Existem maquinas de auto-serviço de tudo que você puder imaginar: Livros, pipoca, revistas, balas, doces, biscoitos, café, sorvete, algodão doce e até calcinha usada. Dentro desse universo em que o auto-serviço vai se tornando cada vez mais comum por todos os lados, não é de se espantar que alguém teria uma ideia de colocar animais para vender assim.
A maquina de vender gatinhos
Você vem passando, vê um bichinho que gosta numa dessas caixas, paga digita o numero da câmara e uma portinhola se abre e o bicho sai.
Recentemente, as imagens dessas máquinas automáticas que vendem animais vivos, como gatos, cães pequenos e roedores, geraram alguma comoção nas redes sociais. Essas máquinas foram instaladas em várias cidades da China e têm levantado debates acalorados sobre a ética desse tipo de comércio.
Os avanços tecnológicos dos últimos dez anos impulsionaram uma economia automatizada que vem se expandindo por diversos setores ao redor do mundo. No entanto, parece haver certas áreas que ainda resistem à ideia de um serviço totalmente automatizado. Uma dessas áreas é a venda de animais de estimação, considerada até então pouco adequada para esse modelo de negócios. Mas, na China, um país que não é dos mais famosos por seu respeito à vida animal, seja ela qual for, essa perspectiva vem mudando rapidamente com o surgimento de mais e mais dessas máquinas dispensadoras de pets vivos.
Um vídeo que mostra uma dessas máquinas em uma área movimentada de Pequim se espalhou pelas redes sociais chinesas e provocou um debate intenso. As imagens mostravam gatos acomodados em pequenos espaços, apenas grandes o suficiente para que pudessem se mover, separados do mundo exterior apenas por uma porta transparente. A máquina foi divulgada como a primeira do seu tipo na China, mas logo surgiram relatos de dispositivos similares em outras cidades. Anúncios online e outras reportagens confirmaram a existência de mais máquinas do gênero.
Embora os animais no vídeo não demonstrassem sinais visíveis de angústia ou doença, comentários no Weibo, uma rede social chinesa, mencionaram casos de animais adoecidos e até mortos em decorrência de maus-tratos e negligência.
Um usuário no Weibo expressou sua indignação, questionando a humanidade daqueles que tratam outros seres vivos dessa forma.
“Desde criança, fui ensinado a ser gentil. Se não é capaz disso, ao menos deveria ter uma consciência básica. Essas pessoas realmente podem ser consideradas humanas?”
Outro comentário lamentava a falta de respeito pela vida, refletindo o sentimento de muitos que se depararam com as imagens:
“Este país não tem o respeito básico pela vida!”
Essa prática controversa certamente continuará a provocar debates sobre onde traçamos a linha entre a conveniência tecnológica e a ética no trato com a vida animal.
Fica o questionamento.