quinta-feira, dezembro 12, 2024

Estou de volta!

Alguns leitores me escreveram muito preocupados do Mundo Gump ter virado um site de fotos.

Teve um cara que me perguntou se eu tinha vendido o blog. hahaha Calma, meu povo.

Há uma boa explicação para meu sumiço nessa semana. Estive muito ocupado trabalhando em outros projetos paralelos ao blog. O que mais me consumiu trabalho foi justamente o livro do Zumbi, que eu havia combinado com o editor que iria reescrever. E foi o que eu fiz, arduamente, reescrevei o livro em muitas partes. Tirei algumas coisas que eu não gostava e inseri algumas outras que achei que seriam importante para a fluidez da história. Obviamente que isso é uma coisa que toma algum tempo.

Paralelamente a isso estou atendendo a alguns clientes de webdesign, e isso também come uma parte do meu precioso tempo, que estou dividindo também com um certo esforço para aprender mais profundamente a usar o Zbrush.
Eu usei bastante o zbrush em suas versões mais antigas, mas as últimas, eu praticamente só acompanhei à distância, porque a natureza dos meus trabalhos gradualmente mudou de foco nos últimos anos. Mas eu vi a necessidade de um aprofundamento no 3D, por inúmeros motivos, mas principalmente porque não quero ter que aprender muita coisa no futuro, caso eu precise ficar aí três, quatro anos longe de mexer no 3d. Aliás, algo que eu realmente não pretendo é ficar muito tempo longe do 3d, como fiz nos últimos anos.

Eu tenho uma relação de amor e ódio com o 3d. Quando estou fazendo, eu odeio, mas quando fico muito tempo sem fazer, sinto falta. Só Freud resolve isso!

Obviamente que quanto mais tempo você passa sem treinar, sua mente vai esquecendo e vai gravando outras coisas (algumas até inúteis) por cima das trilhas antigas onde estava o “how to” de tudo no 3d… (não sei se preciso avisar ao chato de plantão que isso é uma figura de linguagem. Eu sei o básico de como o cérebro funciona!)

Mas computação gráfica é um troço ingrato. Quem é da área sabe disso. Se você passa uns dias sem mexer, já sente dificuldade. Imagina passar anos?!

Não obstante, se você voltasse a mexer naquilo que sempre mexia era até mais fácil lembrar, mas hoje, a tecnologia avança a passos largos, tão largos que é foda de acompanhar! Bobeou, sai uma nova versão do programa que você sempre usou, com tudo fora do lugar. São mil e uma novas funções adicionadas a cada versão… Aquilo que você passou anos decorando como fazia, mudou, agora faz de outro jeito, e o atalho de teclado que antes fazia uma coisa, agora faz outra. Créééééu!

A modernidade é legal, mas ela também é muito ingrata em certos aspectos.

Você conhece alguém que toca violão bem? Se você conhece, sabe que essa pessoa deve treinar muito. Se você acha que ela não treina feito uma condenada, eu lamento, mas estão te engrupindo.

Mexer com a Computação Gráfica guarda certas semelhanças com aprender a tocar bem um instrumento musical. Requer uma taxa preciosa de tempo de estudo da técnica, da ferramenta e do método, mas além disso, vem de brinde uma taxa substancialmente maior de treino e repetição.
Há cavaleiros jedis entre nós? Logico que sim. Mas digamos que eles são poucos. As pessoas normais estudam, ralam pra cacete para conseguir avançar. Não é fácil, e muito menos barato. Você erra dez, vinte vezes para descobrir, quando finalmente achar que acertou, que havia um outro jeito melhor e mais simples de fazer aquilo, que você se matou para conseguir.
E todo aquele enorme volume de conhecimento acumulado que lhe levou até ali só serviu de escada para você chegar ao ponto de perceber o quanto há de caminho ainda pela frente.

E então, um dia, quando você chegou finalmente ao ponto do domínio sobre a ferramenta, que sabe exatamente como fazer suas ideias virarem algum tipo de realidade, vai perceber que há um oriental que faz tudo aquilo cem bilhões de vezes melhor que você…

Bem vindo ao mundo real.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.
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Comentários

  1. Ou seja, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

    (Se não estudar a ferramenta, vai-se perdendo mercado; mas sempre haverá alguém melhor que você)

  2. Philippe,

    Você podia colocar este app de comentários para integrar mais os comentários, ficaria mais fácil e creio que iria gerar mais pageviwes para você e discussões mais ordenadas.

    Abraço

  3. É…. eu sei bem como é. Desde um simples APP de celular quando atualiza se voce não abrir e fuçar tudo logo ou pular alguma atualização….BaBAu!

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