Como Frank Sinatra quase foi John McLane, o protagonista de duro de matar

Duro de acreditar, mas Frank Sinatra, o famoso cantor, celebre por musicas como “New York, New York” e “My Way” por muito pouco não foi também o ator que interpretou o papel que consagrou Bruce Willis como John McLane.

Como isso aconteceu?

Quando o filme estava em produção, a reputação de Bruce Willis não era das melhores. Um artigo de 2014 da Business Insider escreveu que “Willis não era exatamente o tipo de pessoa que o estúdio esperava colocar no papel de McLane”.

No final dos anos oitenta Willis ele era mais conhecido pela comédia romântica “A gata e o rato”. Um personagem bem carismático, mas o estúdio não via nele um  herói de ação. É claro que os pessimistas acabaram tendo que engolir Willis, e foi uma grata surpresa quando o filme foi um grande sucesso. Sua premissa de um arranha-céu sob cerco tornou-a dinâmica e inovadora. O personagem central John McLane se tornou um dos maiores papéis de sua carreira até hoje.

Tudo nasceu de um sonho

Baseado no livro de 1979, “Nothing Lasts Forever”, de Roderick Thorp, o filme original levou algum tempo para chegar à tela. E quando os produtores começaram a pensar em uma versão cinematográfica, láááá atrás, o nome que parecia ideal para o papel era de Sinatra.

Embora isso pareça estranho, faz sentido no contexto do romance de origem. “Nothing Lasts Forever” foi pensado por Thorp em um sonho. De alguma forma, ele conseguiu dormir durante o épico do cinema-catástrofe “Inferno na Torre” (1974).

Não o culpo. Eu já dormi duas vezes nesse filme.

Ele acabou sonhando com Joe Leland, o herói de seu livro anterior, The Detective (1966), enfrentando criminosos em um arranha-céu. Essa foi a essência de “Nothing Last For Forever” , uma continuação da história de estréia de Leland.

O detetive havia sido filmado em 1968, estrelando ninguém menos que Frank Sinatra. Esse violento thriller policial, que abordava temas sensíveis como a homossexualidade, era um ponto alto no currículo de Sinatra na década de 60.

Suas habilidades de atuação já haviam sido colocadas à prova em outros filmes como “O Homem do Braço de Ouro” (1955), “O Candidato da Manchúria” (1962) e “O Expresso de Von Ryan” (1965).

Um fator importante que impediu o envolvimento de Sinatra foi o tempo. “Duro de matar” começou a tomar forma duas décadas depois de “The Detective” , e enquanto Joe Leland havia atingido a idade da aposentadoria no romance, o famoso cantor já estava muito além disso. Aos 73 anos ele simplesmente não teria como.

Sinatra seria obrigado a correr em um colete, rastejar através de eixos de ventilação e usar linguagem obscena. Além disso, as lendas de hollywood sobre o por que exatamente a versão do Sinatra não aconteceu variam. O Business Insider afirmou que “Como o filme era tecnicamente uma sequência, eles seriam contratualmente obrigados a oferecer a Frank Sinatra o papel principal na sequencia. Ele já tinha 73 anos na época, e uma sequencia poderia ocorrer com um John McLane de quase oitenta anos não soaria muito verossímil. Assim, Sinatra agradeceu e gentilmente recusou a oferta ”.

The Independent diz: “Os produtores esperavam que Sinatra voltasse como Leland para a continuação.” De qualquer forma, o “Chairman of the Board” flopou.

Sinatra como Joe leland

Joe Leland teve então seu nome alterado para John McLane.

Em seguida, os produtores sondaram outro ícone: Arnold Schwarzenegger foi abordado, no que certamente poderia ter sido o substituto de ator mais radical na história do cinema. Por alguma razão, não rolou com o famoso fisiculturista e Finalmente, Willis conseguiu o espaço. É difícil imaginar mais alguém no papel. Talvez Stallone…

Die Hard celebra seu 30º aniversário em 2018. Uma parte do The Independent refere-se a ser “nada menos do que um fenômeno, gerando quatro sequências até hoje e uma base de fãs leais, muitos dos quais afirmam que ele é o seu filme favorito de Natal”.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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