Mais hiper-realismo!

Tempão que a gente não fala de hiper-realismo por aqui (já falamos antes e você pode ver alguns posts igualmente de cair o queixo lá no final) né?

Bom aqui estamos nós com mais um dos mestres na arte do hiper-realismo. Há quem não veja grande vantagem nessas pinturas, porque pessoas estão fazendo o que câmeras fotográficas fazem. Mas temos que reconhecer o esforço FERRADO para parir uma obra dessas, né? Além do mais nem sempre o resultado são como fotos. Apesar de hiper-reais, algumas das obras podem ser vistas como pinturas muito bem realizadas.

O curioso desses trabalhos é que justamente alguns são tão perfeitos que passam batido diante dos nossos olhos, porque simplesmente acreditamos que estamos vendo uma simples fotografia corriqueira. O espanto ganha lugar e abre alas para a estupefação completa quando nos damos conta que alguém desenhou aquele troço todo, fio a fio, brilhinho a brilhinho, com o objetivo de enganar nossa percepção.

 

Esses são trabalhos do artista israelita que mora em Nova York chamado Yigal Ozeri.

Seu estilo de pintar o hiper-realismo, tenta trazer para as pinturas o maior nível de detalhes possíveis. É preciso olhar muito atentamente de perto para as pinturas para acreditar que o mestre meticulosamente levou seu pincel a uma zona hoje dominada pelas câmeras digitas. Yigal Ozeri ficou mais conhecido por retratos cinematográficos de mulheres jovens. Graças à elas, suas pinturas já foram exibidas em exposições ao redor do mundo.

Sua carreira artística começou como um artista de pintura abstrata em Israel: “Na minha infância, não havia praticamente nenhum livro sobre história da arte, e aqueles que eventualmente apareciam, tinham apenas imagens a preto e branco. Quando aos 30 anos visitei primeira vez o museu do Prado, em Madrid, fiquei impressionado com as pintura dos pintores da era dourada como Velázquez e Murillo. Então eu percebi que era preciso aprender a pintar novamente. E então o realismo se tornou uma gradual obsessão.”

 

O seu processo criativo é gradual.  Tudo começa com um modelo e, em seguida, ele faz diversas fotografias que serão as bases para futuros quadros. Em seguida, as imagens são cuidadosamente selecionadas de um computador, que as projeta na parede. A partir da projeção, o artista determina o tamanho da tela e é com esta projeção que ele começam a trabalhar com os pincéis maiores pintando à óleo. Yigal começa com um teste padrão abstrato, onde há 60-70% da imagem, e em seguida vai para a próxima fase onde cuidadosamente traça os detalhes, com pincéis cada vez mais finos.






Oil on paper on wood, 12 x 18 inches

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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