A rainha necromante e outras criações

Tenho me dedicado a estudar tudo que eu posso do processo de criação do Midjourney. É impressionante como o sistema de inteligência artificial está evoluindo numa velocidade ABSURDA bem diante dos olhos de todo mundo.

É literalmente uma revolução e eu não passo mais nem um dia de minha existência sem me perguntar que tipo de bruxaria matemática foi invocada para produzir algo capaz de criar imagens tão incríveis baseadas apenas numa ideia que a gente diz ao computador para ele imaginar.

Eu também tenho esforçado bastante para que o Midjourney não me torne um escravo dele. Penso que a ferramenta vai ficando mais e mais poderosa, e isso pode me levar a ficar preguiçoso como artista, afinal por que diabos eu iria perder horas e horas esculpindo algo em 3d para gerar uma única imagem se com uma frase um computador super poderoso pensa tudo em o que? Dez segundos? Seis, talvez…

Com um computador novo e mais poderoso, eu estou sendo capaz de criar modelos 3d melhores do que eu vinha fazendo ate então no Zbrush. Agora posso me dar ao luxo de tentar calcular até pêlos, – coisa que normalmente dava pau no meu antigo PC de memórias Markvision. Então está sendo uma proveitosa lua-de-mel com meu novo zbrush e computador rápido baseado em SSD.
Recentemente comecei uma serie de modelos baseados nos clássicos monstros dos filmes do Sinbad produzidos pelo Ray Harryhausen:

O primeiro modelo nesse sentido foi Trog, o troglodita:

Incialmente Trog seria só um busto, mas acabei fazendo logo todo o corpo dele.  Em seguida outra peça que eu esculpi com grande satisfação foi Kali, a deusa de metal que luta com Sinbad numa espécie de templo cavernoso repleto de pigmeus verdes e selvagens, usando seus seis braços cada qual com uma espada. Uma das mais incríveis cenas de stop motion, que sem duvida, “forjou meu caráter!, como diz meu amigo Affonso 3d”

Então depois de esculpir digitalmente a Kali eu resolvi fazer também o Grifo. O grifo eu pensei que seria legal, porque ele é muito exigente com pelagem em todo o corpo, praticamente e seria quase que um stress teste do meu novo computador. O que eu não imaginava é que ele me desse um pouco mais de trabalho, porque eu não estava ficando satisfeito com asas esculpidas e resolvi fazer uma asa mais precisa. Eu entrei nuns sites de ornitologia e consegui pegar uma asa de águia e quebrar essa asa pena por pena. Eu modelei CADA FUCKING PENA da asa de uma águia, e aí coloquei no grifo, o que levou o trabalho que eu estava planejando ser de umas seis horas para dois dias:

Depois que eu fiz o Grifo eu achei que poderia fazer também o Centauro cíclope, que luta com o grifo até a morte (spoiler, hahaha). Pessoalmente eu não gosto desse boneco do Harryhausen, porque sempre achei ele meio estranho, com pernas gordinhas demais para um corpo de cavalo (provavelmente um efeito colateral da limitação técnica decorrente do sistema de armadura usado na época).

Em breve farei mais renderes desse bicho, e não rodei mais porque estou ocupado modelando a próxima criatura desse panteão fantástico da minha infância.

Agora falando no Midjourney tenho usado ele ativamente para estudá-lo, em busca de imagens de boa qualidade. Aqui estão algumas que fiz essa semana.

Paisagens, animais e um bolo de chocolate:

 

Eu pensei também numa sequencia em que o Bryan Cranston interpretaria o James Bond, e deu nisso aqui:


Em outra série eu fiz uma sequencia em que você tira polaroids numa casa perseguido por uma velha fantasmagórica.

Depois criei outra serie onde eu testei criar vários designs de carros elétricos para a Kling Motors, hehe


Finalmente, eu já estava quase sem créditos de tempo de computador do Midjourney, resolvi explorar um pouco os poderes do computador da Versão 4 do bot, (é possível alternar entre as versões do bot, sendo hoje a 4 a mais poderosa). Eu fiz o seguinte, peguei uma das primeiras imagens que eu fiz no MJ que foi a Rainha necromante:

No dia que eu fiz essa imagem achei absolutamente fantástica

Daí eu resolvi usar o que aprendi ate agora somado ao poder do bot na versão 4 para ver como ele se sairia recriando a mesma personagem lá da versão antiga.  Aqui estão os resultados:

 

Fica clara a BRUTAL evolução que o Midjourney fez desde o dia que eu comecei a usar até agora. Essa foi a última peça de MJ dessa semana (acabou meu credito de maquina bem quando eu estava fazendo ela mais realista):

Bem, é isso. Tem sido um período bem empolgante de criações, com IA e sem. Também estou trabalhando em capas de livro e ilustrações editoriais. Precisando aí de arte digital ou modelagem 3d, é só chamar.

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

Artigos similares

Comentários

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimos artigos

Gripado

O dia da minha quase-morte

Palavras têm poder?