O crânio – Parte 13

Bruno coçou a cabeça, enquanto pensava na provocação ao crânio.
eles estavam sentados no banquinho da portaria, e Gui estava ao lado dele. Os dois olhavam para o vazio e já não falavam nada. Ao fundo, na entrada do prédio, o rabecão dos bombeiros removia o corpo para o IML. Uma pequena multidão de vizinhos e curiosos se aglomerava  na entrada do edifício tentando dar uma olhada no defunto.
Enquanto o povo se aglomerada, seu Limair tentava controlar a entrada e saída as pessoas do prédio. Era um dia atípico para o pobre porteiro.

Gui finalmente rompeu o silêncio com uma frase lacônica:

-Você tá fodido.

-Eu?

-Quem mais? Quem que tem uma porra duma caveira que mata as pessoas e traz o exu no meio da fogueira dentro de casa? Eu? Não… É o Bruno. O senhor!

-É. – Bruno concordou. Não sabia o que dizer, e o pior, não fazia a menor ideia do que fazer.

-A gente tem que se livrar daquela porra. Seu pai tá certo. Aquilo não é desse mundo…

-Eu… Eu…

-Porra, Bruno! Não vai me dizer que você vai esconder aquela caralha daquela cabeça! Você tem que se livrar daquilo meu. Você mesmo disse que ela pediu a alma da Bia!

-É! Sim, eu vou me livrar… Mas eu não sei…

-Não sabe o quê, vacilão?

-Não sei se vai adiantar. Eu pedi para ganhar na loteria. Mas ela pediu a alma da Bia. Se eu não entregar… Se eu não matar a Bia. Será que ela vai se vingar?

-Cara. Porra…  – Gui tinha os olhos arregalados e uma expressão de pavor. -Será?

-Ela matou seu Martinez. O que me garante que ela não vai me matar?

-Não sei. Mas… É uma perspectiva assustadora. Eu tô quase me cagando aqui. E se essa caveira do capiroto resolve que a culpa é minha e me mata, Bruno?

-Acho que só tem uma forma. A gente tem que destruir ela! Vamos destruir aquela porra e aí o poder dela certamente se enfraquece.

-É. faz sentido! Mas como que vamos destruir a maldita? -Perguntou Gui.

-Vamos quebrar ela com a marreta do meu pai! – Disse Bruno, sorrindo maliciosamente.

-Bora!

Minutos depois os dois estavam na área de serviço. Bruno estava posicionando cuidadosamente a caveira de pedra em um enrolado de toalhas no chão.  Enquanto assistia a preparação, Gui abria uma cerveja.

-Porra, a cerveja do meu pai, maluco!

-Ops, foi mal. Achei que era sua.

-Ah, foda-se. Dá um gole aí, maluco.

Gui estendeu a latinha para Bruno que deu duas goladas. Depois limpou a boca na manga da camisa. -E aí?

-A hora é agora. Vamos botar pra foder!

Bruno pegou a marreta no chão e se preparou. – Desculpa o mau jeito aí.

-É uma, é duas e…

Bruno desferiu a mais forte pancada que conseguia dar com a marreta bem na testa da caveira. As duas bolas de cristal lapidado pularam longe, mas a caveira de pedra ficou intacta.

Gui examinou a vítima: – Porra nem lascou. Nada. Nem um arranhão. Bate igual macho porra!

Bruno respirou fundo, levou a marreta até o topo da cabeça.

-THOR! – Gritou Gui.

Bruno caiu na cargalhada. – Porra viado. Não desconcentra!

-Foi mal. Vai, vai!

-Lá vai. Toma isso!

PLÁ!

Bruno deu uma violentíssima pancada na caveira que a fez pular de seu ninho de toalhas e rolar pelo chão até bater contra a máquina de lavar. O que deu um sonoro barulhão.

Após Gui correr e examinar novamente a caveira, Bruno não podia acreditar no que o amigo mostrou.

-Nada.

Novamente, a caveira de pedra não tinha nem um arranhão.

-Não é possível.

-Deve ser feitiço! – Exclamou Gui.  – Essa porrada dava para quebrar até ferro. Deixa eu tentar. Bota ela aí e passa a marreta.

-Ok. Vai!

-É três, é dois, é um e… Segura peããããão!

Gui deu uma violenta pancada na caveira mas novamente, nada aconteceu.

-Cruz credo!

-Certeza que ela não vai quebrar com porrada.

-Mas Bruno, ela tem que quebrar com porrada. Do contrário, como ela teria sido esculpida afinal? Só pode ter sido com porrada.

-Nem preciso dizer que essa coisa está protegida de alguma forma. -Disse Bruno, pegando a caveira do chão para analisar.

-Bruno, e se a gente jogasse ela do alto do prédio?

-Tá louco? Essa porra pesa uns dois quilos ou mais!

-Aposto que jogando do alto do prédio ela vai quebrar!

-Hummm. Tá. Vamos ver. Faz o seguinte, desce la no play. Vê se não vem ninguém e dá o sinal que eu taco.

-Taca mesmo?

-Taco, porra!

-Demorou!

Gui correu para o elevador. Minutos depois, Gui apareceu no pequeno espaço retangular que dava para o reservatório de gás do prédio. A janela da área de serviço dava para aquele pedaço sujo do play.

-E aí? Gritou Bruno.

Gui olhou para os lados e fez sinal de positivo com os dedos.

-Vou tacar!

-Tacaaaa!

-Sai de baixooooo!  -Gritou Bruno.

Gui saiu correndo para longe. Enquanto isso, Bruno jogou a caveira contra o solo.

A caveira girou no vazio e atingiu o chão de cimento do play com uma sonora explosão. Parecia um morteiro. Lá do playground Gui viu a caveira colidor contra o solo e quicar, subiu quase um metro e altura antes de bater no chão novamente.

Gui correu até ela. A caveira tinha conseguido abrir um pequeno buraco lascado no concreto. Mas a escultura estava completamente intacta.

-E aí? E aí? – Bruno gritava da janelinha lá no alto.

Gui fez sinal negativo com o dedo. – Nem arranhou! -Ele gritou.

-Sério?

-Serio!

-Pera aí que eu tô descendo!  – Ele respondeu.

Bruno apareceu minutos depois na porta do elevador.

-Dá aqui essa merda! – Disse, tomando a caveira da mão de Gui com grosseiria.

-Calma, porra. A culpa desse troço ser de adamantium né minha não parceiro!

-Tá ok. Beleza, desculpa. Cara nem lascou nem rachou. Inacreditável.

-Como vamos nos livrar dessa desgraçada?

-Já sei. Eu tenho uma ideia. Sabe aquela obra que estão fazendo no final da rua de trás?

-Sei. Ta tudo fechado pro trânsito tá. Acho que é obra do metrô, né?

-Eles tem uma maquina lá de perfurar asfalto. Uma britadeira gigante. Vamos levar essa porra lá e pedir para o cara quebrar ela com a máquina.

-Duvido que ele vai topar.

-Nada que cinquentinha não ajude! -Disse Bruno sacando uma nota do bolso.

Os dois foram até a rua de trás. Após alguns minutos olhando pelo biombo da obra, acharam finalmente o encarregado. Bruno explicou que estava tentando espatifar a caveira, mas o encarregado não parecia muito interessado. Nem mesmo a nota de cinquenta despertou a cobiça do sujeito, um homem meio bronco que parecia um gladiador ou astro de luta livre.  Bruno estava quase desistindo quando Gui salvou a parada com uma frase lapidar:

-Que pena, nunca saberemos se a lenda da família dele é verdadeira…

-Lenda? – perguntou o encarregado.

-É… dizem na familia que dentro dessa pedra tem um diamante enorme. Uma porra dum diamante que vale milhões… Sei lá, Bilhões!

-Diamante? Aí dentro?

Bruno olhou com cara estranha para Gui, que quando começava na mentira não conseguia mais parar.

-Então, o bisavô do meu amigo aqui era mineiro. Ele era lá de Barbacena. Mas lá tinha uma mina, uma mina de diamante, tá ligado? E ele escavou essa mina atras de um diamante gigante. Quando ele finalmente achou o veio dos diamantes, ele era tão grande, mas tão grande, que com medo dos ladrões o avô dele mandou esculpir na pedra essa caveira. O diamante gigante, dizem que está aí dentro. Mas sem quebrar, nunca vamos sab…

-Eu quebro!

-Quebra mesmo?

-Quebro! Mas se lascar a pedra uma fatia é minha!

-Como o senhor quiser! -Disse Bruno animado.

Eles entregaram a caveira para o homem de macacão azul marinho. Ele assoviou com os dedos sujos nos cantos da boca. Logo surgiram outros dois um negro gordinho e um magrelo alto de óculos morcegão.  Enquanto os dois se aproximavam, o encarregado virou-se para Bruno e Gui. Sussurrou:

-Nada de falar do diamante!

-Beleza. Fechado! – Eles disseram.

Quando os dois homens chegaram, o encarregado entregou a caveira e deu ordem para usar a maquina nela.

-Será que vai quebrar? – Perguntou Gui.

Os homens começaram a rir.

-Meu filho, olhá lá o brinquedo. Se aquela britadeira hidráulica não quebrar isso aí, eu tiro a minha roupa, viro baiana e vou vender acarajé na praça Mauá!

De fato, a maquina era um colosso. Um corpo de escavadeira amarela onde a ponta terminava numa grossa haste de aço.

-Cuza os dedos aí, Gui! – Disse Bruno entre os dentes, enquanto os dois olhavam de longe os dois peões posicionando a caveira num buraco. eles então sinalizaram para o encarregado. O encarregado apontou o local e o gordinho operou a maquina. Lentamente o braço mecânico de quase oito metros de altura se ajustou com incrível precisão. A ponta de metal avançou lentamente, até tocar a têmpora da caveira.

O encarregado fez o sinal com a mão e a coisa ligou. Imediatamente aquela ponta enorme de aço começou a desferir uma série de pancadas no crânio. Uma nuvem de poeira se levantou. A quantidade de pancadas foi aumentando gradativamente e o barulho era ensurdecedor.

O Encarregado tocou um apito que trazia no pescoço. E o gordinho desligou a maquina. O braço mecânico se recolheu e tidos correram para ver. Onde estava a caveira, agora só havia um buraco no solo.

-Ué. Cadê? Será que virou pó?

Bruno e Gui desobedeceram as ordens de ver do lado de fora do cercado da obra. Eles correram até o local, onde o Encarregado e o Magrelo olhavam o buraco.

Ali dentro, enterrada cerca de 40 centímetros no solo, estava a caveira de pedra. Intacta.

O gordinho olhou para o mestre de obras, intrigado.

-Nunca vi isso em vinte anos de profissão, Seu Messias…

-Porra, não é possível.  Renato, pega a picareta lá e puxa ela. Essa porra vai quebrar ou meu nome não é Messias!

-Sim senhor! -Disse o Magrelo.

Gui já estava prestes a fazer algum gracejo sobre roupas de baiana, mas foi dissuadido com um safanão discreto do Bruno.

-Nem pense nisso! Olha o tamanho desse cara, ô mongol!

-Ops, foi mal. Sabe como é. Perco o amigo mas…

-Vai perder a piada. Já perdeu.

-Tá bom, tá bom.

O magrelo voltou com a picareta. Minutos depois ele e mais quatro outros empregados conseguiram cavar o buraco ao redor da caveira e removê-la do solo. Todos estavam intrigados.

-Nem uma rachadura!

-Vou te dizer garoto, seu avô tinha mesmo as manhas de esculpir! -Falou o encarregado. -Sua sorte é que justamente hoje vamos dinamitar uma pedra ali em baixo. Quer tentar com dinamite?

-Di-dinamite? – Perguntou Bruno incrédulo.

-TNT. -Ele respondeu.

Bruno percebeu que agora era um “ponto de honra” do encarregado de destruir a caveira, ou ficaria com a imagem queimada diante dos subordinados.

-Bora!

 

Então, a hora prevista da detonação seria dali a duas horas. Bruno e Gui pegaram a caveira, se despediram dos novos amigos e foram almoçar numa galeria lá perto. Deram uma passada numa loja de discos, olharam umas roupas numa loja e foram ate um restaurante de comida à quilo.

Colocaram a caveira na mesa e enquanto almoçavam, discutiram sobre como fariam para se livrar dela.

-E se explodir e não sobrar nada? – perguntou Gui.

-Aí, foda-se. -Bruno respondeu comendo um pedaço de brócolis.

-Mas e como vamos saber se a caveira não foi pras cucuias ou o encarregado malocou ela com ele? Certamente ele não vai deixar a gente ver a explosão.

-Não deve ser permitido.

-Pois é. E aí?

-Não tem jeito, só podemos confiar nele. Marreta não deu, jogar do prédio não deu picareta nem arranhou… Agora, se dinamite não der, fudeu.

-Acho que a dinamite vai resolver.

-Bom, se não resolver, uma ideia é voc~e simplesmnete desejar que ela se autp-destrua.

-Sabe que nao é má ideia? -Disse Bruno olhando fixamente para a caveira de pedra… Até que num pulo, perguntou: – Ei, que horas tem?

-Faltam vinte minutos!

Bruno e Gui correram de volta ao canteiro de obras. O encarregado estava puto.

-Porra, achei que vocês tinham desistido!

Bruno se desculpou. Entregou a caveira ao encarregado. Ele levou a escultura de pedra com ele.

Minutos depois soou a sirene. E então fez um longo e interminável silêncio. Outra sirene tocou, seguida de mais alguns segundos em que não se ouvia nada, então bruno sentiu a vibração no solo, sob seus pés.

-Acabou – ele disse.

-É agora ou nunca.

Bruno e Gui ficaram aflitos, esperando que o encarregado aparecesse, mas ele não vinha. Eles começaram a se preocupar. Mas então, depois de intermináveis minutos de espera e agonia, o encarregado veio com uma caixa.

-Alá! Alá! Uma caixa, deve ter fragmentado toda!  -Bruno se animou.

Quando o encarregado chegou, ele tinha uma expressão estranha.

-Que foi?

O encarregado nada disse, apenas abriu a caixa e a caveira estava toda branca, coberta de poeira. Mas completamente, absolutamente intacta.

-Eu nunca vi algo assim na minha vida, garotos. – disse o homenzarrão, incrédulo, e manifestando até um pouco de medo daquela coisa. -Não posso fazer mais nada. Nem dinamite lascou isso aí!

Bruno e Gui agradeceram. Pegaram a caixa com a caveira dentro e voltaram para casa, cabisbaixos.

Ao chegarem no portão, uma surpresa. Seu Limair estava esperando por eles.

-Bruno, um homem esteve aqui e deixou uma coisa pro senhor.

-Coisa?

Seu Limair pegou debaixo do balcãozinho da portaria. Era uma caixa toda preta. Não havia nada escrito nela.

-Quem deixou isso?

-Um velho. Ele veio aqui, disse que era um amigo seu e que tinha uma coisa pra você.

Bruno abriu a caixa e encontrou uma coisa que só poderia ser descrita como um martelinho de prata. Ao lado um bilhete: “Use isso, depois jogue tudo no mar.”

O bilhete era assinado por “um amigo”, seguido de um simbolo que era um triângulo estranho de cabeça para baixo.

Bruno e Gui se entreolharam.

-Será o… Exu?

-Não sei. Só sei que eu vou usar essa porra.

-Cara se nem a dinamite não resolveu…

-O que a gente tem a perder?

Os dois foram até o playground do prédio do Bruno. Lá eles colocaram a caveira no chão.

Bruno se preparou com o martelinho de prata. Levantou aquilo no ar e bateu com toda força na caveira.

A melhor palavra para descrever o que aconteceu é uma só: Explodiu.

A caveira estourou em milhares de fragmentos de todos os tamanhos. Onde antes havia uma caveira, agora só restava o pó e milhares de pedaços que parecia rocha vitrificada.

-Acabou! Acabou! – Gui comemorou, abraçando Bruno.

-Não… Não acabou!- Disse Bruno, segurando o bilhete. -Falta jogar no mar.

Então os dois cuidadosamente recolheram todos os cacos. Jogaram tudo na caixa preta do martelinho.

Gui estava com o carro estacionado na rua e partiram com o bat-movel em direção ao Arpoador.

Lá, no alto da pedra Bruno lançou a caixa no ar. Ela se abriu com o vento e derramou a poeira de farelos de pedra como uma chuva de pequenos fragmentos no mar.

-Eu queria ver a cara do encarregado quando você espatifou ela.

-Pode crer.

-Ele com certeza ia comprar a roupa de baiana!

-Bom… Fizemos o que o “amigo” mandou. E agora? É isso? É apenas isso? Joga essa merda no mar e acabou?

-Acho que acabou.

Os dois voltaram até o carro e retornaram para casa. Bruno agradeceu a ajuda de Gui e subiu. Estava tarde e Gui voltou direto para sua casa.

Quando bruno ia entrando, seu Limair o chamou:

-Seu Bruno! Seu Bruno…

-Que foi?

-Eu… me desculpa, eu esqueci. Esse negócio aqui caiu da caixa quando o moço entregou e eu não vi!  – Disse o porteiro lhe estendendo uma coisa escura.

Era um envelope preto pequeno. Bruno abriu o envelope com curiosidade.

Dentro havia um bilhete de loteria. Um único jogo. Da MegaSena. Nele, estavam marcados apenas seis numeros.

Bruno começou a tremer. Algo dentro dele sabia o que aquilo significava. Ele sorriu e correu para casa para esperar o sorteio.

—-X—-

Muito, muito longe dali, a água gelada do mar se chocava cotra as pedras.  Um grupo de rapazes vinha caminhando na praia. Estavam indo a um luau. Um deles, vinha na frente, carregando seu violão nas costas. Ele foi o primeiro a vê-la. Correu até ela e pegou.

-Caramba…

-Que isso? – Perguntou uma menina.

-Maneiraça!

-Quem será que esculpiu isso? – Um deles perguntou.

-Deve ser algo indígena. Talvez.. da Atlântida. Algo que o mar devolveu.

-Só pode ser macumba.

-Nada, olha pra ela! Toda de pedra, perfeitamente polida…

-Certeza que isso não é natural. Alguém esculpiu essa caveira nessa pedra!

-Vou ficar com ela pra mim. Vou até fazer um altarzinho no meu quarto… – Disse o rapaz, olhando com admiração para a caveira de pedra sorridente em suas mãos.

FIM

 

 

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

Artigos similares

Comentários

  1. noooosssa muito legal esse final, mas será mesmo o final ? afinal o ciclo se repete hehe parabéns Philipe, nao sei porque mas acho que conheço esse “um amigo”, acho que ele estava envolvido num evento com uma certa “caixa” espero que eu esteja certo, ou será apenas a minha mania de querer que esteja tudo interligado ?

  2. Serio? Assim??

    Queria mais! Não tava esperando que o Tio Gandalf – digo Leonard… aparecesse mesmo achando que ele ia aparecer uma hora… mas achei que ia ser maior! Muitos detalhes do começo ficaram ao leu.

    • Leonard está entre a vida e a morte. Não pense no texto como algo standing. Ele é parte de um todo. Não sou o Chapolim, mas de vez em quando, “todos os meus movimentos são friamente calculados”.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimos artigos

O contato de 1976

3
Tio Cláudio que estava dormindo veio com a gritaria. Quando ele bateu o olho naquela coisa começou a berrar para o Beto vir com a câmera. Eles tinham uma câmera de boa qualidade. O seu Edgar disse que não era para fotografar, que "eles não gostavam", mas o Beto cagou solenemente para o que o velho do trailer dizia e começou a fotografar.

“Eu vi o inferno”

2
Simon ficou em silêncio um tempo. Pegou o lenço do paletó e passou no bigode. Ele chegou bem perto do meu ouvido e sussurrou: --" Eu vi... O inferno."

O filme de natal da família Sutton

4
Por que tio George ocultou algo tão sério no filme de natal daquela família?

VRILLON

19
As estranhas e assustadoras mensagens que estão chocando o mundo.

A mulher do futuro

7
O item foi descoberto durante a reforma do Hotel Nanau, que foi operado nos anos 1970 nas ruínas da Nanau Manor. Encontrado sob um fundo falso do piso de um dos quartos, o pequeno caderno é um sobrevivente do tempo, em boas condições.