sexta-feira, janeiro 24, 2025

Descubra algumas interessantes curiosidades do Século XV

Meu primo me mandou um email interessante sobre algumas curiosidades do século XV. Incrível como a raça humana conseguiu chegar até aqui.

Nos séculos XV e XVI não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à inexistência de água encanada.
O mau cheiro era dissipado pelo abanador.
Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos.
Quem já esteve em Versailles admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram só contemplados, mas “usados” como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque não existia banheiro.

Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para eles, o início do verão).
A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar, as noivas carregavam buquês de flores, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro.
Daí termos “maio” como o “mês das noivas” e a explicação da origem do buquê de noiva.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças.
Os bebês eram os últimos a tomar banho.
Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro.
É por isso que existe a expressão em inglês “don’t throw the baby out with the bath water”, ou seja, literalmente “não jogue o bebê fora junto com a água do banho”, que hoje usamos para os mais apressadinhos.

Os telhados das casas não tinham forro e as vigas de madeira que os sustentavam era o melhor lugar para os animais – cães, gatos, ratos e besouros se aquecerem.
Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a pularem para o chão.
Assim, a nossa expressão “está chovendo canivete” tem o seu equivalente em inglês em “it’s raining cats and dogs” (está chovendo gatos e cachorros).

Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada.
Lembremo-nos de que os hábitos higiênicos, da época, eram péssimos.
Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, venenosos.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque.
Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo “no chão” (numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoólica com óxido de estanho).
Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estivesse morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro.
O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não.
Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão.

sao francisco expulsa os demonios de arezzo benozzo gozzoli | Curiosidades | curioso

A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sempre havia espaço para se enterrarem todos os mortos.
Então os caixões eram abertos, os ossos retirados, postos em ossários, e o túmulo utilizado para outro cadáver.
Às vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo.
Assim, surgiu a ideia de, ao se fechar o caixão, amarrar uma tira no pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo, durante uns dias.
Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar.
E ele seria “saved by the bell”, ou “salvo pelo gongo”, expressão usada por nós até os dias de hoje.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

  1. Pois é, Emilio, de fato praticamente todas as expressões idiomáticas tem diversas origens e muitos livros e filólogos discordam entre si sobre a origem de certos termos. Não há como ter certeza absoluta da origem dos provérbios. O que temos são uma série de indícios, que podem ser ou não relacionados com fatos históricos e etc.
    Pessoalmente, eu acho improvável que alguém tivesse conseguido jogar uma criança fora junto com a água do banho, já que a tina era enorme e quem fazia o despejo eram os empregados. E cometer uma cagada dessa seria punido com a morte.
    O salvo “pelo gongo” eu acho que deve vir mesmo das primeiras lutas esportivas. Até porque o Gongo é um instrumento musical usado nas lutas até hoje. O sino de aviso de que “o morto” está vivo realmente existiu e foi até patenteado na Inglaterra, fazendo enorme sucesso no fim, do século XVIII e por quase todo o seculo XIX.

  2. muito obrigada adorei o texto sou professora de historia e tenho certeza que a minha sexta serie vai delirar com o texto vamos aprender e vamos rir muito … gostaria de dizer OBRIGADA e muita paz amor e harmonia pra nós… mas todos bem cheirosos rsrsrs

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