Médium internacional viraliza ao falar a língua dos aliens na Tv

Mafe Walker, é uma médium e influenciadora colombiana , autodenominada “médium interdimensional”. Recentemente a jovem foi a um programa de televisão e deu uma interpretação muito peculiar de uma linguagem extraterrestre que a fez viralizar nas redes sociais. Eu mesmo publiquei o caso no meu facebook, porque como dizem “num é pussibiru” que esse apresentador se manteve sereno sem dar uma gargalhada na cara dessa mulher. Palmas pra ele. Autocontrole alien.

Se você é fã de séries de TV de ficção científica como Star Trek ou Stargate, você está familiarizado com algumas das linguagens alienígenas inventadas de Hollywood, mas se você estiver interessado em – ouvir o negócio real -, não procure mais, já que Mafe Walker, essa guia espiritual colombiana que afirma ser capaz de “abrir portais interdimensionais e interpretá-los”, além de falar uma língua alienígena em uma “frequência galáctica” que apenas suas cordas vocais podem alcançar. Não acredita em mim? Você pode vê-la em ação graças à sua entrevista viral no programa “ Venga La Alegría ” da TV Azteca.

“Através do meu campo eletromagnético eu equilibro na ativação uma sincronização neutra na sintonização simpática e parassimpática com todos os seus prótons, nêutrons, elétrons de suas células e sistemas e órgãos físicos”, diz uma das postagens do Instagram de Mafe .

Não está claro se a capacidade da médium de fazer o que ela descreveu no parágrafo acima também é o que a ajuda a falar alienígena, mas uma coisa que definitivamente ajuda é seu “DNA galáctico estelar”. Seja o que for, sua demonstração em Venga La Alegría é algo para se ver.

“Este é, sem dúvida, o melhor momento da televisão mexicana. Que ótimo momento para estar vivo”, comentou um usuário do Twitter em um clipe de Walker falando a língua alienígena.

“Eu realmente a amo, não acredito em nada, mas é a coisa mais engraçada que já vi na TV ou na internet em anos”, escreveu outro.

Embora a maioria das pessoas tenha achado sua demonstração hilária e inofensiva, outros alertaram que Mafe tem quase 100.000 seguidores no TikTok e mais de 30.000 no Instagram, muitos dos quais realmente acreditam em seus poderes. Para piorar a situação, ela supostamente cobra das pessoas 1.400 pesos (US$ 70) por cursos para ajudar outras pessoas a aprender suas habilidades, o que alguns considerariam uma farsa.

Realmente não deixa de ser algo digamos “peculiar”. Não que eu me espante que alguém invente isso, mas sempre me espantará a quantidade de pessoas que acreditam nessas coisas.

Apesar de acreditar que a hipótese extraterrestre seja viável para ajudar a explicar o fenômeno ufo, eu tenho duvidas de sobra acerca da viabilidade dessa língua maluca aí dessa dona. Me parece uma versão de um “xalabacanta” dessas igrejas neopentecostais.

A questão que me atormenta é: Por que alienígenas falariam de tal jeito bizarro? E diante disso, amplio a questão para: Precisam os alienígenas de uma comunicação verbal estruturada?

A estranha comunicação em circulogramas dos alienígenas do filme “A chegada”

Acredito que havendo aliens, e havendo aliens inteligentes capazes de criar engenhos espaciais (ou espaço-temporais) deveríamos ter obrigatoriamente algum tipo de linguagem. Ela seria estruturada simbolicamente? Numericamente? Seria composta de normas e regras no sentido de orientar a compreensão?

Do ponto de vista do terrestre, o sentido de comunicação no público comum está muito ligado às diversas faces da linguagem oral, pois estamos imersos num ambiente gasoso específico onde nos adaptamos para a usar vibrações do ar no sentido de transportar uma mensagem mental codificada muito engenhosamente de forma a trafegar no espaço usando as ondas sonoras e ser reconvertido pelo aparelho de decodificação de nosso interlocutor. Mas não parece haver qualquer regra implícita de que isso deva ser algo compartilhado por outras inteligências a priori.

Aqui mesmo na terra, nem todos os seres vivos usam um mesmo sistema. As formigas, por exemplo, se comunicam quimicamente. As abelhas se comunicam fazendo movimentos num espaço tridimensional, chamado de “dança”.

A fala humana usa frequências que variam entre 50 e 3400Hz. Caso o extraterrestre use outras frequências, provavelmente não teríamos fácil acesso a sua produção linguística ou, no mínimo, precisaríamos de instrumentos para captar e decodificar estes sons de modo a reinterpretar seu conteúdo e entendermos o que ele diz. É algo deveras complexo, e se pensarmos que talvez a nossa galáxia (apenas para limitar bastante) esteja repleto de “gentes“, no melhor estilo “festa estranha com gente esquisita” onde ninguém entende ninguém, a coisa toma um grau extra de complicação.

Aliens em expansão universal precisarão obrigatoriamente se comunicar em algum ponto. A ideia de um bar espacial como o de Star Wars onde cada espécie fala de um jeito, ia causar um rebuliço cósmico.

Isso faz pouco sentido, de modo que seria de se esperar que em algum momento da história das relações interplanetárias, alguém ou alguma coisa, tenha criado um tipo de “esperanto” alien, para dar uma arrumada na bagunça.

A casuística ufológica compilada por décadas de Ufologia parece apontar para dois caminhos:

  • Aliens que falam línguas desconhecidas e estão cagando se entendemos ou não. Em alguns casos eles falam nossas línguas com sotaques engraçados ou eletromecânicos, sem entonação.
  • Aliens que falam por um tipo de comunicação telepática. A comunicação se dá na cabeça do abduzido-contatado. Esse grupo é massivamente, brutalmente, esmagadoramente gigante, na causística ufológica mundial.

Falando em linguagem extraterrestre, me lembrei de um post que eu escrevei sobre isso. Se não me falha a memória, um especialista em linguística de uma universidade de Portugal teria ficado frente a frente com uma mulher que disse a ele que era de outro planeta, e que podia mudar de forma. Não estou muito certo, mas creio que ela realmente fez um “morph” diante do professor incrédulo, e após ele finalmente acreditar do que ela dizia, ela passou a ensinar as bases da língua dos seres do planeta dela para ele, que compilou – ou estava compilando  na época do post, chamado apropriadamente de “uma compreensão semiótica da comunicação entre espécies assemelhadas mas com origens distintas”.

Também não sei se é real, mas pelo menos, não é essa vergonha da loura aí.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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