Tem cada coisa nojenta que a gente vê por aí, né? Olha só esse caso:
Um popular hotel japonês foi forçado a pedir desculpas publicamente depois que descobriram como os empregados da cafeteria fabricavam uma bebida cítrica muito apreciada: usando a bactéria das suas próprias mãos.
Imagina só, hahahaha. O cara dá aquela dedilhada no saco e mete a mão no suquinho do hóspede.
O AWA Nishiizu Hotel em Numazu, na província de Shizuoka, no Japão, foi criticado por colocar em risco a saúde de seus clientes ao quebrar regras básicas de higiene. Em 23 de abril, o popular programa de TV ‘ Beat Takeshi’s TV Tackle ‘ mostrou o quanto as tendências de viagens mudaram no Japão, apresentando uma bebida ‘saudável’ vendida por um café de hotel em Shizuoka. A mistura de laranja mantida em grandes potes de plástico era aparentemente um xarope feito com tangerinas de verão espremidas e açúcar, mas o ingrediente secreto que a diferenciava de bebidas semelhantes era o processo de fermentação. Segundo um funcionário entrevistado, a calda era fermentada com a ajuda de bactérias nativas da mão humana, então era só enfiar a mão no pote e mexer…
“Este é um xarope enzimático caseiro é feito de tangerinas de verão fermentadas. Como é fermentado com bactérias nativas das suas mãos, você coloca a mão dentro e mexe”, diz o funcionário do hotel AWA Nishiizu Hotel, enquanto coloca casualmente a mão dentro do pote de xarope e demonstra o processo para o equipe de câmera.
O processo de fermentação nunca foi realmente questionado no episódio TV Tackle de Beat Takeshi , mas foi depois que as pessoas começaram a pedir informações sobre como fazer a calda em casa nas redes sociais que o 手の常在菌 (bactérias nativas das mãos) viralizou. Muitos ficaram chocados com o método usado por um hotel de renome como o AWA Nishiizu, e outros alertaram sobre os sérios riscos à saúde aos quais expunha os consumidores.
“Existem Staphylococcus aureus e outras bactérias que normalmente vivem em suas mãos e podem causar intoxicação alimentar”, escreveu um usuário do Twitter preocupado.
Depois que a notícia da polêmica bebida começou a se espalhar nas redes sociais, não demorou muito para Takeya Ryokan, a empresa que opera o AWA Nishiizu Hotel, emitir um pedido público de desculpas e anunciar que o xarope feito à mão não era mais servido em nenhum restaurante dos seus hotéis.
“Lamentamos profundamente que esta situação tenha ocorrido devido ao nosso desconhecimento sobre a fermentação”, pode ler-se no comunicado , acrescentando que o café do hotel passará de imediato por uma inspeção sanitária.
Realmente é um treco meio nojento, mas não chega nem perto do nível de podreira da comida de rua da Índia. Eu fiquei aqui pensando no que seria mais nojento que uma bebida fermentada de bactéria de mãos de japoneses e acho que de longe, muito longe, o maior vencedor de bebida nojenta da face da Terra vem do BRAZIL-ZIL-ZIL!!!!
Ela é o CAUIM. Pegue seu saquinho de vômito e venha comigo para essa interessante informação:
Cauim é uma bebida alcoólica tradicional dos povos indígenas aqui do Brasil desde tempos pré-colombianos. Ainda é feito hoje em reservas indígenas da América do Sul. O cauim é feito através da fermentação alcoólica da mandioca ou do milho, às vezes misturados com sucos de fruta.
Até aí beleza, é tipo o goró japonês de tangerina com molho de bactérias manuais, mas espere só para saber como essa delícia nacional é feita:
CUSPE. A porra da bebida é feita de CUSPE de mulheres de todas as idades, inclusive as velhas da aldeia.
A preparação de cauim (como outras tarefas de arte culinária) é um trabalho estritamente feminino, sem envolvimento dos homens. Pedaços finos de mandioca são fervidos até ficarem bem cozidos e se deixam esfriar. Então as mulheres e meninas se reúnem ao redor da panela; levam uma porção até a boca, mastigam bem, ensalivam e botam a porção em um segundo pote. Enzimas na saliva convertem essa pasta em açúcares fermentáveis (os homens acreditam firmemente que se eles fossem mastigar a pasta, a bebida resultante não seria boa). A pasta de raiz mastigada é reposta no fogo e é mexida completamente com uma colher de pau até cozinhar. Por fim, a pasta é colocada em grandes potes de barro, para fermentar.
A bebida resultante é opaca e densa, com sedimentos, como o vinho e tem gosto de leite azedo. Hummm, delicia!!!
Há variedades claras e escuras de cauim. A bebida pode ser misturada com várias frutas.