunca ter sido realmente realizado fez pouco para diminuir o fervor geral. A humanidade continuou a sonhar em conquistar os céus.

 

Mais casos de avistamentos coletivos

Fora esses qeu eu citei aqui temos outros, como:

1. O Incidente de Westall (1966, Austrália)

Em 6 de abril de 1966, mais de 200 estudantes e professores da escola Westall, em Melbourne, viram um objeto prateado em forma de disco pousar em um campo próximo. O evento durou cerca de 20 minutos, e testemunhas relatam que militares chegaram rapidamente ao local, isolando a área. Até hoje, ex-alunos mantêm suas histórias consistentes.

2. O Avistamento de Teerã (1976, Irã)

Na madrugada de 19 de setembro de 1976, centenas de moradores de Teerã, além de pilotos da Força Aérea Iraniana, observaram um objeto brilhante que interferiu nos sistemas de radar e desativou equipamentos de caças enviados para interceptá-lo. Documentos desclassificados dos EUA confirmam o caso como um dos mais intrigantes da ufologia militar.

3. A Onda Belga (1989-1990, Bélgica)

Entre novembro de 1989 e abril de 1990, mais de 13.500 pessoas relataram avistamentos de objetos triangulares silenciosos sobre a Bélgica. Em uma noite, 30 de março de 1990, caças F-16 foram enviados para perseguir os objetos, que foram detectados por radar mas escaparam em velocidades impossíveis.

Contexto Cultural: Por Que Avistamentos em Massa Fascinam?

Os casos ufológicos com muitas testemunhas transcendem o campo da pesquisa e entram no reino da cultura. Desde os discos voadores dos anos 1950 até os drones misteriosos de hoje, o imaginário coletivo molda e é moldado por esses eventos. Filmes como Contatos Imediatos de Terceiro Grau e séries como The X-Files amplificam o interesse público, enquanto a internet permite que testemunhas compartilhem suas histórias em tempo real.

Em 2025, com a proliferação de smartphones e redes sociais, avistamentos em massa ganham nova dimensão. Um evento como o de Phoenix hoje seria registrado por milhares de câmeras, mas também enfrentaria o desafio da desinformação. Um bom exemplo é o caso dos drones de Nova Jersey, que explodiram a internet com relatos, toneladas de vídeos e muita desinformação tentando pegar carona no Hype com vídeos antigos sendo mostrados como reais e até fraudes deliberadas.

Isso levanta uma questão: será que o excesso de dados torna a verdade mais clara ou mais obscura?

Implicações Científicas: O Que a Ciência Diz?

A ciência oficial tem sido cautelosa com OVNIs, mas o tema ganhou legitimidade nos últimos anos. Em 2021, o governo dos EUA divulgou um relatório sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs), admitindo que muitos casos permanecem sem explicação. Astrônomos como Carl Sagan argumentaram que avistamentos em massa poderiam ser fenômenos naturais mal interpretados, mas cientistas como Avi Loeb defendem a investigação séria de possíveis tecnologias extraterrestres.

Para os casos aqui descritos, explicações alternativas incluem:

  • Flares e aeronaves: Phoenix e Teerã podem envolver testes militares secretos.
  • Ilusões ópticas: Fátima e Nuremberg podem ser fenômenos atmosféricos amplificados por expectativa.
  • Sugestão coletiva: Ruwa e Westall poderiam refletir imaginação compartilhada.

No entanto, a quantidade de testemunhas e a consistência dos relatos desafiam essas hipóteses, sugerindo que pelo menos alguns eventos podem ultrapassar nosso entendimento atual.

Especulações: E Se For Verdade?

E se esses avistamentos representarem contatos reais com inteligências não humanas? As implicações seriam profundas:

  • Tecnológicas: Naves silenciosas e manobráveis poderiam revolucionar nossa engenharia.
  • Filosóficas: A confirmação de vida extraterrestre redefiniria nosso lugar no universo.
  • Sociais: A humanidade poderia se unir – ou se dividir – diante de tal revelação.

Alguns teorizam que esses eventos são demonstrações deliberadas, destinadas a nos preparar para um contato futuro. Outros acreditam que são acidentes, brechas em uma presença que prefere permanecer oculta. Em 2025, com missões espaciais como as da SpaceX e avanços na busca por exoplanetas, estamos mais perto do que nunca de respostas – ou de novas perguntas.

 Olhos no Céu, Mentes Abertas

De Nuremberg em 1561 a Phoenix em 1997, os casos ufológicos com grande volume de testemunhas nos lembram que o céu é um espelho de nossos medos, esperanças e curiosidades. Eles desafiam a ciência, inspiram a arte e nos conectam como espécie. Seja por fenômenos naturais, tecnologias secretas ou visitantes de outros mundos, esses eventos nos convidam a olhar para cima e perguntar: o que mais está lá fora?

Você já presenciou algo estranho no céu? Conhece um caso local que merece ser contado? Deixe seu comentário e junte-se a essa exploração do desconhecido. Afinal, em um universo tão vasto, o improvável pode ser apenas uma questão de tempo.

A moeda Vermelha – FINAL

9

Malphas sofreu um brusco espasmo, e sorrindo, com os olhos fechados, parecia em absoluto êxtase. Tremendo de forma estranha ele colocou a moeda com cuidado na sua caixa original. Segundos depois, outro espasmo, fez sua cadeira se afastar da mesa. Don Goodman pulou para trás num susto.
Seu sorriso gradualmente começou a se converter em uma careta grotesca.

Dave olhou para Dean Goodman com os olhos arregalados de pavor.
Os dois se entreolharam por um breve segundo que antecedeu a macabra cena que estava apenas começando diante deles.

O olhar de Dean Goodman estava injetado de medo e perplexidade, enquanto os olhos de Dave carregavam a desesperança de quem já tinha testemunhado o horrendo e macabro espetáculo antes, num tipo de dejavu maldito.

Tal qual Larry, no passado, o milionário com aquele seu terno italiano bem cortado de alta alfaiataria e relógio caríssimo, começou a derreter numa poça fétida, preta e malcheirosa.
Dean gritou horrorizado quando a cabeça de Malphas caiu do pescoço e rolou pelo chão, se corroendo em uma gosma escura, que se uniu com o caldo viscoso que pingava da cadeira.
Agora, ali diante deles, o que antes era só um monte de carnes, ossos e músculos se convertia numa poça que lembrava petróleo, mas fedia um odor odioso de morte.

Dave notou Goodman olhando para ele estarrecido, enquanto apertava o próprio corpo contra a parede oposta à poça de gosma, que já estava sendo absorvida pelo carpete.  O jornalista sensacionalista murmurava sem parar a mesma coisa.

— Puta que pariu! Puta que pariu… Puta que pa…

A porta da sala se abriu de supetão e um daqueles “clones” do milionário entrou, personificando-o como se nada tivesse acontecido.

Ele sorriu ao olhar para os dois homens. Dave atrás da mesa, chocado e Dean se esgueirando junto à parede.
O homem sorriu e se aproximou da cadeira, como se nada tivesse ocorrido:

— Desculpem pelo mal jeito.  É ela mesma.  É a moeda que eu quero.  — Ele disse, e quando ele falou aquilo, Dave se impressionou, porque era exatamente a mesma voz, a mesma entoação, o mesmo porte físico e inclusive, as mesmas roupas do homem que havia acabado de derreter diante de seus olhos.

O novo Malphas Tenebris parou diante da poça escura e ficou olhando para aquilo, mexendo a cabeça num tipo ne movimento negativo, enquanto sorria.

Dave Atkins num movimento rápido, fechou a caixa com a moeda dentro e puxou-a para si, ocultando-a sob a mesa.
Malphas virou-se para ele lentamente.
— O que foi isso, rapaz?
— Eu… Eu… Desisti do negócio. Tenha, te… Tenha um bom dia!
— Você não pode desistir! Eu vou ficar com a moeda. — O bilionário respondeu calmamente.
— Dá.. Dá a moeda pra ele, Dave. Dá essa merda logo pra ele!  — Gemeu Goodman lá do outro canto da sala, trêmulo.  Dean Goodman parecia estar a ponto de ter um colapso nervoso.
Dave agora estava diante de uma situação estranha. A mais estranha e perturbadora de sua carreira na Twins Pawn.

— Eu não vou fazer negócio. Eu decido com quem eu negocio nesta loja e ela é minha.  — Ele disse, decidido.

Malphas soltou uma profunda gargalhada.
— Acho que você não está entendendo. Não estou pedindo. Isso é uma ordem. Me dê a moeda.
— Ou?  — Dave estava tenso. Todos os seus músculos estavam retesados. Ele acionou o botão do pânico sob a mesa.
— Ou eu vou ter que pegar ela de você e posso assegurar que a experiência não lhe será muito agradável.  — Malphas sorriu maliciosamente enquanto respondia.
Nisso a porta da sala se abriu e Zed apareceu, segurando uma pistola 9mm.

— O que tá pegando aí?  — Gritou o segurança.

— Ai caralho! — Gemeu Goodman ao ver o homem armado.
Zed viu a poça no chão e o milionário de pé diante dela. Olhou para Dave Atkins que disse:

— Zed, leve esse… Homem lá pra fora! Não vamos fazer negócio!

— Senhor, me acompanhe. — Disse o segurança apontando a arma.
Malphas olhou com desdém para o enorme homem de jaqueta de couro preta e arma na mão. E perguntou: –Rapaz, por que você está segurando essa aranha preta?
Zed então olhou para a pistola 9mm e num grito largou a mesma no chão.
Dave percebeu que Zed estava sendo hipnotizado de alguma forma.

— Caralho, bicho nojento! — Ele gritou e começou a pisar na arma, pensando estar esmagando uma aranha.
— É uma ilusão, Zed! É uma ilusão!
Malphas soltou uma gargalhada. Dave agora estava estupefato, vendo a arma gradualmente se metamorfosear numa enorme aranha esmagada no chão.
Dean GoodMan agora estava chorando no canto da sala, em posição fetal.

Malphas voltou-se para Dave Atkins: — Vou contar até cinco para você ser um bom rapaz, um bom empresário e empurrar essa caixa para o meu lado da mesa. Como um bom empresário, você vai aceitar o meu cheque e ficará satisfeito. Vou pagar um adicional de quinhentos mil pelo incômodo e pelo, err… claro, pela limpeza. Desculpe a sujeira.

Dave sabia que estava diante de alguma coisa que não era gente. Malphas não era humano. As coisas estavam saindo do controle. Zed Agarrou no braço de Malphas.

— Senhor, você ouviu o chefe. Não dificulte, por favor.

Malphas apenas olhou com absoluto desdém para Zed.

Ouviu-se um “cleck” na sala e a cabeça de Zed dobrou 90 graus para trás.  A cena arrancou gritos de pavor de Dean Goodman e de Dave Atkins. O corpanzil de quase dois metros do segurança tombou para trás pesadamente, caindo sobre a poça escura na sala, que fez respingar o caldo nojento sobre Dean Goodman.

Malphas voltou a se virar para Dave.

— Bem… Onde estávamos mesmo? Ah, sim, você vai me entregar a caixa agora.

Dave concordou em silêncio. Trêmulo, tornou a colocar a caixa sobre a antiga mesa de mogno com tampo de pedra. Ele esticou os braços e lentamente empurrou a caixa na direção de Malphas.

Malphas por sua vez, meteu a mão dentro do terno e retirou um talão de cheques. Ali ele preencheu a soma de doze milhões e quinhentos mil dólares. Assinou.  Em seguida, ele estendeu o papel no ar.

Dave, ainda trêmulo, estendeu a mão e pegou o cheque em silêncio.

Malphas pegou a caixa e se dirigiu para a porta. E então estancou.
Lentamente ele se virou. Dave Atkins estava segurando a pistola apontando para ele.

Malphas sorriu novamente.  — Poucas vezes eu vi alguém da sua coragem e petulância.

— Pra que você quer isso? Que obsessão é essa por essa merda amaldiçoada?  — Dave continuou apontando a arma.

Malphas se virou, segurando a antiga caixa fechada.

— A moeda não é apenas um artefato amaldiçoado, mas uma chave para algo maior. Mas isso não está ao seu alcance conhecer. Guarde a arma. Aceite o dinheiro. O negócio já foi feito…

Dave nada respondeu. Apertou o gatilho com força e atirou duas vezes no magnata. As balas o atingiram bem no peito. Ele bateu contra a parede com o impacto. E a caixa de madeira caiu no chão.

— Dave! O que? O que está fazendo? Tá maluco? — Goodman gemeu do cantinho da parede, com a cara toda lambrecada da gosma preta.

Dave tornou a atirar. Deu mais dois tiros. Malphas Tenebris caiu no chão, bem ao lado do corpo de Zed. Dos buracos minava um sangue completamente preto, que estava empapando o terno.
Então o bilionário tombou no chão. Estava morto.
Dave olhou para Goodman.

— Acabou.

— Tá louco? Acabou? Tá maluco? — Goodman chorava, trêmulo.

Novamente, a porta se abriu e outra copia de Malphas Tenebris entrou.  Ele parou, olhou o corpo de Malphas no chão, cheio de tiros. Olhou a poça fétida diante da mesa, e o corpo de Zed caído com a cabeça dobrada para trás.

— Tsc-tsc… Como vocês tão idiotas  — Ele disse — quantas vezes essa palhaçada vai se repetir aqui, rapaz?
Ele então se abaixou e pegou a caixa. Dave tentou atirar nele, mas a arma já estava sem balas.
Malphas abriu a caixa e constatou que ela estava vazia. Ele se virou para Dave e mostrou a caixa vazia com o forro de tecido vermelho em seu interior.

Agora ele pareceu deixar sua calma ameaçadora de lado.

Uma voz poderosa e carregada de tanto ódio que seria impossível descrever, emanou de sua garganta como um jorro de maldade condensada em três palavras:

— Cadê a moeda?

Dave nada disse. Estava pronto para uma morte terrível como a de Zed, mas não ia entregar a moeda, porque algo em seu âmago o impedia de negociar com uma criatura daquele tipo.

Malphas estendeu sua mão na direção de Dave, e a pesada mesa de mogno com tampo de pedra voou sobre ele, o pressionando contra a parede.

O  som abafado da respiração de Dave e os gemidos de Dean Goodman foram os únicos sons audíveis na sala. O ar estava  denso, quente e sufocante , carregado de eletricidade estática e um cheiro acre de carne putrefata. A luz da lâmpada fluorescente piscava de forma irregular, criando sombras retorcidas sobre as paredes sujas de sangue.

Dean Goodman  estava encolhido no canto da sala,  com as mãos pressionando as têmporas, balbuciando palavras desconexas enquanto encarava a poça negra e viscosa que era, segundos antes,  uma das cópias de Malphas.

Dave Atkins  arfava,  o peito esmagado pela mesa maciça, seu rosto  rubro de esforço e desespero. Ele sentia as costelas  pressionando os pulmões, os músculos em espasmos de dor enquanto tentava se libertar do peso da mesa.

Suas unhas cravaram no chão de carpete embebido no sangue ainda quente de Zed, cuja  cabeça pendia num ângulo impossível. Dave viu de onde estava o pescoço quebrado de forma grotesca, como uma marionete de cordas cortadas.

De pé,  no centro da carnificina,  Malphas Tenebris.

O ser que, até então,  vestia  uma forma humana, agora estava  transformado. Seus olhos, antes sombrios e cheios de cinismo, agora eram poços flamejantes de puro ódio, queimando em um  vermelho sulfuroso. Sua pele, antes lisa e impecável,  começava a rachar, revelando fendas negras das quais  escorria uma fumaça oleosa, como um carvão incandescente prestes a estourar.

Seus dedos haviam se alongado, transformando-se em garras escuras, e a voz que saiu de sua boca era um rugido sobrenatural, mais parecido com o som de um milhão de dentes rangendo em uníssono do que com algo humano.

 SEU INSETO DE MERDA!  — urrou Malphas, cuspindo saliva negra pelo chão. —  ONDE ESTÁ A MOEDA? O QUE VOCÊ FEZ, VERME?!

Ele ergueu uma das mãos, e um turbilhão de sombras  começou a girar ao seu redor,  sugando o ar da sala, transformando a poeira e o sangue em um furacão de trevas vivas.

Dave apenas gemeu, tentando respirar,  o peito rangendo, sua visão começando a falhar.  Ele sabia que ia morrer.

Foi então que  a porta rangeu lentamente.

O cheiro de  incenso queimado e papel velho  inundou a sala.

E então ele entrou.

Doutor Lao.

O ancião chinês  não parecia afetado pelo horror da sala, pelo cheiro pútrido de morte, pelo sangue espalhado como uma pintura macabra nas paredes. Ele entrou  calmamente, como se estivesse prestes a servir chá para um amigo.  Seu rosto não trazia medo, nem raiva. Apenas desapontamento.

— Miseráveis seres da escuridão… Sempre tão teatrais.  — Lao suspirou, ajustando os óculos de aro redondo sobre o nariz envelhecido.

Malphas girou a cabeça  num estalo doentio , como se os ossos estivessem quebrando dentro da carne.

—  Lao…  — Murmurou ele, e sua voz  parecia ecoar  de dentro de um  poço profundo , reverberando com uma camada dupla, como se  muitas vozes falassem ao mesmo tempo.

Doutor Lao  se curvou levemente, com a paciência de quem já esperava aquele momento.

—  Você veio longe demais por algo que não lhe pertence.

Malphas  rugiu em fúria, e em um piscar de olhos,  ele investiu.

A sombra se lançou na direção de Lao , abrindo-se como  uma miríade de tentáculos negros. O ancião  apenas girou levemente o pé esquerdo, desviando-se  como um lenço sendo soprado pelo vento, seu manto branco  não foi sequer tocado  pelo turbilhão de trevas que avançava sobre ele.

E então,  ele contra-atacou.

Lao ergueu um único dedo, e  o tempo pareceu parar.

De sua mão  emanou um clarão dourado, que estourou como  o sol nascendo em um campo de batalha mergulhado em trevas.

O corpo de Malphas  parou no ar, congelado, como se tivesse sido cravado no espaço por correntes invisíveis. Seus olhos  se arregalaram em puro choque, e seus tentáculos  se contorceram violentamente, tentando se libertar de algo que não era visível a olho nu.

Então Lao fechou a mão em um punho.

E Malphas  gritou.

Não era um grito humano.  Era o som de vidro se partindo, de aço sendo triturado, de uma tempestade se rasgando ao meio.

O corpo do mago negro  começou a se despedaçar, como um castelo de areia sugado para dentro de um redemoinho.

Primeiro os dedos, que se dissolveram em faíscas negras e se desintegraram no ar.

Depois os braços, que foram sugados para dentro de si mesmos como papel queimando.

Seus olhos  se tornaram fendas escura, sua boca  se alargou em um grito sem fim, e então… Ele implodiu.

A sala foi varrida por  uma poderosa onda de choque, jogando móveis pelos ares, apagando as luzes,  fazendo o chão tremer como se um terremoto estivesse sacudindo a loja de penhores. A mesa caiu com Dave Atkins, que bateu no chão.

Quando tudo silenciou,  só restava Lao em pé, intacto.

O corpo de Malphas já não existia mais. Restava apenas  um resíduo de fumaça negra , rodopiando no ar como  o último suspiro de algo que nunca deveria ter existido.

Doutor Lao  deslizou os olhos pela cena, ajustou os óculos e caminhou até Dave, que ainda tentava se libertar da mesa.

Com um único gesto, Lao ergueu a mesa no ar e a lançou para o lado, como se não pesasse mais que uma pena.

Dave arfou, tossiu, sentiu gosto de sangue na boca.  Tentava entender o que tinha acabado de ver quando Lao apenas olhou para ele e sorriu,  calmo como sempre.

—  Você está bem?

Dave não conseguiu responder. Apenas encarou  o velho que, até aquele momento, pensava ser apenas um homem frágil, mas que agora, diante da destruição ao redor,  parecia mais poderoso do que qualquer coisa que ele já tinha visto na vida. E ele não demonstrava sentir sequer um pingo de cansaço.

Doutor Lao havia vencido.

Mas Dave sabia… Aquilo  não tinha acabado.

Lao se abaixou diante dele.  Arrumou com seus dedos esqueléticos o cabelo de Dave.

— Os outros lá fora…
— Eles se foram. Fez bem em não entregar a moeda. A moeda é preciosa pra eles.
— A moeda, doutor… A moeda esta ali. — Dave estendeu a mão apontando para a mesa, que estava caída, tombada de lado sobre o corpo de Zed.

Lao se levantou foi até o chão e pegou a caixa de madeira. Em seguida ele caminhou até a mesa, Dave indicou a gaveta secreta sob o tampo. Lao abriu a gaveta e olhou firmemente para dentro. A moeda levitou no ar. deu dois giros sobre seu próprio eixo e pousou com suavidade dentro da caixa de bambu antigo.

Dave percebeu que a moeda havia ficado preta novamente.

— A moeda, está de novo pre-preta…

Lao sorriu e disse apenas: — Mistério. Agora, pagamento.

Dave agradeceu. Disse que não precisava.
Nisso, Dean Goodman se levantou, parecia terrivelmente perturbado com tudo que viu, e saiu pela porta afora, falando frases desconexas.
Lao ajudou Dave a se levantar. Ele estava muito machucado.

— Você precisa ir ao um hospital.  Costela quebrada!
— Sim… Ung, o-obrigado.
— Homem enlouqueceu. Poucos suportam.
Dave percebeu que Lao se referia a Dean Goodman. Ele por sua vez, sentia que um grande peso fora tirado de suas costas.
— Agora, pagamento. — Disse Lao.
— Não, não quero dinheiro. A moeda é sua, doutor Lao. Só peço que me diga, por que a moeda amaldiçoada é tão importante afinal?
— Amigo doente. Essa moeda é importante para salvar amigo de Lao de coma obscuro.
— Coma obscuro?
— Sim. Amigo entre lá e cá. Amigo prejudicado. Vou salvar! Moeda muito importante…
–Doutor o que era esse homem? Isso não era gente.
Lao Sorriu.

— Não, não… Gente, nunca! Forma de gente. É um ser da escuridão. Não foi morto, apenas banido. Sua essência maligna não é destruída, apenas banida…. Agora, pagamento.
— Eu já disse que não quero dinheiro.
— Não dinheiro. Com um gesto de gratidão.  — Lao sorriu e se levantou. Caminhou até o meio da sala.
Alie ele fechou os olhos e movei seus braços em movimentos circulares. Dave testemunhou em silêncio quando Lao traçou um tipo de portal que se abriu na parede, revelando um tipo de rachadura. Lao meteu o braço até o ombro por dentro da rachadura na parede e puxou com violência. Um saco vermelho gosmento enorme como um grande verme caiu para dentro da sala. Dave se arrepiou ao ver aquilo.
Lao então fez mais alguns movimentos e a rachadura na parede se fechou e sumiu. Ele então foi ate aquela coisa que se contorcia no chão. Meteu as mãos enrugadas e rasgou um tipo de membrana. De dentro daquela coisa, embebido em sangue e gosma, estava Larry.
Dave teve um choque ao ver o irmão dele, que parecia estar sufocando, meio desmaiado.

— Ajuda Lao! — Exclamou o velho chinês, apontando para o corpo nu de Larry no chão.
Dave saltou sobre o irmão e começou a fazer massagem cardíaca. Larry então vomitou sangue e começou a tossir.
Lentamente ele foi abrindo os olhos, e então balbuciou: — “Da-Dave?”

Dave olhou com os olhos marejados para Lao e quis agradecer, mas soluçava muito com a emoção de rever o irmão.
O velho chinês sorriu feliz:
— Vocês dois em mal estado. Precisam médico!
O velho então se levantou e foi até o canto da sala. Ali ele se abaixou e pegou um papel. Voltou até Dave e o entregou. Era o cheque com a soma vultuosa.

— Um presente. Reconstruir a loja. Vai pagar os prejuízos! Compre presente para mulher e crianças, viu?

Depois, curvou-se num comedido cumprimento e partiu em silêncio.

Lao saiu levando consigo a caixa com a moeda, e deixou Dave abraçado com Larry, que não estava entendendo nada.

Sumatra, Indonésia

Em meio à densa selva tropical de Sumatra, onde o ar era úmido e carregado com o perfume de flores exóticas, um tuc-tuc vermelho e amassado parou no fim de uma trilha de terra enlameada. O ronco do motor cessou, deixando apenas o som distante de cigarras e o canto de pássaros tropicais que ecoavam entre as árvores gigantescas, cujas copas se entrelaçavam em um emaranhado verde e infinito.

O velho de roupas encardidas e chapéu vermelho desceu do veículo e bateu na lateral, acordando o passageiro que dormia profundamente deitado na poltrona de veludo com buracos queimados de cigarro. Ele falou em minangkabau, o idioma amplamente falado na região oeste da ilha de Sumatra:

— Kito lah sampeh! (“Chegamos!”)

Doutor Lao desceu do veículo. Sobre seu manto branco já manchado de poeira, ele trazia uma antiquada mochila de couro. Desceu e olhou ao redor. A vegetação ondulava suavemente com a brisa quente que vinha do litoral distante, enquanto, ao longe, um templo esquecido pelo tempo espreitava entre as folhagens, envolto por raízes que pareciam querer engolir suas pedras ancestrais.

O motorista do tuc-tuc cuspiu para o lado, ajeitou o boné gasto e, sem dizer uma palavra, deu a partida, sumindo pela trilha de terra com um rugido de motor que logo se dissolveu na floresta.

Lao ficou de pé na estrada lamacenta. Ele se esticou, respirou fundo, sentindo a umidade na pele. Sua jornada estava chegando ao fim.

Ele começou a caminhar da estrada para a floresta, na direção do templo.  O som abafado dos próprios passos misturava-se com os ruídos distantes da floresta.

O vento frio da noite já se insinuava através das passagens e ruínas de pedra, carregando o cheiro de velas queimadas e ervas secas.  Lao desceu por uma escada estreita cortada na rocha no canto do salão principal do templo onde morcegos voavam para todos os lados. Lá em baixo, a luz trêmula das chamas de archotes projetava sombras esguias pelas paredes de pedra do templo esquecido, criando um jogo de espectros dançantes sobre os pergaminhos espalhados pelo cômodo. O ambiente era antigo, carregado de segredos esquecidos, como se cada rachadura na madeira contasse uma história de feitiços antigos e promessas nunca cumpridas.

Doutor Lao avançou pelo aposento em passos silenciosos mas decididos. Sua túnica branca esvoaçava levemente à medida que atravessava a penumbra. Seus olhos, profundos e cheios de conhecimentos herméticos fixaram-se na figura imóvel sobre uma simplória  cama de madeira escura, coberta por lençóis gastos e bordados com símbolos arcanos há muito esquecidos pelo tempo.

— Leonard?

O corpo imóvel do mago parecia frágil, um contraste perturbador com o que ele já fora um dia. Sua pele, antes vibrante, agora era pálida como mármore, os lábios finos e esmaecidos, as pálpebras cerradas há muito tempo, como se estivessem pesadas demais para se abrir.

Lao se aproximou, ajoelhando-se ao lado da cama. Com cuidado, apoiou na cama a mochila de couro desgastada. De dentro ele removeu a caixa. Seus dedos trêmulos deslizaram a tampa para o lado, revelando o brilho opaco e inquietante daquele pequeno objeto negro descansando sobre um tecido vermelho escarlate.

O ancião a observou por um momento, seu semblante sereno, mas carregado de um peso invisível. Ele sabia o que estava prestes a fazer. Lao conhecia o risco. Mas não havia outra escolha.

Ele se inclinou mais próximo, trazendo os lábios enrugados para perto do ouvido de Leonard.

Sussurrou, sua voz suave como a brisa noturna:

— A moeda está comigo, Leonard.

A chama das velas tremulou no cômodo de pedra, como que respondendo.

O ar ao redor pareceu se contrair, carregado por algo invisível, algo antigo e faminto.

 Então fechou os olhos.

— Nós vamos trazê-lo de volta, meu amigo!

FIM