Qundo eu era guri meus pais me matricularam no colégio dos Jesuítas. (vide o post sobre meu trauma com futebol) e foi um baque na minha vida. Foi como ser um americano no Islã. Lá era linha dura. Cantar o Hino nacional de pé, no meio de uma multidão de garotos como eu que não faziam a menor ideia do que significavam aquelas estranhas palavras. Nem mesmo compreendiam o estranho ritual de ficar prostrado, ereto e sério. Não podia rir nem fazer brincadeiras. O tom era absolutamente solene, e o hino demorava o que pareciam ser horas para terminar. Um dia de desgraça no campo de concentração não pode começar de outra maneira, né?
Do alto do palanque, construído desproporcionalmente alto para enfatizar sua posição de liderança e superioridade para consoco, alunos mortais, a severa coroa Dona Vicentina supervisionava o hino diário.
Quando cresci, de tanto ler o hino nas costas da capa do caderno, comecei a entendê-lo um pouco mais e passei a apreciar a inteligência do Joaquim Osório Duque Estrada. (o cara que fez o poema). Hoje, adulto e um pouco mais culto do que eu era quando estava perfilado cantando aquele treco num resquício da ditadura – algo normal no governo Figueiredo, vejo que o Hino nacional é uma obra prima. Tal qual nossa bandeira. Muito bonita e diferente. È por isso, que ao ver isso:
eu fico indignado. Mas que é engraçado é. Dica do amigo Bruno Assumpção.