Foi zoado pelo ET – O senso de humor alienígena

Uma das coisas que tenho grande prazer em fazer é ler casos ufológicos variados. Eu leio tudo que passa na minha frente. Dos casos mais chulés aos mais incríveis. A ufologia é feita em grande parte da coleta de relatos anedóticos, que nos trazem relatos em primeira, segunda ou até mesmo terceira mão, de pessoas que passaram por situações excepcionais. Isso é claro, não prova absolutamente nada. O ser humano é por natureza um apreciador de relatos. O ato de contar histórias é uma parte importante da construção social e está gravado de modo indissociável de nossa constituição como homo sapiens. Isso é claro, tem uma razão, e a razão que eu vejo, é que histórias ensinam. Por isso elas são importantes.

Quem nunca ouviu a história do menino que gostava de pregar peças nos outros? Ele era um moleque chato que vivia fingindo estar se ferrando para pedir ajuda e ria de quem corria para o acudir.  Um dia ao se afogar de verdade numa piscina, ele gritou por ajuda, mas ninguém o socorreu, pois achavam que era mais uma de suas zoeiras. E ele morreu.

Essa pequena historinha, que aparece recorrentemente na criação de crianças de todo o mundo, tem uma função clara de alertar para que nunca se fique sem credibilidade ao pedir socorro.

Numa sociedade grupal como a dos primitivos humanos e também as dos nosso ancestrais símios, há uma regra implícita sobre o alerta. Macacos possuem um grito de alerta para perigos e gritos específicos para situações onde ele se ferra e precisa de ajuda. Não se brinca com certas funcionalidades evolutivas.  A história do menino zoeiro é sobre isso.

Na ufologia, as histórias também podem ensinar.

Eu já perdi as contas de casos que acabam se relacionando de alguma forma. Quanto mais eu vou lendo, mais uma série de pequenos elementos começam a pipocar em casos envolvendo pessoas, épocas e lugares incomuns, e que guardam características similares. Alguns desses são similares o suficiente para transcender a mera coincidência.
Eventualmente, um ou outro caso destoa de tal maneira do “cânone” que acaba se tornando um ponto de interesse. Eu gosto especialmente de casos envolvendo particularidades bizarras. Por exemplo, há um caso ocorrido na mesma onda ufológica dos anos 60 no interior de São Paulo, onde está o famoso “caso Lins”, e que eu suspeito que sejam os mesmos seres, pois este caso ocorreu no mesmo período e numa área de poucos km de distância de Lins.

Nesse caso, no raiar do dia, um alien enorme de quase dois metros aparece nos fundos de uma casa de fazenda, vestindo uma roupa prateada com um casacão pesado por cima e um gorro. Ele tem nas mãos com um tipo de copo estranho na mão e chega falando em português com sotaque estranho, pedindo água. (no caso Lins é uma mulher vestida como uma “gringa” que aparece para pedir água de madrugada num sanatório, portando uma bela vasilha metalica como um copo) Pois eis que nessa cozinha onde o ser apareceu, estava uma senhora fazendo café.  O que ela fez? Saiu gritando desesperada? Não. Ela OFERECEU UM CAFEZINHO PRO ET!  E o Et aceitou!

O Alien não bebeu o café, mas agradeceu e perguntou num português ruim – a mulher pensou também se tratar de um estrangeiro perdido – o “caminho da cidade”. Ela então gritou o filho e mandou ele levar o simpático gringo até a cidade. No caminho, o gringo mudou a rota, e desobedecendo os gritos do rapaz adentrou uma mata sozinho. Tempos depois um engenho metálico decolou no meio da mata.

Casos assim me encantam, porque qualquer pessoa com intenção de contar uma mentira tem como finalidade básica que o interlocutor acredite no que ela conta.

Por isso, situações como “serviu um cafezinho para o Et” soam tão inesperadas e deliciosas.

Embora um et que aceita um café pareça muito pitoresco, algo que chama atenção num volume muito expressivo de casos está relacionado justamente na total falta de humor dos alienígenas. É difícil a gente lembrar de algum caso em que os aliens soem engraçados, ou façam piadas. Eles aparecem brincando de jogar pedras para cima, como no caso HIggins ou mesmo correr dando grande saltos como crianças se divertindo, como no caso Crixás – que acaba de maneira trágica, com mortes dos dois lados.

Mas não se vê um alien sendo zoeiro deliberadamente. É algo muito difícil e eu acho que só fui ver isso realmente no caso abaixo.

O homem zoado pelo ET

Localização. Tallaboa Porto Rico
Data: novembro de 1979
Hora: 9:00
Um homem que estava correndo ao longo de algumas salinas perto da praia estava se aproximando de uma área coberta de mato e vegetação costeira quando de repente notou várias figuras estranhas ao lado de algumas pequenas árvores.

Havia cerca de cinco a seis seres deles, com um metro e oitenta de altura e muito magros com grandes carecas.

Sua característica mais marcante eram seus grandes olhos luminosos e inclinados e sua cor de pele azul acinzentada. Eles eram idênticos e também tinham braços longos e finos com dedos longos e finos e outra característica peculiar que ele conseguiu notar foi uma fileira de dentes pontiagudos afiados em suas bocas. Os seres pareciam estar lutando com um homem de cabelos escuros que parecia estar desesperado sendo subjugado pelas criaturas.

Eles estavam tentando carregá-lo para a praia próxima, onde uma nave oval de cúpula metálica brilhante pairava abaixo do solo.

O objeto tinha luzes multicoloridas e estava completamente silencioso. De repente, um dos seres notou a testemunha e apontou para ele. Nesse momento a testemunha sentiu a comunicação mental dos seres que pareciam rir e zombar da testemunha, imitando-a correndo para frente e para trás em altíssima velocidade.

A testemunha então ouviu o ser dizer que ia ser levado também, mas outro dos seres interveio e disse que não era necessário.

Naquele momento, o ser que zombou da testemunha de repente jogou algo nele semelhante a uma grande gota de água transparente, uma esfera liquida, que parecia fria quando o atingiu em cheio no peito. A testemunha então se sentiu entorpecida, mas continuou correndo e deixou a área.

(A testemunha ficou tão aterrorizada que esperou onze anos para contar a alguém sobre o incidente. Não se sabe o que aconteceu com o homem de cabelos escuros que os alienígenas estavam tentando sequestrar.)

Fonte: Jorge Martin, UFO Evidence #1

È incomum que aliens fiquem zoando a testemunha, no melhor estilo quinta série: “olha você, kkkk”. Agora, esse caso é peculiar também porque ele difere de muitos outros no que diz respeito ao tipo de ataque. Aliens descendo a porrada e pegando gente à força, na marra, são comuns, como vemos no Caso Villas Boas, no caso da tentativa de sequestro de Flauzino Pereira e entre outros para ficar nos mais famosos.  Agora é comum que uma das criaturas aponte o “bastão entorpecente” para a testemunha, ferrando seu sistema nervoso em graus variados. Isso aparece em um volume extremamente significativo de casos. O que é incomum, é esse de jogar uma esfera no peito da testemunha.  Mas isso também ocorre no caso Turíbio Pereira, que veja só, ocorre na onda do caso Lins, justamente EM LINS!

Note certas similaridades:

Texto original: Site INFA via portal fenumenum

 

Era 02/10/1968, uma quarta-feira. Turíbio Pereira acorda e se prepara para mais um dia de trabalho. Funcionário da Prefeitura de Lins, SP, o Turíbio tinha a função de tratorista. Um homem de estatura mediana, de origem indígena, olhos negros e cabelos também negros. Não tinha muito estudo. Morava em uma casa bem simples, juntamente com a esposa e filhos, na periferia da cidade. Turíbio saiu de casa e foi para o final da Avenida da Saudade, já quase fora da cidade. Lá estava o trator com que trabalhava, onde tinha deixado no dia anterior. Tinha um enorme barranco para rebaixar. Por volta das 06:00 horas da manhã, ao subir na esteira do trator para examinar o nível do óleo do diferencial, notou um pequeno veículo, não maior que um automóvel de passeio, flutuando próximo e mais abaixo do trator, quase tocando o solo. Tinha uns cinco metros de comprimento e uns três metros de largura. Era meio “ovalado”. Tinha a cor do ouro. Tinha uma plataforma ao seu redor e na parte de cima tinha uma cúpula transparente aberta. Lá dentro tinha quatro banquinhos e um painel diferente de tudo o que já tinha visto. Não fazia nenhum ruído. Ficou muito assustado e muito nervoso. Queria fugir dali imediatamente, mas não conseguiu.

Obs.: O trator estava estacionado na parte mais alta do barranco e o objeto estava flutuando na parte mais baixa, onde, consequentemente, o Turíbio estava vendo o objeto por cima. A cúpula estava aproximadamente um metro abaixo das rodas do trator e na distância aproximada de oito metros.

Turíbio logo percebeu que não estava só. Viu quatro seres muito parecidos entre si. Eram mais parecidos entre si que as próprias filhas gêmeas do Turíbio. Eram como seres humanos normais. Tinham o mesmo tipo de vestimenta. Usavam uma túnica de cor azul cobrindo a cabeça e o corpo. Usavam uma espécie de saia vermelha. Nos pés tinham uma espécie de sandálias com tiras enroladas na perna até próximo ao joelho. O rosto era bem parecido com os humanos. Tinha a pele lisa, eram bonitos e tinham a face que lembravam expressões de crianças. Um ser estava de pé na plataforma do objeto com algo na mão, que Turíbio imaginou inicialmente ser uma arma e depois constatou que realmente era. Outro colhia terra com uma espécie de pá prateada e levava para o interior do objeto. O terceiro estava examinando o motor do trator. O quarto estava no interior do veículo e olhava fixamente para o Turíbio, enquanto que os dedos do ser teclavam um painel na horizontal que lembrava o teclado de um piano.

Quando os seres perceberem a presença do Turíbio, aquele que estava na plataforma, olhou fixamente para ele e disparou uma espécie de bola luminosa que o atingiu na barriga, na altura do estômago.

Turíbio, com fortes dores na barriga, quase insuportáveis, ficou completamente paralisado, mas conseguia ver e ouvir tudo. Os seres lentamente entraram no objeto e ocuparam os banquinhos. A plataforma foi recolhida para o interior do objeto e uma espécie de cúpula transparente envolveu os quatro seres. Lentamente o objeto foi subindo e de repente, sem nenhum ruído, disparou em alta velocidade, sumindo em poucos segundos.

Lentamente, o Turíbio sentia que as dores na barriga estavam aliviando. Com muita dificuldade conseguiu descer do trator. Começou a andar para buscar ajuda. Viu um caminhão na estrada. Era seu amigo Ismael que o levou até a Prefeitura, onde foi socorrido. Turíbio estava muito fraco e muito cansado. Tinham enormes olheiras e estava completamente pálido. Simplesmente estava traumatizado com tudo que lhe aconteceu. Depois que melhorou foi para casa, onde teve várias crises de choro.

Posteriormente, o Turíbio foi levado para uma unidade da Aeronáutica no interior do Estado. Ele não soube dizer qual foi essa unidade e nem em que cidade. Ou não sabia mesmo ou então foi orientado para não falar. Ficou lá por três dias, onde foi medicado e interrogado pelos militares.

OBS.: Provavelmente eram os militares do IV COMAR – Quarto Comando Aéreo Regional, de São Paulo, que na época tinham um grupo de pesquisas ufológicas, o SIOANI – Sistema de Investigação de Objetos Aéreos não Identificados, comandado pelo Major Brigadeiro José Vaz da Silva.

Anos mais tarde, o Turíbio já morava em São Paulo. Quando se dirigia ao trabalho, ao passar por baixo do Viaduto Alcântara Machado, na Avenida Radial Leste, na Zona Leste da Capital, Turíbio viu novamente o mesmo objeto, que ele dizia ser arredondado, parecido com o automóvel Karman Guia. O objeto estava quase que “grudado” no teto do viaduto. Por telepatia, ouviu dentro da cabeça:

– Não fique assustado, pois só você está nos vendo. Queremos conversar com você.

Assim, aconteceu a comunicação com esses seres. Disseram que não eram humanos e que eram de um mundo situado dentro do nosso mundo. Explicaram sobre a cultura, sobre o mundo deles, a natureza, etc. Turíbio não entendeu muito bem. Imaginou ser um mundo paralelo ou outra dimensão. Tais seres também disseram que eram homem e mulher ao mesmo tempo, e que se reproduziam retirando um líquido da coxa, com o auxílio de uma espécie de seringa, o qual depois era levado para uma espécie de incubadora, para realizar a reprodução. Disseram ainda que estavam em um grau evolutivo acima do nosso e que gostariam de fazer uma experiência com o Turíbio, pois ele estava muito debilitado. Assim, eles partiram e foram embora. Turíbio não soube dizer se realmente fizeram algumas experiências com ele, pois nada sentiu. Turíbio nunca mais viu tais seres.

Se não me engano, uma nave com seres parecidos, vestindo túnicas sentados no que parecia ser um Karmann Guia prateado voador tb aparece no caso da Lagoa dos Patos.

Curioso, né?  Bateu ate uma saudade do meu Karmann Guia conversível agora.

De volta a questão do senso de humor, eu penso que seria difícil que um alienígena capaz de se comunicar telepaticamente desenvolva um senso de humor. Há uma série de pesquisas muito interessantes para tentar entender como a mente entende uma piada e o que é o que chamamos de “engraçado”.
O riso é um dos maiores mistérios do comportamento humano porque ele combina uma parte primitiva e outra intelectual. Sabemos hoje, com base de diversos estudos da Psicologia e da Neuropsicologia e da neurofisiologia geral, que  o humor está atrelado a uma condição de surpresa.  Para se divertir, a nossa mente precisa ser levada a uma direção e depois arrancada sem a menor cerimônia para outra.  Nesse momento, enquanto nossos neurônios lutam para processar todas as informações conflitantes e então, ele finalmente monta um quebra-cabeças de informações de uma forma compreensível inesperada, “entendemos a piada”. É por isso que nunca se pode prever precisamente um riso, porque não podemos fazer isso conscientemente. NUNCA.

Um riso premeditado é um riso falso e a maioria de nós o reconhece imediatamente assim que escutamos.  Assim, uma situação engraçada é precedida de um efeito chamado “efeito chicotada” que ocorre no cérebro. O efeito chicotada já foi medido por ressonâncias magnéticas. O humor real ocorre em uma rede de áreas diversas do cérebro. Por isso, sabe-se que não existe um “centro da comedia” na mente humana.

Assim, eu imagino que os aliens tenham um problema de senso de humor, porque num ambiente de comunicação não-verbal, portanto telepático, você não vai receber inputs para montar um pensamento individual, e não vai ter um efeito chicote. A transmissão de pensamentos telepática pressupõe de alguma maneira, que uma mente emissária consiga organizar os influxos neurais em outra de uma maneira organizada, e portanto, o pensamento final chegaria pronto no receptor, saltando a parte do efeito chicote.  Claro que toda essa conjectura maluca deriva do fato de eu estar extrapolando que os processos funcionais fisiológicos de uma mente alienígena obedeçam certas regras de funcionamento similares às nossas, o que é de cara, um tipo de desatino.  Mas é algo interessante para pensar enquanto se lava a louça, sem dúvida.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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