quarta-feira, dezembro 11, 2024

Os piores instrumentos de tortura da Idade Média

A Idade Média foi uma era de momentos bem tristes para a Humanidade em geral. A Idade Média inicia-se com a queda do Império Romano do Ocidente.

Ela tem este nome porque (dã! Eu sei que parece óbvio, mas acredite, tem gente que nunca se ligou disso. ) é o período intermediário na divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna.

Seja como for, a Idade Média é um dos períodos mais sangrentos e miseráveis da existência humana. Não que os outros sejam melhores, (aliás, são até piores sob certos aspectos) mas é durante a idade média que diversos conflitos cabulosos se constroem e intensificam de modo bastante brutal. É nesse período histórico que surgem grandes mudanças que afetam o mundo que conhecemos até hoje.

Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade Tardia. Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do Império Romano do Ocidente. No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé. O Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Vikings do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul.

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Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao Renascimento: o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial o direito a cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas deste período. fonte

É nos dois últimos séculos da Baixa Idade Média que o mundo fica severamente marcado por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população européia é dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras entre estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos.
Sabe-se que no final da Idade Média e início do Renascimento, a Inquisição foi significativamente ampliada em resposta à Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica. O seu âmbito geográfico foi expandido para outros países europeus, resultando na Inquisição Espanhola e Portuguesa. Esses dois reinos em particular operavam tribunais inquisitoriais ao longo de seus respectivos impérios (o Espanhol e o Português) na América (resultando na Inquisição Peruana e Mexicana), Ásia e África.

A inquisição ficou célebre pelas torturas. Nesse post vamos ver algumas das mais cruéis armas de tortura da época.

AS MAIS CRUÉIS ARMAS DE TORTURA DA IDADE MÉDIA

1- A SERRA

Ao olhar para uma serra, você poderia pensar que ela serve para cortar uma árvore. Dificilmente a mente humana normal pensaria numa serra para cortar gente ao meio. Acredite se puder, isso era comum. Pense na dor horrível e no agoniante e desesperado desejo de morrer logo da vítima, que era cortada de cabeça para baixo, para sofrer mais. Mais que apenas matar, a serra tinha o propósito de tornar a execução um macabro espetáculo, já preparando os próximos condenados que assistiam a condenação do companheiro para o que estava por vir.

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2- A ARANHA

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Esse instrumento horrível era usado quente. Esse ferro dentado era colocado num monte de brasas até que ficasse incandescente. Ele era então usado para dar um “beliscão” no peito das mulheres que foram acusadas ??ou condenadas por adultério, aborto ou qualquer outro crime, como ser bruxa. A aranha arrancava o seio da pessoa.

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3- O RACK

Pensa na desgraça que é ser puxado num dispositivo que vai puxando seus membros, cada vez mais, cada vez mais, até o limite e depois dele, quando seus braços e pernas se soltarão do seu tronco num estalo crocante…


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O Rack é provavelmente o mais conhecido dispositivo de tortura da Idade Média, porque ele aparece em diversos filmes. A razão de sua popularidade é óbvia: Ele não é tão horrendo ao ponto de fazer o espectador do filme vomitar, ele permite que o ator fale com o carrasco, e ele não mostra sangue, além disso, o torturado pode estar vestido durante o ato.

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Basicamente, ele é uma grande  plataforma de madeira, com rolos em ambas as extremidades. As mãos e os pés da vítima eram amarrados a cada extremidade e os rolos eram girados, esticando o corpo da vítima…

4- O DIVISOR DE JOELHOS

Puta merda, meu. Quem será que era o doido que inventava essas merdas. Olha só a traquitana:

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Esse treco aí cheio de pontas com duas roscas e parafusos sem fim de cada lado, era usado frequentemente durante a Inquisição Espanhola.  Como o nome já diz, o divisor joelho era usado para dividir um joelho da vítima.

O treco era aberto, e posicionado na frente e atrás do joelho, com os espetos encravando na carne. Assim, bastante uma volta do parafuso e, uma dor desesperante era infligida no infeliz, mais uma volta, mais gritos. E ia assim, até que com um “pleck”  um joelho era facilmente – e dolorosamente – aleijado. Apesar do nome, ele era usado em outras partes do corpo, como braços, pés  e mãos.

5- ESMAGADOR DE CABEÇA

Não preciso dizer que isso esmagava a cabeça do amiguinho, né? O método usado para esmagar a cabeça era parecido com o usado para espremer uma laranja e fazer suco. Aparentemente, eles gastavam toda a criatividade no funcionamento das traquitanas e não sobrava muito ara os nomes, hehehe.

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O funcionamento era assim: Você colocava seu queixo no ferrinho em forma de degrau mais baixo, a cabeça sob a tampa, e o carrasco se encarregava do resto, que se resumia a torcer a borboleta para fazer as duas partes irem se apertando, até que numa cena nojenta, seus olhos pulassem para fora segundos antes do crack, que partiria sua cabeça num estouro e seus miolos fossem derramados no chão como uma melancia atropelada por um caminhão.  A parada só terminava de ser girada quando sua cabeça se resumisse a uma carne moída com pedaços de ossos e dentes. Então o carrasco voltaria tudo ao modo normal antes de gritar: “próóóximoooo!”

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6- A RODA

A roda foi um dos instrumentos de tortura mais usados na Alemanha durante a Idade Média. Por alguma razão, eles piravam nesse treco, ao ponto da roda se tornar a forma favorita de execução no país.

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A vítima era amarrada à roda no chão e cruzetas de madeira eram colocadas sob cada junta  (pulso, tornozelos, quadris, ombros, joelhos).

Depois,  o torturador começava a martelar as travessas num roda reforçada com ferro pesado.

O verdugo tinha o especial cuidado de não desferir golpes mortais.

A perícia do executor era avaliada da seguinte forma: se os golpes quebrassem os ossos e não rasgassem a pele, ele seria aplaudido pela multidão. O objetivo era que não existissem fraturas expostas ou sangue.

Após as contusões graves causada pelas marretadas para te prender na roda, seus membros eram trançados como se fossem os raios das rodas de carroça. E então você seria exibido para um público super animado, que certamente jogaria coisas como ovos podres e pedras em você, até que por alguma razão você morresse, o que poderia durar entre minutos a dias. oP4gR

Seus algozes poderiam te girar sobre o fogo, e poderiam também criar jogos, como quem consegue decepar sua cabeça num só golpe.

7- O CAVALINHO DE MADEIRA

O cavalo de madeira, o pônei de madeira ou o burro espanhol, é o nome dado a um dispositivo de tortura extremamente doloroso que foi inventado antes mesmo da Idade Média e por ser tão eficiente, acabou usado ao longo da história, particularmente durante o período colonial americano e tempos medievais. Existem três variantes do dispositivo, no entanto, o princípio e de criação, é o mesmo.

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O dispositivo de madeira de forma triangular e em ângulo, muitas vezes afiadas na parte superior. A vítima é forçada a ficar em cima do “cavalo” triangular, colocando seu peso de corpo inteiro em seus genitais, com pesos adicionais acrescentados aos seus tornozelos para puxá-lo para baixo. Nem precisa dizer que o peso adicional iria puxar todo o corpo da vítima para baixo ferindo gravemente sua virilha, e às vezes até mesmo cortando-o ao meio. O misto de bizarrice com instrumento de tortura sexual o fez um dos instrumentos de tortura mais brutal de todos os tempos.

8- O BERÇO DO JUDAS

O berço do Judas era similar ao cavalinho de madeira, com a diferença que neste caso aqui o sujeito sentava peladão numa pirâmide de madeira, ferro ou pedra. Um sistema de roldanas puxava os membros do condenado sobre a pirâmide que ia lentamente lhe rasgando o ânus, vulva ou escroto.

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Embora esse dispositivo seja muitas vezes atribuído à Inquisição espanhola, há evidências de que ela já existia antes desta, usado como  sideshows no carnaval.

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9- Iron Maiden

Não, meu amigo, não é a banda de rock não. (que tem o nome em “homenagem” a este instrumento).

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Basicamente era um grande sarcófago de ferro, repleto de espetos de metal no interior. O cara era colocado lá dentro com bastante carinho (você pode imaginar) pelo carrasco e então as portas do Iron Maiden eram fechadas e o carinha ficava lá dentro até morrer.
O Iron Maiden é freqüentemente associada com a idade de ouro.  No entanto, nenhuma referência a este instrumento foi encontrado antes de 1793, apesar de instrumentos de tortura medievais parecidos serem catalogados e reproduzida durante o século 19.

Wolfgang Schild , professor de direito penal, a história do direito penal, e Filosofia do Direito na Universidade de Bielefeld , argumentou que supostamente, as  “donzelas de ferro” foram reunidas a partir de artefatos encontrados em museus para criar objetos espetaculares destinados mais à exposição (comercial). Pesquisas sobre a origem do instrumento levam a crer que  Johann Philipp Siebenkees criou a história dele como uma brincadeira em 1793. De acordo com Siebenkees  ele foi usado pela primeira vez em 14 agosto de 1515, para executar um falsário.

Foi construído no século 19 como uma provável má interpretação da  ” Schandmantel “(” manto de vergonha “), medieval,  que era feito de madeira e estanho, mas sem as pontas lá dentro.

Mas é possível também que o Iron Maiden seja uma recriação de um instrumento de tortura cujo nome se perdeu na história. Sua inspiração pode vir de um equipamento de execução cartaginesa usada por Marcus Atilius Regulus como registrado em Tertuliano ‘s “aos mártires” (Capítulo 4) e referenciado por Agostinho de Hipona  em  “A Cidade de Deus” (Tomo I .15), em que os cartagineses “o haviam prendido em uma caixa de madeira apertada, cravada com pregos afiados em todos os lados, de modo que ele não podia se apoiar em qualquer direção sem ser perfurado.

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10- A tortura do rato

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A tortura do rato é uma das mais horrendas formas de tortura conhecidas. Praticada na idade média e até antes dela, com bandidos, estupradores, envenenadores, assassinos em geral  e toda sorte de condenados à morte, essa tortura foi usada até os anos atuais, onde eu soube que foi praticada com estupradores e pedófilos por grupos de extermínio.

A tortura do rato era bem característica da Torre de Londres, praticada com prazer por católicos romanos segundo os  escritores da era elisabetana .

“A cela ficava abaixo da marca d’água e era totalmente escura” isso atrairia ratos do rio Tâmisa quando a maré estava alta, e milhares de ratos iriam convergir para a cela com o prisioneiro nu dentro.  Gradualmente, ilhados pela água, os ratos subiriam no prisoneiro e dele começariam a se alimentar com ele ainda vivo.  Assim, grandes nacos de carne eram arrancados dos seus braços e pernas .

Durante a revolta holandesa , Diederik Sonoy , um aliado do William the Silent , usou uma versão desse método, onde um vaso de cerâmica cheio de ratos famintos foi colocado de boca para baixo sobre o corpo nu de um prisioneiro. Depois, carvão quente foi colocado sobre o jarro, desesperando os ratos, que buscavam seu caminho de fuga comendo um túnel pelo meio das entranhas do condenado!

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A tortura do rato também fez a cabeça de torturadores, como os do regime de Augusto Pinochet (1973-1990) e na Argentina durante o período do Processo de Reorganização Nacional (1976-1983).

O relatório da CONADEP na Argentina detalhou o utilização de um método de tortura conhecido como “o recto-scope” (reservado principalmente para prisioneiros judeus) que consistia em inserir ratos vivos em uma vítima através de um cano enfiado no ânus do prisioneiro.

A Anistia Internacional documentou o caso de uma mulher torturada pela CNI (Agência Nacional de Inteligência) do Chile, em 1981, que descreveu ter sido mantida numa sala cheia de ratos vivos durante o interrogatório.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Philipe, não me lembro da fonte, mas li em algum lugar que vários desses instrumentos medievais nem mesmo eram usados. Que na verdade era só pra assustar. O cara ficava com tanto cagaço que falava qualquer coisa que quisessem ouvir.

  2. E tem uma também com ratos em que o prisioneiro tinha um saco cheio de ratos famintos amarrados à cabeça e enquando ele urrava e se dabatia os ratos iam entrando em sua boca, comendo sua lingua e olhos e orelha até que sufocado e engasgado pelo próprio sangue, quando não por algum rato que lhe entrava garganta à dentro, ele morria.

  3. NÃO SEM RAZÃO A IDADE MÉDIA TAMBÉM FOI CHAMADA DE IDADE DAS TREVAS. UM PERÍODO HISTÓRICO VERGONHOSO PARA A HUMANIDADE EM CERTOS ASPECTOS. COMO PUDE VER TODOS OS MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE TORTURA TINHAM UM OBJETIVO EM COMUM: PROVOCAR A MORTE LENTA E DOLOROSA DOS CONDENADOS. A BÍBLIA DIZ QUE A LUZ VEIO AO MUNDO MAS OS HOMENS AMARAM MAIS AS TREVAS. DESTE MODO SE EXPLICA TAMANHA INSPIRAÇÃO PARA CRIAR ESSAS PARAFERNALHAS DIABÓLICAS

  4. Philipe tem um método que eu ouvi falar, e achei um dos mais horríveis, gostaria de saber se procede, é assim: eles pegam o condenado e amarram em um cadáver em decomposiçao, assim os bichos vao se alimentando da carne com a pessoa ainda viva. Que morre lenta e dolorosamente. Procede realmente este método?

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