Invasão extraterrestre

A ideia de uma invasão extraterrestre é incrivelmente recorrente na cultura, aparecendo em livros, filmes, games, em toda sorte de produções humanas. Acredito que a razão para isso, tem bases muito profundas na história humana. Do ponto de vista de construção das sociedades humanas, se pregarmos a nossa própria história civilizacional, seja em qual grupo étnico for, o que veremos são invasões, ataques, chacinas, migrações, fugas, genocídios, escravizações mais diversas e domínio.  Nossa história é a história de como nós vamos nos destruindo, desde que surgimos até hoje.

Extraterrestres malvados querendo nos dominar (e roubar nossas gostosas)

Somos agentes do sofrimento

O humano só conhece o sofrimento, porque o ser humano é o agente do sofrimento no planeta Terra.  Esse é o ingrato retrato da nossa condição imperfeita de seres primitivos.

Dos paus e pedras da aurora da humanidade ao domínio da energia atômica, evoluímos nossas capacidades bélicas para dominar, destruir e subjugar os seres de nossa mesma espécie. Por que?

Por que lutamos? Por que matamos? Por que invadimos e tomamos posse, construímos fronteiras, muros, paredões, guardas, castelos, fortalezas, portões, cancelas, fechamos passagens, construímos vigias e nos encastelamos em nossas fortificações, seja para tramar nossos planos de expansão e domínio ou para nos proteger, já esperando que alguém venha nos atacar, porque só o que conhecemos é essa dinâmica, que vou chamar aqui de “domínio”.

“O Homem é o lobo do Homem”

De onde vem o domínio? Essa necessidade combativa?

O domínio é produto da escassez. Tudo que conhecemos até hoje se resume nessa simples palavra: A escassez.

Se voltarmos à gênese da nossa espécie, veremos que sempre combatemos pelo direito de existir. E o direito de existir estava atrelado fundamentalmente em obter abrigo, obter comida e proteger nossas provisões. Como no nosso planeta, o clima se alterava, logo as reservas de comida se encontravam em risco. O ser humano, – as análises de diversos fosseis comprovam isso – passou por diversos períodos de fomes horríveis. Era a escassez de comida.
Acredito que as primeiras guerras se deram por comida. Não havia comida para todos. O homem mata pela comida. Logo que alguns grupos deixaram de ser nômades para se instalar e a agricultura apareceu, controlar as reservas de comida era importante. Mas é claro que nem todos fizeram isso. Alguns grupos perceberam que poderiam obter à força, a comida dos que estavam fixos. Como defender esses grupos? Surgiam aí os soldados, os exércitos. E surgiram o que? As guerras.

Os neandertais conviviam com o permanente medo do ataque de outros grupos

Grandes grupos fixados em locais diferentes logo cobiçaram locais de seus vizinhos que possuíam mais riquezas. Fontes de água, minérios, jazidas, plantações, acesso ao mar… Havia um sem número de potenciais itens de desejo. A terra conhecida foi então marcada e desenhadas as primeiras fronteiras. Com as fronteiras, vieram as expansões, as colônias. As colônias surgiam porque os territórios conquistados já demandavam mais recursos do que as áreas delimitadas poderiam prover. Assim, o que ocorreu na Terra? A expansão para áreas externas aos domínios, um jogo de xadrez com diversos participantes que por meio da força bruta (ou seja, a morte) estabeleceram “quem manda e quem obedece na Terra”.

O planeta Escassez

Como podemos ver, o humano só conhece a escassez. A escassez é o elemento fundamental, a pedra angular que moldou o comportamento humano desde que descemos das árvores.

A escassez é o medo de que faltem os bens materiais de sobrevivência, que não há para todos. Aprendemos que o mundo é assim e entubamos isso como uma verdade absoluta. Suspeito que muito disso venha dos invernos rigorosos, que nos impeliu a estocar a comida para passar pelos períodos em que não havia caça nem pesca, nem frutas.

O homem passa a trabalhar mais ainda e passa a criar estoques. Claro que não há problema em criar estoques para conseguir suportar um inverno rigoroso e também não há problemas em estocar porque houve uma produção tão grande que gerou excessos. O problema começa quando para a criação do estoque, o indivíduo retire de circulação os produtos para que não sejam gastos, por medo de faltar depois.

Quando isso acontece, há falta de produtos para as pessoas consumirem, aumentando os preços dos mesmos.Se há o aumento dos preços, há exclusão das pessoas que não podem pagar por mais. E se há pessoas que não podem consumir aquele produto, a ideia de que não há para todos.

Não há riqueza para todos? Não há alimentos para todos? Ainda hoje, os países considerados “mais poderosos” do mundo são também os mais ricos, e também os que detém mais recursos. A fonte de água e os grãos, frutos colhidos na mata e pedaços de caça de ontem, são bilhões, são cifras, são barras de ouro enterradas em cofres inacessíveis a título de “reservas”, são números abstratos em transações comerciais eletrônicas hoje. A natureza da quase totalidade dos problemas dos grupos humanos na face da Terra, se resume a escassez energética.

A energia é o que move o mundo. O dinheiro, no fundo, representa um certo potencial energético. As pessoas trabalham para comprar comida, e se alimentam para ter energia. Não me limito a falar da energia elétrica. É a energia, de um modo amplo, que gere comunicação, energia que faz com que fabriquemos produtos e coisas.  É a demanda por energia que nos faz desmatar, destruir, modificar o planeta de diferentes formas, abrindo poços, escavando canais, abrindo minas, aterrando pântanos, edificando, demolindo, dinamitando, abrindo estradas, vias, caminhos.

O medo dos outros

Nesse mundo, é natural que um dos nossos maiores medos é que seres de outro planeta cheguem aqui e façam a mesmíssima coisa que nosso ancestrais fizeram uns com os outros. “passem o rodo e assumam o controle de nossas riquezas”.

Mas aqui está o ponto central: Nossas riquezas? Que riquezas?

A energia não é uma riqueza real. Somos como cobaias estupidas num laboratório, lutando para disputar um pequeno grão de amendoim, como se ele fosse a coisa mais preciosa (e de fato é dentro da gaiola) mas ignoramos completamente que existe um saco de cerca de um metro lotado de amendoins ate a boca pertinho, do lado de fora da nossa limitante gaiolinha.

Nosso medo é que as pessoas de fora da gaiola, que conhecem o saco gigante de amendoins venham aqui na gaiola pegar nosso patético amendoim.

Perdeu, perdeu!

Qual seria a riqueza que poderia interessar um ser extraterrestre ao ponto de fazê-los nos invadir? Já pensou sobre isso? Uma vez que certamente alienígenas não saberiam o que fazer com nossas cédulas de papel pintado, que certamente ignorariam como já ignoram nosso conceito absolutamente retardado de “fronteiras geográficas”, o que aliens buscariam na Terra? Ouro, diamantes, água?

A riqueza lá fora

Como você deveria saber, vivemos num simples sistema solar, que é composto de um sol relativamente medíocre, que é uma estrelinha de quinta grandeza, e classe G2. Como nossa estrela tem cerca de cem milhões de outras similares só aqui na nossa galáxia. Esse nosso sol é responsável por 99,86% da massa do sistema solar. Ao redor dele temos cerca de nove planetas orbitando a estrela. Por sorte o nosso é o planeta que está na área em que nem viramos picolé por ficar longe demais da estrela e nem torresmo por estarmos perto demais.

O Sistema Solar, de acordo com a teoria mais aceita hoje em dia, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. É daí que vem aquela frase chavão, mas que é pura verdade que tudo que conhecemos é produto da “poeira de estrelas”. Praticamente todos os elementos químicos que existem na Terra (tirando os que foram sintetizados em laboratório), foram produzidos na gênese do  nosso planeta, muitos por simples bombardeio de pedaços de outros planetas que já estavam por aí, (talvez detritos da explosão de uma estrela anterior, que gerou o material-base para a formação da nuvem que posteriormente formou nosso sol).

Dito isso, é bom que nos toquemos o quanto antes de que tudo que consideramos importante, como ouro, diamantes, pedras preciosas, prata? Platina, e sei la mais que material caro você queira pensar aí, tem em volumes colossais no espaço. Ouro? Existe ouro com pepitas maiores que a TERRA no cosmos!
Como sabemos isso? Simples: Todo o nosso ouro veio do espaço.

Os pesquisadores da Universidade de Bristol chegaram à conclusão que metais preciosos, incluindo ouro e platina, vieram do espaço bilhões de anos atrás. Após analisar amostras de algumas das pedras mais antigas do mundo, na Groenlândia. Segundo eles, os isótopos encontrados nessas formações – átomos que identificam a origem e idade dos materiais – são claramente diferentes daqueles que se originaram na Terra. Isso confirmaria a teoria de que os metais preciosos que usamos hoje chegaram ao planeta em uma violenta chuva de meteoros quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos.

“Nosso trabalho mostra que a maior parte dos metais preciosos nos quais se baseiam nossas economias e muitos processos industriais foram adicionados a nosso planeta por coincidência, quando a Terra foi atingida por cerca de 20 bilhões de toneladas de material espacial”, diz Mathias Willbold, que liderou a pesquisa da Universidade de Bristol.

Durante a formação da Terra, o planeta era uma massa de minerais derretidos, que era constantemente atingida por grandes corpos cósmicos. O centro da Terra foi criado a partir de metais em estado líquido que afundaram. De acordo com os cientistas, a quantidade de ouro e outros metais preciosos presente no coração do planeta seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de quatro metros de profundidade.

A concentração de todo o ouro e outros metais no centro do planeta deveria ter deixado as camadas externas da Terra praticamente livres da presença desses materiais, por isso a origem do ouro que exploramos na superfície e no manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta terrestre) já havia sido motivo de especulações no mundo científico.fonte

A realidade, meu amigo,  é que ouro e platina, principalmente a platina, são um produto de explosões estrelares cataclísmicas, (que estão acontecendo o tempo inteiro no espaço lá fora)

Essencialmente, todos estamos aqui porque, em algum lugar no espaço, uma estrela explodiu. No interior das estrelas, a alta pressão e calor aquecem elementos como átomos de carbono e oxigênio (as coisas das quais somos feitos). Então, quando chega inevitável momento daquela estrela morrer (geralmente quando ela gera o elemento ferro em seu núcleo) , dá uma explosão cabulosa, que lança para todas as direções volumes COLOSSAIS dos ingredientes da vida que conhecemos.

O que é uma estrela de nêutron?

Uma estrela de nêutrons

Quando uma estrela massiva entre em supernova tipo IItipo Ib e Ic – em outras palavras, quando seu núcleo é esmagado pela força da sua própria gravidade – duas coisas podem acontecer. Ela pode ou se tornar um buraco negro, ou emergir do seu casulo como uma estrela de nêutrons. Para gerar a última, você precisa começar com uma estrela com um tamanho entre 4 e 8 vezes maior que o do Sol. Assim que ela queimar combustível nuclear o suficiente, a ponto do seu núcleo não conseguir mais se suportar, a gravidade enfim vence e o núcleo é apertado de tal maneira que chega na força o suficiente para fazer prótons e elétrons se combinarem. Isso cria nêutrons. Por isso, como você já deve ter percebido, ela ganhou o nome de “estrela de nêutrons”.

Essa estrela é tão densa que uma colher de chá com seus componentes provavelmente pesaria 10 bilhões de toneladas.

Então, sob a maioria das circunstâncias, essas estrelas mortas e insanamente densas vão flutuar pelo universo sem causar problemas para ninguém. Mas em um sistema binário de estrelas, as duas estão destinadas colidirem. E foi isso o que o telescópio espacial Swift da NASA observou no dia 3 de junho.

Após observarem um flash de luz chamado “erupção de raios gama” (GRB na sigla em inglês) na distante constelação de Leão, astrônomos conseguiram rapidamente deduzir (com a ajuda de alguns modelos teóricos) que era o brilho radioativo de uma massa gigantesca de metais pesados, criados após uma colisão entre estrelas de nêutrons. Anteriormente, cientistas só conseguiram teorizar que os GRBs eram resultados da colisão de estrelas de nêutrons, mas agora já existem provas.

Edo Berger, o astrônomo que conduziu a pesquisa no Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, descreve o processo:

Quando elas fazem contato, muitas coisas excitantes ocorrem rapidamente. Boa parte do material entra em colapso e forma um buraco negro. Parte dele então é sugado pelo buraco negro. Esse é o evento que causa a erupção de raio gama. Uma parte desse material é espalhada pelo espaço. O material, que veio das estrelas de nêutrons, é rico em nêutron e, como resultado, bastante eficiente na formação de elementos pesados, incluindo o ouro.

E considerando quantas partículas essas estrelas de nêutrons juntaram, faz sentido que duas delas sejam capaz de criar um pouco de ouro – o suficiente parar igualar cerca de 20 vezes a massa da Terra, para ser mais específico. O que é o suficiente para encher cerca de 100 trilhões de petroleiros. Além desse volume monstruoso de ouro, as estrelas de nêutrons também produzem cerca de oito vezes essa quantidade de platina.

Saber isso destrói a diversão no filme em que John Travolta era um Et malvado querendo nosso ouro.

Dados os volumes e o tipo de estrelas de neutrons, já sabemos por varredura espacial que só na nossa galáxia existem cerca de 2000 estrelas de nêutrons, mas especialistas especulam que esse numero poderá chegar aos bilhões ou mais!  Então, a quantidade precisa  das estrelas de nêutrons, mesmo em nossa própria galáxia, é completamente desconhecida”, diz Chuck Horowitz, professor da Universidade de Indiana, especialista nesse tipo de astro.

Bom, se um par de estrelas de neutrons entrando em colapso produz emissões de 20 vezes a massa da Terra somente de metais “preciosos” não precisa ser uma pessoa muito inteligente para perceber que existem planetas enormes que são FEITOS de ouro, platina e etc e tal no cosmos.

Diamantes? Há! Os diamantes são um caso à parte. Tão valiosos na Terra essas pedras são produtos do carbono sob grande temperatura e pressão, justamente o que ocorre no espaço. Resultado? Se você chutou “Planetas de diamante” acertou. Na verdade eles devem ser tão comuns no espaço que já ate achamos o primeiro ele já tem até endereço!

O planeta de diamante é um dos cinco exoplanetas que orbitam uma estrela distante chamada Cancri 55, a cerca de 40 anos-luz do Sistema Solar, mas visível a olho nu na constelação de câncer.

Cientistas dizem que a análise da composição química do planeta, baseada nas medidas de massa, além de análises computacionais, sugerem que a sua crosta é, em grande parte, composta de cristais sólidos de carbono.

— São as primeiras análises de um planeta rochoso com uma química fundamentalmente diferente da Terra. A superfície deste planeta é, aparentemente, coberta de grafite e diamante, em vez de água e granito — explicou Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale.

O raio do planeta é o dobro do da Terra, mas sua massa é oito vezes superior. Ele orbita sua estrela numa velocidade tão alta que um ano dura apenas 18 horas.

A temperatura média da superfície é de 2.150 graus Celsius e, por isso, não há nenhuma possibilidade de existência de água e de qualquer forma de vida. O estudo, publicado na “Astrophysical Journal Letters”, estima que pelo menos um terço do planeta seja composto de diamante. O restante é feito de grafite, ferro, carbonato de silício e silicatos. fonte

Outra riqueza potencial da Terra seria a água. Sabemos por analise dos isótopos, que nossa água também foi um “presente”, chegando aqui num bombardeio brutal de cometas de gelo. por sorte não foi água suficiente para nos cobrir completamente. Mas sabe-se que esse volume de água que chegou na Terra, veio mesmo do espaço, e portanto, se veio tanta água assim, deve ter H2O pra dedéu no cosmos, certo? De fato tem. Tem água pra caraca no espaço, maluco!

Uma das maiores nuvens de água descobertas no espaço é tão colossal que ela está servindo de combustível para um buraco-negro em expansão, dando origem a um Quasar.

Quasar é um enorme buraco negro sendo constantemente alimentado por um imenso disco de poeira e gás, gerando energia no processo. No caso do APM0827+5255, a transformação dessa nuvem resulta em um jato de vapor que se estende por centenas de anos-luz de distancia, em quantidade suficiente pare encher todos os oceanos da Terra 140 trilhões de vezes.

A descoberta foi feita em conjunto pelo Observatório Submilimeter no Havaí e pelo Plateu de Bure nos Alpes franceses. Há tempos que astrônomos defendem a teoria de que a água esteve presente desde a formação do universo, mas essa seria a primeira vez que a existência de H2O é comprovada em lugares tão distantes e tão antigos, já que observação feita agora remete ao que aconteceu a 12 bilhões de anos atrás. fonte

Gases como hidrogênio, Hélio, Oxigênio também são abundantes no espaço. Tão abundantes que tem planetas só de gases aqui mesmo no nosso sistema solar patético.

Agora de uma forma de botar em perspectiva isso, vamos pensar em toda essa riqueza de materiais só do nosso sistema solar. O nosso sistema solar, nossa casa, é um sistema solar simples. Mas quantas estrelas existem? Eu já escrevi sobre isso antes. Existem tantas, mas tantas estrelas, que se cada grão de areia de todas as praias do nosso PLANETA fossem estrelas, ainda não daria a quantidade de estrelas que existem no espaço. (mais detalhes neste post)

Nesse volume de estrelas, imagina a mutueira desgraçada de planetas orbitando-as. Planetas de todos os tamanhos, de todo tipo de órbitas, de todas as composições possíveis…

Então, estamos falando de números absurdos de recursos, volumes incompreensíveis para a maioria das mentes humanas. Diante desse volume, considerando que exista uma especie inteligente o suficiente para dominar os processos de dobra do espaço – ou outro processo desconhecido de trafego não-linear – (porque é a unica forma viável de viajar pelas distâncias espaciais)  capaz de chegar na Terra, teriam interesse em nossos recursos?

Uma espécie que consiga o domínio da energia ao ponto de visitar outros sistemas solares, já equacionou suas demandas materiais. Não existe a escassez para esses caras. Por isso, não vejo qualquer motivador para que venham nos dominar, escravizar e drenar nossas riquezas.

O que nos leva a pergunta de ouro…

Se a Terra não é um planeta tão atrativo do ponto de vista de sua composição mineralógica, ou de recursos naturais, o que poderia atrair alienígenas pra cá?

Essa é uma questão super intrigante, porque ela é como uma espada pendurada sobre a cabeça do ufólogo. Desconfie de quem disser que sabe responder a isso. Ninguém serio diz que sabe.

O que SABEMOS é que a Terra não é um planeta muito raro ou especial em termos de dimensão, composição e etc. É verdade que é como um quarto e sala de frente para o mar, a localização é ótima, apesar das limitações, mas dados os números das estrelas conhecidas e os modelos matemáticos que chegaram em 4,5 planetas similares à Terra (dentro do cinturão de vida que permita água liquida) a cada dez estrelas estudadas, (fonte) é um volume ABSURDO de planetas com chances de vida. Diante disso, por que tantas naves viriam até a Terra? O que as atrai? Quando se coloca esses dados científicos conhecidos, em perspectiva diante do volume igualmente estonteante de casos de naves, observações de seres, e registros de casos como marcas de solo, abduções, gravações de radar e histórias insólitas de pessoas contatando criaturas mais diversas, é muito estranho que exista tamanha casuística na Terra sem que haja algo em especial que esses seres estejam buscando. Talvez sejamos uma especie de zoológico ou reserva ambiental desprotegida (estimo que seja desprotegida dada a completa bagunça de características na casuística ufológica mundial).

As luzes de Phoenix

Há um outro aspecto interessante da Terra é que o fato de que como evoluímos aqui, a Terra é um planeta ideal pra nós. Mas para um alien, ela pode ser bastante desconfortável e até mesmo perigosa, até porque, para ela ser ideal, seria preciso que o alienígena fosse proveniente de um planeta bem similar à Terra em diversos aspectos e isso realmente é mais difícil, porque para nosso planeta ser tão bom, ele só é porque reúne uma série de condições ideais além da distância do sol e tipo de estrela que orbita:

  • A Lua: A Terra tem uma ligeira inclinação e oscila à medida que gira, o que pode causar mudanças drásticas no clima ao longo de milhares de anos. Mas por causa do efeito estabilizador da lua em nossa órbita, nosso clima é muito mais estável. Além disso, a lua causa as marés, e alguns biólogos acreditam que a vida começou em poças de marés.
  • Rotação estável: não há razão para pensar que um planeta sem uma rotação estável seria completamente habitável (na verdade, algumas pessoas pensam que tais planetas podem ser a nossa melhor aposta para alienígenas), mas a regularidade e frequência do dia e da noite neste planeta. planeta vai longe para evitar temperaturas extremas e incentivar a vida.
  • Um campo magnético: Nosso planeta é abençoado com um campo magnético forte e estável, que evita os raios cósmicos e as labaredas solares que de outra forma fritariam o planeta. Também está ligado ao próximo recurso obrigatório da lista.
  • Geologia dinâmica: A nuvem de gás e poeira que eventualmente se aglutinou na Terra continha elementos radioativos suficientes para manter o núcleo do planeta agitado alegremente por bilhões de anos. Sem esse movimento, não haveria um campo magnético.
  • Atmosfera: Claro, não podemos descartar a importância da camada de ozônio. Nos primórdios da vida, os organismos parecidos com plantas, sem saber, abriram caminho para a vida animal, enchendo a atmosfera de oxigênio. Essa camada protegeu os primeiros animais da radiação letal.
  • Isolamento: Vênus e Marte estão próximos da Terra, mas nosso sistema solar como um todo está no meio do nada. Porque estamos longe dos principais braços espirais da Via Láctea, estamos em muito menos perigo de contrariar a força gravitacional de uma estrela maior (entre outros perigos).
  • Sol de longa duração: nosso sol é uma anã amarela, um tipo relativamente raro de estrela que é pequena e estável. Ele também tem uma vida longa, as estrelas maiores geralmente queimam mais e morrem mais cedo, enquanto as estrelas menores têm a tendência de cuspir enormes plumas de radiação.
  • Tempo de sobra: O Sol tem cerca de cinco bilhões de anos e a própria Terra tem cerca de quatro bilhões e meio de anos. Mas a vida só chegou naquele último meio bilhão. Estamos aqui porque o nosso planeta era forte o suficiente para durar até os primeiros sinais de vida aparecerem.
  • Vizinhos gigantes gasosos: Claro, o sol e a lua são ótimos, mas há outro soldado no campo de batalha para ajudar a tornar a Terra habitável: Júpiter. Em geral, os gigantes gasosos tendem a se agrupar perto de suas estrelas domésticas. Mas, como eles estão voltados para o exterior do nosso sistema solar, sua gravidade intensa captura convenientemente asteróides e cometas rebeldes , fazendo com que eventos como o que matou os dinossauros sejam uma raridade.

Isso aí pra mim é realmente a riqueza extrínseca do nosso planeta.

Talvez um dia, subamos de degrau e possamos sair da escassez  que nos submete a limitação dos recursos do planeta Terra, num sistema em que todos são inimigos em potencial. As pessoas vivem tensas, estressadas e com medo de inimigos externos, sejam do planeta ou de fora, tornam-se gananciosas, ambiciosas, apenas para poder assegurar que conseguem sobreviver. Acredito que um dia, se não nos destruirmos antes,  chegaremos a um mundo com mais energia, e com sociedades mais justas e igualitárias, onde todos vivam com o suficiente, sem ostentar, sem competir, sem ódio ou medo. Talvez nesse dia, estejamos prontos para conhecer mais sobre a “verdade” que está lá fora.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Penso também noutra perspectiva: que a depender do grau de domínio para viabilizar estes deslocamentos não lineares no espaço, e a depender de quão acessível possa ser esta tecnologia para as espécies que a dominam, as incursões feitas no planeta terra podem ser algo tão comum quanto é, para nós, pegar um automóvel e ir à cidade vizinha.
    Como você mesmo coloca de forma implícita no texto, existem regras universais que não se limitam às nossas fronteiras de mundo, mas do contrário se impõe sobre o cosmo, como é o caso da escassez. Se podemos atribuir as consequências sentidas por nós à partir desta condição aos demais seres que possam existir no cosmo, por que não outras qualidades espelhadas na nossa condição experimental, como a mera exploração e desbravamento do que é desconhecido (ímpeto íntimo à condição humana)? A motivação para uma visita poderia ser somente a da soma da curiosidade com a disponibilidade fácil de recursos para tal exploração.
    Outra qualidade típica é a procura de respostas existenciais: cansamos de enviar sondas e equipamentos de pesquisas a outros lugares para fazer descobertas que nos ajudem a entender nossas próprias origens e como o cosmos se formou. Outras espécies não terrestres possivelmente conviveriam com esta mesma necessidade de descoberta das origens da existência e utilizariam nossa casa (e sabe-se lá quantas outras) para buscar este mesmo tipo de pista para um problema sabidamente muito complexo.
    Não é necessário, dentro desta perspectiva, que haja um atrativo óbvio, excepcional em meio aos planetas capazes e factualmente permeados por vida. Basta que aqui haja vida e, vendo como nosso planeta nos formou como espécie, seremos em si o fruto de um resultado de experiências muito explicativas do ponto de vista de como a vida evolui em diferentes condições dentro do cosmo; portanto, muito atrativos do aspecto da formação do conhecimento destes exploradores. Afinal, não adoraríamos explorar como seriam outras formas de vida desenvolvidas em um habitat mais excêntrico ou mesmo minimamente diferente do nosso? E que dirá espécies não baseadas em carbono? O valor científico deste tipo de informação me parece muito valioso, até para que escrevamos nossa própria história.

  2. E se os aliens forem nossos carcereiros?? Se formos considerados uma raça perigosa? E se em algum ponto do nosso passado ameaçamos outras espécies com nossa ganância ou expansionismo??
    A partir daí fomos condenados a viver em um planeta isolado na galáxia e com vigia constante….
    E se escritos antigos,como o mahabharata, relatam batalhas nas quais fomos subjulgados….se Arca foi nossa nave chegando a este planeta….hehehehehe…

  3. Extraterrestres existem!
    Mas eles não são seres de outros planetas, até porque ”outros planetas” não existem. Eles são demônios, anjos caídos.
    Minha dúvida sobre eles é bem simples:
    Por que seres ”intergalácticos” viriam aqui mutilar cabras ou mesmo fazer sexo com humanos? Eles parecem ter uma necessidade conosco, como se dependessem de nós.
    (Continue esperando, o movimento Terra Plana Política lançará candidatos em todo o Brasil, até em Niterói).

  4. Estrelas realmente parecem estar dentro d’água, o que sugere que elas estejam fora do domo.
    https://www.youtube.com/watch?v=06BHSquybJA

    Já li algumas teorias sobre o porquê de algumas estrelas serem erráticas. Uma dizia que a luz lunar, afeta o campo magnético do domo causando seu movimento durante a noite. Mas claro, isso é só uma suposição. Eu sinceramente não sei explicar porque algumas estrelas se movem.

  5. O que é valoroso para nós, pode não ser para uma mente alienígena. Infelizmente, é óbvio que estamos presos a nossa própria visão de realidade.

    Sendo assim, levando em consideração o texto apresentado pelo Philipe (ótimo como sempre), acredito que eles nos veem mais como animais, caso eles existam. No fim, o que existe de mais raro é a vida, em suas diferentes expressões. Pode existir ouro, água, calor, frio em abundância por todo como. Mas e vida? Como ela existiria? Pode também haver planetas lotados de vida, mas apenas em determinados planetas poderia haver uma espécime de ser.

    Hoje até conseguimos mudar nossa genética. Agora imagine o que espécies tecnologicamente avançadas podem fazer no campo da genética? E para quê fins?

    Obs.: eu falei se alienígenas existitem, pois sou cético. Existe possibilidade de haver vida inteligente fora da terra? Claro que sim. Mas eu só acredito vendo.

  6. Excelente Texto.
    Me prendeu do início ao fim.
    Parabéns por ainda nos agraciar com material de qualidade mesmo com o tempo escasso.

  7. Eu sempre parti do princípio de que a gente é um tipo de rato de laboratório ou “diversao” pra esses alienígenas que vem pra cá cortar a gente e colocar chip só pra ver o que acontece, bem ao estilo Marte Ataca. Se a gente fosse “tao interessante” assim, a quantidade de incursoes e relatos seria bem maior, creio eu. Mas pra uma quantidade “pequena” de cosmonautas, parece que a gente só tá ali pra fazer experiência.

    Outra teoria que eu li por aí é de que a gente é o mais próximo dos Greys que eles puderam achar. Eles, por outro lado, sao estéreis e precisam da gente (material genético, fecundacao, sei lá…) pra reproduzir.

    De todo modo, me parece que o interesse é no ser humano e nao no planeta em si, sendo os relatos de abducao verdadeiros.

  8. Que texto sensacional, o último parágrafo fechou com chave de ouro (se bem que se tem tanto ouro por aí, que tal uma chave de cerveja? kkkk). Parabéns Philipe, qualquer dia gostaria de trocar uma idéia com você sobre algumas coisas que li (e sempre releio) no site. Um grande abraço.

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