A curiosa história da família que foi parar onde não devia

Ontem estava lendo um caso ufológico que me chamou a atenção por uma similaridade com algo que já passei. Ele foi publicado por Jorge Martin, de Porto Rico, e se passa na ilha.

A família que foi parar onde não devia

Em 1991 Freddie Gonzalez, sua esposa e seu filho pequeno haviam saído num passeio. Eles estavam viajando de carro e era por volta de 19:30 quando a luz caía rapidamente, inciando uma noite bem escura, que deixava a floresta tropical luxuriante da ilha de Porto Rico um tanto quanto sinistra. O lugar era repleto de histórias macabras de pessoas sendo cercadas por criaturas, seres misteriosos atravessando a estrada ou saltando da floresta, mas Freddie não estava muito preocupado com as lendas do lugar.

Estavam seguindo na Rota 191, e depois de cruzar a área montanhosa repleta de curvas e subidas em meio a floresta, a estrada fez uma curva e o casal inadvertidamente fez um desvio para dentro da floresta.

Depois de um tempo, eles chegaram a um portão que parecia estar coberto de camuflagem. A cada minuto havia menos luz. Depois de inspecionarem o portão, Freddie e sua esposa decidiram passar por ele. Enquanto eles dirigiam no caminho na floresta, eles notaram que o lugar agora estava ficando bem iluminado por lâmpadas azuis (leds?) em cada lado da estrada.

Gonzalez dirigiu por algumas colinas por cerca de 2 milhas quando a estrada terminou abruptamente.

Em sua extremidade havia um grande portão de metal e uma estrutura semelhante a um edifício do outro lado. Naquele momento, duas figuras semelhantes a homens de um metro e oitenta de altura apareceram e ordenaram que a dupla parasse e respondessem quem eram.

Os homens agiam como se fossem guardas, usavam trajes pretos justos, parecidos com roupas de mergulhador, um cinto preto largo, luvas pretas e grandes botas pretas com tiras metálicas douradas. Eles também usavam grandes capacetes ovais escuros com viseiras escuras. Seus rostos não eram visíveis. (pelo visual, eu teria me cagado todo na hora)

Em estranhas vozes metálicas-eletrônicas, os estranhos ordenaram às testemunhas que saíssem do carro. A criança permaneceu dormindo no banco de trás.

Um dos guardas pegou um tubo metálico longo e fino com uma ponta tipo espelho e pareceu examinar o veículo por baixo.  As figuras perguntaram às testemunhas como chegaram lá e depois olharam para a criança adormecida lá dentro. Eles então tiveram uma breve conversa em uma linguagem grave e gutural que lembrava o alemão. Um dos “homens” então saiu da área e instantes depois, uma caminhonete azul chegou ao local.

Dois homens vestindo macacões azuis estavam no interior desse veículo e falaram em espanhol com as testemunhas, novamente perguntando como chegaram lá. Eles pareciam um pouco confusos com a presença da família na área.

Os homens então olharam para a criança e comentaram algo em tom de voz baixo para a estranha figura de preto que permanecia no local.

Enquanto os guardas pareciam reunidos cochichando com os homens tradutores de espanhol na caminhonete azul parada próximo, Freddie olhou em volta.  Naquele momento, Freddie notou um brilho de luz vindo do que parecia ser uma área oca de forma retangular na encosta arborizada próxima de uma colina. Ele viu o que julgou serem haver vários vidros enormes como grandes portas e dentro havia um objeto em forma de disco, com janelas retangulares e que, conforme estimou depois, tinha 9 metros de diâmetro, todo metálico como alumínio.

Pensando que estava vendo algo que não deveria ver, ele rapidamente desviou o olhar. Os homens voltaram e não pareceram notar que Freddie tinha visto alguma coisa. Os homens na caminhonete azul ordenaram que o casal e seu filho os seguissem para fora da área em seu veículo. Eles foram rapidamente escoltados para a estrada principal e seguiram viagem, se perguntando o que diabos havia acabado de acontecer.

FIM

A minha aventura numa instalação secreta nos EUA

Logo após ler este caso, eu me lembrei do dia em que eu também estava com meus pais perdido nos Estados Unidos. Havíamos Saído de Wahsington,  onde fui assinar meu contrato de trabalho na CIA, visitar o museu de história natural cheio de dinossauros e nos perdemos em algum ponto da estrada. Em busca de um posto de gasolina pegamos uma estrada vicinal que nos levou ao que parecia ser uma linda estrada na floresta. A floresta foi ficando gradualmente mais densa e a estrada cada vez mais estreita, cheia de curvas. Não havia GPS no nosso carro alugado e eu me guiava com uma bussola e um mapa, como faziam os caras no tempo de Colombo, hahahaha. E foi então que chegamos numa cidade que não estava no mapa. O mapa mostrava uma grande área verde de floresta, mas nós havíamos chegado numa cidadezinha minúscula parecida com uma cidade cenográfica de novela. Havia casas, pracinha, brinquedos infantis na pracinha, as casas eram tipo de subúrbio, com piscinas nos fundos que dava para ver de relance. Em algumas casas havia grandes domos atrás delas, como se fossem pequenos silos. (depois me liguei que eram antenas de radar)

Havia também um ou dois prédios grandes, de vidro, como se fossem empresas, cheios de carros nos pátios de estacionamento, embora fosse estranho, pois se não me falha a memória, era um domingo.
As ruas também tinham carros de todos os tipos estacionados. O único treco destoante é que simplesmente não tinha ninguém. Era tudo deserto. Ninguém mesmo. Andamos pra lá, pra cá. A sensação é que parecia um labirinto. E nosso carro ficando cada vez com menos combustível… Notei que cada casa tinha na porta um código alfanumérico.
Então meu pai falou: “Olha, tem dois caras seguindo a gente.”

Eram dois homens visivelmente militares, vestindo estranhas roupas civis descombinadas padrão Agostinho Carrara, como se fossem fantasias. Pareciam ter caído no guarda roupa do Magnum.

Embora estivessem de roupas floridas, estavam usando coturnos, e isso eu notei depois quando fiz a coisa mais curiosa, desci do carro e  fui ate o jipe deles pedir ajuda.

Eu disse que estávamos perdidos. Eles sabiam, e pareciam já ter levantado a ficha que nosso carro era da Hetz. A essa altura certamente já sabiam ate quem nós éramos.  Um deles estava com aquele fonezinho discreto do Agente Smith de Matrix. Os dois de óculos escuros, cabelo curto. Eles foram simpáticos, porém bem secos. Eu perguntei onde eu estava e eles responderam com outra pergunta, “para onde eu queria ir”. Eu disse que procurava a freeway, porque estava quase sem gasolina. Eles então nos mostraram um caminho que saía de uma rua numa estrada de terra bem escabufada no meio de uma mata, e dali seguia do mesmo jeito que viemos, numa estrada apertada no meio da floresta, até que caímos numa saída vicinal e dali logo depois vimos a saída para a rodovia. Depois, pensando sobre o lugar, percebi que certamente era uma base militar disfarçada. Provavelmente para ser discreta a bisbilhoteiros via satélite. Aquela “cidade” sem ninguém e sem grades, portas ou barreiras foi bem impressionante.  Muito provavelmente a base real era subterrânea, e tudo que estava ali na superfície por onde ficamos rodando feito barata tonta era um grande cenário.

Uma base oculta em Porto Rico?

Faz um grande sentido este tipo de disfarce porque do céu, seu inimigo não consegue distinguir isso facilmente. Se bobear uma daquelas casinhas com piscina pode ser ate um silo de míssil nuclear. Os EUA devem estar cheios de condomínios, e vilas fakes assim.  Aliás, é tão bem camuflado que anos depois, quando surgiu o Google Earth eu já fiquei horas e horas rodando o mapa de um lado para o outro e nunca mais achei o tal lugar no meio da floresta.

Teria sido algo assim que o casal de Porto Rico encontrou? Eu acho possível. Eu comentei com meu amigo Robert sobre o caso e ficamos ontem de tarde fuçando em imagens de satélite para tentar achar onde poderia ser o tal prédio. Basicamente abri uma serie de mapas e fui seguindo a rodovia 191 como o casal fez. E acho que encontrei o lugar!

 

Como podemos ver aqui em cima, a Rodovia 191 logo após uma curva acentuada tem uma entradinha que eu desenhei de linha preta em cima para ficar mais claro. A mata cobre a estrada. Dá pra ver que ela vai dar no que parecem ser prédios no meio da floresta. O prédio de baixo tem uma estrada que segue até uma casa tipo cabana, com piscina. (Lembrei da parada das piscinas fake das casinhas na base nos EUA).

Eu segui a rota 191 de uma ponta a outra pelo satélite e ali é o único lugar que realmente se encaixaria na história.
No Google Earth também foi possível ver que uma estrada interna na floresta liga essas construções a uma instalação do governo no alto da montanha. (suspeito hein?)

Eu notei que nessa floresta, há uma vegetação menos densa que aparece nos lados das estradas e ela tem uma cor verde mais clara. Eu notei que havia um caminho desse tipo o que poderia indicar uma estradinha ou trilha. Desenhei uma linha preta pelo que acho ser o caminho. O caminho leva nesse complexo ali, na esquerda que é onde deve ter sido o tal prédio que o casal viu.

O complexo é uma instalação do Governo  – que não por acaso, é o Governo dos EUA.

Posteriormente, usando o recurso de fotos históricas vimos que este complexo não havia sido edificado em 1991, quando se passa o caso. Também fui ver o que é o tal USFWS Iguaca Aviary e é uma instituição para a fauna do lugar que cuida de um tipo de papagaio. Pode parecer um desses delírios “I wnat to believe” mas esse troço tem uma puta cara de disfarce. Um prédio desse para cuidar de papagaio?

Esse complexo desemboca numa estradinha que é a 9966  (no Google Earth aparece como 966)  e podemos ver uma portaria ali.
O lugar esta estrategicamente posicionado no alto de uma das montanhas.

Com pesquisas adicionais nós descobrimos que este é um lugar lotado, repito, LOTADO de avistamentos de naves. (https://www.princeton.edu/~accion/chupa12.html )
Decolando e descendo por ali.

A historia nos sugere que o casal viu um predio, mas se não era o tal Aviário do governo, poderia ser então essa construção estranha que não dá pra entender muito bem, no complexo perto da tal cabana com piscna.

poderia ser um prédio no alto do morro?

As imagens de satélite da época não permitem ver praticamente nada por falta de resolução. Essa imagem acima é a melhor que deu, de 2003.

Eu consegui sobrepor imagens antigas sobre o local e notei algo curioso.

Eu marquei um pin na “casa” e note que ao lado dela parece ter ocorrido uma manipulação da imagem. Teria alguém coberto intencionalmente a construção de alguma coisa ali? A forma das árvores ali parece ser bem inconsistente com os arredores. Pode ser só uma coincidência, é claro.

 

No mapa de satélite do Bing a construção parece mais complexa

Essa história foi publicada no livro Vieques poligono del 3er. tipo

Só achei este livro para vender usado na Argentina, mas o cara lá não quer mandar pra mim. Ia ser interessante para aprofundar o caso.

 

A história do policial

Continuando a pesquisa do lugar, eu esbarrei numa entrevista do autor, onde ele conta algo interessante sobre esta região da ilha.

Jorge Martin nos conta que acredita que exista ali nessas montanhas em algum lugar (ele não sabe onde é) uma base militar oculta do governo dos EUA. Ele conta que uma fonte altamente graduada na polícia da ilha revelou a ele um estranho episódio. Uma “ordem superior” certo dia chegou orientando que ele e um colega fossem ao aeroporto receber e escoltar dois homens do governo dos EUA, que ele acredita serem da CIA. Esses dois homens chegaram sem muita conversa, e logo saíram pela ilha procurando um pequeno caminhão para alugar. Conseguiram um nas dependências do tratamento de lixo do aeroporto e os policiais os escoltaram enquanto os homens percorriam a montanha com o caminhão. Após uma curva a esquerda eles chegaram numa casa que parecia ser reservada para o pessoal do serviço florestal. (será a tal casa da piscina?)

Os policiais foram orientados a ficar no carro.  Enquanto isso, o caminhão com os agentes abriu o baú e ficaram impressionados ao testemunhar os agentes entrarem na instalação e depois saírem carregando um ser completamente bizarro. Eles estavam trazendo a criatura num desses compartimentos grandes usados para transporte de carga viva em aviões. Após colocarem a criatura no caminhãozinho eles voltaram direto para o aeroporto da Guarda Aérea Nacional em San Juan, onde embarcaram essa coisa – seja lá o que ela for – num avião especialmente fretado. Os policiais não entendem porque foram instruídos a fazer isso e foram permitidos a ver o embarque da estranha criatura.

De volta ao caso principal desse post, observando as fotos do local, me questiono se seria possível que Freddie Gonzalez tenha visto esta colina marcada abaixo como o local onde pareciam armazenar o suposto ufo.

No caso ele poderia estar levando um “aperto” ali na base da seta, e teria olhado para a área circulada na imagem, que parece convenientemente como uma colina gramada, destoando bastante dos arredores.

Teria sido ali naquele complexo o local onde essa misteriosa situação ocorreu?  Não temos como saber, e é claro que este post é absolutamente especulativo com base apenas no resumo de um caso anedótico da Mufon.
Seja como for, não deixa de ser algo bastante interessante e instigante.  Porto Rico segue sendo um misterioso hotspot de atividade ufológica, nas proximidades do Triângulo das Bermudas, com relatos quase diários de avistamentos e também de estranhas criaturas. A ilha é o berço da história do Chupacabras e também um local marcado por uma população altamente impressionável, como são as do México e a nossa do Brasil. Pode ser que tudo isso não passe de um misto de acasos e coincidências visto por um prisma altamente crédulo, numa panela de mitologias populares  arraigadas, histórias assim realmente eclodem com grande facilidade. Mas por outro lado, é como dizem,  às vezes, “onde há fumaça, há fogo”.

O melhor a fazer é tentar ter a mente aberta para todas as possibilidades, mas sem entrar em viagens conspiratórias de certezas absolutas como se vê muito por aí.  Tudo pode não passar de uma lenda, mas mesmo sendo uma lenda, é uma lenda altamente interessante, sem dúvida.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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