Bruno acendeu a luz do quarto. Pulou da cama, agarrou a pedra da caveira na prateleira e segurou ela no colo. Olhou bem dentro dos olhos brilhantes da caveira de pedra e mentalizou o pedido:
-Eu quero a Bia!
Aquele foi um dia incomum. Bruno acordou e partiu para o centro da cidade. Foi em busca de lojas de bijuterias. Afinal, ele nunca teria dinheiro para comprar diamantes de verdade. Foi somente na terceira loja que Bruno encontrou o que buscava. Enormes cristais lapidados em forma de diamante. Mediu o tamanho de olho e calculou que dariam exatamente nas órbitas escavadas na caveira de pedra.
No dia seguinte, enquanto o carro percorria seu caminho de volta ao Rio, Bruno segurava a pedra da caveira em suas mãos. Era curiosamente pesada. Mais pesada do que parecia à primeira...
Estava tocando Reginaldo Rossi no radio do carro. Bruno odiava o Reginaldo Rossi e todas as musicas daquele sujeito brega. Mas o pai dele gostava. Além do mais, a musica do radio...
Talvez alguém tenha notado minha súbita ausência deste espaço nos últimos dias. A razão para meu sumiço é que quando chegava em casa na sexa-feira, depois de deixar meu filho na escola, dei de cara com um homem engravatado, que segundo o porteiro, "estava me esperando desde cedo".
-Saiu Ninoca.
-Porra graças a Deus! – Suspirou Feijão.
-Mas eu tô com o braço fodido caras. –Ninoca tentou argumentar.
-Meu, justiça é justiça. Saiu você, é você, véio!
-Se você não for, pode crer que...
Foram ao todo, oito tiros. Todos na velha. Mas ela não caiu. Pelo contrário. Ela continuou a andar pelo corredor, arrastando aquele vestido.
Desesperados, os rapazes desceram as escadas e correram para a...
-Então essa aí era uma santa? – Perguntou Feijão.
- Religiosa era. A julgar pelo que ela traz no peito... Olha aí. – Disse Edinho apontando o facho da lanterna mais para baixo....