Mês maldito

pô, esse mês tá maldito mesmo. Primeiro foi a catástrofe que se abateu sobre meu computador. Depois a gripe estrambúlica que se abateu sobre mim e me levou pro hospital. E agora, do nada, como se fosse permitido, o controle remoto da Sky quebra no sábado a noite!

Resultado, estou praticamente sem TV à cabo, porque é um saco ter que ficar levantando para mudar de canal (uma operação fantástica.) O aparelho que eu tenho, da Philips é o pior exemplo do que deveria ser ergonomia em termos de design de eletroeletrônicos. Pra se trocar de cana, é necessário clicar em tanto botão, ir a tanto menu, pular em tanto quadrinho que desanima. Sem controle remoto (que nem sequer imagino por quanto nem por onde comprarei) vai ser impossível.

O resultado não podia ser pior, tive que assitir ao Show dos Rolling Stones. Olha, os fanáticos que me perdoem, mas eu acho essa banda meio merda.
Digo meio assim, envergonhado, de cabeça meio baixa, porque o mínimo que a gente tem que ter com uma banda do Pleistoceno como essa é ter o respeito que o mais velhos merecem, e os MUITO, MUUUUUITO mais velhos mesmo, merecem dobrado.

Ok, muita gente é fã e tal. Mas me digam, de quantos fãs estamos falando naquele show? Com certeza absoluta, aquela cabeçada toda só foi ver porque era grátis, a tevê manipulou gerando uma antecipação, um clima de “imperdível” de “sensacional” de “histórico” que foi impossível resistir. Reféns da mídia e do marketing.
Tirando meio porcento de fãs que sabem os nomes dos integrantes dos Rolling Stones, sabem o nome do primeiro disco e do último na ponta da língua – e por isso merecem estar ali – o resto da cambada foi no vácuo do que a Globo mandou. Um mega-ultra-jabá que reconheço, foi inteligente.

A ideia por trás do show era lotar os hotéis por mais tempo do que de costume com o advento do carnaval, festa que já lota a cidade de gringos endinheirados. Tendo um puta showzaço grátis, neguinho viria uma semana antes, e gastaria uma semana a mais de doletas na nossa terra. Genial. Deu certo, os Hotéis não tem nenhum lugarzinho sobrando e isso beneficiou desde o flanelinha até o megamilionário dono de Hotel, passando pelo Mick Jagger, é claro.

Mas vendo na Tv o show, achei chato. Um velho tão rebolativo que me fez imaginar uma lagartixa cheia de cocaína ligada numa tomada de 220 volts cantando um monte de músca que mal dava pra entender.

Ao menos valeu pelo show de palco. Nunca havia visto tamanha magnitude. Acho que esse palco devia ser incluído nas novas maravilhas do mundo, tamanho sua imponência. Se olharmos a definição de “maravilhoso” no dicionário veremos que o palco tem todos os motivos para ser chamado assim.
Então é isso, eu sem controle de Tv a cabo tendo que assistir ao show dos vovôs do rock, onde o palco deu de mil a zero no Mick Jagger.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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