As crianças da noite – Parte 27

Leonard estava voltando pela floresta quando ouviu os tiros ecoando na montanha.
Em seu íntimo, ele sabia que algo havia dado errado.
Talvez “errado” não fosse exatamente a palavra. Leonard sabia que tinha dado certo, na verdade.
Ele já havia pressentido a morte de Aesh quando eles tomavam café junto à fogueira. Leonard conseguiu guardar aquele sentimento e não demonstrá-lo. Na hora, ele apenas começou a planejar o que faria dali em diante. Leonard sabia que entregar o amigo para ser morto era algo cruel, mas se viesse para a floresta junto com Aesh Pandraj, os homens viriam no rastro deles. Aí seria pior.

Leonard se espantou com a quantidade de tiros.
-Pobre Aesh… Virou peneira. – Ele disse em voz alta, enquanto trepava numas pedras grandes, cheias de limo.

Leonard estava subindo por uma via perigosa da montanha. Ele precisava se certificar que ficasse numa área bastante remota, de modo que mantivesse seu corpo seguro enquanto realizava a passagem para o espaço da realidade intermediária.

Finalmente, depois de se esgueirar perto de um grande precipício, ele chegou a uma depressão onde caberia deitado e não seria fácil para um leão da montanha o achar. Sem Aesh para ajudar na sua volta, aquela poderia ser sua última viagem. Os riscos eram grandes.

Leonard sentou-se junto à sombra da montanha. Tirou os sapatos antiquados e sentiu o chão úmido sob seus pés. Faltava pouco tempo para a hora da verdade. O eclipse estava prestes a se anunciar.
Com as mãos, ele cavou o solo até chegar a uma pedra. Era uma pedra qualquer, sem nenhuma característica particular. Leonard limpou-a com as mãos e depois com a camisa. Em seguida, ele levou a pedra até a boca onde sussurrou uma série de coisas.

Depois, beijou a pedra, deitou-se no solo e colocou-a sobre sua testa. Fechou os olhos e esperou.
A pedra lentamente começou a se aquecer. Ele ainda sentiu a pedra queimando-lhe o espaço entre os olhos antes de tudo ficar turvo e uma água quente lhe engolfar o corpo.

Leonard estava no fundo. Era escuro e ele não via nada. Estava debaixo d´água. Ele nadou com vontade para a superfície.
Quando chegou à superfície viu o céu escarlate e percebeu que havia dado certo. Ele estava agora no espaço intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Leonard nadou pelo rio, tentando escapar da poderosa correnteza que o puxava para baixo.

Quando pisou em terra firme, viu a areia de grânulos grandes, preta. Era diferente de qualquer areia da Terra. Parecia vulcânica. Ele mesmo nunca antes havia arriscado ir até àquela profundidade de imersão. Leonard já havia lido diversos relatos de membros superiores da ordem que conheciam bem o espaço intermediário, mas a ele nunca foi dada a autorização de ir lá.
Sentiu o vento lhe açoitando. Sentia frio.

Ao longe, nas colinas repletas de uma espécie de grama comprida e de cor verde escura, ele via pessoas vagando. Talvez fossem almas perdidas. Leonard sentia-se um pouco como um peixe fora d´água naquele ambiente. Meteu a mão no casaco e tirou um de seus instrumentos. O aparelho apontou a direção em que devia seguir. Leonard sabia que seguindo naquela direção acharia Marenka, Luma e com uma grande dose de azar, o demônio Leraje.

Enquanto andava pelas colinas cheias daquele mato escuro e de folhas finas que pareciam dançar como se fossem algas, ele viu que uma figura amorfa vinha levitando baixo em direção a ele. Quando a coisa se aproximou, gradualmente começou a assumir uma forma conhecida. Era um homem, magro, que tinha um olhar perdido. Ele olhou através de Leonard.

-Olá irmão. – Disse Leonard.
-Olá. – Respondeu o ser. -Perdido?
-Não, não. Estou indo para um casamento. – Disse ele.
O homem espectral olhou espantado.
-Você não pertence a este lugar. Eu posso sentir sua vibração.
Leonard concordou. Mas continuou a andar.

A criatura veio logo atrás, cheio de perguntas.

-Como você atravessou? Como conseguiu chegar aqui? Eu quero muito sair daqui. Você pode me ajudar?
-A quanto tempo você anda nessas colinas? – Perguntou Leonard.
O ser deu de ombros. Sacudiu a cabeça confuso. -Não consigo medir bem o tempo, irmão. Eu não sei. Estou aqui desde que posso me lembrar. Ando, ando, vez ou outra encontro alguém como eu, também andando, sem saber para onde está indo.
-É triste, mas não posso tirar você daqui.
-Mas como você chegou?
-Eu vim nadando.
-Nadando?
-Sim, pelo rio. – Disse Leonard, apontando para trás.
-Que rio? – Perguntou o homem magro, bastante confuso.
Leonard virou-se para trás e o rio não estava mais lá. Apenas colinas. Colinas sem fim. Todas cobertas com aquele mato que chegava até a altura da canela de um adulto. Ali Leonard percebeu que voltar seria bem mais difícil do que esperava.

-Esquece. Esquece o que eu te falei. Acho que eu também estou perdido. – Disse o velho ao homem magro.
-Já que estamos perdidos, vamos juntos. – Disse o homem, dando tapinhas nas costas de Leonard.

O velho nada disse e apenas andou. O sujeito começou a tagarelar dois minutos depois, mas nada do que ele dizia era importante, de modo que Leonard não deu a mínima.

Ao longe, Leonard podia ver algumas aglomerações de formas humanas vagando em todas as direções. O espaço intermediário era como um grande deserto coberto com o matinho estranho, e o céu sempre num tipo de lusco-fusco entre o dia e a noite, avermelhado, com nuvens densas. As almas ficavam andando ali, sem rumo. Talvez aquilo fosse realmente fazer jus ao termo “alma penada”.
-Não vai me responder? – Perguntou a figura.
-Hã? Responder o que?
-Minha pergunta, ué.
-Perdão, eu não ouvi. O que você perguntou mesmo?
-Como sabe em que direção vai seguir?
-Eu… Eu apenas sei, não é da sua conta, meu caro…
-Afestus. – Ele disse, estendendo a mão.
Leonard apertou a mão rechonchuda do homem enquanto pensava que com um nome daquele, certamente ele estava dando voltas naquele lugar havia alguns séculos.

O sujeito parou de matraquear e pareceu chocado quando no horizonte, atrás de uma enorme colina apareceu uma construção.

-Eu não acredito! Eu não acredito!
-Que foi?
-É que… Essa é a primeira coisa que eu vejo desde… Desde… Não sei. Não me lembro. Vemos! Vamos lá! – Ele gritou correndo na direção do templo. Era um templo de pedra, que se erguia do solo, a pedra escura fazia as duas torres maiores contrastarem com o céu avermelhado.
Leonard não correu, continuou a andar com seu passo firme. Subiu numa colina para ver melhor. De longe ele viu que centenas, talvez milhares de pequenas figuras afluíam para o templo, provindas de todos os lados, como formiguinhas seguindo na direção de um doce.

Leonard olhou seu instrumento e se certificou que ele apontava corretamente. A fonte de energia estava lá. Do alto da colina, ele viu Afestus se distanciando rapidamente. Após uns 500 metros ele começou a perder a forma humana, tornando-se uma espécie de glóbulo que levitava no ar.

Uma mão pesada bateu no ombro de Leonard.

-Foi muita coragem sua. Estou admirado. – A voz falava na antiga língua ancestral.
Era Naberius. Ainda em sua forma de homem-galã-de-hollywood na cor cinza.

-Naberius. -Respondeu Leonard.
-O casamento está prestes a começar. – Ele disse, apontando a enorme construção ao longe.
-Sim… É agora que eu entro em ação.
-Estou aqui para ajudar.
-Não precisa passar atestado de otário, Naberius. Eu sei que você só está aqui para ter certeza que farei minha parte do combinado. -Respondeu Leonard secamente.

Naberius sorriu. Depois, meteu a mão com violência no ombro de Leonard: – Está pronto, vovô?

-Manda ver! – Disse Leonard.

Houve uma súbita ventania e quando a poeira baixou, eles estavam numa sala requintada, toda trabalhada em pedra negra. Eles estavam no interior do templo.

-Só vou até aqui. – Sussurrou Naberius. – Não vou ficar muito tempo senão ele vai sentir minha presença e aí teremos problemas.
-Tudo bem. Mas assim que eu fizer o serviço, como faremos?
-Chame pelo meu nome três vezes e eu te tiro daqui.
-Me tira daqui e…
-E te mando de volta no tempo para o momento que você mentalizar. -Respondeu o homem cinza.

-Perfeito. – Disse Leonard.
Naberius acenou com a mão e sumiu numa sombra escura que se desfez em dois segundos, para dela emergir a ave negra que voou pela janela em direção ao céu vermelho.

Leonard levou a mão até a parte interna do paletó. Tirou a Kuran. A adaga pulsava em sua mão.

Ele andou sorrateiramente, esgueirando-se através de um incontável mundo de câmaras, salas e plataformas. O interior do templo era todo iluminado por archotes nas paredes, mas se localizar era difícil em função das pedras escuras, pretas como ônix.

Leonard estava andando por um longo corredor quando ouviu vozes e passos. Kuran esquentou rapidamente em sua mão e ele sabia que alguma criatura de grande energia estava vindo. Leonard se ocultou atrás de uma estátua.
No fim do corredor surgiram quatro grandes demônios. Vestiam trajes cerimoniais. Na forma eles eram replicas do pequeno diabrete negro de asas pretas, só que enormes e fortes. Um deles eram mais peludo que os demais, indicando uma linhagem diferente. O mais baixo deles devia ter três metros de altura. Eles carregavam caixas grandes de prata.
Passaram reto, sem perceber Leonard oculto nas sombras.

O velho sabia que eles eram serviçais de Leraje e estavam certamente carregando presentes.

Quando os demônios foram embora, Leonard saiu do pequeno espaço atrás do nicho da estátua. Suas costas doíam. – “Não tenho mais idade para essas merdas!” – Pensou.

Ele seguiu adiante, até uma ampla escadaria. Após subir um pouco, ele conseguiu acesso a uma espécie de pátio interno. Foi preciso escalar a parede, aproveitando-se de umas pedras soltas para chegar num platô superior onde poderia se ocultar. Ali Leonard podia ver as figuras chegando. Havia musica. Um pequeno grupo de homens tocava musica de câmara. Era “In nomine trough”, de Alfonso Ferrabosco, compositor italiano do século VI.

O interior do salão, homens, mulheres e seres estranhos se misturavam, andando de um lado a outro. A maioria se vestia de modo antiquado. Muitos estavam vestidos com roupas da renascença.
Leonard sentiu Kuran esquentando em seu bolso, indicação de que algo estava para acontecer. Quando a musica de ferrabosco acabou, todos os convidados se viraram na direção dele. Olhavam para baixo, onde uma porta enorme de ferro oxidado estalou e se abriu. Uma forte luz inundou o salão iluminado com velas e archotes. Leonard estava abaixado sobre o platô e viu quando todos os convidados fizeram uma reverência, baixando suas cabeças.

Ali estava ela. Era linda. Uma mulher lindíssima, talvez a mais bonita mulher que Leonard já havia visto em toda sua vida. Luma estava vestida com um traje vermelho sangue. Ela era acompanhada de um séquito de Ljuvbnas decrépitas, enfiadas em seus mantos cerimoniais.

Luma caminhou até o centro do salão. O grupo começou a tocar uma nova musica, essa desconhecida. pelos acordes incomuns e dissonantes, Leonard concluiu que talvez fosse algum ino do submundo.
Dois daqueles demônios altos e escuros, com asas de pássaro se aproximaram de outro portão. Os demônios levantaram estranhas conchas de onde pendiam fitas metálicas. Eles tocaram aquilo como se fossem cornetas e um estranho e pesado som ecoou na sala, anunciando a chegada de leraje. Todos ali dentro se ajoelharam quando o portão se abriu.

Surgiram dezenas de seres disformes. A aparência de cada um deles era digna de um pesadelo. Do meio deles, veio uma abominação horrível. O corpo era de um homem alto e magro, com braços e pernas ridiculamente desproporcionais. Mas o que chamava mais a atenção era sua cabeça, que simplesmente não estava lá. Era somente uma espécie de tripa comprida que ia afinando, sem olhos, sem boca nem nariz. Onde devia haver uma cabeça estava um tipo de tentáculo horrível, cuja ponta ficava se mexendo como uma cobra.

Aquela coisa andou na direção de Luma. Todos ainda estavam em silêncio, abaixados em referência solene. Leonard revisou sua promessa de não matar Leraje. Com aquela aparência assustadora ele merecia a morte da pior forma.

A coisa estendeu sua mão comprida e enorme e ela engolfou a pequena e delicada mão da mulher.

Os convidados se levantaram e cercaram os dois.

Leonard puxou a Kuran do bolso. Colocou a lâmina brilhante perto dos lábios e sussurrou: – Encontre o coração dela!

Uma voz ameaçadora e sinistra falando numa língua desconhecida começou a emanar daquela monstruosidade no centro do salão. Era tão aterrador que Leonard que já havia passado poucas e boas na vida ficou com medo.

Mas ele não podia deixar o casamento se concretizar. O salão era aberto e Leonard viu quando todos olharam para cima e gradualmente um buraco nas espessas nuvens avermelhadas se abriu acima deles. A lua gradualmente se tornava vermelha. Era o Eclipse chegando ao ápice.

Leonard se levantou torcendo para não ser visto. Aproveitando que todos olhavam para a lua no céu ele lançou a adaga com toda sua força. Como que atingida por uma energia invisível, a adaga girou no ar numa manobra inusitada e desceu como um raio direto no meio do peito de Luma. A moça soltou um rugido gutural quando a adaga penetrou-lhe o vestido e a carne, aprofundando-se até o metal frio tocar seu coração.
Ali mesmo ela tombou, diante da horrenda abominação chamada Leraje e seus convidados com roupas antigas. Os músicos pararam de tocar, as Ljuvbnas começaram a gritar, histéricas, saltando umas sobre as outras como insetos acuados.

A lâmina se enterrou mais e mais. O corpo de Luma convulsionava violentamente no chão de pedra escura. Leraje fez menção de puxar a adaga, mas como que tomado de uma repentina surpresa parou aquela disforme mão no ar, sem tocar a lâmina.
O corpo de Luma incendiou-se numa explosão de chamas que começaram a consumir a carne. A pele virava brasa sob o vestido, liberando o cheiro azedo e desagradável no ar.

Leonard assistia ao tenebroso espetáculo de morte do alto do ressalto no segundo andar, oculto pela laje de pedra. Mas quando a lâmina se desgrudou do corpo e levitou no ar, todos, incluindo os demônios, acompanharam estupefatos seu vôo lento, até parar na mão de Leonard.
A lâmina estava geladíssima. Havia tragado mais uma entidade.
As Ljuvbnas começaram a gritar horrivelmente apontando para ele. Leraje moveu-se como que tomado de uma fúria. A fúria do demônio era tamanha que um pulso de força explodiu dele, num ruído avassalador, que jogou longe todo aquele séquito de babacas e puxa-sacos do espaço intermediário. Um grito como um trovão fez tremer todas as pedras daquele enorme templo.

Leonard capotou no ar do alto da laje quando o impacto da onda de choque o atingiu. Ele se levantou e correu o mais que pôde, tentando evitar os caminhos mais óbvios. Ele sabia que um volume enorme de seres nada amigáveis iria vir atrás dele, apenas para esmagá-lo lentamente afim de agradar o poderoso marquês do inferno.

-Naberius! Naberius! Naberius! – Leonard gritou. Mas nada aconteceu.

Ele tentou quatro, cinco vezes o chamado, mas nada acontecia.

Se viu encurralado pelas criaturas horríveis, que urravam e babavam atrás dele. Na fuga, acabou por escolher mal o caminho, e agora estava no fim de um longo corredor sem saída que terminava numa fonte de sangue que jorrava de uma estátua de uma cabra de ouro.

As criaturas pararam do outro lado, hesitando, quando Leonard sacou a Kuran e apontou para eles. Leonard estava pronto para ver “o circo pegar fogo”. Mas não iria perder essa jogada sem levar pelo menos uma meia duzia daquelas criaturas desgraçadas com ele.

-Quem vai ser o primeiro? – Ele gritou, nervoso. Seu coração parecia que ia explodir no peito.

Os seres deram passagem e lá do outro lado surgiu Leraje, com sua cabeça que mais parecia um tentáculo.

Houve um tenebroso silêncio quando Leraje lentamente avançou de um jeito esquisito em direção a Leonard. Todos ali esperavam para ver o que iria acontecer.

“Maldito Naberius! Desgraçado! Como pude ser tão trouxa de acreditar num demônio?” – Leonard pensou enquanto a Kuran gradualmente se aquecia em sua mão.

-È agora! É o tudo ou nada, seu feioso do caralho! – Leonard gritou.

CONTINUA

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Não entendi Philippi….
    Se da primeira vez que Leonard se encontrou com Naberius, ele se sentia jovem por não ter o peso do corpo carnal, por que dessa vez ele sentiu dor nas costas, e disse não ter mais idade pra isso??? Rs
    Mas fora essa minha inconveniente observação, esta ficando cada vez melhor:)
    Parabéns ????????

    • Dy yasashi, esta realmente bom não é? Vou dar um pitaco sobre a tua pergunta pro Ph…

      Talvez a sensação possa mudar de acordo com o plano espiritual em que a consciência da pessoa se encontre… daquela vez, pelo que me pareceu foi num plano espiritual diferente… hehehe

      Abraços, ta show em Philippi

    • A dimensão astral em que ele se encontra com Naberius é uma dimensão diferente do plano intermediário. No plano intermediário ele está mais perto da matéria. Ele tem mais matéria no intermediário.

  2. Philipe, concordo com o Dhiego aí em cima, também espero que A Caixa e As Crianças da Noite virem livros (e quem sabe um prequel chamado A Busca de Kuran?). O conto fica cada vez melhor a cada capítulo, preciso descobrir como escrever otimamente assim)

  3. Gente, perdoem me o PARABÉNS com interrogação
    Meu teclado aqui no Japão as vezes me prega umas peças …. Q vergonha …. Só vi agora afff ????

  4. Kkkkkk acabei de descobrir oq é.
    São os que chamamos aqui de “emoji” ou os emotions, td vez q eu por um vai aparecer interrogação …. Rs

  5. Philipi como vc consegue essas imagens? Do lareje. Dos caras que mataram o Aesh? Todas essas imagens. Vc pega do google imagens ou elabora, sempre quis saber

  6. Ei Philipe, como você protege seus escritos de cópia?
    Supostamente você deve registrar, mas registrar um conto que está sendo publicado em fragmentos não parece ser uma opção viável.

    Por curiosidade, diga me o que impossibilita alguém(fdp cabeça de vento) criar um blog e postar seus textos de propriedade criativa e não mencionar o verdadeiro autor, bem como a fonte.

    Obrigado. Obs.: Não sou um fdp cabeça de vento.

    • Diariamente, tem gente copiando texto meu. Já até recebi textos meus por email como sendo do LF Veríssimo.
      O que acontece é que se por ventura alguém copiar (e é bem fácil descobrir porque existem sites como copyscape e programas para tal) meu texto e publicá-los, na forma de plagio, eu posso meter um processo tão gostoso no infeliz que ele nunca mais vai fazer isso de novo.
      Eu já processei pessoas por violação de direitos autorais e uso indevido de material.
      Os contos, são um caso à parte, porque depois de terminados, eu os registro na Fundação Biblioteca Nacional, no Ministério da Cultura. Mas em tese nem precisa disso, já em que em caso de disputa judicial acerca de autoria, o juiz determina que o perito verifique quem publicou antes, e é relativamente simples descobrir isso. Não obstante, é fácil para um juiz perceber quem é o verdadeiro autor de um texto, (pelo menos no meu caso) porque meu estilo de escrita é bem conhecido, o blog tem muita visita, eu já fui até no Jô, tenho vários livros publicados e tal. Aí o suposto larápio de conteúdo vai ter o que para justificar? Árvores que dão um só fruto são suspeitas.
      Por fim, esse tipo de “malandragem” não é vantajoso no custo-benefício. Isso porque contos dão pouco ibope na internet. O cara que copia para tentar faturar com o conteúdo alheio quer conteúdo que dê retorno. Se ele copia meu site e coloca um adsense, por exemplo, eu denuncio ele e o adsense bane a conta do cara. Só de copiar ele já se fode, porque o algoritimo do Google detecta texto chupado dos outros e já baixa o valor do site, com isso ele vai pro fundo da listagem. No fim das contas, dá muito trabalho para pouco retorno e o cara vai preferir outro tipo de roubo de conteúdo. Por ex: Matéria sobre os BBBs da moda.

      • Obrigado por responder.
        Aliás, seus contos são muitos bons. Espero que um dia você seja uma espécie de Stephen king brasileiro.

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