Memórias cruéis

O recreio acabou com o soar daquela velha sirene. Eu sempre me intrigava com o barulho daquela sirene.

Para quê algo tão alto? A sensação era de que uma bomba atingiria a escola a qualquer momento. Eu me levantei e me dirigi às escadas que davam acesso ao segundo andar.

Quando cheguei na sala, percebi que algo estava estranho. O caderno que eu larguei aberto estava fechado.

Caminhei meio ressabiado pelos corredores de carteiras e quando cheguei finalmente na minha carteira pude ver que o caderno estava fechado mesmo, e com alguma coisa dentro. Olhei sorrateiramente para os lados em busca de alguma evidência de que iriam me sacanear. Mas nada indicava isso.

E foi por este motivo que abri o caderno para dar de cara com um bilhete. Um bilhete cuidadosamente dobrado.

Era como encontrar uma bomba.

Olhei discretamente à minha volta, em busca do autor. Nada.

O bilhete tinha um cantinho cor-de-rosa onde eu pude ver um pedaço da cara de um ursinho. MEU DEUS! Um Ursinho!

Aquilo só podia significar uma coisa… Eu peguei o bilhete e enfiei dentro do casaco. Pedi licença ao professor para ir até o banheiro. Atravessei o pátio com o papel amassado na mão.

Entrei no banheiro, tranquei-me na cabine do sanitário e fiquei ali sentado. Lentamente abri o papel. Então eu senti um perfume.

A primeira coisa que vi foi uma letra redondinha, desenhadinha, feita com aquelas canetas caras e perfumadas do Paraguai.

E então eu li o texto.

Não me lembro de cabeça como ele era, mas tratava-se de uma “admiradora secreta” que gostava de mim e que não aguentando mais o silêncio, resolveu arriscar-se e me mandar um bilhetinho. Eu li aquilo bolado. Ela dizia ao final do texto que no dia seguinte, depois da aula,  iria me esperar no segundo pátio da escola. Este era um pátio ermo, pouco freqüentado por ser onde as criancinhas menores brincavam. A menina me esperaria depois da aula. Se eu quisesse saber quem ela era, eu apenas deveria ir até lá.

Eu estava trêmulo. Nunca havia passado por situação igual. Não sabia o que fazer. Tudo rodava. Eu estava nervoso.

Embolei o bilhete e enfiei no bolso. Voltei para a sala e tão logo adentrei o recinto, comecei a olhar em volta. Eu olhei para cada menina. Cada uma delas em busca de um olhar, um sorriso, um indício de quem seria minha admiradora.

Nada. Nenhuma delas olhava pra mim. A aula transcorreu como de costume.

Quando soou novamente a sirene de fim do mundo, eu busquei novamente em cada uma elas algum indício que me apontasse uma pista. Mas novamente fiquei sem saber quem era ela.

Naquela noite, eu periciei cuidadosamente o bilhetinho amassado. Eu sentia o perfume e tentava mentalmente traçar algum paralelo com as meninas bonitas da sala. A letra, o jeito de escrever…

Quando o dia amanheceu eu estava de pé, preparado para ir para a aula. Coloquei a roupa mais bonita. Dei uma arrumada no cabelo. Cheguei cedo na escola. No caminho para minha sala, eu passei pelo segundo pátio e olhei em volta. Não havia ninguém lá. Apenas eu.

Fiquei uns instantes ali imaginando que dali a algumas horas aqueles brinquedos, aquelas paredes e até mesmo aquelas pinturas coloridas do chão, testemunhariam um encontro romântico sob uma mangueira frondosa.

Naquele dia eu não consegui prestar a mínima atenção em nenhuma das duas primeiras aulas. Eu passei os 90 minutos olhando para cada uma das meninas em busca de um indício. E para minha surpresa, uma delas olhou para trás. Nossos olhos se cruzara em uma faísca de amor e paixão. Ela comentou algo como uma colega de trás. Sorriu, pegou a borracha e tornou a olhar pra mim antes de se voltar para a frente.

Era a Renatinha. Uma menina linda. Um avião. Sensualmente sacana em seu modo de andar, falar, rir e de fumar escondido no corredor do segundo andar. Eu sabia detalhes da vida dela, porque eu nutria um amor platônico pela Renatinha desde dois anos antes. Então, qual não foi minha surpresa a ver que a Renatinha olhou pra trás, cruzou o olhar com o meu e sorriu maliciosamente.

Era o paraíso. Deus era meu amigo.

Notei que ela usava um casaco diferente. Aquele era um casaco bonito que nunca tinha usado antes. Tudo indicava que era ela. Menos a letra, porque a letra da Renatinha era um garrancho do caramba. Isso me intrigou no início, mas eu calculei que ela naturalmente pediu para que alguma outra menina escrevesse o bilhete, com medo de ser descoberta prematuramente pela caligrafia. Genial, devo reconhecer.

Quando deu a hora do recreio, eu fiquei disfarçando até ter condições de chegar perto dela. Cheguei perto o suficiente para sentir o perfume do cabelo comprido que ela tinha, mas me mantive distante o suficiente para não dar bandeira que eu havia descoberto a identidade da minha admiradora secreta. Eu não aguentava mais esperar para passar a mao naqueles cabelos negros macios e perfumados.

Durante o recreio eu comprei o clássico italiano com coca, e após lutar ferozmente pela atenção do rapaz que entregava a guloseima para aquelas milhares de mãos que estendiam as fichas, entre berros.  Eu retornei ao meu “posto de observação” que era o alto da escada que dava acesso ao segundo andar. Dali eu pude ver que a Renatinha não estava em lugar nenhum do pátio.

Sorrateiramente, fui até o corredor. E vi ao longe as pernas dela, apoiada atrás da coluna e a fumaça que saía dali. Ela estava lá com três amigas, conversando, rindo e fumando escondido.

Fiquei pensando se elas falavam de mim. Se a Renatinha se abria para as colegas sobre nosso amor… Provavelmente não.

Eu compreendia totalmente que uma garota daquele porte, bonita, rica e popular como ela não gostaria de ser vista, ou o que é pior, vetada, por um psiconerd como eu, restado a ela apenas a tática do bilhetinho secreto.  Obviamente, aquela mulher top de linha ser vetada por um sujeito como eu, na base da pirâmide social escolar, era uma coisa completamente inconcebível, mas sabe como é a cabeça da mulher. Elas pensam em todos os detalhes, até nos improváveis como este.

Tudo que eu queria era provar aquele batom.

Quando voltamos para a sala, eu vi que a Renatinha ficou para trás. Jogou o cigarro na lixeira e olhou pra mim. Fez aquele sinal de “boca de siri”. Eu sorri e balancei a cabeça em silêncio. Fiz a minha primeira expressão “Wando” ali.  Imediatamente eu percebi que aquilo era um código. Um código para que eu não contasse aos meus amigos que iríamos nos beijar dali a algumas horas, no remoto segundo pátio. Nosso ninho de paixão.

Obviamente, foi impossível prestar qualquer atenção nas aulas de História, Geografia, Português, etc… A aula rolava, mas eu só olhava a porra do relógio. Mentalizava com algum tipo de poder Jedi para ver se aquele maldito ponteirinho fizesse seu percurso mais rápido. Cada segundo parecia demorar três.

Quando a hora começou a colaborar, se aproximando do meio dia, eu vi em câmera lenta a Renatinha abrindo a mochila e pegando num estojo uma coisa que a princípio pareceu ser um batom. Quando ela passou, eu vi que era Gloss. Gloss era uma espécie de baba absurdamete brilhante que as meninas gostosas da escola passavam nos lábios. E eles ficavam deliciosamente implorando por um beijão. Era o sinal derradeiro.

Quando o alerta de bomba nuclear tocou, anunciando o fim da aula, foi aquela correria. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sentia um frio na coluna. Um cagaço absurdo tomava conta do meu ser. E eu que esperei aquele momento com tanto desejo, tanta sofreguidão, era agora um mero escravo do medo. A menina levantou e saiu conversando com outras duas gostosas que sentavam-se lá na frente.

Eu calculei que aquilo era o despiste. Mulheres são sempre espertas. Enquanto eu dava bobeira com minha tremedeira, meu desespero por aqueles lábios brilhantes com cheirinho de morango, ela saía toda faceira da sala, rindo com as amigas.

Eu fiquei ali na sala, sozinho por algum tempo. Eu tentava adquirir coragem para enfrentar aquela mulher. Era a típica situação em que o caminhoneiro reconhece que se trata de muita areia para o seu caminhãozinho. Mas mesmo assim, resolve encarar.

Saí da sala e fui direto para o banheiro. Lá eu passei uma água no cabelo, arrumei o visual como deu. Tirei os óculos. Fiz aquela cara sensual que só o Wando tem, dei aquela analisada malandra no bafo e  saí em busca da presa.

Eu, o matador.

Neste tempo de enrolação, o colégio já estava vazio. Apenas uma pessoa ou outra passava pelos corredores. Eu fui até o pátio.

Quando cheguei lá, vi que havia alguém atrás da mangueira. Lentamente eu circundei aquele grosso tronco…

E não era a Renatinha. PUTA QUE PARIU!

Era uma mulher feia pra caralho. Grandona. Um “IPB”. Uma garota que tinha quase dois metros de altura. Parecia uma… uma girafa.

A menina sorriu pra mim lá de cima. A verdade e que a garota até que não era feia. Ela tinha era um tamanho gigante. Mas comparada com a Renatinha, era uma girafa das savanas Africanas.

A menina falou meio sem graça:

-Oi. Sou eu a sua admiradora.

-… – Eu só pensava. Girafa, girafa…

-Surpreso? – Perguntou ela se aproximando de mim. Aquele corpanzil de jogadora de vôlei.

Eu tentei disfarçar. Chamei ela para conversar num banquinho de cimento que tinha numa parede recuada, discreta. Ela aceitou, toda satisfeita. Querendo beijar. Eu fui, todo sem jeito. A verdade é que eu queria sair da reta, porque essa era do tipo de garota que pega mal até para um psiconerd.

Vou dizer que eu não sou baixinho. Mas ela dava dois de mim. Sentamos e ainda assim eu olhava pra cima para falar com ela.

A menina, coitada (eu esqueci o nome da infeliz. Passei a me recordar dela apenas como girafinha) era super carinhosa. Ela contou que gostava de mim fazia muito tempo, mas que nunca tinha coragem de assumir. O fato de ser de outra sala também atrapalhava.

Não sei se foi pena. Se foi para não desperdiçar a oportunidade, não sei se foi pura falta de mulher.

Eu fiquei com a girafinha naquela tarde. E até que ela beijava bem. Mas depois de algum tempo, caí na real que não daria para namorar aquilo tudo. Eu expliquei pra ela, que não queria namorar ninguém, que estava precisando estudar, que estava fraco em Matemática, aquela conversa de “cerca Lourenço” que se usa para sair fora da outra pessoa.

Mas no meu íntimo, eu gostaria de ser franco com ela e dizer que não estava afim de virar piada. Mas isso seria uma crueldade tremenda. A menina aceitou numa boa. Seus olhos ficaram meio embaçados e ganharam um brilho avermelhado. Ela olhou para a parede com um olhar perdido e ficou em silêncio.

Pensei que ela ia chorar…Eu me senti um filho da puta. Eu percebi que naquele momento eu enfiava uma estaca naquele infeliz coração que batia por mim. Mas ela conseguiu segurar o choro na minha frente, pelo menos.

Eu me senti triste por ela. A girafinha queria namorar comigo. Mas tudo tem um limite. E eu já era esquisito o suficiente para andar com uma estátua do Cristo Redentor do meu lado.

Nos separamos com um último beijo e eu nunca mais vi a girafinha.

Acho que logo depois ela saiu da escola. E nunca mais eu tive uma admiradora secreta na vida.

Ainda bem.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. É… situações cruéis… sempre acontecem.
    Foi mais ou menos de forma parecida que me senti um verdadeiro FDP pra uma garota pela primeira vez…

  2. Eu ja fui o admimirador secreto de uma menininha… foi triste qdo nos encontramos e ela disse: “Ai credo…” antes de sair apressada…

    Nao fica triste de ter sido um filho da puta com a girafinha, as mulheres costumam ser muito mais com os homens…

    até

  3. Lopes – nem faço idéia.

    gerente do covil – O Mundo Gump não deve ser tão famoso assim. Mas digamos que eu não contaria essa aventura numa visita ao Jô Soares, hehehe.

    Gilherme- Valeu cara.

    Mary – Tenho até vergonha de dizer. Mas IPB é “Indivíduo portador de buceta” è como um amigo meu chama criaturas hediondas que estão bem abaixo da categoria baranga.

    Fulano – Essas coisas acontecem. Aconteceu comigo tb. Eu fui admirador secreto de uma garota do meu prédio logo uns meses após este episódio e a maldita desgraçada também pisou com aquele salto agulha no meu crânio, me reduzindo a um pó amorfo e sem vida. Meu amor próprio volatizou na hora e eu só soube de fato que eu ainda era um ser humano alguns meses depois, quando juntei os cacos do que eu era.

  4. Po coitada da girafinha, bem que você poderia convidar ela para um passeio no Horto de Niterói, aproveitava e deixava ela lá, como parte do acervo daquele lugar.

    Para esses casos de amor não correspondido, basta ter no acervo chocolates, uma garrafa de Vodka ou Gin e um bom papo. Garanto que resolve qualquer parada com mulher.

  5. Eu posso apostar que hoje a menina deve ser um “mulherão”, no bom sentido, daquelas de parar o trânsito! A quantidade de casos de meninas sem-graça/feias que se tornam lindas é assustador! Por isso a idéia é agüentar essas situações.. quem sabe depois elas não se lembram, anos depois? hehehe

  6. Verdade, muitas meninas feias desabrocham ao final da adolescência virando mulheres lindas. E o oposto é verdade também. Tem um montão de mulher gatíssima na juventude que embaranga de uma tal maneira que você não acredita.

  7. Putz eu também já me senti um fdp hehehe… mas fazer o quê. Como disse o Fulano, as mulheres sabem ser BEM piores com a gente.Notem o “BEM” heheh.

  8. Valeu. Foi sacanagem mesmo, mas eu tava com crédito cármico porque o veto que eu levei da Juliana (vide o meu pior verto) me dá direito a esculhambar mulher por pelo menos duas gerações, hahahahaha.

    • Não achei sua atitude com a girafinha sacana. Pior seria se tivesse falado a verdade. Acabaria com a estima da garota. Ainda deu uns beijinhos! Fez bem!
      A girafinha é bem corajosa. Gostei dela e nem tem como ter pena. Hoje deve ser uma mulher linda e com personalidade forte. Eu não teria feito isso. Ficaria lá, pensando no meu amor platônico por meses, sonhando com ele, até trocar de amor platônico… putz! Isso sim é uma lembrança cruel. Embora, nem por isso, apesar de ter sido meio de vagar, eu também não tenha me tornado uma mulher linda e inteligente, rsrsrsrs (e convencida)

  9. psiconerd????????????????????

    eu acho q era mais ou menos isso
    q eu achava de mim
    mas essa história foi massa
    vc viveu tão intenssamente quanto um
    tal Forrest Gump
    continue assim cara

  10. Nossa….muito bom seu site!! Essa historia fez todo mundo lembrar dos tempos d escola e que concerteza ja passaram por uma situação parecida!! parabens…

  11. Nusss!!!
    Morri d rir dos seus textos!
    Seus relatos são mto bons!

    E q pena da “girafinha”…
    Sei mto bem como é chato ser mto alta no tempo d escola.
    Todos os meninos nesse parecem todos baixinhos q nunca crescem.(mas é fato q mtos não crescem mesmo! hehehehe)

    Parabéns pelos textos!
    Me diverti mto!

  12. ótima história hauhahahahua
    concordo com torrance… geralmente as meninas feias são nossas primeiras ficantes… cada jaburu que aparece… uhauhahah

  13. Coitada… eu sei como ela se senti. Tomei um fora desse pelo meu último ” admirado secretamente ” Mew, o cara me deu um fora tipo esse soh pq eu sou alta [ alta mesmo : 1,95 naquela ápoca] e ruiva. tds falavam qe eu parecia um post com a luz vermelha.
    Vc foi mto cruel com ela. Tamanho naum é qualidade de ninguém.
    E se vc tava preocupado se iam zoar com vc, F.O.D.A-S.E…
    Mais td bem, o qe aconteceu aconteceu.

  14. kkkkkkk!!!!!mto bons esses textos vc escreve bem pacas…cara eu rio toda vez q eu leio um texto daqui muito dahora :B gostei daqele texto sobre memorias crueis!!!!!kkk mto loco
    continue assim mtos bons os textos
    PS:ermo significa um lugar vazio isolado neh???

  15. kkkkkkk!!!!!mto bons esses textos vc escreve bem pacas…cara eu rio toda vez q eu leio um texto daqui muito dahora :B gostei mto!!!!!kkk mto loco
    continue assim mtos bons os textos
    PS:ermo significa um lugar vazio isolado neh???

  16. Você tem sempre histórias incriveis. Foi pena não ser a Renatinha, paciência. Quanto á girafa, você mostrou que tem bom carácter e um bom coração. Continue escrevendo.

  17. se um dia eu tivesse uma “girafinha” do meu lado, seria a pessoa mais feliz do mundo.

    a parte mais engraçada, quer dizer, a unica parte engraçada foi a

    ” eu fiquei pensando, “girafa, girafa”, bah cara, que gozado. imaginei você pensando bem rapido, girafa girafa…

  18. Cara!!! Li sua história pensando nas minhas!! Já fui abordada por 3 girafas!!! Um deles foi minha mãe mesmo quem o apelidou de girafa!!! Kkkkkkkkkk Muito bom o post!!

  19. “eu já era esquisito o suficiente para andar com uma estátua do Cristo Redentor do meu lado.” AHAHUSHAUSHAOIEHAE ‘CRISTO REDENTOR’ FOI A MELHOR! cara, suas histórias são demais!

  20. Tenha certeza que a Girafa deve ser uma gostosa hoje em dia.
    Elas sempre ficam, mas só as cabulosas que agente dispensa quando é mais tongo que as próprias.
    Mundo cruel, memorias crueis ;\.
    IOHSAEHIAOEOAS

    Mas muito bom o “causo”!

  21. eu já fui uma admiradora secreta e fui chutada de uma forma bem cruel :*( …simplesmente disse na minha cara que não ficaria com uma menina gorda, feia e idiota q nem eu!nem precisa dizer q naquele momento fiquei estraçalhada…além de td isso, ainda tinha o agravante de ser nerd :/ uns dois anos depois eu emagreci, fiquei em forma e o dito cujo veio com papo pras minhas bandas. nem preciso descrever o belo corte que dei, até pq eu já estava com outra pessoa.:P como vcs percebem, crueldade está longe de ser somente feminina

  22. lhe restou apenas o apelido carinhoso,girafinha. Será que até hoje ela não é apaixonada por você? essas moças tendem a ser assim, seguir quem elas admiram secretamente – no seu caso, abertamente – esperando a vez. Uau.

  23. Eu era girafinha. xD

    Mas ninguém nem notava, acho (ou assim prefiro acreditar), só as meninas que “zuavam” inocentemente(ou assim prefiro acreditar[²]). Uau, demorou um bom tempo pra que os meninos me ultrapassassem. oo

    Mas sabe, “admiradores secretos” deviam saber que a rejeição é mais do que provável. Quer dizer, ninguém é obrigado a gostar de outra pessoa só pq ela gosta de vc, né?!
    (Ps: Uma vez um garoto da minha classe resolveu gostar de mim. O “amigo” dele me contou. E o pior é que ele sabia que eu já sabia. Eu fiquei TÃO sem jeito que (perceba o grau de nerdice) nunca mais falei com ele. Aliás, se depois disso me referi a ele ou disse seu nome em voz alta.. Foram, no máximo, umas três vezes. =s O pior de tudo: estou falando de uma situação atual e eu tenho quinze (QUINZE!) anos (ainda bem que estou mudando de escola o/). Agora me diz que é tímido! xD)

  24. não sei como eu tive coragem de namorar uma garota que de largura dava 2 de mim. Mas o girafinha foi muito engraçado.
    Mas só uma coisa, garotas altonas, desprezadas por nerds ou psiconerds, tendem a melhorar a aparência, cuspir na tua cara e virar modelo

  25. kkkk pô cara rachei de rir mas senti pena da mina gira.. já tive uma assim sempre arrumava desculpa pra sair com ela mas ficava em casa quarto ela não parava de me beijar ate eu ficar beiçudo ela era bonita mas me sentia um anão perto dela  e mas eu batia a cabeça no peito dela..pelo menos vc resolveu rapidinho  e eu cansado de arrumar desculpas para sair com ela eu tava pegando uma loirinha ao contrario dela baixinha mas  mto linda e  ae deixei ela passar  e na rua eu estava com outra g. beijei a loirinha de proposito ela voltando viu a cena e..depois de uns tempinho terminamos.. pô so depois vi o que eu tinha feito.
    agora uma coisa e certa quando agente e novo recebe um bilhetes de admiradora secreta coisa e tal agente sempre imagina uma princesa dos sonhos! por que será

  26.  rachei tu e cruelzinho mas  resolvido j tive uma gira fona tbm porem  bonita , sempre arrumava desculpa quando ela ,me chamava pra sair! ate um dia ela me viu beijando uma gatinha baixinha!..ate ela destir.

  27. É triste, mas um bom conto

    Já fui humilhado por garotas na escola também. Talvez porque eu era um desleixado também.

    Hoje tenho minha noiva e sou feliz.

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