A visão do Gato e a psicovisão humana

Num só post, duas estranhas condições de visão que poderão de te deixar chocado

Estou com este post aqui para unir duas coisas completamente gumps que tive acesso recentemente e que me deixaram ligeiramente chocado. Talvez você se impressione com o que verá aqui no Mundo Gump hoje. Vamos lá:

A visão do gato

Há um documentário chamado Technocalyps, que é de 2006, portanto, bem velho do ponto de vista tecnológico. O documentário trata das inovações tecnológicas em curso no período para a modificação da humanidade de modo a transcender os limites humanos. Até aí beleza, mas há uma parte desse documentário que mostra uma muito interessante experiência sendo realizada na universidade de Bekeley pela cientista Yang Dan. Basicamente, o que ela estava tentando – e conseguindo – na época, era colocar um circuito elétrico neurocerebral num gato, e com isso puxar, acredite se quiser, um feed de video em tempo real da visão do gato.

Sim, ela estava basicamente convertendo um bicho numa webcam. Parece aquele tipo de experiência bizarra que veríamos ser feita por Dr. Frankenstein ou pelo Dr. Morreau. Mas é mundo real, em Berkeley. Fiquei intrigado ao ponto de ir ver se não se tratava de um Mockumentary, como os dos dragões e das sereias, mas realmente, a Doutora Yang Dan é de verdade, e genial.
Seu trabalho fez um grande avanço para a compreensão de como os circuitos cerebrais podem ser implantados e afetar diretamente a mecânica elétrica sobre o corpo, o que poderá vir a fazer cegos voltarem a ver e paralíticos saírem andando em algum ponto do futuro.
É muito curioso pensar nisso e ao mesmo tempo lembrar das pesquisas de remoção de objetos anômalos encontradas no corpo (às vezes no cérebro) de pessoas abduzidas. Com base nos relatos do Dr. Roger Leir, que extraiu e examinou em laboratório diversos desses objetos, notamos algumas similaridades intrigantes. Esses objetos anômalos que se convencionou chamar na ufologia de “implantes” costumam ter uma série de similaridades com os circuitos cerebrais de Yang Dan:

Um implante removido com seu feixe de filamentos vistas num microscópio eletrônico

Eles costumavam ser de núcleo metálico, apresentando características de materiais incomuns e cristalizações só encontradas em meteoritos. Esses objetos eram geralmente recobertos de uma carapaça de material biológico na cor cinza, como um tipo de revestimento. Desse revestimento biológico saiam diminutos “filamentos”, como feixes nervosos que adentravam pelo corpo do paciente. Um dado peculiar, é que mesmo com o paciente sedado, um único toque de instrumento cirúrgico nesses filamentos provocava uma impressionante relação corporal, com um espasmo profundo no corpo do paciente sob anestesia geral. Esse fato incomum é descrito algumas vezes no livro causando curiosidade médica no Dr. Leir, pois com o paciente anestesiado, não deveria haver reação, e isso indicaria que o implante estaria ligado diretamente ao centro nervoso do paciente, induzindo corrente elétrica. Por que motivo? Como? Pra que? Essas respostas ficaram em aberto até a morte de Leir.

A imagem mostra as capsulas de material orgânico e o objeto de núcleo metálico de composição incomum encontrados em dezenas de pacientes com histórico de relatos de abdução.

Ainda na seara do inexplicável e misterioso, saltaremos para o próximo item esquisito deste post. Esse é tão gump que se houvesse um, mereceria um selinho de qualidade chamado “eu não acredito”:

A psicovisão humana

 

Você ficaria realmente impressionado se soubesse os resultados de algumas pesquisas científicas de natureza incomum. Estamos habituados com um mundo calcado num certo grau de materialismo que parece avesso a uma ideia de que a consciência não está diretamente ligada aos processos físicos e químicos do corpo humano.
Estudos de psicovisão já existem há muito tempo, tendo sido usados até mesmo pela CIA e KGB durante a Guerra fria. Há casos comprovados do uso de psicovisão usados para auxiliar as autoridades a desvendar crimes nos Estados Unidos, sob a alcunha de “visão remota”.
A psicovisão e a visão remota parecem apontar para algum tipo de faculdade psíquica capaz de produzir uma experiência sensorial desligada dos inputs físicos. Assim, por exemplo num famoso caso de visão remota, um empregado da CIA pôde desenhar em detalhes uma base de fabricação oculta na Rússia e detalhar inclusive aspectos técnicos de um submarino nuclear.
Enquanto a visão remota pressupõe a capacidade da consciência de se desprender em relação ao espaço e levar o individuo a saber coisas que não há outra forma sem ir lá fisicamente, a psicovisão é a mesma coisa, sendo aplicada mais localmente. Nesse contexto, cegos conseguiriam ver e até mesmo crianças vendadas treinadas na técnica conseguem ler livros que nunca viram antes de olhos vendados.
Essas pesquisas ocorreram inclusive aqui mesmo no Brasil. Eu tenho um amigo que foi cobaia de experimentos dessa natureza em sua infância. Ainda hoje elas são levadas a cabo e um documentário interessante sobre a psicovisão pode ser visto aqui mesmo:

Evidentemente que são alegações extraordinárias, e portanto requerem provas extraordinárias para que se aceite. Como os resultados da visão remota são vagos o suficiente para serem acusadas e “acaso” ou melhor ainda “bullshit” como dizem céticos na linha Pen & Teller, a psicovisão poderia ser um simples truque de mágica?
Talvez sim, mas ao que parece é também psicovisão que as forças militares da Indonésia treinam para combater no escuro e existe inclusive uma arte marcial local chamada Merpati Putih que usa um método de “vibravision” onde podemos ver aqui crianças treinando:

Tem gente andando de moto de olhos vendados e o caramba.

Há quem diga que isso pode ser charlatanismo? Sempre há, porque é preciso mostrar empiricamente que o cérebro pode receber inputs externos de maneira não linear-material.

Em diferentes lugares do mundo há tentativas de desenvolver isso. Uma delas é a técnica chamada Infovision, que pode ser vista aqui:

Qualquer um poderia alegar que tudo isso se baseia num mix de estelionato com crendices e falhas metodológicas, mas aparentemente, esse é só o início do processo, e o infovision vem sendo estudado de modo mais rigoroso com o passar dos anos, conforme os usuários vão se aperfeiçoando.

Aqui podemos ver o processo pelo qual esse estudo é feito. Nesse processo os participantes tentam realizar experimentos de infovision ao mesmo tempo que se submetem a um eletroencefalograma EEG. Dessa forma suas ondas cerebrais são medidas e quantificadas em gráficos de tempo real.
O paciente é solicitado a imaginar números na tela e novamente, suas ondas cerebrais apenas imaginando números são armazenadas.
Então esse indivíduo vê uma sequencia de números numa tela e o computador grava as ondas cerebrais durante essa leitura de olhos abertos. Na etapa seguinte, uma mascara é usada, contendo sobre cada olho uma câmera, apontada para o olho do paciente. A mascara é verificada para não passar nenhuma luz. As microcâmaras internas permitem monitorar a dilatação da pupila e também determinam a direção dos olhos, que comprova que o paciente não estará olhando para a tela de números de forma direta durante o teste.
Um sistema randômico embaralha os números no monitor e agora, sem enxergar, e sendo monitorado pelas câmeras internas da mascara e o EEG o paciente tenta ler os números com psicovisão.
O passo seguinte resumo a comparar os scores de acertos e comparar também o gráfico de leitura.
A análise comparativa entre os gráficos permite inferir se o paciente de fato está lendo números ou está imaginando os números e acertando por sorte. Como até onde se sabe é improvável que os pacientes fraudem suas próprias ondas cerebrais, o experimento leva a crer que de fato, algum grau de psicovisão poderá ser demonstrada empiricamente na conclusão das pesquisas.
Nota-se que durante o experimento o gráfico de ondas do tipo alpha são muito altas, apontando que pode ser daí que provém a fonte de informação para a consciência.

 

O mágico James Randi era um ferrenho defensor da inviabilidade da visão remota: “pura bobagem”

É importante observar que até o momento, não há evidência científica de que a visão remota exista, e o tópico da visão remota é geralmente considerado pseudociência por muitos cientistas cujo materialismo forma a base do seu enquadre epistemológico. Apesar de tais considerações estão fatos históricos: A visão remota foi popularizada na década de 1990 com a desclassificação de certos documentos relacionados ao Projeto Stargate , um programa de pesquisa de US $ 20 milhões que havia começado em 1975 e foi patrocinado pelo governo dos Estados Unidos , em uma tentativa de determinar qualquer aplicação militar potencial de fenômenos psíquicos. Alega-se que tal programa foi encerrado em 1995, sendo que esse “encerrado” como já vimos em muitos casos, se resume a mudanças de siglas ou codinomes e trocas de órgãos de pesquisa/instalações. A justificativa dada à imprensa na época foi que a visão remota não havia se provado de fato proveitosa pois “nenhum dado de inteligência utilizável foi produzido no programa”, mas conforme investigação posterior publicada revista Time,  em 1995  três médiuns em tempo integral ainda estavam trabalhando com US $ 500.000 de orçamento anual em Fort Meade , Maryland depois do “fim” do Stargate.

Após o exposto o projeto foi fechado e não se sabe se acabou mesmo ou ainda continua em algum outro lugar do governo.
No Reino Unido, entre 2001 e 2002 pesquisas desse tipo também usando scanners EEG foram realizadas, mas as pesquisas foram curiosamente abandonadas e não analisadas a fundo, e os dados só vieram a publico após pressão e um pedido de liberdade de informação no Reino Unido.

 

Evidências anedóticas

 

As evidências anedóticas são algo que os defensores da Hipótese extraterrestre para o fenômeno dos ufos volta e meia acabam se deparando em momentos de sua pesquisa. Os céticos costumam argumentar que evidências anedóticas não são capazes de provar que algo é real ou não, mesmo quando essas evidências são muito, muito fortes. A evidência anedótica quando usada como evidência formal, é considerada uma falácia (argumentação logicamente inconsistente).

É mais ou menos como estão os casos e visão remota hoje, uma vez que muitos deles beiram outra potencial questão parapsicológica que é a clarividência e também a projeção astral.
De fato, as evidências anedóticas não tem peso científico por sua dificuldade da falseabilidade e exame por pares e também por poderem induzir a compreensões erradas em dados estatísticos.  Entretanto, nas investigações criminais todas evidências são usadas e qualquer coisa que leve a elucidação de casos poderá ser usada desde que produza resultado que leve a elucidação do mistério de maneira científica a posteriori.
Há um numero bem expressivo de casos de videntes ajudando a polícia em casos até então insolúveis. Enquanto a justiça se beneficia dessas condições incomuns, talvez até sobrenaturais, em paralelo, o volume dessas evidências anedóticas parece apontar para algum tipo palpável e quantificável de casos de visão remota que poderão ser levadas em conta na tentativa de compreensão da psicovisão. Entre os muitos casos do tipo, há um caso bem curioso disso é um caso de visão remota tão incrível, que  levou à prisão… do médium.

Caso Melaine Uribe: Marcas de um crime

Em 1981, a vidente Etta Smith realizou uma visão remota para encontrar uma mulher desaparecida chamada Melaine Uribe. Após um tempo tentando, ela teve uma visão envolvendo a mulher, que estava recentemente desaparecida. Sua visão foi tão nítida, que a médium em vez de recorrer à polícia – e ser ignorada, como eventualmente acontecia- Saiu a campo ela própria a procurar o corpo… E o encontrou!

Etta Smith foi presa e acusada do assassinato de Melaine pela polícia, que não acreditou na história da visão remota, afinal, como assim alguém do nada, que não tinha nada a ver com a história saberia o local onde o corpo foi ocultado?
Por sorte, a medium foi libertada depois que o verdadeiro assassino confessou o crime.

O caso John List: A visão remota estava certa

Quando Patricia List, de 16 anos, não apareceu na escola em novembro de 1971, sua professora relatou seu desaparecimento. A polícia foi à casa de List em Nova Jersey e encontrou a família inteira morta, exceto o patriarca, John, que havia desaparecido e deixado uma nota de confissão. List de alguma forma escapou da polícia por quase duas décadas antes que o detetive Jeffrey Hummel, que trabalhou no caso, buscasse a ajuda da psíquica Elizabeth Lerner. Lerner usou visão remota e localizou o cara com precisão incrível.  Segundo a visão de Lerner,  List estava na companhia de uma mulher na Virgínia, num local específico. O mesmo local onde List acabou sendo encontrado e levado à justiça.

 

O caso Nell Cropsey – O erro que estava certo


Aqui está outro caso curioso de visão remota. Em 1901, quando Nell Cropsey, de 19 anos, desapareceu em algum lugar perto de sua casa na Carolina do Norte, e a polícia se viu num beco sem saída, foi necessária a intervenção de um vidente, chamado Snell Newman, para desvendar o caso. Newman realizou uma visão remota na tentativa de achar Nell. Logo ele teve uma visão, não somente do local do corpo, mas em paralelo uma espécie de clarividência, onde soube que o namorado de Nell a havia assassinado sedando-a com clorofórmio e depois jogando-a em um poço.
A polícia foi ao local e não achou o corpo no poço. Parecia um erro da vidência até que seu corpo foi recuperado em um rio… que depois se viu que estava conectado a esse poço. O namorado foi levado à justiça.

Seja como for, é fato de que a psicovisão precisa ainda se materializar de modo inequívoco como um fenômeno real. Há de fato muito mistérios envolvendo o assunto, conspirações, paranormalidade, ceticismo, fronteiras da ciência, aliens, e etc e tal.

Se há um post no Mundo Gump capaz de reunir num mesmo texto tudo isso, acho que foi esse.

 fonte

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Muito bom já conhecia também existe além do merpati puti e do sistema russo Infovision existe o sistema indiano https://youtu.be/AuVipYyR23E Faça um post também sobre método alternativo cura do câncer Método kovacsik minha esposa se curou com ele depois dos três fracassos com quimioterapia

  2. Porra! Tô ??? com tudo isso. Também to muito feliz em ter encontrado teu blog! Sensacional, tanto teu conteúdo super bem elaborado, sem excessos, mas muito rico, quanto teu modo de contar. Senti que estávamos conversando pessoalmente.

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