Quem curte Formula 1 e ainda sente aquela saudade do Senna, pode se consolar correndo pelo gramado com este belo cortador de grama na forma de um carro Lotus. Sensacional. Só falta a musiquinha do Ayrton pra te fazer chorar.
Manhê, vem ver o que eu fiz com a melancia!
Caiaque transparente – Idéia genial!
Pô, como que nunca vi isso aqui no Brasil? Achei acidentalmente no Google esta empresa do Havaí que fabrica caiaques e canoas com um plástico absolutamente transparente e ultra-resistente. A parada é como se fosse de vidro. Assim você passeia vendo a beleza do oceano abaixo de você. Sensacional. Simplesmente fantástica esta ideia. Para ser melhor, só se fosse feito de pet reciclado.
Você vai se impressionar com esse comercial antidrogas chocante
Caraca… (não deixe a criança ver isso)
Descubra a animação Tabula Rasa
Parece até um filme daqueles abarrotados de explosões, aliens e monstros babentos explodindo prédios. Com os tradicionais carros voando e explosões de tripas sacudindo a câmera. Mas é apenas um cinematic (aqueles videos que rolam em games para dar “o clima”)
O filme foi criado para o MMORPG (Massive Multiplayer Online game RPG) Tabula Rasa. Os efeitos são da Blur Studio, o que confere uma qualidade extra. Visite o link para ver o video.
Designer malucão cria roupa com 31 rodas para dar um rolé
O estudante de design francês Jean-Yves Blondeau, criou esta roupa maluca cheia de rodas, que permite que ele deslize como bem entender pelas ruas de Paris. Muito doido!
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Memórias cruéis
O recreio acabou com o soar daquela velha sirene. Eu sempre me intrigava com o barulho daquela sirene.
Para quê algo tão alto? A sensação era de que uma bomba atingiria a escola a qualquer momento. Eu me levantei e me dirigi às escadas que davam acesso ao segundo andar.
Quando cheguei na sala, percebi que algo estava estranho. O caderno que eu larguei aberto estava fechado.
Caminhei meio ressabiado pelos corredores de carteiras e quando cheguei finalmente na minha carteira pude ver que o caderno estava fechado mesmo, e com alguma coisa dentro. Olhei sorrateiramente para os lados em busca de alguma evidência de que iriam me sacanear. Mas nada indicava isso.
E foi por este motivo que abri o caderno para dar de cara com um bilhete. Um bilhete cuidadosamente dobrado.
Era como encontrar uma bomba.
Olhei discretamente à minha volta, em busca do autor. Nada.
O bilhete tinha um cantinho cor-de-rosa onde eu pude ver um pedaço da cara de um ursinho. MEU DEUS! Um Ursinho!
Aquilo só podia significar uma coisa… Eu peguei o bilhete e enfiei dentro do casaco. Pedi licença ao professor para ir até o banheiro. Atravessei o pátio com o papel amassado na mão.
Entrei no banheiro, tranquei-me na cabine do sanitário e fiquei ali sentado. Lentamente abri o papel. Então eu senti um perfume.
A primeira coisa que vi foi uma letra redondinha, desenhadinha, feita com aquelas canetas caras e perfumadas do Paraguai.
E então eu li o texto.
Não me lembro de cabeça como ele era, mas tratava-se de uma “admiradora secreta” que gostava de mim e que não aguentando mais o silêncio, resolveu arriscar-se e me mandar um bilhetinho. Eu li aquilo bolado. Ela dizia ao final do texto que no dia seguinte, depois da aula, iria me esperar no segundo pátio da escola. Este era um pátio ermo, pouco freqüentado por ser onde as criancinhas menores brincavam. A menina me esperaria depois da aula. Se eu quisesse saber quem ela era, eu apenas deveria ir até lá.
Eu estava trêmulo. Nunca havia passado por situação igual. Não sabia o que fazer. Tudo rodava. Eu estava nervoso.
Embolei o bilhete e enfiei no bolso. Voltei para a sala e tão logo adentrei o recinto, comecei a olhar em volta. Eu olhei para cada menina. Cada uma delas em busca de um olhar, um sorriso, um indício de quem seria minha admiradora.
Nada. Nenhuma delas olhava pra mim. A aula transcorreu como de costume.
Quando soou novamente a sirene de fim do mundo, eu busquei novamente em cada uma elas algum indício que me apontasse uma pista. Mas novamente fiquei sem saber quem era ela.
Naquela noite, eu periciei cuidadosamente o bilhetinho amassado. Eu sentia o perfume e tentava mentalmente traçar algum paralelo com as meninas bonitas da sala. A letra, o jeito de escrever…
Quando o dia amanheceu eu estava de pé, preparado para ir para a aula. Coloquei a roupa mais bonita. Dei uma arrumada no cabelo. Cheguei cedo na escola. No caminho para minha sala, eu passei pelo segundo pátio e olhei em volta. Não havia ninguém lá. Apenas eu.
Fiquei uns instantes ali imaginando que dali a algumas horas aqueles brinquedos, aquelas paredes e até mesmo aquelas pinturas coloridas do chão, testemunhariam um encontro romântico sob uma mangueira frondosa.
Naquele dia eu não consegui prestar a mínima atenção em nenhuma das duas primeiras aulas. Eu passei os 90 minutos olhando para cada uma das meninas em busca de um indício. E para minha surpresa, uma delas olhou para trás. Nossos olhos se cruzara em uma faísca de amor e paixão. Ela comentou algo como uma colega de trás. Sorriu, pegou a borracha e tornou a olhar pra mim antes de se voltar para a frente.
Era a Renatinha. Uma menina linda. Um avião. Sensualmente sacana em seu modo de andar, falar, rir e de fumar escondido no corredor do segundo andar. Eu sabia detalhes da vida dela, porque eu nutria um amor platônico pela Renatinha desde dois anos antes. Então, qual não foi minha surpresa a ver que a Renatinha olhou pra trás, cruzou o olhar com o meu e sorriu maliciosamente.
Era o paraíso. Deus era meu amigo.
Notei que ela usava um casaco diferente. Aquele era um casaco bonito que nunca tinha usado antes. Tudo indicava que era ela. Menos a letra, porque a letra da Renatinha era um garrancho do caramba. Isso me intrigou no início, mas eu calculei que ela naturalmente pediu para que alguma outra menina escrevesse o bilhete, com medo de ser descoberta prematuramente pela caligrafia. Genial, devo reconhecer.
Quando deu a hora do recreio, eu fiquei disfarçando até ter condições de chegar perto dela. Cheguei perto o suficiente para sentir o perfume do cabelo comprido que ela tinha, mas me mantive distante o suficiente para não dar bandeira que eu havia descoberto a identidade da minha admiradora secreta. Eu não aguentava mais esperar para passar a mao naqueles cabelos negros macios e perfumados.
Durante o recreio eu comprei o clássico italiano com coca, e após lutar ferozmente pela atenção do rapaz que entregava a guloseima para aquelas milhares de mãos que estendiam as fichas, entre berros. Eu retornei ao meu “posto de observação” que era o alto da escada que dava acesso ao segundo andar. Dali eu pude ver que a Renatinha não estava em lugar nenhum do pátio.
Sorrateiramente, fui até o corredor. E vi ao longe as pernas dela, apoiada atrás da coluna e a fumaça que saía dali. Ela estava lá com três amigas, conversando, rindo e fumando escondido.
Fiquei pensando se elas falavam de mim. Se a Renatinha se abria para as colegas sobre nosso amor… Provavelmente não.
Eu compreendia totalmente que uma garota daquele porte, bonita, rica e popular como ela não gostaria de ser vista, ou o que é pior, vetada, por um psiconerd como eu, restado a ela apenas a tática do bilhetinho secreto. Obviamente, aquela mulher top de linha ser vetada por um sujeito como eu, na base da pirâmide social escolar, era uma coisa completamente inconcebível, mas sabe como é a cabeça da mulher. Elas pensam em todos os detalhes, até nos improváveis como este.
Tudo que eu queria era provar aquele batom.
Quando voltamos para a sala, eu vi que a Renatinha ficou para trás. Jogou o cigarro na lixeira e olhou pra mim. Fez aquele sinal de “boca de siri”. Eu sorri e balancei a cabeça em silêncio. Fiz a minha primeira expressão “Wando” ali. Imediatamente eu percebi que aquilo era um código. Um código para que eu não contasse aos meus amigos que iríamos nos beijar dali a algumas horas, no remoto segundo pátio. Nosso ninho de paixão.
Obviamente, foi impossível prestar qualquer atenção nas aulas de História, Geografia, Português, etc… A aula rolava, mas eu só olhava a porra do relógio. Mentalizava com algum tipo de poder Jedi para ver se aquele maldito ponteirinho fizesse seu percurso mais rápido. Cada segundo parecia demorar três.
Quando a hora começou a colaborar, se aproximando do meio dia, eu vi em câmera lenta a Renatinha abrindo a mochila e pegando num estojo uma coisa que a princípio pareceu ser um batom. Quando ela passou, eu vi que era Gloss. Gloss era uma espécie de baba absurdamete brilhante que as meninas gostosas da escola passavam nos lábios. E eles ficavam deliciosamente implorando por um beijão. Era o sinal derradeiro.
Quando o alerta de bomba nuclear tocou, anunciando o fim da aula, foi aquela correria. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu sentia um frio na coluna. Um cagaço absurdo tomava conta do meu ser. E eu que esperei aquele momento com tanto desejo, tanta sofreguidão, era agora um mero escravo do medo. A menina levantou e saiu conversando com outras duas gostosas que sentavam-se lá na frente.
Eu calculei que aquilo era o despiste. Mulheres são sempre espertas. Enquanto eu dava bobeira com minha tremedeira, meu desespero por aqueles lábios brilhantes com cheirinho de morango, ela saía toda faceira da sala, rindo com as amigas.
Eu fiquei ali na sala, sozinho por algum tempo. Eu tentava adquirir coragem para enfrentar aquela mulher. Era a típica situação em que o caminhoneiro reconhece que se trata de muita areia para o seu caminhãozinho. Mas mesmo assim, resolve encarar.
Saí da sala e fui direto para o banheiro. Lá eu passei uma água no cabelo, arrumei o visual como deu. Tirei os óculos. Fiz aquela cara sensual que só o Wando tem, dei aquela analisada malandra no bafo e saí em busca da presa.
Eu, o matador.
Neste tempo de enrolação, o colégio já estava vazio. Apenas uma pessoa ou outra passava pelos corredores. Eu fui até o pátio.
Quando cheguei lá, vi que havia alguém atrás da mangueira. Lentamente eu circundei aquele grosso tronco…
E não era a Renatinha. PUTA QUE PARIU!
Era uma mulher feia pra caralho. Grandona. Um “IPB”. Uma garota que tinha quase dois metros de altura. Parecia uma… uma girafa.
A menina sorriu pra mim lá de cima. A verdade e que a garota até que não era feia. Ela tinha era um tamanho gigante. Mas comparada com a Renatinha, era uma girafa das savanas Africanas.
A menina falou meio sem graça:
-Oi. Sou eu a sua admiradora.
-… – Eu só pensava. Girafa, girafa…
-Surpreso? – Perguntou ela se aproximando de mim. Aquele corpanzil de jogadora de vôlei.
Eu tentei disfarçar. Chamei ela para conversar num banquinho de cimento que tinha numa parede recuada, discreta. Ela aceitou, toda satisfeita. Querendo beijar. Eu fui, todo sem jeito. A verdade é que eu queria sair da reta, porque essa era do tipo de garota que pega mal até para um psiconerd.
Vou dizer que eu não sou baixinho. Mas ela dava dois de mim. Sentamos e ainda assim eu olhava pra cima para falar com ela.
A menina, coitada (eu esqueci o nome da infeliz. Passei a me recordar dela apenas como girafinha) era super carinhosa. Ela contou que gostava de mim fazia muito tempo, mas que nunca tinha coragem de assumir. O fato de ser de outra sala também atrapalhava.
Não sei se foi pena. Se foi para não desperdiçar a oportunidade, não sei se foi pura falta de mulher.
Eu fiquei com a girafinha naquela tarde. E até que ela beijava bem. Mas depois de algum tempo, caí na real que não daria para namorar aquilo tudo. Eu expliquei pra ela, que não queria namorar ninguém, que estava precisando estudar, que estava fraco em Matemática, aquela conversa de “cerca Lourenço” que se usa para sair fora da outra pessoa.
Mas no meu íntimo, eu gostaria de ser franco com ela e dizer que não estava afim de virar piada. Mas isso seria uma crueldade tremenda. A menina aceitou numa boa. Seus olhos ficaram meio embaçados e ganharam um brilho avermelhado. Ela olhou para a parede com um olhar perdido e ficou em silêncio.
Pensei que ela ia chorar…Eu me senti um filho da puta. Eu percebi que naquele momento eu enfiava uma estaca naquele infeliz coração que batia por mim. Mas ela conseguiu segurar o choro na minha frente, pelo menos.
Eu me senti triste por ela. A girafinha queria namorar comigo. Mas tudo tem um limite. E eu já era esquisito o suficiente para andar com uma estátua do Cristo Redentor do meu lado.
Nos separamos com um último beijo e eu nunca mais vi a girafinha.
Acho que logo depois ela saiu da escola. E nunca mais eu tive uma admiradora secreta na vida.
Ainda bem.
Speed Painting do Véio Rosa
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Quem é o Véio Rosa?
Qualquer alfarrabista sabe que o Véio Rosa foi um ancião que tinha por tarefa explodir as pedras de uma pedreira em Toledo – Paraná, transformando-as em britas. Também as quebrava usando uma picareta e por isso usava uma argola de cobre no braço para não dar cãibras. Certo dia calculou errado o tempo e quantidade de dinamite usada para detonar mais uma muralha, morrendo esmagado, soterrado.
Ok,ok, eu assumo. Copiei a explicação do Véio Rosa do blog da Irmandade do Véio Rosa. O blog amigo-parceiro-colega-camarada do Mundo Gump. É claro que esta é apenas a minha concepção do Véio Rosa. Não necessáriamente a que corresponde a sua existência física quando “em sua condição mortal”.