O violinista robotico

Robôs lutam, robôs falam, robôs nadam e correm. Saltam e se equilibram. Então por que um robô não toca Violino?

Bem, na verdade toca.

Este é o robô violinista da Toyota Moto Corp. Ele foi lançado ontem no Japão e impressionou muita gente por seus movimentos ritimados e suaves. O robô toca violino perfeitamente. Obviamente não podemos comprara o robô violinista com um Paganini. Mas é algo bem mais maneiro de se ver do que um teclado ou sequenciador tocando a música sozinho.

O robô mede 1,52 m de altura e tem olhos em estilo aliens. Ele sabe fazer até efeitos de vibrato. Achei muito legal. Muito interessante mesmo. Imagino que com aperfeiçoamento e dedicação nos bancos de dados, o robô poderá reproduzir sons como os grandes virtuosos do instrumento, perpetuando a técnica ao longo dos séculos futuros. Mais que isso, o robô poderá executar peças para violino consideradas impossíveis para mãos humanas, o que pode abrir um campo completamente novo para a musica erudita.

Muitas pessoas irão alegar que como o robô não tem alma, a musica deles sempre será fria, etc.

Isso é babaquice. Musica é uma vibração sonora. Ela pode ser realizada por um movimento biomecânico, como nosso braço ou com um movimento eletromecânico, como o braço do robô. O som no final das contas é o mesmo. Além disso, o robô que toca violino não é nada além de uma máquina que executa um trabalho pensado e desenvolvido por humanos. Isso levanta um questionamento filosófico sobre quem realmente toca. Será o robô ou será o cientista que o programou?

Seja como for, acreditar que robôs músicos poderiam substituir músicos reais é uma ideia ingênua. Bem, esta é minha opinião por enquanto.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Não sei se é uma ideia tão ingênua. Mas em alguns casos pode vir até a ser interessante. Por exemplo,robos que toquem harpa. Por incrivel que pareça, existem muito poucos harpistas profissionais. Os que tem costumam tocar em 4, 5 orquestras.
    Quanto ao ter alma. Não é bem o quesito de ser humano rs. É interpretação mesmo =p É dificil você passar o sentimento da música quando toca. Eu tinha um amigo que tocava demais, mas todo duro. Fica sem graça sabe? O legal é o movimento, expressão e tudo. E do jeito que vai, logo logo ele vai ter essas expressões corporais.
    Agora…ele fazer vibrato foi humilhante.. To há um mês nisso e ainda não sai como eu quero XD~~ que raiva. Colocar um braço robótico hahahaha
    Eu realmente adoro esse blog =p
    Abraços o/

  2. Cara, não é por nada, mas nunca será como um bom tocador humano. A música, embora seja um processo mecânico, além de ser interpretada como o cara aí de cima disse, tem um toque do músico que a interpreta. Não sei dizer, mas a pegada no instrumento, os milésimos de segundo de demora entre uma nota e outra, que a partitura não prevê, tudo isso dá um toque especial pra música. E isso não pode ser programado, é sentido na hora, pela pessoa que toca a música. Não acho que vai dar certo esse robô.

  3. [quote comment=””]Cara, não é por nada, mas nunca será como um bom tocador humano. A música, embora seja um processo mecânico, além de ser interpretada como o cara aí de cima disse, tem um toque do músico que a interpreta. Não sei dizer, mas a pegada no instrumento, os milésimos de segundo de demora entre uma nota e outra, que a partitura não prevê, tudo isso dá um toque especial pra música. E isso não pode ser programado, é sentido na hora, pela pessoa que toca a música. Não acho que vai dar certo esse robô.[/quote]

    Cara eu acho que dá sim. Lógico que o robô não vai sentir a musica, (pelo menos no estagio atual da IA) Mas se for corretamente programado ele poderá cruzar uma série de pequenas variações e variáveis e assim gerar um estilo próprio.
    Como pode ser conseguido isso? Através dos sistemas de motion capture. Colocando mil bons violinistas usando luvas de motion capture, é possível obter com absoluta fidelidade uma boa quantidade de pequenos erros, acertos e variações que compõe os estilos conhecidos em uma mesma musica. O Software pode sobrepor os gráficos de som e observar as discrepâncias entre as musicas, aprendendo assim a imitar esses elementos na hora de tocar.
    A única maneira de saber se o robô funcionaria bem ou não seria colocando maestros em um teste cego. Eles ficam de costas numa sala acústica e a musca é executada. Depois eles votam se foi humano ou não. Aí compara-se o resultado.
    É como eu disse, este tipo de robô não substituirá o humano, mas pode dar um boa ajuda se for necessário orquestras gigantescas e houver poucos profissionais.
    Pode parecer loucura achar que um robô pode fundir estilos de muitos músicos para gerar um estilo próprio, mas também já foi loucura dizer que uma maquina venceria Kasparov no Xadrez, e isso aconteceu.

  4. Música é “Feeling”, mas não é só porque é um robô que está tocando que uma música vai deixar de ter feeling, é como dizer que uma música só tem feeling quando escutada ao vivo, não valendo nem escutar no som do carro, no computador ou coisa do tipo…
    E também, pelo que percebi estamos falando de Música Erudita certo?
    E Música Erudita não precisa de letras pra expressar alguma mensagem! ^^

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