Como Raul Seixas conseguiu assassinar um príncipe brasileiro 20 anos após já ter morrido?

Pode parecer um tanto quanto confuso. E é.  O fato é que Raul Seixas, o musico, autor de grandes canções como Gita e Maluco Beleza, está sendo acusado de ser um assassino frio e calculista, que matou ninguém menos que o príncipe do Brasil. E pior, fez isso vinte anos depois dele mesmo morrer.

Como isso é possível? Eu não sei bem, mas a acusação alega saber; e como seria de imaginar, envolve um conluio conspiratório que deixaria qualquer um “perplcto”.

Raul Seixas faleceu em 1989, mas  segundo o Advogado Aldebaran Luiz von Hollben, Raul teria perpetrado um maligno plano que culminou com a morte, num acidente aéreo ocorrido em 2009 do príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança.  O jurista entrou com um inesperado processo post-mortem, contra o “Maluco Beleza” acusando-o de homicídio qualificado do príncipe brasileiro, mesmo na condição de desencarnado.

Raul Seixas anda derrubando aviões, segundo informa a peça jurídica

O processo, que pode ser acessado neste link e que consta sob o número 0005008-23.2022.8.16.0112. Nele o intrépido jurista cita uma série de fatos e traçou a sincronicidades entre cada um deles, mostrando que a queda do avião no oceano Atlântico, em 2009, é decorrente direto de uma apresentação que Raul Seixas fez no longínquo ano de 1976, na cidade de Marechal Cândido Rondon, no interior do Paraná. Aldebaran revela ao mundo:

 

“Não tenho a menor dúvida que foi o Raul Seixas que matou o Príncipe e não tenho porque sou conselheiro, secretário e membro da diretoria da Ordem dos Músicos do Paraná e esse é meu trabalho denominado serviço público federal voluntário eu tenho grau para concluir corretamente, por esse motivo faço a denuncia crime acompanhada de requerimento comercial.”

O jurista ainda mostra mais detalhes chocantes, como a coincidência de que sua inscrição na Ordem dos Músicos do Paraná é a de número 1989, mesmo ano da morte de Raul. Está óbvio para qualquer um que os números estariam correlacionados. De alguma forma é citado até a banda Rush, o famoso trio canadense de rock progressivo, que traz um dinossauro na capa do ao vivo “Rush in Rio” (2003) – e cuja assinatura é requerida no processo, uma vez que está amplamente conectado a tudo isso que está aí.

Na conclusão do texto, Aldebaran pede direitos comerciais sobre a expressão “dinossauro do rock”, que devem ser cedidos pelo Rush. Ele também exige a condenação de Raul Seixas, mesmo que admitindo estar já no “plano espiritual”, pelo homicídio do príncipe morto no acidente de avião. A maçonaria também é citada, como obviamente não poderia deixar de ser em tão bela pérola jurídica.

O Superman

Sim, eu disse o Superman. Kal-El, o alienígena, entra nessa história de tabela, uma vez que essa não é a primeira vez que Aldebaran Luiz entra com um pedido inusitado na justiça.

Em 2021, ele moveu um processo onde solicitava para si o título oficial de Superman. No pedido ele cita que o mesmo que teria sido passado para ele automaticamente após o ator Christopher Reeve – o intérprete do herói no cinema – ter ficado paraplégico.

Claro que ele não pediria nada sem provas, e elas eram fotos do Aldebaran, ainda criança, em um carrossel, com uma camisa do Flamengo e um tênis do Superman.

Na ocasião, Aldebaran que além de pleitear os poderes de voar e soltar raios pelos olhos, pediu reconhecimento por parte do Flamengo e também da Warner Bros e da DC, além do direito de passar a viver o Homem de Aço nos filmes. O processo seguiu sob ameaças de que as empresas teriam sérios prejuízos na bolsa de valores após a derrota do Superman, mas lamentavelmente ele foi indeferido.

Aldebaran, o homem com nome de cavaleiro do Zodíaco, que é advogado, barão (sim, eu disse BARÃO) , secretário e conselheiro efetivo da Ordem dos Músicos do Paraná é também empresário. Aliás, ele foi inclusive citado na CPI da Covid por Amilton Gomes, numa situação envolvendo a (UNMIR) United Nations Mission of International Relations .

Amilton Gomes, na ocasião afirmou ter atuado como um dos elos para que a Davati Medical Supply conseguisse ofertar ao Ministério da Saúde um suposto lote de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. A SENAH tem uma parceria com a UNMIR, a United Nations Mission of International Relations (Missão de Relações Internacionais das Nações Unidas) — que, apesar do que o nome sugere, não tem nada a ver com a ONU. E não é só o nome que engana! Veja, aqui em baixo, os símbolos da UNMIR e da ONU:

Imagem: Reprodução

Era esse o símbolo que estava no documento que Amilton Gomes assinou, e o senador Jean Paul Prates questionou. De acordo com o site (em inglês) da instituição, a UNMIR é “uma organização internacional que une ONGs ao redor do mundo pela causa de avançar a paz e o bem-estar global”. O endereço indicado no site aponta para um espaço de coworking em Nova York (e não para a sede da ONU, como o nome pode sugerir).

E sabe quem é presidente da UNMIR?…  O Barão Aldebaran Luiz Von Hollben, autointitulado de “dinossauro do Rock”. Que não pode mais ser chamado de Superman porque a juíza indeferiu seu pedido.

VIa Igor MIranda Blog , fonte ,  fonte, fonte

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Fico me perguntando como você descobre essas coisas. Muito bom!
    Aldebaran deveria fazer um documentário sobre essa teoria dele. Hehe.

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