domingo, outubro 19, 2025

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Trevo

Fazia um frio cortante. O vento que soprava, inclemente, incessante, estava a ponto de lhe congelar as orelhas. Sentado com as pernas cuzadas em posição de lótus, Dick olhava para um buraco na terra. Era somente um buraco, cheio de terra preta e nada mais. Uma ou outra pedrinha mais clara despontava entre os pequenos torrões da terra escurecida e estéril. Não havia formiga ou inseto. Era o alto de uma montanha. E nuvens distantes prenunciavam uma tempestade para dali a algumas horas. Não muito distante, as gigantescas torres de dolomita cortavam os céus, a mais de três mil metros de altitude...

Ganzu – O oitavo dia – Parte 2

Valdmir Obrushev correu de volta para os fundos. Ele temia que o Ganzu percebesse sua presença. Acuado perto do quartinho, seria uma presa fácil para o monstro. Vladmir precisava sair de lá. Escondeu-se atrás da parede e ficou esperando o Ganzu conseguir chegar ao meio da escada.

Ganzu – O oitavo dia

-Ung... Ai minhas... Costas. - Marcelo gemeu. O Nerd, que lia um livro ao lado dele, sentado numa cadeira pareceu levar um choque. Ele deu um pulo e saiu correndo do quarto, aos gritos: -Ele acordou! Ele acordou! - Gritou Vladmir.

Ganzu – O quinto dia – parte 2

-Quer mais uma fatia, seu Inácio? - Perguntou Aninha. -Não, minha filha. Obrigado. Estou satisfeito. - Respondeu o caçador, recusando a fatia do bolo. -Guarda meu pedaço aí! - Disse Greg, enquanto escovava o chão cheio de espuma.

Ganzu – O quinto dia

Marcelo desceu correndo do sofá. Pulou a poça de vísceras malcheirosas e bateu a porta. Passou o trinco. -Acabou! - Disse Nareba.

Ganzu – O quarto dia – Parte 3

Ali diante da porta aberta, estavam dois homens. Ambos montados em cavalos, sob a chuva que estava apertando novamente. Os homens estavam encharcados, e do chapéu do que era mais velho, descia um filete contínuo de água, como a aba de um chafariz. O mais novo estava enfiado num saco de lixo preto, onde furara buracos para os braços e a cabeça. Já o mais velho vestia uma capa de chuva amarela e sobre ela um chapéu de aba longa. As figuras eram estranhas, tinham mochilas nas costas, cobertas com plástico.

Ganzu – O quarto dia – Parte 2

Greg, Nareba e Marcelo resolveram descer para verificar o que era o barulho. No caminho passaram no quarto da Aninha e chamaram Vladmir. -Que foi, véio? - Perguntou o gordinho, com a cara inchada e os cabelos para o alto. -O Greg ouviu uns barulhos estranhos la no quartinho. - Sussurrou Nareba. -No quartinho? -Isso. -Cês vão lá ver? -Yep! -Peraí que eu vou também! - Disse o russo.

Ganzu – O quarto dia

-Cruzes! - Armando se benzeu. Greg deu um pulo para trás e caiu sentado no sofá. -Que merda é essa? - Perguntou Aninha, boquiaberta. -Está vivo! Tem uma coisa viva dentro! - Disse Marcelo, sem acreditar no que seus olhos viam.

Ganzu – O terceiro dia

-Uuung - Greg gemeu caído sobre a mesa. -Greeg! - Gritou Aninha, segurando o amigo. -Ah! Ainda bem que ele tá vivo. Porra! - Disse o russo. -Vem, gente! Ajuda aqui. Vamos levar ele lá pro sofá! - Disse Armando. Aninha, Armando e Sarah levaram Greg e o colocaram no sofá, de barriga para cima. Ele parecia desacordado. -Ele tá desmaiado. - Disse Sarah -Também, tá bebendo igual um gambá a tarde toda! - Riu Aninha. -Russo, traz um pano lá pra limpar a cara do Greg. Ele caiu no prato de molho de salsicha. - Disse Armando. Vladmir voltou com o pano molhado. -Quando ele acordar ele vai me meter a porrada. -Que nada cara. Ele tá de pileque. Quando esse cara acordar não vai lembrar de nada. Vamos deixar ele aí no sofá. -Eu é que não vou levar esse bebezão lá pra cima! -Ninguém aguenta, querida. - Disse Sarah.

Ganzu – O segundo dia

Estava recoberta de lama. Foi difícil removê-la da parede de terra compactada, porque ela parecia estar encaixada em uma faixa de pedras. Marcelo precisou procurar uma outra ferramenta para usar de alavanca. Achou um pedaço de ferro no fundo do buraco. Usando o ferro, ele espetou ao lado do objeto esférico e puxou. Foi preciso muita força para fazer a coisa se mover. Quando ela finalmente se libertou, caiu dentro da poça e afundou. Nem deu tempo de ver direito o que era. A princípio pareceu ser uma bola de basquete. Mas então a coisa boiou.
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