De todas as alterações da mente, as alucinações são um prato cheio.
As alucinações liliputianas então, são sensacionais. Elas tem este nome, porque como você entenderá mais tarde, se baseiam na história de Gulliver, escrita por Swift. ( Vai, puxa pela memória aí. Gulliver era aquele garoto que sobreviveu a um naufrágio e foi parar numa ilha. Ao acordar, viu-se cercado de milhares de homenzinhos minúsculos que o amarraram, mas depois ele ficou amigo dos homenzinhos e foi tratado como um gigante…)
Uma alucinação liliputiana é basicamente assim:
O paciente acordou e ao olhar no canto da parede, viu estupefato, que ali estavam dois pequeninos homenzinhos a olhar para ele e acenar. O paciente acenou de volta pra eles, embora não entendesse como dois homens poderiam ser tão minúsculos, com dois centímetros de altura apenas. No decorrer dos dias, o paciente começa a desenvolver uma relação com os homenzinhos, que agora começam a trazer mais e mais pequenos seres para vê-lo. Em alguns casos, o paciente se alegra ao ver os homenzinhos fazerem acrobacias e palhaçadas. Com o tempo, o paceiente descobre que os homenzinhos saem de uma pequena fresta na parde, por onde uma tomada em curto havia sido arrancada. (os homenzinhos geralmente são descritos saindo de buracos, fendas, rachaduras ou portinholas minúsculas que simplesmente surgem do nada.)
As alterações liliputianas são dotadas de uma coloração intensa, como se a redução do tamanho dos seres implicasse em uma maior saturação dos tons, mas isso não impede a sensação de realismo, que é altíssima, com os homenzinhos obedecendo princípios de perspectiva, relevo, iluminação… O comportamento dos homenzinhos em geral é afetado, teatral. Com um certo ar cerimonial e circense.
Na grande maioria das vezes, a alucinação liliputiana não inclui um grau de interação alto entre o paciente e os homenzinhos da visão, sendo apenas limitado a observação e contemplação. Eventualmente um diálogo. Na maioria das vezes, não se entende o que os homenzinhos dizem por ser baixo demais ou em uma língua desconhecida. No geral, relacionam-se por sinais.
Se eu tivesse que sofrer uma alucinação sem dúvida eu gostaria que fosse esta.
Bom, você deve estar se perguntando que diabo de maluquice é essa que me deu de escrever sobre uma alteração mental. Explico: Eu estive pensando nos Smurfs.
E aí caiu a ficha! Gargamel é um portador de uma psicopatologia! Ele sofre das alucinações liliputianas e vê os Smurfs. Acredita tanto nas visões, que acha que pode comê-los. A obsessão de Gargamel – um velho idoso da idade média, que vive com um gato numa ruína decadente em meio a uma floresta, algo que já sugere algum tipo de demência ou patologia antisocial – pelas criaturas, pode se dever em parte pela característica de sobrecarregar cromaticamente a aparência dos seres, dando-lhes cores azuladas que pareceriam apetitosas como frutas a alguém que nunca comeu nada muito colorido.
Então está explicado a razão por trás dos Smurfs. É a alucinação liliputiana!
Alucinações Liliputianas
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É. Felipe. Vc não mudou nada… =)
Até hoje lembro do carrinho de compras assassino.
Hahaha. Cara eu tenho isso ainda. Se der um dia eu vou digitalizar e colocar na internet.
Nada a ver…
https://www.youtube.com/watch?v=KEuyj7IfJSM
veja essa palestra e outras explicações do pesquisador William Crookes sobre o ectoplasma e verás que não tem nada de alucinação meus amigos…