Em 1971, Veneza revelava-se não apenas como uma cidade cravada na história, mas como um portal para o passado, suspendendo a realidade entre as águas do tempo. As ruelas estreitas e os canais sinuosos sussurravam histórias de séculos passados, enquanto a luz do sol se despedaçava contra a superfície da água, criando um mosaico de luz e sombra que parecia dançar ao ritmo antigo da cidade. Eu e minha amada esposa Isolda estávamos exultantes de estar naquele lugar.
O ar carregava o aroma do mar misturado com o doce perfume de aventura e mistério. Cada passo sobre as pedras gastas pelas eras era um passo através da história, e a sensação de deslocamento temporal era palpável. Fomos seguindo pela praça de São Marcos e nos aproximamos do nosso hotel.
O Hotel Antigo Delvecchio, com sua fachada que desafiava o tempo, era um testemunho silencioso da grandiosidade veneziana, um refúgio para aqueles que, como eu, buscavam nos segredos do passado, respostas para o presente. Após o check in, conforme subíamos pelas escadas de pedra seguindo o simpático funcionário do hotel, enfiado em seus trajes apertados de época, quase que num tipo curioso de fantasia, eu me peguei pensando em como tínhamos ido parar ali naquele lugar.
Tudo começou numa manhã como qualquer outra quando, folheando as páginas da última edição da revista Seleções do Reader’s Digest, minha esposa Isolda e eu descobrimos a possibilidade de participar de um concurso de poesias, que prometia uma viagem “com tudo pago” para qualquer cidade da Itália, à escolha do vencedor. Uma cortesia da revista mais antiga do mundo e da embaixada da Inglaterra na Itália – Talvez um tipo indireto de desculpas pela surra que a nossa seleção deu nos italianos naquele ano.
Para alguém com um orçamento modesto de professor de filosofia, a ideia parecia um sonho distante. Contudo, contra todas as expectativas, ganhamos com uma poesia concreta de Isolda.
Meu coração ansiava por explorar Roma, com suas ricas igrejas, museus, fontes, Coliseu e quem sabe, uma contemplação inesquecível dos afrescos de Michelangelo na Capela Cistina.
Mas Isolda, com seus olhos cheios de esperança, sonhava com a romântica Veneza desde nossa juventude. Como poderia negar-lhe tal desejo? Assim, aceitei de bom grado destinar nossa aventura à Veneza e Murano, onde desfrutamos de uma semana de passeios, turismo e belos jantares cortesia da revista – uma extravagância para nosso orçamento usual.
Hospedamo-nos no famoso Hotel Delvecchio. O lugar era um relicário do passado, com seu cheiro característico de mofo que se entranhava nas narinas, uma assinatura inconfundível da antiguidade. As estátuas de mármore e bronze que adornavam o lobby narravam histórias de um tempo que já não existia mais, enquanto a excelente comida servida no restaurante do hotel fazia jus à fama da culinária italiana. Era um ambiente onde cada detalhe, desde as tapeçarias até os lustres de cristal, convidava-nos a mergulhar em uma era passada, e prometia tornar nossa estadia em Veneza um passeio verdadeiramente memorável.
O Hotel Delvecchio erguia-se como um monumento ao tempo, sua arquitetura gótica e veneziana entrelaçada numa fachada que parecia sussurrar histórias das marés do passado. As paredes, incrustadas com pedras que testemunharam séculos, eram adornadas com vinhas trepadeiras, conferindo ao edifício uma aura de um castelo encantado. Ao adentrar o lobby, nos sentimos atravessado um véu para o passado; os móveis eram de madeira maciça, esculpidos com detalhes que falavam de artesanato e dedicação há muito esquecidos nos tempos práticos de hoje em dia.
Cadeiras de veludo desbotado e mesas de mogno com pés torneados repousavam sobre tapetes orientais, cujos padrões complexos contavam suas próprias lendas. Os lustres de cristal puríssimo, embora empoeirados, capturavam a essência da luz, fragmentando-a em um espetáculo de cores que dançavam pelas paredes cobertas de papel de parede floral, desbotado pelo tempo, mas ainda elegante.
Era um lugar onde cada canto, cada objeto, parecia ter sido cuidadosamente colocado para preservar a magia de uma era passada, preparando os hóspedes para o inimaginável, um convite silencioso para explorar os limites do tempo e do espaço. Eu ainda não imaginava o quanto.
Quando o jovem valet nos levou até nosso quarto, numa das suítes amis altas da construção, eu mal pude acreditar no luxo moderno naquele ambiente que parecia antigo por fora. Depois de diversas reformas através dos anos, o Delvecchio ainda estava atraindo visitantes.
Isolda imediatamente saltou sobre a cama de molas, e nos impressionou a enorme televisão colorida montada na parede. O quarto era finamente decorado com cortinas de veludo. Um grosso carpete de cor vinho contrastava com a brancura da roupa de cama.
Paguei a comissão ao nosso jovem valet, que prometeu subir nossas malas na sequência. O Hotel tinha um novo elevador, recém instalado, mas que estava em manutenção. Agradeci a Deus por não precisar subir puxando a nossa pesadíssima mala que Isolda arrumou com o tradicional esmero de quem não viaja nunca para além das fronteiras de Londres.
Enquanto esperava o valet, fui até a janela do quarto dar uma olhada na vista. Diante de mim a maravilhosa visão de Veneza, com seus casarios antigos e vielas repletas de turistas fotografando tudo que viam pela frente, contrastavam com lanchas rápidas e gôndolas lentas, onde casais apaixonados se apertavam para passar debaixo das pontes.
Nosso guia, o senhor Girardino da Parma apareceu minutos depois em nossa porta. Ele se apresentou como um guia local, indicado pelos nossos anfitriões da Reader´s Digest na Itália. O Senhor Da Parma, como ele gostava de ser chamado, era um membro local e ativo da comunidade veneziana, e sua família estava morando ali desde o século XIV, o que me impressionou. Seu conhecimento histórico e de particularidades do local também eram dignos de um museólogo.
Ele trazia más notícias que soaram como músicas para meus ouvidos cansados da viagem. Da Parma nos avisou que devido a um problema de agenda, um jantar de gala em nossa homenagem que seria naquela noite, teria que ser transferido para a noite seguinte, já que o Cônsul da Inglaterra estava vindo de Milão especialmente para nos conhecer.
A tarde já se esparramava pelo céu, prometendo uma noite de lua cheia e maré alta, o que deixava a todos na cidade um tanto quanto “apressados”, porque a água subia muito, conforme Da Parma nos contou.
Com ele, entramos em algumas atrações específicas para turistas, inclusive algumas que já estavam fechadas, pois ele tinha uma credencial especial do consulado.
Fomos a dois museus e duas igrejas naquele primeiro dia e no dia seguinte, após um café da manhã caprichado, Da Parma nos levou num passeio de barco pelos canais da cidade e de lá seguimos para Murano, onde Isolda quase arruinou as finanças, com dois belos cristais que nas palavras de meu amor, “eram bonitos demais para serem esquecidos”.
Na segunda noite em Veneza, ao voltarmos do passeio, fomos informados que o hotel já estava preparando, sob os auspiciosos comandos da embaixada, o jantar de gala. Nesse momento me preocupei, já que não havia previsto nada assim e em nossa mala, por maior e mais pesada que fosse, não tinha um smoking.
Felizmente, os italianos são realmente mestres em receber e ao chegar no quarto, já havia um bilhete informando que o alfaiate do Delvecchio subiria para tirar minhas medidas e seus assistentes trariam um smoking perfeitamente ajustado para minhas medidas.
Tomei um banho e descansei um pouco. Havia se passado pouco tempo, quando bateram à nossa porta. Dois jovens rapazes vestindo camisas brancas perfeitamente cortadas se apresentaram como Hugo e Giorgio Ferretti. Eram irmãos gêmeos incrivelmente idênticos, e trabalhavam para uma alfaiataria associada ao Delvecchio.
Eles rapidamente tiraram minhas medidas e as da Isolda, e nos informaram que em uma hora ou menos, um barco chegaria, trazendo dois modelos de vestido para Isolda e o meu smoking completo, incluindo sapatos italianos. Eles disseram que o smoking e o vestido eram emprestados, mas os sapatos, tanto os meus quanto os de Isolda, seriam uma cortesia de uma Casa Veneziana, cujo nome eu vergonhosamente me esqueci, mas deixo aqui meu testemunho sobre a maravilhosa qualidade dos seus sapatos. Tanto que enquanto escrevo essas linhas aqui em meu gabinete, estou com eles nos meus pés.
Num perfeito sincronismo, assim que o relógio marcou as sete horas da noite, bateram à nossa porta. Era o Valet com algumas caixas brancas enormes que sobrepostas, quase o tampavam por completo.
Poucas foram as vezes que vi Isolda tão feliz. Ela estava nas nuvens e experimentou os dois sapatos enviados pela Maison e os vestidos, um branco e um preto e optou pelo preto, embora eu tivesse preferido o branco, talvez por me lembrar o dia de nosso casamento. Afinal, aquela era a lua-de-mel que nunca tivemos.
Quando o relógio do hotel tocou sonoramente as oito da noite, estávamos aflitos para descer e cumprimentar o cônsul.
Naquela noite memorável no Hotel Delvecchio, descemos para o jantar organizado em nossa honra, e bem diante da porta de entrada estava uma pequena, porém ruidosa comitiva. Conhecemos o Consul e sua esposa, e seguimos para o salão. Fotógrafos da BBC e da Reader´s Digest cobriram o acontecimento com muitos flashes uma celebração repleta de sabores, aromas e conversas que desafiavam a imaginação.
Enquanto desfrutávamos do agradável jantar, um trio de cordas tocava uma linda composição romântica, e a mesa estava adornada com as mais finas iguarias italianas. Um destaque aos camarões cozidos à perfeição, exalando um aroma tentador, acompanhados de uma seleção de vinhos locais que prometiam uma viagem sensorial própria. O vinho, rubro e vivo, fluía generosamente, envolvendo cada conversa com uma aura de calor e camaradagem.
O cônsul, Sir John G. e sua simpática esposa não puderam ficar por muito tempo, pois infelizmente ela estava ligeiramente doente. Sir John trocou um brinde em nossa homenagem, e posteriormente os habilidosos músicos executaram um trecho do nosso hino nacional.
Naquela ocasião, em nossa mesa estava o capitão de um navio irlandês da Marinha Mercante, que nos contou histórias sobre piratas na costa de Madagascar e pelo menos uma boa história de um naufrágio, que desconfio que não seja totalmente verdadeira, mas nunca saberei, e diante dos recursos etílicos que nos foram fartamente oferecidos, já faz pouca diferença.
Mas é importante lembrar que nesse momento de deliciosa descontração e prazeres sensoriais, foi plantada em mim uma semente que daria frutos algumas horas depois, como um vírus, que gradualmente cresce em nossos corpos sem que tenhamos consciência.
O Capitão Higgs nos contou sobre esse naufrágio na costa da Indonésia. Quando seu navio foi à pique durante uma tempestade, ele lutou bravamente, mas vendo que o navio já afundava, se amarrou num barril vazio e saltou ao mar, implorando a Deus pelo melhor.
Quando ele acordou, se deparou por um breve momento em uma ilha estranha. Lá haviam pessoas vestidas com roupas antiquadas, falando uma língua estranha que ele acredita ser português antigo.
O Senhor Higgs olhou ao redor e espantado, deu de cara com um galeão com enormes velas ancorado num porto precário. Os soldados logo o prenderam, intrigados com alguns de seus pertences encontrados em suas roupas como simples moedas, mas também ao perceber que ele falava inglês. Julgaram-no como um pirata inglês sobrevivente de naufrágio ou degredado.
Nosso amigo do jantar foi encarcerado pelos nativos num forte primitivo, e percebendo a geografia da ilha, descobriu que sabia exatamente onde estava. Ele estava confuso porque conhecia o lugar, mas tudo estava diferente, e sua sensação era de que havia de alguma forma, viajado no tempo.
Assim, enquanto esperava seus algozes, retirou de sua bota uma moeda de ouro que trazia consigo (segundo ele, uma tradição ancestral de sua família de navegadores) e concentrando-se nela, começou a pensar em sua família, sua casa, sua rua e até mesmo em seu cachorro de estimação, temendo numa mais os ver.
E assim, atônito, ele viu como que por uma estranha magia, todo o forte que o cercava lentamente se desfazer numa bruma estranha.
Quando o comandante Higgs deu por si, após breve período de tonturas cuja sua consciência pareceu nublar-se estranhamente, se viu em meio a ruínas de um dos antigos fortes abandonados no Século XVI em Tidore, na Indonésia.
Entre goles e risadas, o tema da “viagem no tempo” se infiltrou nas discussões, alimentado pela atmosfera histórica de Veneza e pelo vinho que parecia afrouxar as amarras da realidade.
Discutimos as possibilidades e paradoxos, com cada participante oferecendo sua própria teoria sobre como tal feito poderia ser alcançado.
A noite seguia alta, e muitos dos comensais de nosso banquete já haviam partido. Isolda parecia um pouco entediada com a conversa e discretamente me cutucou, me chamou para subir.
Foi após esse caldeirão de ideias, embriagado não só pelo vinho mas pela rica tapeçaria de possibilidades, que me recolhi com a semente plantada em minha mente: e se a chave para viajar no tempo estivesse dentro de nós, na força da nossa vontade e na capacidade de acreditar e não em uma máquina ou dispositivo milagroso, como até então H.G. Wells nos fazia acreditar?
Deitado na escuridão do meu quarto no Hotel Delvecchio, eu ouvia Isolda roncando baixinho.
Senti meu coração e ele batia em um ritmo que parecia ecoar pelas paredes carregadas de história. Com os olhos fechados, iniciei o processo de auto-hipnose, um mergulho direto nas profundezas da minha consciência, tal como o comandante Higgs fez em seu cárcere.
“É agosto de 1571,” repeti para mim mesmo, uma e outra vez, como um mantra, que buscava romper as barreiras do tempo. A tensão crescia, um misto de esperança e medo pulsando em cada veia, a incredulidade lutando contra a possibilidade do impossível se tornar realidade. As sombras dançavam atrás das pálpebras cerradas, e cada sussurro do passado parecia me guiar mais profundamente nessa jornada mental. O tempo, esse conceito tão linear e absoluto, começava a se dobrar ao peso da minha vontade, uma sensação de vertigem foi gradualmente me envolvendo enquanto eu me equilibrava na linha tênue entre a realidade e o inimaginável.
No exato momento da transição, a realidade ao meu redor se alterou drasticamente. O conforto da minha cama num dos melhores hotéis de Veneza, deu lugar à aspereza de um colchão de palha, cuja textura áspera e desconfortável contra minha pele era um testemunho tátil inegável da minha viagem no tempo.
Enquanto a luz do luar delineava as formas do quarto transformado, cada detalhe visual e auditivo se unia para solidificar a sensação de estar, de fato, em 1571. O ar carregava o eco distante de uma Veneza antiga, viva com seus mistérios e histórias, e luz fria da lua que penetrava da janela iluminava minha jornada através dos séculos. O ambiente pareceu-me mais frio, e ao tatear em busca de Isolda, senti o primeiro calafrio: Isolda tinha sumido!
Com um ímpeto súbito, impulsionado pela urgência e curiosidade que me consumiam, saltei daquela cama agora desconfortavelmente rústica, cujo colchão de palha arranhava contra minha pele. Apressado, aproximei-me da janela, onde o panorama de uma Veneza antiga se desdobrava diante dos meus olhos. Lá embaixo, figuras envoltas em trajes de eras passadas moviam-se sob a luz pálida da lua.
Aquela visão enfim solidificava a estranha realidade em que me encontrava. O quarto, antes familiar, transformara-se em um relicário do passado, com sua ausência de mobília moderna e paredes que pareciam sussurrar segredos antigos. O pânico então tomou conta de mim.
Uum medo visceral de estar preso naquele tempo distante para sempre, uma época que não era a minha, separado por séculos da vida que conhecia.
Assustado, e melhor dizendo, aterrorizado, eu me dirigi até a porta, mas tropecei em alguma coisa invisível na escuridão. Tombei pesadamente sobre aquilo, e uma estranha sensação de eletricidade percorreu todo o meu corpo.
Naquele instante fugaz, a realidade ao meu redor começou a se alterar novamente, uma transição marcada por uma confusão vertiginosa.
O quarto, que havia se transformado em um cenário de 1571, começou a oscilar, como se eu estivesse entre dois mundos. Sentia um misto de alívio e terror, ainda temendo a possibilidade de ficar preso naquele tempo distante.
E então, tão abruptamente quanto havia mudado, tudo voltou ao normal. O moderno papel de parede, os móveis… Eu estava de volta a 1971. Eu tinha tropeçado no Abajur do quarto, e diante de mim estava minha amada Isolda, desesperada, quase aos prantos, achando que eu tinha sofrido um infarto do miocárdio.
O choque de ter viajado no tempo e o medo de ficar preso no tempo culminou na decisão impulsiva de retornar para a Inglaterra, onde eu poderia tentar compreender e processar a experiência que acabara de viver.
De volta a Glastonbury, refleti profundamente sobre minha inusitada jornada. A experiência desafiava não apenas o entendimento convencional do tempo, mas também as percepções da realidade.
Isolda estava coberta de razão ao desconfiar que eu havia bebido demais, e tropecei no felpudo carpete. Tudo lembrava um estranho sonho, talvez movido pelas mentiras de um capitão da Marinha Mercante, e talvez embebido nas lembranças históricas dos museus de Veneza… Mas algo dentro de mim sabia que nada daquilo era a verdade. Eu havia de fato atravessado algum limiar, algum portal desconhecido.
Inspirado por teóricos da física quântica e filósofos da mente, comecei a explorar a ideia de que a realidade, tal como a percebemos, é uma construção da mente humana. Busquei referências em grandes autores do passado e li coisas tão estranha quanto relatos xamânicos e bulas esquecidas em mosteiros do Tibete. Investiguei histórias de pessoas que desapareceram, e histórias sobre pessoas surgindo sem explicações em lugares estranhos. Tudo aquilo pareceu ligado por um complexo e incompreensível fio invisível que eu estava prestes a desenrolar.
Ponderei sobre como nossas crenças e expectativas podem moldar nossa experiência do mundo. Essa aventura não apenas expandiu minha compreensão da capacidade humana de transcender limites percebidos, mas também instigou um questionamento mais profundo sobre a natureza da realidade e nossa participação nela.
Ao concluir este capítulo de reflexões e descobertas, que introduz como um homem como eu, limitado em minha compreensão de mundo cheguei até aqui, é imperativo reconhecer tanto os perigos quanto as maravilhas inerentes à viagem no tempo e o ilimitado potencial da mente humana.
Esta jornada, embora repleta de riscos e maravilhas, também desvenda as portas para possibilidades além da nossa compreensão convencional. Assim, faço um apelo aos leitores para manterem suas mentes abertas às infinitas possibilidades que transcendem a realidade conhecida. Que este relato sirva como um convite para explorar os vastos domínios do possível, onde a única fronteira é a nossa própria capacidade de imaginar e acreditar.
Neste trabalho, aventuro-me a desvendar a intrigante capacidade da mente humana de moldar e influenciar a realidade através do prisma da viagem no tempo. Este tema, que reside na interseção entre a física quântica e a filosofia, oferece um campo fértil para questionar e expandir nossa compreensão do universo.
Com gratidão, reconheço a permissão concedida pelo diretor da escola de Milfield, que me possibilitou dedicar o tempo necessário desta obra durante minhas aulas de História da Filosofia.
Ao explorar os perigos e as potencialidades da viagem no tempo, baseio-me em fundamentos filosóficos para questionar a essência da realidade. Nosso entendimento do mundo é limitado pela percepção, levantando a questão: “O quão real é o real, quando nossa compreensão do universo é marcada por imperfeições inatas?”
Este questionamento não apenas desafia nossa visão de mundo, mas também nos convida a abrir a mente para as possibilidades ilimitadas que a realidade pode oferecer.
muito bom
“[Extraído do capítulo de apresentação de Travels Through Time, do Dr. G. Finney]”
esperando mais trechos…
até lá, Philipe
gostei muito!
Isso não é de “Em algum lugar no passado” ?
Sim, é. Esse é o professor Finney, que ensinou Richard Collier como voltar ao passado. Eu escrevi o livro do Finney que aparece no filme.