quinta-feira, fevereiro 13, 2025

O altar da castração

Este incrível e macabro armário guarda dentro de si uma das mais bizarras praticas religiosas cometidas pela Igreja Católica. São testículos de crianças castradas. Os “castrati” como eram chamados,  passavam por esta violência para que sua voz não mudasse durante a puberdade e assim eles pudessem cantar com a voz melodiosa dos anjos durante uma parte maior de sua vida. A igreja praticou a castração por 350 anos. O que parece mais bizarro é que isso tudo se devia ao fato de que era proibido usar mulheres para cantar nas igrejas  (por conta de uma interpretação de um texto bíblico) e por causa disso, eles optavam por castrar jovens mancebos.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Eita… Tem um filme sobre um desses castrati: “Farinelli, il castrato”.

    Era o que se devia fazer com esses tarados que atacam mulheres hoje em dia…

  2. Algumas coisas:
    1. Isso não era bem uma prática da Igreja. Muitos castrados sequer cantavam em coros da Igreja.
    2. Na Itália a castração era realizada em barbearias, e os meninos castrados eram geralmente pobres que eram vendidos por suas famílias.
    3. Grandes compositores como Handel escreveram muitas peças para vozes de castrados. Inclusive a famosa ária de Handel “Lascia ch’io pianga” foi escrita para vozes de castrados. O filme do Farinelli mencionado pelo Mario Mesquita mostra isso. Ah, uma curiosidade, nesse filme, para tentarem reproduzir a voz de um castrado, utilizaram uma soprano e um contra-tenor. É que os castrados tinham uma extensão vocal particular que não pode ser reproduzida por mulheres e tampouco homens que não passaram pelo processo.
    4. Na literatura o livro de Anne Rice “Chore para o céu” fala dos castrati. O livro é bem legal, recomendo.

  3. Excelente artigo, até agora o mais completo que li sobre esse assunto, geralmente tentam tirar a igreja católica do meio dizendo que não era bem uma prática dela, mas na verdade era sim, e o faziam principalmente com meninos pobres e incapazes de ter alguém que decidisse por eles, imaginem só a tristeza que seria a vida deles, a adolescência, que é uma fase de descobertas, a chegada a maturidade, ver seus parentes e amigos gerando filhos e eles o resto da vida com a voz fina e incapazes de uma vida sexual, a qual é fundamental ao ser humano?
    Triste só de pensar…

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