Os outros

Hug ficou em silêncio. Ao seu redor, apenas o som do vento nas copas das árvores. Ele olhou o chão em busca dos rastros. Não era tão bom em rastrear animais quanto foi Nigel, seu pai.

No meio da foresta, ele viu ao longe, uma moita mexer. Hug não era bom em seguir rastros, mas se escondia muito bem. Anos de treinamento e caça naquela mata, tinham levado-o a aperfeiçoar sua tecnica de emboscada.

Ele se escondeu em meio ao mato alto. Tinha galhos pesos em sua roupa. Sua técnica preferida de caçada era se esconder e esperar o animal dar bobeira. Ficou ali, móvel, quase sem respirar, esperando apenas. Prestando atenção na mudança do vento. Hug sabia que se o vento mudasse, ele teria que sair depressa, pois seu cheiro o denunciaria facilmente.

A corsa se moveu pelas árvores e estancou a uns seis metros de onde ele estava. Ela parecia presentir sua presença. Os olhos escuros do animal fitaram a moita. Ela parecia congelada. Hug também congelou e esperou.

Nenhum dos dois queria ceder.

Finalmente, a corsa baixou a cabeça e comeu alguma coisa no chão. E Hug esperou.

A corsa olhou para trás. Hug sentiu que aquele era o momento certo e levou a mão lentamente até o arco. Posicionou a flecha na linha e puxou lentamente para trás, tracionando o cabo do arco. Ouviu os pequenos estalinhos da madeira sendo curvada. Seus musculos estavam retesados, a respiração travada. O braço dele já começava a tremer.

Hug viu a pele da corsa se contrair. Sinal que ela ia saltar.

Ele liberou a flecha. Da moita, a seta sibilou no ar e o disparo foi certeiro. A flecha atravessou o crânio da pequena corsa e ela caiu ali mesmo, sem nem sequer conseguir saltar.

Hug levantou-se, satisfeito. Finalmente havia conseguido abater um animal. Era a primeira carne em vários dias. Seu pessoal, já faminto, não aguentava mais comer apenas vegetais, ovos e folhas.

Ele foi até a corsa, que dava seus últimos espasmos com as patas. Admirou seu trabalho com o arco. A flecha havia atravessado o crânio do animal, de um lado a outro.

Ele abaixou-se para remover a flecha e foi neste momento que sentu os pelos de sua nuca se eriçarem.

Havia algo errado. Ele não estava sozinho.

Hug ficou parado, imóvel, sentindo. Apenas sentindo…

Nesta hora ele escutou o primeiro rosnado bainxnho vindo das plantas em seu flanco esquerdo.

-Lobos! – Sussurrou.

Lentamente, Hug levantou os olhos e viu que estava cercado de criaturas de pelos escuros, olhos injetados e dentes imaculadamente brancos.

Contou sete. Sete lobos grandes a circundar-lhe a caça.  Certamente que os lobos queriam apenas a pequena corsa que jazia aos seus pés. Hug sentiu-se um idiota. Ele percebeu que os lobos estavam seguindo-o havia dias, na esperança que ele fizesse o trabalho duro para eles.

-Animais malditos… – Pensou.

Os lobos estavam a sua volta. Não havia muito o que fazer senão abandonar a corsa morta no chão e deixar que a carnificina começasse. Se ele tentasse correr com o animal, era certo que seria abatido pelos lobos junto com ela em menos de um minuto.

O tempo se esgotava rapidamente. Os lobos estavam a cerca de dois metros dele. Agiam com cautela, e não ficavam parados. Os lobos eram o maior problema de sua família naquele vale. O vale estava repleto daqueles animais ágeis, vorazes e inteligentes.

Hug arrancou a flecha da cabeça da corsa com um só puxão. Uma poça de sangue começou a minar do buraco e aquilo atiçou ainda mais os lobos. Muitos já estavam salivando.

Hug olhou ao redor em busca de traçar sua rota de fuga. Teria que correr o mais rapido que fosse possível. Ele sabia que o sangue iria despertar um frenesi alimentar nos animais, o que lhe daria espaço necessário para fugir. Mas sabia também que uma corsa pequena não daria carne ara sete lobos grandes, e uma vez que começassem a comer carne, eles iriam querer comê-lo também. Com carne fácil ao alcance, nenhum lobo teria disposição para atacar um ser humano, ainda mais uma pessoa de um metro e oitenta, como ele. MAs bastaria a carne da corsa acabar que ele viraria o próximo item do menu.

Os lobos gradualmente fecharam o círculo e precipitaram-se sobre ele e a corsa morta.  Hug já ia correr quando uma tocha de fogo caiu bem em cima de um dos lobos. Os animais saltaram assustados. Outra tocha surgiu, vinda do céu. E então, uma chuva de flechas abateu-se sobre aquela pequena clareira.

Hug mal conseguiu se mover. As flechas zuniam perto dele, e atingiram alguns lobos. Os animais correram pelo mato adentro, gritando e ganindo.

Do alto da árvore à sua frente, do outro lado da pequena clareira onde ele havia conseguido abater a corsa, a uma distância de cerca de vinte metros, surgiu um homem.

Hug viu assustado aquele homem. Ele não via outro ser humano sem ser os da sua família fazia décadas. O homem tinha cara de poucos amigos. Era forte, estava sem camisa, vestia calças de couro de urso e apontava-lhe uma flecha em atitude hostil. Logo depois, do mato abaixo, surgiu um velho. Foi o velho que veio na direção dele.

Hug teve medo. Pensou em fugir, mas o homem da árvore estava com ele na mira. Um passo em falso e ele teria certamente o mesmo fim que a corsa caída a seus pés.

O velho chegou perto. Hug viu sua vestimenta suja, seu colar de dentes, e sua extensa barba branca. Era tão magro e frágil que mais parecia um fantasma. O velho tinha uma tocha em uma das mãos e um tipo de porrete na outra.

Foi o velho quem falou primeiro:

-Em Deus somos todos irmãos!- Ele disse, deixando a tocha cair no chão.

Hug olhou para cima, viu o homem da árvore, que lhe apontava o arco. Olhou para o velho e concordou com a cabeça.

-Quem são vocês?

O velho então olhou para trás, moveu o braço num gesto silencioso e Hug notou que o homem sem camisa já não estava mais naquele galho. O homem foi surgir no mato, no mesmo lugar de onde havia saído o velho, e agora, na companhia de uma mulher bonita. Ela tambem tinha um arco e flechas num embornal nas costas.

-Somos viajantes, filho. E você? Quem é?

-Viajantes?

-Sim… – Disse o velho sorrindo com os dentes amarelos.

-Mentira. Não sobrou ninguém!

-Ora bolas, meu filho. Veja você mesmo. Eu sei que pareço uma assombração, mas estou vivo, ó! -Disse o velho, dando um peteleco no braço dele.

Os quatro ficaram em silêncio no mato. Estavam se estudando. Hug notou que nem todos eles vestiam peles. A mulher tinha roupas antigas. Ela parecia bem diferente dos dois.

Hug abaixou-se e pegou a corsa.

Ele sentiu o bastão do velho tocar-lhe o ombro.

-Pssss…Não. Esta carne é nossa agora!

-O que? – Hug ficou indignado.

-Bem, garoto… Os lobos iam pegar. Eles já tinham tomado a caça de você. E aí nós só tomamos a caça dos lobos. Agora… Ela é nossa!

Hug olhou para eles. O velho estava imóvel à sua frente, mas o casal apontava as flechas bem na direção da cabeça dele.

Hug não teve saída, senão concordar. Ele estendeu a corsa abatida para o homem idoso.

O homem levantou a mão, numa atitude que indicava mandar Hug esperar.

-Mas nós vamos dividir a caça com você. Não se preocupe.

-Hã?

-Pra onde devemos levar este animal? – O velho perguntou.

Hug ficou em silêncio. Os estrangeiros queriam ir até sua família. Ele teve medo. Pensava em como poderia negar algo naquela situação. Eles haviam salvado sua vida, e se dispunham a dividir com ele sua carne. Seu povo estava a mercê da fome. Se ele não retornasse com alguma carne, o povo passaria fome e alguém certamente iria morrer. Era melhor metade do que nada.

Hug apontou o caminho de volta a aldeia. O casal se entreolhou. Cochicharam alguma coisa. O velho interveio novamente:

-Se não andarmos logo, os lobos vão voltar.

Todos concordaram, e  começaram a seguir Hug, que levava a corsa abatida nas costas.

Quando finalmente chegaram na aldeia, já estava ficando escuro.

Assim que Hug surgiu com a corsa nas costas, foi saldado ainda na mata por Tim, seu flho mais velho. Tim arregalou os olhos tão logo viu que o pai tinha companhia e desatou a correr pelo meio do mato, aos berros. As crianças se esconderam e quando Hug parou na frente da caverna, já não havia nenhum sinal de vida, além de alguns potes de barro, esteiras e utencílios primitivos espalhados no chão. O único elemento que denunciava a presença humana recente ali era o fogo, que ainda fumegava na entrada da caverna.

Hug parou na entrada e gritou, chamando Nigel.

Da escuridão da caverna, surgiu um velho. Era Nigel. Cabelos brancos, comprido,s amarrados em duas longas tranças que desciam até o meio das costas. O corpo estava recoberto de tatuagens e uma barba amarelada comprida se destacava sob olhos escuros e enigmáticos. Ele veio.

-Quem são esses aí? -Perguntou, apontando o dedo magro na direção de Hug.

Os três estavam em silêncio, atrás de Hug.

-Eles são amigos, pai.

-Amigos? – Perguntou o velho, desconfiado.

-Sim, pai. Salvaram a caça. Os lobos iam pegar.

-Aqueles bichos desgraçados… – Disse Nigel.

Nisso, o velho visitante deu um passo a frente e abaixou-se em tom solene.

-Em Deus somos todos irmãos. – Repetiu.

Nigel não disse nada. Saiu da caverna e desceu das pedras. Veio até eles. Estendeu a mão ao velho. Os dois se abraçaram.

As crianças gradualmente surgiram, e rapidamente havia cerca de doze pessoas ao redor deles, olhando e mexendo em suas roupas. Nigel disse que os visitantes eram bem vindos.

As mulheres vieram, buscaram a corsa abatida e levaram a mesma para a caverna. Ali, com rapidez impressionante, elas esquartejaram o animal e removeram sua pele e víceras. Enquanto isso, outras pessoas colocavam madeira na fogueira, para aumentar as labaredas.

A corsa foi espetada num pau comprido e levada ao fogo, na frente da caverna, para assar.

Sentados numa pedra, Nigel, Hug, seu cunhado Brom e os três estrangeiros conversavam e esperavam a comida.

-Vocês vem de onde? – Perguntou Brom, curioso.

-Viemos de lá. – Apontou a mulher.

O velho interrompeu a jovem. – Estamos viajando há mais de um ano. Viemos do leste.

-Leste? Perguntou Brom com cara de interrogação.

-Leste é aquela direção. – Disse Nigel. – É onde o sol nasce.

-Eu sou Nigel, o chefe. E este é Hug, meu filho, que vocês conheceram na mata da montanha. Este aqui é Brom, marido da minha filha, a irmã de Hug… É aquela lá com o jarro.

-Eu sou Cork. Este é Amon, meu genro, e esta é Sirina, minha filha.

-Então vocês estão viajando? Como conseguem?

-Estamos indo atrás da comida.

-Ela esta acabando. – Disse o lacônico Amon.

-E como os outros não pegaram vocês?

-Pegaram. Éramos dez até poucos meses. Estamos seguindo as estrelas. Do nosso grupo, só nós restamos. Eles pegaram até a Tiz, a minha netinha. – Disse o velho, com um nó na garganta. Hug viu Amon abraçar Sirina com certa consternação. Cork continuou. –  Mas e aqui? Como conseguem ser tantos?

-Eles nunca vieram aqui. Não sabemos o porque. – Disse Nigel, mexendo no chão com um graveto. – Foi meu pai que me ensinou que há lugares em que eles nunca vão. Meu pai também não sabia o porque. Mas nós viemos para o vale, e os que saíram, nunca mais voltaram. Apenas Hug vai até a pedra do olho, que meu pai nos ensinou, para caçar. Nunca cruzamos pra lá da pedra. É poibido para nós. Esta é a lei. Aqui estamos seguros. Embora a comida esteja ficando cada vez mais rara.

-Não é só a comida. Disse Cork. – As pessoas estão praticamente extintas.

-Nessa viagem, vocês viram algum outro grupo? Alguma família? O que tem pra o leste? – Pergntou Hug.

-Os outros pegaram todo mundo. – Disse Amon. – Passamos em cidades, tudo deserto. Eles surgem no céu de surpresa, e não há como escapar.

-Sempre foi assim. – Disse o velho Cork. Nigel concordou.

-Meu pai disse que começou aos poucos… As pessoas, no início, não prestaram atenção, porque era normalo pessoas sumirem nas cidades.

-Mestre Nigel, conte pra eles a história do nosso antepassado? – Pediu Brom.

Nigel não respondeu a Brom. Apenas continuou o que já estava contando.

– Mas gradualmente, o número de pessoas que sumiam aumentou, até que uma noite, um grande objeto escuro desceu do céu. As pessoas tentaram correr. Outras pensaram que eram amigos do espaço. Pobres coitadas.

Meu pai me contou que o aparelho fez um grande barulho, e todo o mundo se apagou. Nenhuma máquina da Terra funcionou. E então, começou o massacre.

Desesperadas, as pessoas se reuniam em grandes grupos de refugiados. Começaram os primeiros êxodos. Esses grupos eram o que eles preferiam. Certa vez, há muitos anos atrás, apareceu aqui um pai e um filho que disseram ter escapado de um cerco a um desses refugios. Os outros nunca tiveram pena de crianças, velhos ou mulheres. A unica forma de escapar é fugindo em pequenos grupos. Naquele tempo, o meu pai era um fazendeiro e caçador. Ele pegou nossa família, juntou alguns vizinhos, mais um monte de coisas que nós tínhamos no paiol e nos carregou para a floresta. Nós vivemos alguns anos na cabana de caça do papai, até que os aparelhos surgiram na base da montanha. A família Creed foi exterminada. Papai nos salvou trazendo para as cavernas do vale. Viajamos dias e noites pela floresta, até chegar a este vale. Desde então, as cidades foram gradualmente sendo dizimadas. Os aparelhos voavam para todos os lados. Nenhum lugar era seguro. Os governos, aquele bande de pobres coitados com o rei na barriga, não puderam fazer nada. Eles foram os primeiros a serem atingidos e esmagados.

-Nossa história não é diferente. – Disse Cork. – Estamos fugindo dos outros e dos aparelhos desde que eu era uma criança.

Enquanto eles conversavam, as mulheres se aproximaram com tirrinas de cerâmica, repletas de raízes.

-Venham, amigos,  está na hora de comermos. – Disse Nigel, levantando-se da pedra e seguindo para a fogueira.

Durante o jantar, todos comiam pedaços da corsa abatida naquela caçada. Nigel era o chefe, o anciâo, e ele tinha o direito ao maior e mais suculento pedaço. As crianças eram poucas, e mal nutridas. A eleas restavam víceras cozidas, e pequenos nacos de carne ainda grudados aos ossos aos quais roíam com prazer. Todas estavam famintas. As pessoas do grupo pareciam desesperados de fome e a corsa foi estraçalhada em minutos. Não raro, Nigel se pegava lembrando dos tempos da fazenda, em que eles criavam gadp e como a alimentação era farta. Agora, vivendo como nômades primitivos, a fome e desolação eram companheiras permanentes.

Nigel notou que Sirina e Amon estavam dividindo sua comida com Tarim, uma das filhas de Hug.

Era um momento feliz e em, meio a um falatório tremendo varios grupinhos conversavam. Nigel cutucou Hug no braço discretamente.

-Sim pai?

-Hug… Eu não confio nesse pessoal.

-Ah, pai. Calma. Eles são gente boa. Olha lá, estão até dando a comida deles para Tarim.

-Não sei… Tenho medo deles atraírem os aparelhos pra cá.

-Calma, pai. Os viajantes são pacíficos. Se eles quisessem alguma coisa de mal, teriam acabado comigo lá em cima, nas montanhas.

-Hummm. Você que sabe. Descubra quanto tempo eles vão ficar. A comida já é pouca para nossa gente. Não podemos…

-Tudo bem, pai. Verei isso com eles. – Disse Hug levantando-se.

Hug deu a volta na fogueira, passou pelo lugar onde Amon e Sirina fazia cócegas na pequena Tarim e foi até Cork. O velho estava sentado, concentrado, comendo um pedaço de carne com as mãos.

-Corck?

-Sim, meu jovem?

-Quanto tempo vocês pretendem ficar?

-Estamos indo para o oeste, do lado que o sol some. Iremos partir amanhã. Podemos dormir aqui com vocês esta noite? Há lobos lá fora!

-Claro. Sem problemas. – Disse Hug. -Mas amanhã vocês vão partir. Há pouca comida para nosso povo e…

-… Não se precupe jovem. Nós sairemos amanhã, bem cedo. – Disse o velho com o seu sorriso amarelo.

Quando a comida acabou, os homens levantaram-se e foram se lavar com a água dos jarros.

Anika, mulher de Hug veio de dentro da caverna, trazendo esteiras sob os braços. Entregou-as a Sirina. Anika agarrou o braço de Tarim e saiu puxando a esquálida menina para a caverna.

Sirina só teve tempo de fazer um singelo aceno para a pequenina.

Gradualmente, uma a uma, as pessoas da familia de Hug se recolheram. Poucas horas depois, só algumas brasas ainda crepitavam com estalidos secos na fogueira em frente da caverna.

O sol nem tinha nascido quando Hug acordou com uma gritaria dos diabos. Pessoas passavam correndo de um lado a outro.

-Hã? O que foi? – Ele perguntou a Brom quando o viu passar correndo pela caverna, esbaforido.

-Tarim! Tarim! – Ele gritou.

-Hug então viu entrar Anika. Ela tinha os olhos vermelhos, e uma expressão derrotada. Vinha amparada pela irmã dela.

-O que houve?

-Eles a levaram. O velho e o casal!  Levaram Tarim embora! – Disse ela, aos prantos.

 

CONTINUA

 

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. AAAAAAAAAAAH SÉRIE! Adoro séries. Eu tenho vontade de escrever algumas coisas de ficção também, mas não tem ninguém pra ler. “/ Anyway, parabéns Philipe. =D

  2. Sei lá, no começo eu tava tentando localizar a historia. Antes de Cristo ou Pós-Apocalipse. Pena que não é uma fanfic das Crônicas de Gelo e Fogo onde os outros sao seres de gelo zumbis, ou uma fanfic de Lost que tmb tem os Outros. Enfim, acho que vc nao é muito do tipo que faz fanfic, Felipe.

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