Você certamente sabe que o “Chapeleiro Louco” ou “Chapeleiro Maluco” (Mad Hatter) é o nome do personagem criado pelo escritor Lewis Carrol para o livro Alice no País das Maravilhas.
Ele é geralmente retratado como um homem baixo, com uma cartola grande e uma carta na faixa que o envolve, estando sempre acompanhado da Lebre Maluca, um coelho falante. O Chapeleiro surge numa parte em que ele e a Lebre convidam Alice para beber chá.
O que talvez você não saiba, é de onde Lewis Carrol arrancou a ideia desse personagem. Certamente foi de uma expressão comumente usada que equivalia ao nosso “doido varrido” usado no Brasil. Na Inglaterra, a expressão é “louco como um chapeleiro”.
Mas de onde essa expressão curiosa provém é ainda mais esquisita e bizarra.
No século 18 e 19 na Inglaterra, o mercúrio era utilizado na produção de feltro, que por sua vez, era utilizado na fabricação de chapéus comuns da época. As pessoas que trabalharam nessas fábricas de chapéus eram expostas diariamente a pequenas quantidades do metal, que acumula dentro do corpo. Ao longo do tempo, a contaminação por mercúrio fazia com que os chapeleiros desenvolvessem demência causada por envenenamento do metal. Assim, a expressão “louco como um chapeleiro” tornou-se popular como uma forma de se referir a alguém que era percebida como “lelé da cuca”, tipo este sujeito da época vitoriana abaixo:
Esse cara da foto tá parecendo a versão comportada do Beetlejuice.
Ou uma versão dândi do Visconde de Sabugosa.
É isso aí. Mundo gump é mais que cultura! Muito esclarecedor. Parabéns!