quinta-feira, dezembro 12, 2024

Imposto justo para videogames

O Mario me pediu para divulgar a campanha Imposto Justo para Videogames:

A indústria global de videogames já ultrapassou a indústria do cinema e da música.

Mas o Brasil representa apenas 0,5% da indústria de videogames.
Até o México, muito menor que o Brasil, já chegou aos 2%.

Por quê?

Por causa dos altos impostos que fazem consoles e jogos custarem até o triplo do que custam nos Estados Unidos.
Essa situação é absurda.
Os impostos altos:
– estimulam a pirataria
– prejudicam o consumidor
– prejudicam os varejistas
– prejudicam milhares de estudantes de desenvolvimento e design de games
– prejudicam desenvolvedores e publishers de games
– desestimulam investimento nas tecnologias de ponta, necessárias para o desenvolvimento de games no Brasil
– desestimulam as grandes empresas de games de investir no Brasil.

O Brasil tem hoje 195 milhões de habitantes, dos quais mais da metade são jovens.

É o mercado com maior potencial para crescimento, neste momento, no universo dos games.
Para isso, precisamos fazer nossa parte. Cobrando a diminuição dos impostos sobre games.
Muitas ações podem e devem ser tomadas neste sentido.
De todas, uma é a mais urgente.
O projeto de lei 300/07, apresentado em 2007 pelo então deputado Carlito Merrs (PT-SC), estende para os videogames os benefícios que desoneram produtos de informática.
Se for aprovado, os videogames vão ficar mais baratos instantaneamente.
O problema é que desde 2008 ele está parado na Comissão de Finanças do Senado. O relator é o deputado Antonio Palocci (PT-SP).
Não é possível um projeto de lei de tamanho impacto econômico ficar paralisado dois anos.
A campanha CAMPANHA IMPOSTO JUSTO PARA VIDEO GAMES tem o objetivo de forçar a aprovação desta lei, através da pressão organizada dos brasileiros.
Através de um abaixo assinado e de uma campanha online, faremos chegar a Brasília a voz de milhões de gamers e do mercado organizado de videogames.
Faça sua parte! Ponha seu nome no abaixo assinado aqui.

Acho a questão tributária no país bastante pertinente. Sabemos que o alto imposto sobre o videogame é um dos maiores entraves para a aberturas de empresas desse setor no país, e como resultado, exportamos nossos grandes talentos para o mercado internacional.
Vários amigos meus picaram a mula daqui por conta disso. Mas tenho uma certa visão pessimista desse assunto. Acho que os políticos só vêem o videogame como um alvo para apontar o dedo e culpar por mazelas diversas. A visão política brasileira ainda é bastante retrógrada no que diz respeito ao lucro do entretenimento. Para político, jogo é coisa de vagabundo, seja ele de que tipo for. Do RPG ao Videogame. Não creio que o político irá mudar esta visão com base num abaixo assinado da internet.

Enquanto isso, enquanto os políticos dão as costas para este tipo de assunto, o brasileiro que não quer pagar ao governo, dá seus pulos.
Um exemplo é o caso do Rafael lá do Novo Mundo, que deu uma dica de como evitar o imposto sobre o game:

“A loja Estarland.com vende para o Brasil e faz uma caixa personalizada na qual seus jogos estarão descritos como sendo DVDs de filmes num valor próximo de trinta dólares para evitar a tarifa nada conveniente de 60% correspondente ao imposto de importação.

Basta adicionar um produto especial no seu carrinho de compras, o personalized packing service, e torcer para que a Receita Federal caia no truque.

Lembrando que a loja também tem jogos de WII, XBOX360, PS1, PSP, N64, SNES, outras plataformas antigas e brinquedos.”

Evidentemente que fazer isso, é considerado crime, e a pessoa que faz corre riscos. Mas a questão que fica é: Estas pessoas seriam compelidas a cometerem crime de sonegação fiscal se o preço do jogo fosse compatível com os tributos pagos em outros países?
A culpa é do cara que viola a lei? Na minha opinião, ela é 50% desse cara e 50% do governo que cria tarifas irreais para certos produtos de acordo com o que ele considera conveniente.

A respeito da questão do imposto, gostaria de mostrar um video que retrata o valor gasto em tributos pelo brasileiro, com respeito a um bem muito desejado por aqui. O Automóvel:

Fonte: Jornal da Globo

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Apesar de eu gostar muito de videosgames, acho que os impostos combrados em cima do preço são justos. Video game para questão de impostos é considerado supérfluo, como perfumes importados de marcas caras, carros importados e cigarros. O Brasil como país emergente e com pretenção de ser potência mundial não deveria perder tempo e dinheiro com supérfluos.
    Nos últimos parágrafos você fez um tipo de coisa que o fez perder muitos pontos comigo (sei que esses pontos não importam muito), fazendo alusão à corrupção ao ensinar a ludibriar a Receita Federal. Triste, pelo fato da essa alusão ser vinculada em um dos mais conhecidos e respeitados blogs do Brasil.

    • Acha justo??? Tá louco, cara. O MESMO JOGO que lá fora ( e em tudo que é país sério) custa 160 reais, e aqui nego sobretaxa ao ponto de custar 260 reais e vc acha justo? O valor de imposto no Brasil é uma aberração. Os caras se entopem de dinheiro – o NOSSO DINHEIRO – sem efetivamente dar qualidade em troca.
      Não estou dizendo no post para ninguém fazer isso. Só referenciei um blog que ensina como comprar lá fora sem ser vilipendiado por tarifas abusivas de imposto. Se o cara fizer, é porque quer. E isso no caso, seria sonegação e não corrupção.

      Cada um tem que saber de si. Meu papel aqui não é dar lição de moral para quem quer que seja. Se o cara quer pagar o imposto, pague. Se não quer, compre lá fora. Pessoalmente, eu compro meus jogos (originais) aqui e pago a porra do imposto safado, mesmo achando-o caro e injusto. Não é por questão moral, mas porque sou imediatista pra caralho e não suporto esperar. (além do que já me roubaram nos correios)
      O imposto sobre produtos é caríssimo aqui. Pra se ter uma idéia, ao comprar um carro no México exatamente igual ao carro no Brasil, você paga praticamente a METADE DO PREÇO. Porra o governo é sem noção demais. Infelizmente, é com esta grana que eles pagam o auxilio paletó, auxilio gabinete, verba de viagem, cartão corporativo e etc.

      A idéia de considerar jogo como supérfluo e por isso permitir uma taxação que ESTIMULA A CLANDESTINIDADE e a PIRATARIA é o maior erro dos políticos. Erro que você também incorre. Quer dizer que na sua visão de mundo só o que não deve ser taxado é o que não é supérfluo, tipo arroz e feijão?
      E a cadeia absurda de empregos diretos e indiretos que a venda dos jogos originais poderia trazer?
      É uma estupidez o imposto do Brasil. Eles querem ganhar tanto que fodem solenemente o crescimento do país.

      • Humm mas de que adianta? Em 2003 foi mandado pelo presidente LULA a 1ªreforma tributária que seria aplicada no Brasil. A oposição disse que ia votar sim. Em 2010, para entrar em vigor só em 2011.
        Ninguém esta ligando para que as taxas diminuam. Porque se alguém tenta fazer, os outros bloqueiam. O imposto no Brasil é sim abusivo, mas vai ser difícil quebrar essa “tradição tributária” que o Brasil “ostenta”.

        • Lamentavelmente nisso eu dou o braço a torcer. Não há muito o que se possa fazer além de criar um grupo terrorista e matar todos os safados do congresso e senado.
          A única forma democratica de fazer isso seria mostrando que com investimentos estratégicos o Brasil compensaria a falta deste dinheiro em seus cofres, mas duvido que ouvissem, pois é como eu disse: “Farinha pouca, meu pirão primeiro!”

  2. Me desculpe se vou ser um completo idiota, mas publicar no seu blog um modo de burlar a receita federal, é incitar ao crime. Concordo com os impostos de certa forma, e sei que é um absurdo uma pessoa pagar 100 reais por um simples jogo. Mas isto não é desculpa para justificar a pirataria, que financia a ilegalidade. México, Brasil e EUA tem realidades diferentes, e perspectivas diferentes.

    • A desculpa das realidades diferentes não cola, cara. Os americanos ganham MUITO MAIS do que os brasileiros, e pagam muito menos imposto. Se fosse por esta lógica a gente pagaria quase nada de imposto.
      A questão tributária do Brasil é uma pouca-vergonha mesmo. è a lei do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
      Há uma demanda tão reprimida de bens de consumo no país que mesmo com todo o imposto, em plena crise mundial, as montadoras batem recorde de vendas. Os políticos comemoram, achando isso o máximo. Eu vejo isso como a MERDA SUPREMA, pois mostra que a demanda reprimida é tamanha e o povo tá tão desesperado pela necessidade que é obrigado a pagar um carro mais meio carro ao governo para poder adquirir o bem.
      Somos líderes de imposto no mundo. O pior título que uma economia emergente poderia ter.
      A logica incompreensível da política tributária brasileira é:

      Preferem poucos pagando muito do que muitos pagando pouco.

      Na minha terra isso se chama BURRICE.
      Mas não só isso. Esta é a ponta maligna que culmina num gigantesco iceberg chamado desigualdade social.
      E sobre a questão do crime, eu só estaria incitando a prática se estivesse dizendo para que as pessoas fizessem isso. O que não é o caso aqui.

      • Acho que não me expressei bem. Quando eu disse realidades diferentes, me referia a realidade histórica de cada país, que obviamente originou sentidos diferentes a cada um destes. Se o Brasil conviveu em toda sua história com um exploração incessante (Não estou defendendo o argumento de que se justifica os impostos pela tradição exploradora), não é tão fácil desenraizar estes vínculos que estão “presos” aos brasileiro e a cultura desta política. Por isso argumentei sobre a oposição (imbecil) que cercea o desenvolvimento político-social por um simples jogo de interesses partidários. Acho que iniciativa existe falta caráter e vergonha na cara de algumas pessoas!

        • No fim das contas, eu acho que nos temos a mesma opinião. No caso do jogo, eu acho que realmente ele poderia ter um valor tributário maior em relação a muitos produtos, mas 60% é coisa pra danar! Por exemplo, sabonete e papel higiênico, itens de higiene, que em último caso afetam as questões de saúde pública, e o leite, tem impostos altíssimos. Como diria Boris Casoy, “Isso é uma vergonha”.

  3. Philipe está com o conhecido pensamento do senso comum de que imposto é ruim, que ninguém deveria pagar imposto por que estão “sugando” meu dinheiro. São imposto que pagam o Brasil, graças aos impostos que o Brasil é a MAIOR DEMOCRACIA DO MUNDO. Comparar economicamente o Brasil a paises como EUA não é coisa inteligente, históricamente as diferençãs são muito óbvias. Não quero entrar em História.
    Ao tentar me corrigir acho q você esqueceu que, pelo fato de uma pessoa estar sonegando ela está sendo corrúpta, corrupção não é cometida apenas pelos políticos, uma pessoa que atravessa o sinal vermelho sem motivo lícito está sendo corrúpta. Corrupção é a espécie e sonegação é o gênero.
    Imagine se a Globo faz a mesma referência a este site como você fez. Com toda certeza ela seria punida exemplarmente, ela podedia usar este mesmo argumento que você usou, mas isso não mudaria nada.
    Uma coisa importante que acho que todos aqui vimos foi a frase dita pelo tio do Peter Parker: “Grandes poderes geram grandes responsabilidades”, um filme simples e comum gerou uma frase incrível como essa. Citei esta frase em comparação com seu blog, um blog com grandes poderes gera uma grande responsabilidade.
    Respeito muito seu blog sempre que posso visito (quase diáriamente) e sempre que tenho oportunidade indico. Por esse fato acho que você deveria se retratar sob pena de sujar um pouco a imagem de seu blog.

    • Cara eu não sou contra imposto. Eu seria maluco se fosse. Só acho que deter o recorde de ser o segundo país que mais cobra imposto no mundo é algo incompatível com a realidade de um país que visa crescer e se tornar a sexta economia mundial.
      Só pra você ter uma ideia: Com relação à média do número de horas gastas pelas empresas de médio porte para pagamento de impostos, os Estados Unidos gastam apenas 325 horas, a Alemanha, 196, a Inglaterra, 105.
      E o Brasil? A vergonhosa cifra de 2.600 horas!

      O brasileiro também paga mais tributos que muitos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Suíça. E tem serviços públicos piores do que muitos países em que a carga é bem menor. A carga tributária tem subido todos os anos, quase 1 ponto percentual por ano.
      O governo prometeu que a carga não aumentaria em 2008 e o resultado é que ele aumentou os gastos em R$ 72 bilhões, mais da metade do crescimento do PIB do país, com alta de 5%.
      E nem vou comentar sobre o que é a vergonha de mentir para o povo, porque isso estamos historicamente acostumados, como você sabe.

      A maior parte disso é gasto do governo para o custeio da máquina, gasto com funcionários.
      Não é com arrecadação que vamos melhorar o país. Isso é uma ilusão. É com responsabilidade fiscal, auditorias, eficiência e transparência nas contas, além da eliminação da burocracia. Hoje somos reféns de taxas, juros e um labirinto burocrático de fazer inveja. Não sou um especialista, mas pelo que sei, como consumidor, e empresário, a complexidade do sistema tributário brasileiro é o que mais incita à sonegação fiscal.
      Sobre a responsabilidade e a questão da audiência, esta informação aí é pública, todo mundo sabe, está escrita em milhares de foruns de games. Não estou inventando nada. Estou citando outro site e dando a fonte. E no texto eu afirmo que isso é contra a lei. Quem quer fazer, vai lá e faz.
      Eu não trato o leitor como um débil mental. Ele tem que saber ler as coisas e ver o que é melhor pra ele. Quando eu mostro uma experiência que pode resultar em explosão, eu também aviso. Mas se o cara quiser, ele que tente. Se por acaso se ferrar, não venha atrás de mim chorando as pitangas. Neste caso é a mesma coisa. Só não vou tampar o sol com a peneira porque “grandes poderes envolvem grandes responsabilidades”.

    • Vi agora q você se retratou parcialmente ao falar: “Evidentemente que fazer isso, é considerado crime, e a pessoa que faz corre riscos.”
      Já o vídeo sobre imposto referente à venda de carros, gostaria de lembrar que a Globo é manipulada por montadoras, vendedoras e etc. Acho os impostos sobre carros muito errados mesmo, acho que deveriam ser muito mais altos. Moro numa cidade relativamente grande, Fortaleza, e penso que jamais moraria em São Paulo ou Rio exatamente pela quantidade de carros, gerando intermináveis engarrafamentos. Se os impostos sobre carros fossem altíssimos as pessoas andariam de bicicleta, ficariam mais saudáveis e consequentemente diminuiriam as filas nos hospitais, gastaria-se menos com saúde e poderia se pensar em diminuir impostos sobre outros produtos como COMPUTADORES PARA ESCOLAS PÚBLICAS, seria lindo, até me emocionei xD.

      • O carro é só um exemplo, cara. Há imposto em cima de tudo, literalmente. Como o ICMS (Imposto sobre mercadorias e serviços) age em cascata, no fim das contas, até os produtos mais banais pagam uma fábula de imposto.
        Segundo as conclusões do estudo Pesquisa Internacional sobre Tributação feito pela consultora Deloitte, apenas com impostos sobre valor agregado, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), as empresas brasileiras pagam 29,8% contra 15,7% da média global.

        Os 29,8% de tributação sobre a produção no Brasil só perdem para a taxa da Colômbia. Na Ásia, a média é de apenas 7,5%. No Japão é 5% e na China é 17%.

        O imposto que mais dói de ver é o invisível que vem embutido no valor dos produtos. É este que mais fode o pobre e ele nem percebe.
        Feijão 18%
        Carne de boi 18,7%
        Leite 19,2%
        Iogurte 24%
        Carro popular 27,1%
        Macarrão 35,2%
        Óleo 37,2%
        Televisor 38%
        Papel higiênico 40,5%
        Sabonete 42%
        Energia elétrica 45,8%
        Telefonia 46,6%
        Refrigerante 47%
        Gasolina 53%
        Cerveja (lata) 56%

        Por mais que a globo venha a ser manipulada, há aqui uma série de dados, números, empiricos. Você acha que o governo iria deixar a emissora divulgar isso sem processá-la se ela estivesse errada?Além do mais, muitos destes dados vem de órgãos isentos, como a FGV, o Ipea, etc.

    • Gostaria de me retratar sobre: “Philipe está com o conhecido pensamento do senso comum de que imposto é ruim, que ninguém deveria pagar imposto por que estão “sugando” meu dinheiro.” Não é pelo fato de você ser contra o tamanho de um imposto que faz com que você seja contra impostos em geral, me desculpe. E Lucas eu não sou político, sou aluno de Direito e tenho 2 provas amanhã, portanto preciso dormir. Já fiquei satisfeito pela retratação feita pelo Philipe, de coração gostei muito.

      • Tá safo, cara. Foi bom porque deu um debate legal, me deu chance de colocar numeros que não caberiam dentro do post, sob o risco de afastar os leitores por parecer o caderno de economia do Globo, hehehe.

    • Quando falei sobre a Globo não disse que os número trazidos por ela estão errados, ela não teria essa audácia. Só quis dizer que a Globo botou o Governo como o vilão para a população, isso eu não achei certo, ela é manipulada pelo fato de estar do lado das montadoras, não pelo fato de trazer números errados (o que não aconteceu).

      • Mas Tiago, no caso do imposto, o governo É o vilão mesmo. Não é a Globo quem diz isso. É a história. O Governo do Brasil sempre atochou no rabo do povo uma série de impostos e cobranças. Isso vem desde o tempo do Brasil Colônia. Nossa origem é escravagista, onde tudo que funciona, funciona porque há uma intrincada relação de adulações, propinas e uso das relações pessoais com os poderosos. Os ricos debatem as questões importantes para os próprios interesses, enquanto o povo é apenas um monte de peças, joguetes de interesses superiores. O Brasil evoluiu em muitos aspectos, temos que concordar, mas se olharmos do ponto de vista antropológico nas relações de poder, estamos ainda limitados ao modus operandi que já havia nos tempos do Império.
        Pensando bem, sempre fomos colônia de exploração. Esta percepção ainda permeia o imaginário de todo político Brasileiro, independente de discurso, ideologia ou partido.

  4. O Tiago só pode ser politico pra apoiar a pilantragem de jogos a 200 R$ é sacangem. Nos EUA é diferente como o Philipe disse eles ganham muito e pagam pouco na China é ganham pouco pagam pouco e no Brasil é ganha pouco e paga muito? E ainda o cara tem orgulho disso? e alais 70% do preço dos jogos e puro imposto. E se alguém esquecer e quiser beber o imposto da cachaça e uns 90%

  5. Ótimo comentário Philipe, estou acostumado com alguns debates e acho sinceramente que os argumentos aqui defendidos são muito bem colocados e que as pessoas estão abrindo a visão para outras opiniões. Gostaria de sugerir, no intuito de te desafiar Philipe.
    Queria propor que você fizesse um post sobre uma possível “solução” para este problema que é a carga tributária no Brasil. (É obvio se você tiver tempo e saco para fazer rs)

    • Porra, resolver isso é foda. Não se faz da noite para o dia, obviamente. Acho que um caminho inicial, que teria um bom efeito educativo para o povo é a discriminação do valor do produto e das taxas, como em alguns estados dos EUA. Lá por exemplo, você vai comprar um sabonete. Ele custa 2 reais + taxas que é igual a R$ 2,65. Isso coloca para o povo a noção mínima de que o sabonete não custa 2,65, mas dois reais e que os 65 centavos estão indo para os cofres do governo. Imagine isso em TUDO, e teremos uma gradual conscientização do povo na relação tributária. Hoje o povo é tratado como gado. Paga sem saber quanto tem de imposto malandramente embutido em cada item.
      Penso que a redução ideal seria gradual. Há também uma série de taxas malucas inventadas ao longo de décadas. Esse monte de taxa safada também teria que ser eliminada. Uma das mais vergonhosas delas é a taxa de abertura de crédito dos bancos. Para o cara abrir um financiamento ele te cobra. O financiamento já incide juros altos, o que significa que o banco cobra pra te cobrar. Há uma disposição do próprio Lula extinguindo esta prática, numa medida provisória, mas até agora eles continuam a fazer isso, ao arrepio da lei. E NADA É FEITO. Os bancos batem lucros recordes atrás de recordes, desafiam a lei e não se vê nenhuma força para impedir certas atividades, que mesmo não sendo ilegais em seus contextos (devido a um monte de estratégias jurídicas diversas para prolongar a cobrança), são verdadeiramente imorais.
      A desburocratização devia ser o ponto de partida. A primeira coisa que eu faria se tivesse poder para tal seria acelerar o processo de abertura de empresa no Brasil. Hoje o tempo mínimo é quase um mês. Isso abre brechas gigantes para corrupção. Quem já abriu empresa sabe.
      Mas não tenho ilusões. Nós reclamamos, e brigamos para uma redução significativa da carga tributaria, pensando que isso ajudará o crescimento do país, o que acarretará num Óbvio aumento da arrecadação. MAs as medidas para isso são tamanhas e tão extensas, que não vejo como mudar esta realidade sem ser com umas duas décadas de esforço contínuo. Mas isso exigiria políticos preocupados com o destino do país como um todo, o que não é o que acontece na prática.
      O problema é sistêmico e envolve por exemplo a questão eleitoral. O Brasileiro vota mal. Escolhe um presidente de um partido e vota no legislativo da oposição. O resultado é o empacamento de praticamente tudo em disputas políticas, que desencadeiam vergonhas mundiais, como o mensalão.
      O Brasil podia começar tentando imitar o que Dubai fez. Se a magica funcionou lá num lugar que não tinha merda nenhuma além de areia (Dubai praticamente não tem petróleo) poderia funcionar aqui.

  6. Achei bem interessante a proposta em forma de desafio do Yago. Só não sei se esse blog seria o lugar ideal para um post nível e assunto ser criado, isso fica a critério do Philipe decidir. Caso esse post venha a ser feito, estarei presente para dar minha opinião, aprender e tentar entender os pensamentos das pessoas. Só com muita conversa é que podemos pensar em mudar alguma coisa, por menor que seja no Brasil, país que eu amo demais.

  7. Na boa… façam um exercicio mental, tentem imaginar.

    Imagine que amanha mesmo o governo fique maluco e decida não cobrar mais imposto algum de jogos. Nenhum mesmo, nem ICMS, de importação, nada – nada.

    Voces realmente acreditam que os preços nas lojas, o preço final, iria despencar?

    Voces acham que todos os distribuidores iram falar: OBA! agora em vez de R$ 260,00 por jogo, poderemos vender ao consumidor final por R$ 130,00!

    Não amigos, isso não aconteceria. Simplesmente iriam continuar vendendo por R$ 260,00 e aumentar a margem de lucro.

    Sabem porque? Porque o empresario brasileiro não se satisfaz com 10 ou 30% de lucro – eles pensam que só valem a pena negociar com lucros de 100 a 200%.

    Além disso, em um país POBRE E MISERÁVEL como o Brasil, onde existem pessoas passando fome e sem água, sem saneamento básico, é muita falta do que fazer ficar discutindo se é bom ou não os pesados impostos sobre bens superfluos.

    Parte do problema é que POBRE quer ter coisa de RICO. POBRE quer ter PS3 mas os jogos custam uma fortuna, aí o POBRE diz que o jogo é caro. O jogo não é caro, o POBRE é que não tem dinheiro para comprar. Veja se o RICO reclama do preço? Reclama nada, vai lá e compra todos os lançamentos originais. Aquilo é a realidade do RICO, não a ilusão do POBRE.

    O mesmo ocorre com programas originais e piratas, as pessoas querem ter PC com Windows, e acham um absurdo ter que comprar o Windows original, e quem compra é otário. Esperto é aquele que copia e pronto.

    Enfim, o assunto é bem extenso – mas tenham certeza de que reduzir os impostos de jogos nao vai reduzir o preço final ao consumidor, porque jogos sao superfluos, as lojas sabem que é produto para RICO, e RICO paga. Não estamos falando do imposto do feijão ou da coca-cola de 3 reais.

    • NA verdade, nós estamos justamente falando sobre os impostos de uma forma geral. O post é sobre o imposto sobre o jogo, mas a discussão é sobre a carga tributária global que incide no bolso do brasileiro, seja rico, seja pobre.
      Eu não concordo em que só os ricos tenham direito ao jogo. Acho que o jogo tem sim que ser barato para que tanto rico quanto pobres possam ter o direito de jogar, caso desejem.
      Acho que política tem que ser feita para todo mundo, não para uns poucos amigos do rei. Temos que dar o direito do pobre (como você diz) poder comprar o produto original. Dizer que porque ele é pobre só pode comprar pirata é sacanagem com o cara e com toda uma cadeia, que envolve milhares de empregos.
      E não é porque existem pessoas passando fome no Brasil que o assunto não deve ser debatido, até porque este assunto de impostos afeta diretamente o pobre, pois ele é que mais se fode com a carga tributária do país.
      Seu argumento vai bem quando diz que os empresários querem lucros exorbitantes. É verdade mesmo. Este é um problema cultural que leva anos para mudar. No meu ponto de vista, o brasileiro continuará a advogar em prol de seus próprios interesses, o que significará que na disputa por dinheiro, uma hora alguém vai baixar os preços para margens melhores, beneficiando-se de uma redução de impostos. Isso fará com que ele venda mais, e o cara que queria 200% de lucro vai micar com material em estoque. A livre concorrência é a ferramenta de regulação dos sistema. Se ele não baixar, o cliente vai e compra com a loja que vender mais barato.

      • ótimo raciocinio, senão fosse a concorencia a gente tava mais ferrado. Exemplo também é a nossa internet monopolizada que é pior que algumas da África

  8. Qual é a explicação para que um BMW 335i Sport custe nos EUA US$ 44.000,00 ( R$ 80.000,00 ) e aqui no Brasil o mesmo carro é vendido por R$ 270.000,00 ? Garanto que não é só imposto que está incluso neste valor ! A diferença é que nos EUA o comerciante quer lucrar sobre a quantidade vendida e aqui nessa “merda” de país o comerciante quer lucrar na unidade , povos diferentes , mentalidades diferentes ! O mesmo vale para todos os outros produtos. E um detalhe: o BMW é fabricado na Alemanha , então lá nos EUA é carro importado tanto quanto aqui !

  9. Esqueci de comentar , dependendo da versão do Honda Civic que o incaulto comprar aqui no Brasil , vai pagar mais do que um americano paga numa BMW 335i , é um absurdo ou não é ? Honda Civic, Toyota Corolla e Ford Focus custam por lá en torno de US$ 17.000,00 ( R$ 30.000,00) e aqui sai por no mínimo o dobro , será que a mão de obra brasileira recebe mais do que a americana ? Acho que não ! E outro detalhe : os carros são fabricados tanto nos EUA e no Brasil.

  10. Legal. Agora o Carlito é prefeito da minha cidade (Joinville-SC) e não pode fazer mais nada a respeito desse projeto de lei.

  11. o problema é que POBRE quer ter coisa de RICO. POBRE quer ter PS3 mas os jogos custam uma fortuna, aí o POBRE diz que o jogo é caro.

    Leia mais: http://www.mundogump.com.br/imposto-justo-para-videogames/#comments#ixzz0kRSqtXW5
    Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial

    resumiu bem… hehe
    mais falando sério,
    tem uma parte interessante do post que cita essa fuga de cerebros do Brasil, onde os caras vão ser expert em produção de games lá fora porque aqui é tenso! isso é claro, se você quiser crescer, trabalhando honestamente e sendo bem remunerado, tem que vasar daqui mesmo!

  12. Depois de ver isso ae Philipe já pensou em vender seu xbox e comprar o PS3? Já não tá tão caro os jogos é so comprar em sites de confiança gringos que vc tem um custo beneficio no minimo 2 vezes maior

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