Tá aí uma coisa que a gente não vê todo dia: Um crânio de unicórnio.
Parece que acabou de sair de um conto de fadas, mas este veado com um único chifre semelhante a um unicórnio é real, conforme descoberta publicada na National Geographic.
Ele foi abatido por um caçador em Celje, Eslovênia. O cervo apresenta um tipo extremamente raro de deformidade no chifre, provavelmente causada por um ferimento no início do desenvolvimento dos chifres. Esses ferimentos são comuns em cervos e costumam levar a anormalidades no chifre, incluindo galhadas de formato estranho. O chifre anormal neste “unicórnio” esloveno é tão incomum que o cientista Boštjan Pokorny, que verificou a autenticidade do animal, disse que nunca viu nada parecido na natureza. Sabe-se pela base do chifre que o animal morreu já adulto, o que é bem curioso.
Obviamente que os unicórnios são criaturas míticas e lendárias, portanto, achar um é literalmente impossível. Sendo assim, isso é o mais perto que talvez cheguemos de um unicórnio.
Na verdade mesmo, pensando um pouco mais, talvez não. É possível que com a ampliação de nosso conhecimento da engenharia genética, possamos algum dia criar um unicórnio exatamente como os das histórias de fantasia:
Claro que existe toda uma discussão ética aí, se devemos ou não usar o conhecimento do genoma para poder induzir más-formações ao ponto de gerar uma raça de cavalos que sejam exatamente como unicórnios da fantasia.
Existem doenças que podem produzir alterações ósseas em mamíferos sem chifres, como seres humanos. Veja meu post disso aqui.
Entendendo como essa doença pode operar, talvez nos leve a uma capacidade de induzir que nasçam chifres em cavalos. Como a estética do unicórnio (felizmente) é praticamente um tipo já desenvolvido de raça de cavalos (geneticamente feita pelo homem, inclusive) seria preciso partir daí. É melhor que começar do zero, né?
5 Raças de cavalo para criar um Unicórnio
Existe um leque variadíssimo de raças de cavalos no mundo. Alguns se prestariam mais a parecer um unicórnio clássico que outras. As principais características de um unicórnio, eu acredito, são uma crina e uma cauda majestosas. Fora isso, a cor é um fator que também pesa, muito embora unicórnios pretos também apareçam nas histórias de fantasia, e até mesmo cores incomuns poderiam agregar, dando uma aura mística ao animal. Outro fato que acredito que poderia incrementar nosso ser fantástico transgênico seria o tamanho. Um unicórnio monstrão, parrudo e com patas bem pesadonas, seria bem mais legal que uma bostinha magricela e chorona.
Assim, sem mais delongas apresento minhas quatro raças potenciais para um unicórnio transgênico:
1- Raça Percheron
Aqui está uma raça de cavalos que quase “gabarita” todos os fatores que levariam a um bicho saído dos contos de fadas. É grande, dócil, elegante, com porte épico e com grande crina e cauda, além de patas pantufadas.
2- Gipsy Vanner
A raça de cavalos ciganos é também uma promissora matriz para nosso unicórnio. Gerando animais bicolores, com caudas e crinas espetaculares, esses animais certamente se destacariam. Sua visão beira uma aparição fantasmagórica.
3-Akhal-Teke
Esta raça se caracteriza por um incrível brilho metálico em sua pelagem que faz parecer que estamos diante de um tipo de animal místico. O Akhal-Teke uma raça mais conhecida pelo brilho metálico natural de suas pelagens. Mas você sabe o que é responsável por seu brilho característico?
A estrutura do cabelo de Akhal-Tekes é bastante fina e bastante incomum. Seu “brilho” é causado pela pequenez, ou mesmo ausência, do núcleo opaco que fica tipicamente no centro da haste do cabelo. A parte transparente do cabelo, ou medula, ocupa o espaço extra e age como um tubo de fibra ótica, curvando a luz por um lado do cabelo e refratando-a do outro lado.
Quando a maioria das pessoas ouve “Akhal-Teke”, elas provavelmente pensam na cor dourada brilhante arquetípica da raça, apresentada nas fotos abaixo. As cores de pelagem de camurça, palomino, cremello e perlino se enquadram nesta categoria. Mas Akhal-Tekes, na verdade, vêm em uma ampla variedade de cores, variando de um preto que irradia um brilho azul ou roxo a um belo cinza manchado e uma vibrante baía de Mahogany. Uma amostra de cores comuns à raça pode ser vista no site da Akhal-Tekes Association of America aqui .
Apesar do brilho espetacular, sua estética lembra mais um cavalo de corrida, com extremidades delgadas e compridas, meio magrelão demais para um unicórnio de visual clássico.
4-Friesian
Imagina só um cavalão enorme e pretão. É essa uma das mais caras raças de cavalo que existem, chamada Friesian Horse.
5- Belgian Draft
Se como o ditado diz, “tamanho é documento”, então esses genes aqui podem gerar um unicórnio que chega a dar medo. Essa raça levou a escala dos cavalos de trabalho ao seu ponto máximo, gerando o recorde para o maior (não o mais alto) e mais parrudo cavalo que existiu nos tempos modernos. Seu nome era Brooklin (brookie) Supreme, e apesar de seu tamanho, era super calmo e amável. Ele nasceu em 1928.
A questão do chifre
Não faz muito tempo, experimentos genéticos conseguiram implantar certos genes de plantas e até mesmo de uns animais em outros, gerando efeitos curiosos, como o porco que brilha no escuro.
A grande dificuldade que vejo, é como conseguir fazer um chifre que se pareça com os do unicórnio dos contos de fadas, pois ele é baseado na verdade, num dente, e não em um chifre:
Como fazer um dente de cetáceo na testa de um cavalo me parece muito difícil, eu acho que algo relativamente próximo a isso, que poderíamos tentar implantar nos genes do cavalo, seriam chifres de cabras com mutações genéticas. Felizmente, isso já está rolando. Há muitas cabras “unicórnio”.
Esses chifres poderiam resultar mais aceitáveis num cavalo que um galho de veado como na caveirinha ali em cima, que mais parece ter metido a testa na vara do Harry Potter.
Então é isso, vou ficando por aqui, e vamos torcer para que quem sabe um dia alguém com muita grana para gastar queira criar sua própria espécie de animal fantástico. As ideias já estão aí.
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fonte
Cara, a raça numero 4 é o cavalo Frísio, a raça numero 5 é o cavalo Belga.
Isso é complexo de vira lata querer apresentar todos em inglês, se temos o nome em português, deveríamos valorizar mais nosso idioma apesar dos pesares e acabar com essa bobagem de “mindset”, “stakeholder”, “bike”, “design”, “performance”, para todas essas palavras temos correspondências em português, vira latismo puro o uso de estrangeirismos!