Nossa foto de hoje é este peixe pré-histórico que foi encontrado ainda com sua presa inteira dentro dele, que também fossilizou.
O peixe lembra um pouco a traíra.
TRata-se de um fóssil de Xiphactinus audax com um Gillicus arcuatus dentro do estômago. Os fósseis foram recuperados no condado de Gove, Kansas , em 1952, por George F. Sternberg (1883–1969). Os fósseis estão em exibição no Museu Sternberg de História Natural em Hays, Kansas, e são descritos como “provavelmente o espécime fóssil mais fotografado do mundo”.
Trata-se de um peixão responsa, bem grande e feioso como ele só!
Esse era mais ou menos o naipe dele quando estava vivo:
Xiphactinus tem este nome que deriva do latim e grego para ” raio de espada “, é normalmente chamado só de peixe X . Ele pertence a um gênero extinto de grandes peixes ósseos marinhos predadores que viveram desde o final do Albiano até o final do Maastrichtiano .
Ele podia ficar grandão! Alguns adultos chegariam aos seis metros comprimento.
Muitos fósseis
As espécies de Xiphactinus eram peixes predadores vorazes. Pelo menos uma dúzia de espécimes de X. audax foram coletados com restos de presas grandes, não digeridas ou parcialmente digeridas em seus estômagos.
Esse peixe que ilustra este post, com outro dentro, provavelmente morreu em decorrência desse “rango” ingrato. Como o outro está perfeitamente preservado dentro dele, acredita-se que ele morreu logo após comer sua presa, e provavelmente devido à luta da presa menor que pode ter causado a ruptura de um órgão interno que culminou na morte do predador.
Como muitas outras espécies nos oceanos do Cretáceo Superior, um indivíduo morto ou ferido provavelmente seria eliminado por tubarões ( Cretoxyrhina e Squalicorax ).
Então como esse fóssil ficou inteiro?
Há muitas especulações possíveis para explicar isso mas uma boa hipótese pode ser que ele morreu em águas muito rasas, possivelmente tentando pegar esse peixe menor e acabou encalhando. Gradualmente, uma camada de detrito e lama o cobriu, talvez em decorrência de alguma tempestade. Isso permitiu que o animal gradualmente se tornasse pedra até ser descoberto.
Como os tarpões modernos, o Xiphactinus provavelmente passou sua fase juvenil de vida em margens rasas de canais marítimos para proteção e para utilizar ricos recursos alimentares, possivelmente raros em águas marinhas abertas, embora isso precise de confirmação devido à falta de depósitos rasos próximos à costa do Mar Interior Ocidental. Os dentes do espécime juvenil indicam que a dieta de Xiphactinus provavelmente não mudou significativamente durante o seu crescimento, o que implica que mesmo os pequenos espécimes teriam sido predadores comedores de peixes.