Hoje é sexta-fera 13. Sexta feira 13 costuma ser considerada uma data macabra. A origem deste mito vem (segundo alguns) da Bíblia. Ocorre que o Novo Testamento conta que Jesus Cristo, na Última Ceia, sentou-se à mesa com os apóstolos, que ao todo, incluindo Jesus, eram 13. Muitas pessoas consideram Judas o 13º apóstolo, justamente quem entregou Jesus e o levou à morte na Sexta-feira da Paixão.
Além disso, um episódio histórico envolvendo o malvado rei Felipe IV-o belo (que era feio de doer) resolveu seqüestrar os bens da igreja Católica, que estava nas mãos dos banqueiros-cavaleiros templários. Felipe tava interessado na bufunfa e na redução do poder que os Cavaleiros tinham. Aliou-se ao (safado) Papa Clemente V e condenou os cavaleiros por heresia.
Assim resolveu mandar pra fogueira os cavaleiros templários. Ele prendeu e torturou nada menos que 5 mil deles e a data que celebrou a aniquilação dos cavaleiros foi justamente uma sexta-feira 13.
Gradualmente novos episódios envolvendo desgraças, mortes e calamidades (não necessariamente nesta mesma ordem) surgiram na sexta-feira 13. Por exemplo, o maior incêndio da Austrália ocorreu neste dia do ano de 1939 e nele 20 mil quilômetros de terra foram queimados e 71 pessoas morreram. Lembra daquele avião que caiu na cordilheira dos andes carregando um time de futebol e obrigou os sobreviventes a recorrer a antropofagia para sobreviver? Adivinha só o dia: Isso mesmo, uma sexta-feira 13.
Fora isso, é bom lembrar que o numero 13 carrega consigo o simbolismo da morte desde muitos anos. Um exemplo é a numeração hebraica arcaica, onde os números eram representados por letras. A letra que indicava a quantidade treze era a mesma usada para a palavra morte.
A mitologia nórdica também referencia a questão do 13 de modo claro através de uma de suas muitas lendas.
De acordo com ela, houve no Valhalla, a morada dos deuses nórdicos, um banquete para o qual 12 divindades foram convidadas.
Loki, deus do fogo, ficou enciumado por não ter sido chamado e armou uma cilada: ludibriou um deus cego para que este ferisse acidentalmente o deus solar Baldur, que era o favorito de seu pai, Odin, o deus dos deuses.
Daí surgiu a ideia de que reunir 13 pessoas para um jantar é sintoma de sérios problemas mais a diante.
Já a sexta-feira surge da mitologia da Escandinávia e refere-se a Frigga, a deusa da fertilidade e do amor. Quando as tribos nórdicas e alemãs foram obrigadas a se converter ao cristianismo, (como sempre, convenientemente, os cristãos adaptaram o que já havia de acordo com seus interesses) e a lenda transformou Frigga em bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se que, para se vingar, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entes, para rogar pragas sobre os humanos.
Até nas cartas do tarô, o Arcano 13 é a carta da morte, também por uma possível associação com as letras hebraicas.
Na Grécia, comemorava-se o dia de Hécate (a deusa esposa de Hades, senhor do submundo). Eliphas Levi, no seu Dogma e Ritual da Alta Magia, numera o 13 como o número da necromancia.
13 também é o número de cantos do “Paraíso” da “Divina Comédia” do escritor Dante Alighieri, que foram escondidos pelo próprio autor que morreu sem revelá-los.
Aqui tem um lance super GUMP:
Esses cantos estariam perdidos para sempre se não fosse o seu filho Jacob. Jacob dormia tranqüilamente quando sonhou com Dante, seu pai já falecido. No sonho, Dante surge em silêncio no quarto de Jacob e faz um sinal para que este o siga. Jacob sai de seu leito e segue o espectro do pai pela casa até que o mesmo mostra o lugar onde estavam escondidos os trechos dos cantos. Jacob acordou e se lembrou do estranho sonho. Foi dominado por um irresistível desejo de ir até o local mostrado pelo espectro de seu pai no sonho. E chegando lá… Lá estavam!
Mas sexta-feira 13 também é o nome daquela série interminável de filmes em que o protagonista (alguém tem dúvida que ele é o protagonista?) é um sujeito deformado, alto e parrudo, usando uma máscara de hóquei, que mata adolescentes lascivos num acampamento à beira de um lago. Sim, estou falando dele mesmo, ninguém menos que Jason Voorhees.
Algumas pessoas não gostam de Jason, acham os filmes dele boboca, sanguinolentos demais. Mas tenho que fazer um parêntesis aqui e lembrar que filmes de Jason não são para serem levados a sério como coisas do mundo real. É mais um lance no estilo Jurassic Park, uma parada meio Indiana Jones. Ora bolas, se Indiana Jones sobrevive a uma explosão nuclear na geladeira, por que Jason não pode matar adolescentes tarados na beira do lago?
Tudo bem que ele morre, ressuscita tantas vezes que faria qualquer ator especialista em Paixão de Cristo ficar no chinelo, o cara já foi parar até no inferno, onde deu porrada no Freddy Krueger.
Pra falar a verdade, o meu sonho é pegar todos (todos mesmo) os filmes da série sexta-feira 13 e anotar cada morte. Pode parecer fácil a princípio pensar mortes para adolescentes, mas imagina só o trabalho que dá ao roteirista de inventar assassinatos criativos para uma série de nem sei quantos filmes? Lembrando que cada filme tem uns dez adolescentes (praticamente uma gaiola de hamsters de laboratório) começa o filme e você sabe que todos vão morrer. Eu assisto o filme sempre pensando qual vai ser a infeliz que vai correr (de calcinha) pela casa com a luz desligada fugindo da criatura armada com um facão ou machado.
As pessoas chatas que não entendem a profundidade e simplicidade quase mecânica da estrutura narrativa desta série pode dizer que é “repetitivo”. Mas não, não se trata de repetição e sim de uma estrutura clássica. è como ver sentai sem heróis de roupas coloridas colantes e capacetes esquistos e um robô destruindo maquetes no final. Se não tiver Jason com uma faca ou machado na mão correndo (na frente das câmeras ele sempre anda) atrás de uma mocinha gostosa de roupas sensuais que tropeça em todos os degraus, raízes, pedras e plantas, que nunca consegue dar a partida num carro, então não é Jason, não é Sexta Feira 13.
Quem assistir todos os episódios da série provavelmente saberá que o Jason já tomou muita porrada nessa vida, coitado. Dá até pra entender porque ao longo da série ele matou 141 pessoas,
pendurou 85 de seus cadáveres em tetos ou árvores.
É que a cada episódio ele se ferra mais. Não dá pra segurar a revolta.
Jason, coitado, já levou mais de 100 tiros, foi esfaqueado 26 vezes, levou 5 machadadas, algumas na testa, foi atropelado por um trator e um carro, soterrado por um telhado, foi atingido por vasos, uma serra circular, um sofá, alguns pedaços de madeira, duas cadeiras, livros, uma estante, um martelo, uma televisão, poderes paranormais, levou tiro, foram fincados ao longo do seu corpo 15 barras de ferro, gancho de açougueiro, tomou uma caneta tinteiro enfiada no olho, foi afogado em lixo tóxico, foi derretido no ácido, foi afogado no rio, foi eletrocutado com um raio, foi queimado, foi explodido… e sobreviveu.
Falando nisso, é hoje que estréia o novo filme do Jason. (este NÃO é um post patrocinado. Eu curto mesmo ver o Jason matar avontê.)
Sexta-feira 13 MCDLXVII – O re-re-re-re-retorno
O Jason sempre fez parte da minha vida também. Quando era pirralho meus primos alugaram todos os “Sexta Feira 13” que havia sido lançados até o momento, Se não me engano do 1 ao 6. É impressionante como você se borra de medo diante de filmes como esse quando é criança. Quando vejo esses filmes hoje em dia me divirto como se fossem comédia tamanha bizarrice dos assassinatos, roteiros e principalmente efeitos especiais hahahaha
Mas parece que agora a história mudou. Nesse novo filme que estréia hoje o Jason é mais “humano”. Nada de andar igual a um zumbi se rastejando e mesmo assim alcançar alguém que estaja correndo como o capeta, e também nada daqueles teletransportes mágicos qua faziam o Jason aparecer milagrosamente na frente de alguém quando ele se vira. Agora o Jason sai correndo na loucura atrás das vítimas! Não sei se isso vai tirar a graça do filme mas existem alguns exemplos que na minha opinião funcionaram. É só comparar os zumbis do “Resident Evil” com os do filme “Extermínio” ou com os do jogo “Left 4 Dead” (ótimo jogo por sinal). Onde os zumbis são verdadeiros maratonistas e tornam a fuga das vítimas muito mais emocionantes e assustadoras.
Espero ver o filme essa semana!
Bom, na verdade o Jason não é o protagonista em 2 filmes da série. No primeiro a mãe dele que é a assassina e tem um outro onde o assassino é um maluco vestido de Jason…
[quote comment=”74043″]O Jason sempre fez parte da minha vida também. Quando era pirralho meus primos alugaram todos os “Sexta Feira 13” que havia sido lançados até o momento, Se não me engano do 1 ao 6. É impressionante como você se borra de medo diante de filmes como esse quando é criança. Quando vejo esses filmes hoje em dia me divirto como se fossem comédia tamanha bizarrice dos assassinatos, roteiros e principalmente efeitos especiais hahahaha
Mas parece que agora a história mudou. Nesse novo filme que estréia hoje o Jason é mais “humano”. Nada de andar igual a um zumbi se rastejando e mesmo assim alcançar alguém que estaja correndo como o capeta, e também nada daqueles teletransportes mágicos qua faziam o Jason aparecer milagrosamente na frente de alguém quando ele se vira. Agora o Jason sai correndo na loucura atrás das vítimas! Não sei se isso vai tirar a graça do filme mas existem alguns exemplos que na minha opinião funcionaram. É só comparar os zumbis do “Resident Evil” com os do filme “Extermínio” ou com os do jogo “Left 4 Dead” (ótimo jogo por sinal). Onde os zumbis são verdadeiros maratonistas e tornam a fuga das vítimas muito mais emocionantes e assustadoras.
Espero ver o filme essa semana![/quote]
Parece que o Jason corre neste novo filme porque ele é um remake dos primeiros, quando o Jason tb corria.
Bem, eu adoro, estou pensando em comprar aquele pacote que vem com a máscara, custa R$ 99,90 no MercadoLivre. Nunca tive medo de filmes do Jason, só do Chucky e do Freddy, porém hoje em dia assisto todos sem problemas. Pra quem curte Jason, eu recomendo Halloween, é muito parecido, porém o Sr. Myers faz jus ao seu apelido de “Vulto”. Philipe, podia fazer um post sobre, hm, “20 Filmes de terror que você DEVE assistir antes de morrer (Ou ser assassinado”. Um abraço! :ohhyeahh:
[quote comment=”74215″] Philipe, podia fazer um post sobre, hm, “20 Filmes de terror que você DEVE assistir antes de morrer (Ou ser assassinado”. Um abraço! :ohhyeahh:[/quote]
Ótima idéia!
“Jason, coitado, já levou mais de 100 tiros, foi esfaqueado 26 vezes, levou 5 machadadas, algumas na testa, foi atropelado por um trator e um carro, soterrado por um telhado, foi atingido por vasos, uma serra circular, um sofá, alguns pedaços de madeira, duas cadeiras, livros, uma estante, um martelo, uma televisão, poderes paranormais, levou tiro, foram fincados ao longo do seu corpo 15 barras de ferro, gancho de açougueiro, tomou uma caneta tinteiro enfiada no olho, foi afogado em lixo tóxico, foi derretido no ácido, foi afogado no rio, foi eletrocutado com um raio, foi queimado, foi explodido… e sobreviveu.”
ai, philipe, você me MATA de rir.
Um outro fato que colaborou pra que a sexta-feira 13 fosse associada ao azar é que tanto a sexta-feira quanto o dia 13 já foram associados à pena de morte. Na tradição britânica, sexta-feira era o dia convencional para enforcamentos públicos e, supostamente, havia 13 degraus até a forca.
Curioso, né?
Abraços
Foram nove filmes da “série clássica” (encerrada com a parte 9: ‘A Última Sexta-Feira 13 – Jason Vai Para o Inferno’), além de ‘Freddy X Jason’ e ‘Jason X’, e um filme (até agora) da nova série. Soma-se a isso documentários e uma série de TV sobre Crystal Lake.