Peranthus Revenge

Com varias inteligências artificiais diferentes eu criei uma musica e um clipe.

Ontem, depois da minha Live no youtube (quer falar comigo? Me segue no face que eu aviso lá quando abro live para bater papo) eu estava de bobeira e tive uma ideia de criar uma musica fictícia como se fosse uma dessas bandas que eu gostava quando era moleque, usando algumas inteligências artificiais específicas.
Eu ia para as lojas de disco (que naquele tempo existiam) e ficava fuçando as capas dos Lps, porque sempre tinha umas capas assim:

…e eu ficava VIAJANDO naquelas artes.  Os caras da loja já não aguentavam mais me ver lá.

Na real, eu estava cagando e andando solenemente para o Heavy metal dos discos deles. Eu queria era ver as artes das capas.
Depois com o tempo, fui conhecendo as bandas. Isso aconteceu mais graças ao Iron Maiden e seu eterno garoto propaganda, o zumbi Eddie.

Nos anos 90, houve uma fase que eu jogava RPG e ouvia muito metal melódico, como o Rhapsody of fire. E daí veio essa ideia para um disco com aquele sabor de power metal de final dos anos 80.

Então comecei -como é o certo – pela capa:

O logo

Usei o Midjourney que é uma das inteligências artificiais que é usada para gerar imagens. Eu usei ele para criar a arte e também o logo da minha banda, que por acaso vai ser meu sobrenome, que para alguns mais chegados tb é meu apelido, e soa como “King”  e com essa torre, tem todo um elã de fantasia LOTR. hahahaha.

Achei que esse logo ficou topíssimo!

Dei uma ajustada no logo puxando um pouco os canais azul e verde para não ficar muito vermelha a capa. É preciso um pouco de contraste.

Bem, agora que tenho um guerreiro com uma espadona foda em pé na lava (hahahaha) chega a hora de inventar todo o background, que é o que acontece ANTES de inventar a musica. Afinal como que eu vou fazer musica se não sei a história, né?
Então, vamos lá, inventei a história. Nada muito fora do clichê, porque clichê é parte indelével desse negócio todo.

A história

A história é de um guerreiro ressurrecto por um bruxo que vai matar uma espécie de coven diabólico de magos negros numa fortaleza macabra. Os bruxos descobrem e tentam mandar uns orcs, zumbis ou sei lá que merda for para matar nosso herói, mas ele bota pra foder em cima dos bichos todos e entra na fortaleza. Assim, os malvados bruxos, bem na linha dos inimigos do Conan summonam uma besta dos infernos, mas adivinha só? Nosso herói ressurrecto tem imortalidade obtida com magia de sei lá o que… Das ninfas gostosas de algum rio mágico. Pronto. Agora ele usa a magia e mata o monstrão depois elimina os bruxos um a um. Ele venceu, é o fodão, o herói e seu nome vai ser aclamado. Mas isso não pode terminar assim, porque final feliz deixa um sabor infantil.

Já sei, ele ACHA que matou todos, mas o mais vagabundo dos bruxos se escondeu nas cavernas e espera sorrateiramente que o momento de um eclipse retorne para invocar uma besta suprema! Assim, fechamos com uma chance de uma segunda história.

Fazer a música

Bem, fazer a musica disso dá uma trabalheira do caramba, mas o que eu faço é: Eu escrevo os versos em português, mas nos anos 80 se você fizesse rock em português-BR as pessoas jogavam mijo em você no show, cara. Então, eu faço a letra em PT-BR e depois fico horas e horas reajustando a letra para inglês, tentando achar um jeito de conseguir pelo menos algumas rimas.
Uma vez feita a letra eu uso o suno.ai para desenvolver a música. Isso leva muito tempo, já que ele só faz blocos de um minuto, e tb porque eu queria meter um pedaço de coral ali, para soar como um pouco de metal sinfônico. Acabei com meus créditos e precisei esperar virar mais um dia, para conseguir ganhar mais créditos e chegar na parte final da musica. Eu queria também uma virada final, para colocar uma bateria moendo. E também achei que uma risada satânica no fim ficaria bom. Eu sei que fica meio “Thriller”, mas foda-se. É legal.

Composições e outras pilantragens

Feita a música, eu vou compor ela usando um app próprio para isso, chamado “reaper”. Eu monto tudo e incluo também alguns efeitos sonoros como espadas, crepitar de fogo, tambores tribais, (poque tambores tribais são sempre legais) aqui eu confesso que achei uma boa chupar a ideia do prólogo com tambores ritmados da trilha do Conan do Basil Paledouris.
Daí eu tive a ideia de antes da musica contar toda essa história, afinal, ela já estava escrita e ia pro lixo. Para isso, eu ia usar outras inteligências artificiais.

Artes ilustrativas

Então eu usei o Elevenlabs.com para modelar uma voz que parecesse de um velho decrepito, como a voz do Mako de Conan. E com essa voz (que gastei um bom número de créditos para conseguir criar) eu mandei narrar a aventura.
Com a voz em mãos, eu fui no bom e velho Midjourney e criei um MONTE de artes no estilo do Frank Frazetta – (por que não o Boris? Porque Frazetta parece mais “raiz”).

Então, com essas imagens, eu montei no Premiére as animações. Alguns quadros resolvi adicionar movimento, então usei outra IA para fazer isso. Com a Runway eu consigo subir uma arte de midjourney e usar ele para animar ela.
Feitas as animações, eu montei tudo e subi no youtube.

Aqui está o resultado:

Parte 2:

Parte 3:

Parte 4:

 

Eu queria poder voltar no tempo e mostrar pra mim mesmo isso aí. Eu ia ser meu próprio ídolo, com certeza.
É um bom exemplo de como dá pra usar diferentes inteligências artificiais para criar coisas, né? Claro que não se compara com uma banda de verdade, porque afinal, não é de verdade. Mas é absolutamente divertido.
A narração eu criei usando o excelente Eleven Labs text to Speech

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. hhahaaa ficou bem legal. Dá pra enganar muito caverinha por aí. Esse teclado que dá uma entregada no lance artificial. Mas excelente trabalho.

  2. Sensacional! Pura arte!!! COm curiosidade e disposição é impressionante a quantidade de coisa que se pode fazer hoje em dia com pouquissimos recursos que seriam impensaveis a 5 anos atras

  3. Ano passado, pedi ao chatgpt para criar uma letra com um enredo que coloquei lá. Depois que a ia me deu a letra, eu dei umas modificadas e eu mesmo, de cabeça, criei a melodia. Vira e mexe ando cantando minha própria música.

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