Renato apontou o facho de luz para dentro do cômodo. Ali ele viu um corpo, quase mumificado sentado numa cadeira escura num canto do cômodo. A cama, ainda arrumada como estava há...
- E aí ele fez a cadeira? - Perguntou Renato, intrigado com a história do bode preto.
- Fez. - Disse o menino.
- E tá la dentro?
-Diz o povo que tá,...
Ouvi essa história de um amigo meu de infância, que sempre foi um cara estranho. De modos contidos, óculos fundos de garrafa e um dente quebrado bem no meio do sorriso, Renato nunca foi um cara comum. Na escola algumas pessoas implicavam com ele e com seu jeito desengonçado de jogar futebol, mas ele nunca pareceu dar importância a esses detalhes da vida.