Estranha obsessão parte 4

Arnaldo paralizou.

No carro, Carlos também estava estupefato olhando para o celular no viva-voz. Ele simplesmente não podia acreditar que Yara tinha mandado essa direta na cara do alien.
Passaram-se alguns segundos interminaveis em que Arnaldo ficou segurando a tulipa do outro lado da mesa. Yara esperava ver alguma reação mas não imaginava que sua pergunta travaria Arnaldo daquele jeito.

O clima ficou pesado.
Yara então soltou uma sonora gargalhada.
Ainda em silêncio, sem tirar os olhos azuis de Yara, Arnaldo levou o chopp à boca e deu uma nova golada.

Nervosa, Yara mamou metade da tulipa que tinha nas mãos.
Dessa fez foi Arnaldo que rompeu o silêncio.
-Você parece nervosa, dona Yara.
-Hã? Não, não… Dona? Com todo respeito, Arnaldo, “dona” é o caralho!

Arnaldo sorriu pela primeira vez com uma leve espontaneidade.

-Mas e aí? Me conta alguma coisa, pô.
-Que coisa?
-Ah, sei lá, Arnaldo… Da sua família… Como era o nome da sua mãe?
-Olívia. – Ele disse laconicamente.

Na mesma hora, do outro lado da rua, Carlos abriu a pasta, sacou os papeis copiados do RH. Ali estava a prova cabal! O nome da mãe de Arnaldo que constava no documento era Maria Efigênia. Enquanto isso, a conversa continuava no bar do Joaquim.

-E de onde você é?
-Do… Interior. – Ele respondeu. Parecia falso, estava mentindo. E ela percebeu. Mas fingiu ser apenas um interesse blasé para quebrar o gelo.
Algo ali estava começando a incomodar profundamente Yara. Em alguns momentos, ele cravava os olhos nela e parecia conseguir ver através dela. Foi num desses momentos em que Yara olhou o relógio.
-Sabe, Arnaldo… Tá na minha hora. Vou ter que dar no pé, que hoje a noite tem um filme bom na tevê a cabo!

-Ok. – Ele disse. Sacou duas notas altas do bolso do paletó sem olhar.
-Não não… Eu pago. – Ela disse, abrindo a carteira.
-Negativo! – Ele respondeu, segurando a mão dela com aquela mão fria.

Yara perdeu o fôlego. Arnaldo tornava-se cada vez mais assustadoramente artificial.
-Tu-tudo bem… – Ela disse, guardando as notas no bolso. E emendou – Na próxima a conta é minha, hein?

O garçom trouxe o troco ela despediu-se com beijinhos. Deus sabe a sensação horrivel que ela sentiu em abraçar aquele cara.

Ela atravessou a rua, indo embora na direção oposta a de Arnaldo.
Do carro, atrás da Banca, Carlos não tirava os olhos dele.
Quando Arnaldo saiu do campo de visão, Carlos se virou para Yara. Ela estava na outra esquina, fazendo sinal.
Carlos acelerou e rapidamente chegou até ela. Yara abriu a porta e entrou falando. Carlos saiu cantando peneu.

-Menino ó! Tô tremendo. Você ouviu? Deu pra ouvir bem Cacá?
-Ouvi. Você e maluca! Perguntar de que planeta ele veio??? Porra!
Yara riu.
-Eu tinha que fazer isso. Não consegui me conter.
-E a reação? Deu um silêncio. O que ele disse?
-Não foi o celular. Ele não disse nada. Ficou me olhando daquele jeito dele.
-Quem cala consente, você sabe…
-Cacá, porque você tá dirigindo tão depressa?
-Tenho que pegar o outro quarteirão. Senão a gente perde ele!
-Hã?
-Ele mentiu. O Nome da mãe dele é maria Efigênia.
-Ele disse que era Olívia.
-Ele não tem mãe. O nome é inventado! Aí! – Disse Carlos pegando a folha amssada no alto do painel e passando para Yara
-Santo Deus… Tá. Mas calma. E se ele não for, sei lá, um alien, mas algum tipo de agente secreto?
-Hã?
-É, meu! …E se ele é um russo, um gringo aí qualquer. Do Mossad? Um cara infiltrado. Vai que fizeram uma lavagem cerebral em você, Cacá. Os caras do governo são capazes dessas merdas e disfarçar suas intenções com esses lances de demônios, aliens e chupacabras deve ser um bom negócio.
-Eu vi ele na nave, porra! Quantas vezes vou ter que repetir?
-Pode ter sido sonho. Ele é estranho, vc pode ter percebido isso inconscientemente e nem se deu conta… Seu cérebro pegou isso e colocou ele lá no seu… Delírio de abdução.
-Porra, Yara!
-Ah, sei lá. Mil dúvidas aqui na minha cabeça, né Cacá? E o que a gente faz agora?
-Vamos seguir ele! -Disse Carlos, agarrando firmemente o volante, inclinando o corpo para frente.
-Hã? Tá maluco?
-É… ó. Ele errou o nome da mãe. O endereço dele é fajuto, lógico. Vamos ver então para onde que ele vai!
-Humm. Tá… Faz sentido. Vamos! Mas a gente não pode dar mole, Cacá.
-Cadê ele? Devia estar por aqui…
-Alá!
-Onde?
-Lá em baixo, perto daquela loja.
-Porra ele anda rápido pra caramba!
-Rapido não, Zé Ruela! Você que deu aquele voltão enorme lá atrás. Era só pegar aquela travessinha ali, perto do cinema pornô…
-Ok, Ok!
-Bora, Cacá! Pisa nessa lata véia aí! – Berrou Yara, apontando.

Carlos acelerou. Os dois estavam indo na cola de Arnaldo, que andava sem imaginar que estava sendo seguido. Arnaldo andou e então parou subitamente. Ali parou, ali ficou. Estancado, na beira da calçada.
– Fudeu! Acho que ele viu a gente. -Disse Yara.
-Relaxa. Acho que não viu. Ta olhando para outro lado, ó lá! -Falou Carlos.
-Encosta ali.

Carlos estacionou o carro. Do ponto em que estavam, dava para ver Arnaldo parado junto ao meio fio.
-Parece até um manequim de loja.
-Né? Não sei como ele não se cansa.
-Simples, porque ele não é gente. – Disse Carlos rindo.
-Cacá… Eu acho que ele está esperando alguém. Será uma mulher?
-Será Bibi? Aqui dá puta de madruga.
-Tá sabendo legal hein Cacá?
-Ah, qual é? Tu sabe que não pago por putaria.

Minutos depois, surgiu um carro preto. O carro passou, parou na frente de Arnaldo.

-Ih, alá! – Carlos gemeu baixinho. Yara não disse nada. Apenas assentiu com a cabeça.

A porta se abriu e Arnaldo entrou. Em seguida, o carro acelerou, soltando alguma fumaça.

-Vai,vai! -Yara gritou.
Carlos meteu o pé no acelerador e passou as marchas como um piloto de fórmula 1.
-Eu não vou perder esses caras! – Disse.
O carro preto trafegou pelas avenidas em disparada. Cerca de duzentos metros atrás, Carlos vinha seguindo, tentando sempre se manter um ou dois carros atrás deles, para não dar bandeira.

-Não perde de vista Bibi! Fica ligada!
-Cala a boca e dirige essa charanga!

O carro preto pegou a avenida de saída da cidade.
-Está saindo da cidade. – Disse Carlos.
-Vai, vai! – Ela apontava.

Agora eles dirigiam pela estrada, mas ainda mantendo alguma distância do carro preto.

Subitamente, o carro preto faz uma curva e entrou no acostamento da rodovia.
-Quebraram? – Perguntou Yara.

O carro então faz uma volta, passando no meio da estrada e entrando numa estrada paralela, de terra, na lateral da pista em sentido oposto.

Carlos jogou o carro no acostamento e parou.

-Que foi? – Perguntou Yara.
-Eles entraram lá.
-Humm. Estranho. Vamos voltar, Cacá.

-Voltar? -Carlos parecia transtornado. Seu cabelo bagunçado dava-lhe feições de maluco. -Cê tá louca!Não vamos morrer na praia!

Após esperarem um pouco no acostamento, Carlos acelerou e entrou na estradinha. No carro, Yara protestava.

-Está ficando escuro, Cacá! Vamos voltar.
-Não. Agora eu vou até o fim!
-Cê ta maluco! Isso é perigoso. Não dá pra seguir ele aqui.
-Pssst! Vamos só na lanterna.

Carlos reduziu faróis. O carro mal iluminava a estrada poeirenta e esburacada. Não dava para ver quase nada.
-Tá vendo alguma coisa, Cacá? – Perguntou Yara após alguns minutos de sacolejo na escuridão.
-Sim, eles estão lá na frente. Aquela luzinha lá… – Disse ele, apontando uma luz que quase não dava para ver no meio dum morro.

Então a luz do carro preto sumiu.

-Ué.
-Sumiu.
-Devem ter entrado atrás dum morro ou barranco.
-Eu tô com medo, Cacá. Vamos embora!

Carlos fez ouvidos de mercador e continuou o rally na escuridão.
Eles foram dirigindo até que depois de uma curva, viram o carro preto no canto da estrada. Ele tinha todas as portas abertas.

-Ta vendo alguém?
-Não… Mas tá meio escuro. O farol tá apagado mesmo, né? -Perguntou Yara.
-Tá. -Disse Carlos.
-Putamerda… Eu tô com o cu na mão já! Vamos embora!
-Alá! Eles sumiram. Acho que entraram no matagal! Tá vendo o mato meio remexido ali?
-Vamo embora, porra! – Disse Yara, agarrando no braço de Carlos.
-Porra! Cala a boca, mulé! Que saco! Não quer vir, não vem, mas vê se não enche!
-Mas Cacá! Olha esse lugar. Olha a situação…
-Calma! Estou precavido! – Ele disse, sacando a pasta, de onde tirou um revólver 38.
-Ai, caralho! Guarda isso! Guarda isso! Cacá do céu! Cê vai fazer merda!
-Calma, Bibi! Escuta! Escuta porra!!! Eu preciso tirar essa história a limpo!

Carlos parou de sacudir o braço de Yara e saiu do carro. Parecia desnorteado.
Mas ela ainda insistia. Veio atrás.

-Volta, vamo embora! Pelo amor de Deus! Me tira dessa roubada! – Ela pedia.
-Fica aí no carro que é mais seguro. Ele disse, apontando a arma pra ela.
-Nem fodendo que vou ficar sozinha aqui nesse descampado! Eu vou com você.
-Então pega a lanterna aí no porta-luvas, Bibi.
-Tá. – Ela disse.
Yara futucou no porta-luvas e achou a lanterninha de led. Era pequena e ao lado, tinha um pacotinho de pilhas alcalinas. Ela levou alguns minutos para abrir o pacote e enfiar as pilhas na lanterna. Quando saiu do carro, Carlos estava agachado junto ao chão, no meio da estrada. Olhando de perto alguma coisa.
-Ilumina aqui! – Ele disse.
Yara apontou a lanterna no chão.
-Tá vendo? Pegadas.
-Tô…
-Vem! -Ele falou, enquanto ia apressado na direção do carro preto.
Eles chegaram no carro. Iuminaram o interior. Ali encontraram as roupas de Arnaldo, impecavelmente arrumadas e dobradas, junto com outras. Ali também estava a jaqueta de couro, uma peruca e o que parecia ser uma barba falsa.
-Ca-ra-lho… – Ela gemeu.
-Isso esta ficando estranho.
-Ai, que isso? Que isso? Que isso? – Yara entrou em loop. Era só o que ela repetia, nervosa.
-Eu te disse e você não acreditou em mim, Bibi.
-Tá… Vamos… Vamos pensar racionalmente. Ele pode ser sei lá… De uma seita!
-Seita?
-É, ué… Tipo esses caras aí, sei lá, Maçonaria, Rosa Cruz…
-Eles entraram por ali ó.
-Como cê sabe, Arnaldo.
-Tá vendo as pegadas? Elas saem do carro. Descalças. Vai iluminando… Ó. – As pegadas vão seguindo na direção do mato. Os dois foram cochichando, seguindo o caminho com a lanterninha.
-Por que essa obsessão cara? -Perguntou Yara.
-Eu quero saber por que eu… Por que me pegaram. O que querem comigo. O que eles estão fazendo aqui.
-Mentira, Cacá. Você quer é se vingar. Tá na cara. Mas isso pode ser tudo um delírio… Sei lá, meu!
-Não, não é. Eu tenho certeza. Ele estava na nave, com aqueles bichinhos, aqueles bichinhos horríveis! Você não sabe, Yara. Não passou pelo pesadelo que eu passei. Eles estão aqui… Eles estão aqui no meio da gente… Infiltrados entre nós. Eles estão pegando as pessoas… Todo dia some gente. Basta ligar na Tv. Pra onde vai todo mundo? E o governo que não faz nada? Tem caroço nesse angú, Yara…
-Eu sei, Cacá! Eu sei onde você quer chegar. Eu sei qual é sua intenção, meu amigo. Eu te entendo. Mas isso não vai trazer ela de volta. Nem o Júnior!
-Ah, cala a boca! Tem alguma coisa errada aqui e eu vou descobrir o que é! – Disse ele, tomando a lanterna da mão de Yara e se embrenhando no mato.

Yara ficou. Mas menos de seis segundos depois, a moça percebeu que estava vulnerável na escuridão. Pra piorar, Carlos havia levado a chave do carro consigo. Isso fez Yara correr pelo mato.

-Cacá! – Ela sussurrou atrás dele.
-Quê Bibi?
-Última vez que eu te peço. Vamos embora, cara! Ta perigoso isso. Pelo amor de Deus! Me escuta!
-Agora eu vou até o fim. – Disse ele, sussurrando, enquanto engatilhava o revólver.

Eles foram se esgueirando pelo mato alto até chegar num pasto.

Lá no meio estavam eles. A cerca de uns cinquenta metros. Eram três. Estavam de costas, todos vestindo o macacão inteiriço de cor preta.
Carlos e Yara não disseram nada. Carlos apagou a lanterna e apontou pra eles.
-Tá vendo? Lá no meio do pasto.
-São eles! – Disse Yara. Sua voz era fraca e trêmula.
A luz da Lua iluminava fracamente o pasto. Eles se aproximaram, esgueirando-se, meio abaixados junto ao mato rasteiro.

Os três estavam parados. Em silêncio. Olhavam fixamente para o alto.
-O que deu neles? – Yara sussurrou.
-Estão esperando a nave.
-Sabe o que eu acho?
-Que?
-Que vocês são todos malucos.

Então um clarão no céu se acendeu.
-Puta que pariu! – Ela gritou assustada.
O berro de Yara fez os três homens virarem-se para eles.

Carlos deitou no chão, apontando o revólver na direção deles. Ele puxou Yara para o chão. Ela parecia perturbada, estava chorando.
Mas os três homens não tinham qualquer reação. Continuaram parados, no mesmo lugar.
Uma ventania começou. Luzes potentes começaram a iluminar o pasto de maneira crescente.

Em minutos, uma nave enorme, do tamanho de um prédio, desceu cerca de uns vinte metros à frente dos três.

Carlos ficou alguns poucos segundos extasiado com a visão daquela coisa magnífica resplendorosamente branca, soltando uma luz potente que doía os olhos, ainda mais na escuridão. Era majestosa. Gigantescamente girando em silêncio, poucos metros do chão. Foi aí que ele percebeu que Yara estava de pé, e caminhava em transe na direção da nave.
-Abaixa Yara! Vão ver a gente!
Ela não respondia. Parecia hipnotizada. Olhava fixamente para a nave e andava lentamente pelo pasto, arrastando os pés na grama.
Abaixo da imensa nave, os três homens de macacão preto estavam parados, feito manequins.
Carlos se levantou e correu para segurar Yara. Ele agarrou no braço dela, tentando impedí-la.
Então os homens vieram andando devagar na direção deles dois.
Carlos apontou a arma gritando:

-Vêm seus filhos da puta! Vêm! -Gritou.

Os três pararam. Eram magros, palidos, parciam doentes. Vestiam uma especie de macacão grosso, tipo de brim. Carlos não podia ver da distância que estava, mas todos tinham olhos azuis. Não tinham expressão facial de medo, raiva ou outra qualquer. Somente olhavam fixamente para ele. Os três não disseram nada. Pareciam até manequins.
Então ele levou um safanão, que o desarmou. Era Yara.

-Yara? Yara! Responde, Yara!

Yara estava imóvel também. Ela olhou para eles e sorriu.
Eles não fizeram nenhum movimento. Apenas deram alguns passos e se aproximaram, esticando os braços.

-Não, não! – Gritou Carlos. Ele tentou abaixar, para pegar o revólver, mas suas pernas já não obedeciam sua vontade. Ele caiu no chão. Tentou esticar o braço, mas a arma estava a poucos centímetros do seu alcance. Yara estava estática como uma estátua de cera, de pé, olhando para ele.

Os homens vieram e o agarraram. Arrastaram-no para a nave. Carlos se debatia desesperadamente, tentando se libertar, mas os dois eram muito mais fortes. Arnaldo ia andando na frente.
Uma porta no enorme objeto se abriu e uns dez seres pequenos e cabeçudos saíram. Yara acompanhava os homens andando devagar. Carlos se debatia e tantava lutar. Em vão.

Foi arrastado aos gritos para dentro da nave, de onde uma luz clara e brilhante iluminava todo o pasto.

Arnaldo se aproximou de Yara e estendeu a mão para ela. Aquilo foi a última coisa que Carlos viu antes da visão embaçar e ele perder os sentidos.

[…]

O dia amanheceu pujante. Era uma segunda feira agitada na cidade. Os carros se amontoavam em engarrafamentos. Musicas animadas tocavam nas rádios. Metrôs vomitavam centenas de pessoas. Os sinais abriam e fechavam regulando o intenso fluxo de veículos que iam de um lado a outro da cidade, como pequenos e apressados pontinhos coloridos numa teia quadriculada infinita.

Pessoas e motos cruzavam as avenidas. Aviões e helicópteros executivos disputavam os céus amarelados de poluição.

A porta do elevador da firma se abriu e ele entrou. Estava sério, comprenetrado.

Carlos andou impecavelmente vestido até sua sala.
No corredor, deparou-se com Arnaldo. Os dois se entreolharam e nada disseram. Arnaldo virou-se e seguiu para seu setor. Carlos avançou para sua mesa e sentou-se em frente a ela.

A poucos metros, Yara passou por ele. Carlos e Yara se entreolharam em silêncio.
Carlos esticou a mão sobre a mesa. A palma para baixo. Sem olhar.

Pegou o telefone. Discou sem ver, e ficou ali… Ouvindo.

FIM

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Putz! Queria saber o que houve com o filho e a mulher de Carlos, isso merecia uma história “prequel” (conta o que aconteceu antes de tudo)! Muito bom! Parabéns Philipe! \o/

  2. Conheci este blog faz uns 2 ou 3 anos, entrava direto pra me distrair e rir até não poder mais com as aventuras. Por um motivo que não sei qual parei de entrar, esqueci, não sei porque durante mais 2 anos. Mas ontem tive um estalo e acessei o Mundo Gump novamente, que surpresa ver o layout so blog renovado, com muitos mais contos e textos interessantíssimos como essa saga que acabei de ler, genial. Philipe, vc tá de parabéns cara!

  3. “One of us! One of us! Gobble,gobble! Gobble, gobble! One of Us! One of us!”, hehehe. Se bem q agora Cacá e Bibi fazem parte é “deles”.
    Citei Freaks, mas essa conversão sinistra lembra mais Os Invasores de Corpos, com o Donald Sutherland.
    Gostei da conclusão da história. Na parte 3, por um instante fiquei mesmo na dúvida se o Carlos estava realmente doido… Mas a realidade foi ainda mais cruel.

    Bom, mais uma vez, meus parabéns!

    • Eu tive a ideia deste conto ao refletir sobre o filme invasores de corpos. Há também uma doença mental chamada “Delírio de Fregoli” onde o paciente vivencia a sensação de que algumas pessoas que ele conhece não são elas mesmas, mas cópias delas. A partir dessa premissa que eu resolvi criar a história.

  4. hahahah!!! muito bom!!! hahaha, tipo… bem feito pro Cacá… ele foi avisado pra não ir mais fundo, ele podia ter, sei lá, fugido do país kkkk e agora ele fugiu pra outro planeta, né? gostei, e coitada da Yara… se ferrou também…

  5. Puta que pariu, que gênio, esse conto serviu pra te coroar de vez como meu escritor favorito no mesmo patamar que Stephen King. Nunca imaginei um final assim, mas Philipe, esse é um daqueles contos que tem potencial para franquia (como a do Caçador) ou foi só esse mesmo? Está de parabéns com esse conto, e me deu uma inspiração pra continuar escrevendo um conto com o qual eu estou trabalhando.

    • Cara, primeiro obrigado mesmo!!!! Eu não me vejo nesse nível aí, mas se vc acha, isso me deixa mega-ultra-blaster orgulhoso. Originalmente seria só este lance mesmo, mas no fim, me vi frente à frente a um desejo fodido de salvar o cara. Fiquei realmente com pena dele, porque ele tem todas as chances de ver que vai dar merda e não vê, aí realmente dá a merda. Acho que tem potencial para franquia mesmo, já que há duas pontas soltas importantes: A mulher e o filho do cara! Sem falar no terapeuta. Há perguntas que eu gostaria de ver respondidas, como, por que o terapeuta abandonou o processo? O que de tão bizarro ele acessou na hora que o gravador deu defeito e mastigou a fita que ele passou a ter medo de Carlos? São coisas que talvez sejam respondidas numa sequencia em potencial. Mas se realmente eu farei isso, não sei. No momento estou pensando uma outra história, e há pelo menos três outras na fila de criação. Então, pode ser que aconteça, mas não sei quando. Vamos deixar pra ver se fermenta. Se fermentar, aí rola. O Caçador é assim… Vai passando o tempo, ele começa a fermentar, e então não tem jeito.

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