terça-feira, dezembro 10, 2024

Fotos da medicina antiga que são assustadoras e fascinantes

É inegável o quanto a medicina evoluiu nas últimas décadas. Tal avanços nos permite olhar para os anos passados e nos espantar em como a medicina humana já foi estranha e impressionante.

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Os primórdios da Medicina nunca foram moleza.  Mesmo que o método científico tenha contribuído de forma efetiva aperfeiçoando processos diagnósticos e ampliando a tecnologia aplicada à Saúde, a história da Medicina antiga é repleta de charlatães, ideias completamente erradas, e métodos que simplesmente não tinham como funcionar. Sem falar nos erros.  Para muitos pacientes, o processo de busca da cura era tão angustiante quanto ter a doença. Assim, dê uma olhada nas fotos abaixo e seja grato por estar vivendo no século 21.

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Antigamente, tentava-se toda sorte de técnica para “curar” pessoas doentes mentais. Essa foto acima mostra um desses estranhos tratamentos, que envolvia amarrar as pessoas em cobertores molhados bem apertados.

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Essa figura assustadora era apenas um radiologista vestindo seu traje de proteção feito de chumbo.

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Nesta foto acima vemos um curioso tratamento de crianças para que elas sejam bronzeadas artificialmente. Era um método muito usado nos países mais frios onde o inverno durava tempo demais e as pessoas pegavam pouco sol. A falta de sol produzia deficiências de crescimento nas crianças, raquitismo, além de outros problemas de pele.

 

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Essa foto acima parece até uma masmorra Sadomazô Steampunk, mas era de fato um tratamento para a escoliose. Este é o Aparelho de Coluna 5. do Dr. Clark, por volta de 1878. Nem preciso dizer que era charlatanismo puro.

Aliás, o termo charlatão, que é sinônimo de golpista, vem da medicina. Antigamente havia muito daqeles vendedores de tônicos (tipo o velho do jogo Red Dead redemption) que viajavam em carroças vendendo umas bebidas que diziam curar tudo. Um desses mais famosos golpista era um francês chamado Latan. Assim, quando vinha a carroça dele, as pessoas se referiam ao “charre du Latan”. E isso evoluiu para a moderna palavra “charlatão”. Mas voltando aos tratamentos estranhos de coluna, temos:

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Os tratamentos de coluna sempre foram do tipo mais bizarro. Esse carrinho estranho acima foi um dos equipamentos para endireitar coluna mais estranhos ja fabricados. Imagina que merda ter que andar com essa traquitana o tempo todo?

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Outros eram estranhos, mas funcionavam mesmo, como este antigo desfibrilador. Extremamente miniaturizado para o que era, né? Este é um equipamento de 1940.

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Já esses caras acima, estavam num tratamento de fisioterapia, que envolvia enfiar o corpo inteiro do cara em um forno!

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Desgraça mesmo é esse cara deitado nessa “maca” feita de pedaços de caixa. O cara estava prestes a ter sua perna gangrenada amputada. Ele estava sendo dopado com o uso de éter. Esta foto é de 1855. O processo era uma tosqueira só e note que os médicos nem lavavam as mãos e nem tinham roupas, mascaras, nem luvas próprias. Desse modo, se o cara sobrevivesse ao processo cirúrgico, ainda estaria longe de vencer a batalha contra as infecções, para o qual não havia nenhum antibiótico.

A medicina de amputação anterior ao éter era ainda pior, com a amputação rolando com o cara acordadão sentindo dor, já que o dentista Thomas Green Morton só iria inventar a anestesia em 1846.

A anestesia geral existe há apenas 150 anos . Antes desses avanços, uma bebida feita de ervas cruas maceradas e misturadas com vinho era usado para sedar o paciente. O pré-anestésico mais comum era chamado de Dwale .
Havia numerosos ingredientes inócuos no Dwale, como alface e vinagre,. Mas também tinha componentes mortais, como cicuta e o ópio. Muitas vezes a mistura era forte demais e matava o paciente. Pra piorar, não havia um método muito claro de produção do Dwale, ele era feito no “olhômetro”, e administrado ao paciente em quantidades variáveis. Um vacilo e “créu”. 

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Isso que mais parece uma barbie steampunk era na verdade, o boneco de estudos do médico! Imagina que merda viver numa época em que o médico não podia estudar num corpo de verdade, porque isso era heresia! Assim, eles precisavam usar esses bonequinhos esquemáticos feitos de madeira e marfim, para entender rudimentarmente como era o corpo humano. Este aqui é uma raridade de 1680. O boneco tem até um caixãozinho, porque a pressão sobre a medicina era tamanha, que era preciso dizer que até o BONECO era uma pessoa morta!

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Já esta coisa que mais parece uma maquina de tortura, era uma cadeira de parto, usada em 1750. Ela podia ser ajustada, deitando a parturiente. O buraco no assento era para a parteira poder puxar o bebê.

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Cadeiras estranhas sempre estiveram ligadas à medicina. Certamente esta acima é a avó da cadeira de rodas. Um misto de maca e cadeira, servia aos inválidos de 1915.

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E o que dizer dos tratamentos com medicamentos da época? Esse vidrinho aqui contém água radioativa! Imagina só, beber essa merda para curar enxaqueca em 1928!

 

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Em 1890, se você tivesse passado pela peixeira do médico ali de cima, certamente iria usar uma prótese, como esta perna de madeira, que mais parece uma perna de robô.

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Ou quem sabe uma mão de madeira como essa, de 1800…

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Em 1950, já se usavam maquinas bem estranhas, como este enorme “!pulmão de aço” para múltiplos pacientes que tinham poliomielite.

1_be29a7f9-74b8-4252-8ea2-51e47bc68746Esse é um vidro de Heroína, fabricado pela Bayer, e que era bastante receitado para problemas infantis!

 

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A dor de dente sempre foi um problema crônico da humanidade através dos séculos. Em 1885 era comum usar cocaína para tentar fazer a dor passar. Obviamente muitas pessoas ficavam viciadas, (como o Freud) mas a cocaína era vendida livremente em tudo que era farmácia.

E essa coisinha fofa aqui em baixo…

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Enemas foram muito utilizados como tratamentos diversos nos tempos medievais. Para isso eles usavam essas seringas gigantes,  chamados clisteres . Um clister era uma seringa de metal contendo um tubo na ponta. Esse tubo seria enfiado no  ânus do paciente para que um determinado fluido medicinal fosse injetado no copo. O líquido seria introduzido no cólon por uma série de ações de bombagem. Embora água morna e sabão ainda sejam utilizados para enemas hoje, s coisas um pouco mais bizarras naquela época: um dos fluidos mais comuns a injetarem nos pacientes era uma mistura de bile de javali! 
Até reis entravam bonito nos enemas! O Rei Luís XIV da França fez mais de 2.000 enemas durante seu reinado. 

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Se a coisa não era boa para os lados do lugar onde o sol nunca bate, era pior ainda quado o problema era no olho. Durante a Idade Média, a cirurgia de catarata era realizada quadro com uma agulha grossa. O procedimento envolvia empurrar a córnea para o fundo do olho.
Claro, a cirurgia do olho avançou bastante quando a medicina islâmica começou a influenciar as práticas europeias. Em vez de uma agulha, uma armação de metal era inserida e com o uso de uma antepassada da atual seringa hipodérmica, a catarata era extraída através da esclera (a parte branca do olho) através da sucção. Sem anestesia, lógico! Dilícia! Mas voltando ao lugar onde o sol nunca brilha…

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Se você tivesse a infelicidade de ter hemorróidas na Idade Média, o seu médico certamente pensaria que você era uma pessoa não orou ao São Fiacre (o santo “protetor contra hemorróidas”). – Pausa para reflexão sobre existir um padroeiro das hemorróidas.

Se você fosse o infeliz desgraçado, estaria condenado a  um “tratamento” digno de um filme de terror! Primeiro que quem tratava hemorróida não eram médicos, mas sim monges. O tratamento era peculiar: Eles iam colocar um ferro em brasa no teu cu. Obvio, sem Nenhum tipo de anestésico.

Desagradável, mas a opção alternativa não era menos dolorosa e era igualmente eficaz: Os monges iam mandar você numa longa viagem, para sentar-se na “pedra de são Fiacro” que era o local onde o monge irlandês do século VII teve a cura milagrosa de suas hemorróidas. Foi por esta razão que ao longo de toda a Idade Média, hemorróidas eram chamadas de “Doença de São Fiacre.”

Até o século 12, as coisas já tinham mudado.  O médico judeu Moisés Maimónides escreveu um tratado de sete capítulo sobre as  hemorróidas que avançou bastante o tratamento com ferro em brasa no cu.  Ele prescreveu uma medida do método mpler: o famoso banho de assento. 

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Outra técnica da medicina primitiva era a Trepanação.  Isso consistia em fazer um pequeno orifício no crânio para expor a dura-máter, a membrana externa do cérebro. Era um processo eventualmente usado para tratar diversas doenças, das dores de cabeça crônicas a delírios e prolemas de natureza psiquiátrica… Acreditava-se que a pratica aliviaria a “pressão” nos miolos e traria a saúde ao paciente.

A técnica, muito antiga, tão antiga que era praticada até por índios primitivos e pelos egípicios,  também foi pensada para curar a epilepsia. Muitos índios pensavam que ao perfurar o crânio, o espírito mau que havia se apossado do corpo, iria embora pelo buraco. 

A técnica é absolutamente bizarra, mas acredite se puder, ela foi usada recentemente, em 2000 , quando dois homens dos EUA usaram a trepanação para “tratar” uma mulher que sofria de síndrome da fadiga crônica e depressão.

 

 

 

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Olá, matéria excelente, como sempre.
    Só a título de curiosidade, bronzear os bebês ainda é o melhor tratamento pra icterícia, é muito comum nas maternidades.
    E a parte que é mandada pro fundo do olho na “cirurgia” primitiva de catarata é o cristalino, não a córnea. Tal procedimento ainda é realizado em algumas partes da África, vi um vídeo demonstrando isso um tempo atrás, mas infelizmente não o consigo encontrar.

  2. Tratamento para sífilis usado em sanatórios do Brasil antes dos antibióticos: o cara ficava num daqueles fornos a mais de 40 graus durante uma semana.

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