Flanelinhas e telemarketing

Devem existir poucas profissões mais odiadas do que a de flanelinha e telemarketing. O ofício de operador de telemarketing é uma profissão digna, embora muito odiada na sociedade por conta de erros e uma infinidade de fatores que vão daquele gerundismo lazarento, das reduções de custos (as grandes empresas “enxugam” as verbas, contratando muitas firmas pé de chinelo, que nem sequer CNPJ direito possuem) a absurdos hoje que eram prática recorrentes no passado, como o clássico vencer pelo cansaço ou a metralhadora verborrágica. Já a atividade do flanelinha nem sequer “profissão” pode ser considerada.

O flanelinha (acho que já disse isso em algum outro lugar antes) é bem o retrato da condição brasileira. Um sujeito esperto, que se aproveita da trouxicidade alheia para ganhar uns trocados, usando para este fim o espaço público, que de fato é dele, mas também é do outro, justo de quem ele toma dindim, usando métodos como doses cuidadosamente estudadas de camaradagem e extorsão, afim de se dar bem.

Você, como eu, pode odiar essas duas atividades, mas é fato que morando numa cidade grande, cedo ou tarde, essas figuras cruzarão nosso caminho. Não pretendo insistir em como os dois podem ser irritantes quando querem. Certamente, diante de um telemarketing irritante ou um flanelinha que parece disposto a te matar, você terá certeza de que o inferno está repleto deles. São verdadeiros verdugos contemporâneos.

Meu problema com o flanelinha do inferno

Já tive alguns problemas com flanelinhas na vida. Acho que o pior deles foi naquele réveillon onde eu achei que ia morrer (eu achei, a Nivea teve certeza) relatado nesta aventura gump clássica aqui. Mas já passei apertos com outros.
Com o tempo, comecei gradualmente a buscar maneiras de não pagar o flanelinha. Minha melhor sucedida tentativa de dar o caô no malandro foi naquela inauguração da árvore de natal na lagoa, quando eu disse para um flanelinha que já havia acertado o pagamento, uma boa grana, aliás, com um amigo dele com camisa do flamengo (no Rio sempre tem um cara com camisa do Flamengo) e após fazer o retorno, vi o “meu” flanelinha saindo na porrada com outro flanelinha de camisa do flamengo, hahaha.

Nem sempre me dei bem tentando engrupir flanelinhas. Muitas vezes, falei que “acertava na volta” e na volta, dava de cara com o maluco parado perto do carro, “guardando o caixão”. Aí fica difícil. Em compensação, incontáveis vezes voltei e o flanelinha já tinha ido embora ou dado no pé, ou estava longe o suficiente para não me ver quase deitado no chão, exercendo tudo que aprendi com os games do Metal Gear para entrar no carro sem ser visto e sair da vaga num movimento quase acrobático (leia, deixando o para-choque na vaga de presente pro flanelinha) para não pagar aquele inútil. O sucesso e o prazer é multiplicado em bônus de milhares de XP quando o flanelinha vê que você entrou no carro e vem correndo desembestado, largando as havaianas pra trás, dando um sprint digno do Usain Bolt, com a mão espalmada para o alto, e você larga ele no vácuo nos últimos metros, deixando apenas um tchauzinho ou aquele dedo do meio, não exatamente republicano.

Uma vez fui numa reunião no Museu de Arte Moderna do Rio. E porra, acho que lá deve ser um dos loteamentos da barbárie mais caros do Rio (na época). Certamente muitos que vão viajar de avião não querem pagar aquele estacionamento caro do caramba, e largam o automóvel perto do museu, aos “cuidados” do flanelinha bêbado que vai dormir a tarde toda debaixo da fresca sombra de uma palmeira do Burle Marx.

Eis que eu tinha que ir lá e não teve jeito, parei meu corsinha valente numa vaga que eu mesmo achei (milagre quase supremo). Assim que terminei a baliza, um sujeito magro com aspecto sombrio que poderia ser figurante nos filmes do Tom Savini, fez respawn do lado da minha janela.

-Dez reais. – Ele disse.  (na época dez reais era uma nota preta pra estacionar, tipo o flanelinha te pedir cinquenta ou cem hoje)

-Hã? – Eu indaguei, completamente incrédulo. Eu esperava um “bom dia”, talvez até um “como vai”, mas nunca um “dez reais”, assim, sem vaselina nem um beijinho pra amaciar.

-Pra parar aqui custa dez reais. – Ele disse.

Diante daquilo pensei em indagar quem em nome do Senhor Rei dos Reis, do Alfa e ômega, o criador de céus e Terras, o Leão de Judá, o Divino Espírito Santo, havia concedido poderes para um cachaceiro com cara de zumbi vir me dizer quanto custa a minha esmola. Meu coprocessador de impropérios se ativou imediatamente e eu pensei pelo menos umas vinte formas de mandar aquele sujeito enfiar aquela mão espalmada dele no meio do lugar onde o sol não bate. Mas, freado por meus neurônios, que me alertaram que não seria muito conveniente chegar sangrando numa reunião de trabalho, optei pelo caminho mais fácil.

-Na volta, champs!

-Agora. Ele disse, impávido. A mão como a do Seu Barriga cobrando o aluguel.

Pensei em esfaqueá-lo e fugir. Mas eu não tinha faca de modo que isso seria bem difícil. Pensei em sair correndo, em fingir infartar, mas logo percebi que qualquer coisa dessas só faria com que ele me desse porrada ou me roubasse a carteira. Pensei então em fingir que estava pegando um santo. Já ia colocar as mãos na cintura e puxar uma gargalhada de pomba-gira cigana quando o sujeito amaciou:

-Tudo bem, se tiver sem dinheiro aí, pode pagar na volta.

Era a deixa que eu precisava. Emendei ali mesmo a verborragia Eddie Murphy: “- Pô valeu, pego na maquina ali e já te pago na volta, pode deixar, xará!”

Sai rápido para a reunião fazendo contas. A dez reais, com aquela porrada de carro ali, o cara certamente ganhava duas vezes mais que eu e ainda ficava bebendo pinga debaixo da árvore.

Horas depois, saindo da reunião, esgueirei-me atrás de moitas e troncos de árvore, na esperança de ver o sujeito. Ele não estava lá.

Usei meu fator de invisibilidade e disparei numa corridinha deselegante até o carro. Assim que entrei, já ia bater a porta, mas lembrei que os flanelinhas tem um ouvido cuidadosamente calibrado para detetar aquele som. Assim, encostei a porta e dei um puxão. Ela fez “CLICK”.

PUF! O flanelinha surgiu tão misteriosamente quanto rápido! Se a NASA descobrisse essa velocidade dos flanelinhas quando querem grana, já estaríamos indo a outras estrelas.

-De reais. – Ele disse.

Reuni toda minha força e coragem. Abri a carteira e ia tirar uma nota de dez, quando vi ela lá. Aquela indefectível nota de UM REAL! (ainda tinha nota de um real na época). Peguei ela junto com umas moedas, entreabri o vidro e estendi a nota, enquanto já posicionava o volante e acelerava para minha saída acrobática-hollywoodiana.

O flanelinha olhou a nota com cara de nojo. Deu pra ver que incrédulo ali era ele. E então, acredite se puder, o flanelinha-zumbi jogou o dinheiro na minha cara!

…Na minha cara, meu!

-Não quero essa merda não! – Ele disse.

-Se você não quer eu quero. Eu retruquei, já saindo com o carro.

Larguei a figura detestável para trás, aos gritos.

Mas nem sempre esses encontros com flanelinhas são “bem sucedidos” assim (afinal, fui humilhado mas fiquei com a grana).

 

Tem vezes que o ferro é muito pior. Esse final de semana fui numa biblioteca do centro do Rio.

Logo surgiu um flanelinha mandando eu parar numa vaga, diante duma rua fechada para obras. Ao lado dele, outro usando o colete daqueles guardadores de carro da prefeitura.

“O estacionamento já lotou” – Ele disse.

O flanelinha disse então que era para eu parar ali, que era a área de expansão do estacionamento.

Inocente, ainda perguntei: – Tem certeza que pode parar aqui? Meu carro não vai ser rebocado não?

-Que isso! Não vai não, tá beleza. Todo sábado pode parar aqui, porque ali ta em obra e não entra carro. – Ele disse confiante. Me pediu vinte pratas.

Lógico que eu disse que não tinha e tentei aplicar o pago na volta, mas isso já não funciona mais nesses tempos perversos. Regateei preço, caiu pra dez pratas, pago adiantado, porque segundo ele, precisava pagar a rapaziada, (disse apontando os carinhas da guarda municipal, que viram toda a cena e não falaram NADA, inclusive cumprimentaram o maldito)

Paguei. Fui para a biblioteca com a estranha sensação de que me foderia. Mas era tanto, mas tanto carro parado ali que pensei: Não é possível que isso seja errado com tanta gente parando aí.

Errei. E me fodi. Quando saí da biblioteca, cadê meu carro? Rebocado. Perdi assim uma nota preta. E cadê o flanelinha com colete da prefeitura? Até hoje tô procurando pra matar.

Imagem ilustrativa
Imagem ilustrativa, juro!

Nenhuma placa, nenhuma informação, nenhum maldito para ver que eu estava sendo vitima de golpe (junto com outros 50 infelizes que conheci no depósito, inclusive um que deu pena. O cara tava com o IPVA atrasado e perdeu a grana da Lua de mel para tirar o carro. A noiva do cara só fazia chorar). A moça do depósito me disse: “Se te serve de consolo, isso acontece TODO fim de semana lá. Todo mundo sabe, ninguém faz nada”.

Então chegamos a este ponto detestável da existência carioca onde o safado praticamente bate ponto!

O nervosinho do telemarketing

Outro dia, eu fui num desses eventos de food truck. Comida pouca, comida cara pra tirar dinheiro de playboy burro igual eu. Assim fui, assim me fodi. Gastei uma nota no food truck e no meio daquele vaco-vaco-vuco-vuco super cool da moda, eis que uma gostosa moça bem servida de atributos físicos, apareceu me oferecendo um brinde do Globo. Tudo que eu precisava fazer era assinar um papel lá, dar meus dados e ganharia um mês grátis de acesso ao Globo.com  uma almofadinha inflável e um livro de fotografias. Eu só queria mesmo ver a porra do livro de fotografias, mas ela só deixava eu ver se eu assinasse.

Claro, ignorando todos os alertas de furada, eu assinei aquela merda e dei todos os meus dados para a moça da pesquisa do Globo de coxas grossas. Ganhei a boinha ou seja la que merda aquilo for, e o livrinho, que me decepcionou vergonhosamente. Eu esperava fotos melhores que as minhas, pelo menos.

Dias depois, estou trabalhando concentradão, e o telefone toca. Do outro lado, um sujeito de voz estranha que quase me compeliu a repetir o antológico “Trote da Telerj”.

O cara era do Globo e queria me fazer assinar o jornal. Eu retruquei que não tinha interesse.

-Mas não tem interesse por que?

Chega a arrepiar quando você diz ao cara do Telemarketing que não quer uma porra que ele esta te oferecendo e ele fica agressivo. E foi o que aconteceu. O carinha, sei la porque razão, se exaltou num nivel anormal. Começou a bater boca comigo no telefone. Surreal a parada.

Pra ele eu era obrigado a querer assinar, porque tinha dado todos os meus dados para a moça do evento. Ele ficou fora de si quando confessei que só dei meus dados para ganhar a boinha. E porque ela era gostosa, lógico. O cara ficou irritadaço querendo saber se eu tinha entrado, dizia que eu era sem educação de não deixar ele falar.

-Porra você que me ligou, seu Zé Ruela! Eu não quero merda nenhuma. Enfia o Globo no seu cu!

-Sem educação! Sem educação! – Ele berrava.

-Porra mas por que você não desligou? – Certamente você me perguntaria isso, já que 100% de todos para quem eu contei fizeram a mesma pergunta.

A verdade é que… Eu não sei. Eu fiquei tão puto, tão indignado daquele babaca me ligar querendo me obrigar a assinar o Jornal O Globo que resolvi que não ia desligar, afinal foi o puto que me ligou, ele que desligasse. Mas ele não desligou, sabe-se lá porque e começamos uma senhora briga no telefone, até que vencido pelo cansaço ele desligou.

Alguns carinhas de telemarketing até que são gentis e tal, mas porra como são chatos. Teve uma época que me ligavam de manhã cedo. Cara, não dá pra imaginar a raiva de uma pessoa que vai dormir quase cinco da manhã trabalhando num 3d cheio de bug e quando esta quase no melhor do sono é acordado por uma porra duma dona surda querendo te oferecer o Cartão de crédito não sei das quantas que não cala a porra da caçapa que chama de boca. E o pior é que aquela merda de sistema deles, quando você diz que não quer, eles cagam. Continuam a desfiar o rosário de “vantagens”. E se você desliga na cara, eles ligam no dia seguinte na mesma hora.

Teve uma época que foi o Bradesco. Esse deu ódio. Peguei ojeriza desse banco, graças ao telemarketing insistente e irritante que eles tinham. Era sempre a mesma conversa: “Devido ao bom relacionamento que o senhor tem no mercado o Banco está disponibilizando para o senhor o cartão de credito das bandeiras Master e Visa com um ano sem anuidade e limite de crédito”… blá,blá,blá. Pior que esses só empresas como a Embratel que já me ligam dizendo que a ligação será gravada e me pedindo para “confirmar dados”. Só que a confirmação deles é: “Diga o seu cpf completo, por favor?”

Parece até mentira mas é sério que tem dessas merdas. Pior ainda são os de TV à Cabo. Sempre com aquele papo: “Nossa fibra ótica acaba de chegar no seu bairro e estamos com uma promoção…”

Hahaha! Há mais de um ano que todo mês a desgraça da fibra ótica da Net esta chegando no meu bairro. Os caras nem se dão ao trabalho de mudar o caô.

Tem também aquela dona do lar de idosos (esses mudam o nome de tempos em tempos) que me liga pedindo ajuda. Essa eu sempre digo que é pra me dar o endereço que eu vou la doar pessoalmente e ela fica brava. É claro que não tem lar de idosos porra nenhuma. É armação.

Outra chata é uma senhora que liga aqui pra casa há alguns anos, quase sempre às sete, oito ou até nove da noite pedindo para ler a bíblia para o infeliz que atender.

Mas de tudo isso, o que mais me irrita, de longe, são duas ligações indesejadas: Uma empresa de cobrança que ligava DIRETO todo dia, varias vezes ao dia, com uma cobrança para uma pessoa que não faço a MÍNIMA ideia de quem é. Pior que a merda da ligação era eletrônica e não podia fazer nada.

A outra é ligação de político, como aquele que rolou antes das eleições “Você conhece o Pezão?”

Na mesma categoria vinham as ligações eletrônicas da Vivo oferecendo planos que nunca pedi.

É curioso a capacidade que essa gente tem em perceber, sei lá como, que eu estou ocupado, num momento de trabalho crucial, ou vendo um filme. NUNCA ligam quando estou de bobeira sem fazer nada. Quer dizer, mais ou menos. Há alguns anos atrás ligou a moça do Bradesco bem na hora que eu tava vendo o pornotube. Sacanagem vir estragar meu momento sagrado de relax vendo louras ninfomaníacas lésbicas com o Kid Bengala pra me oferecer um cartão de crédito sem anuidade, hein seus putos?

Pedi um minuto para atendente, posicionei o telefone na saída de som e aumentei o volume. E enquanto o Kid Bengala fazia o que sabe fazer bem, tornei aquela ligação inesquecível para a moça do Bradesco.

Mas hoje ando mais low profile. Descobri um método de despachar telemarketing que é foda.

  • Quando é a Net oferecendo Tv à Cabo, eu digo que sou pastor evangélico e que aquilo é o demônio na forma de destruir a família brasileira (geralmente já desligam quando chego no “demônio”. Mas vale à pena pela performance teatral. Eu viro o Malafaia, bicho!)
  • Quando é a moça da leitura da Bíblia eu digo que sou satanista.
  • Quando é banco, eu digo: “Vocês ja me ligaram ontem”. Também funciona para Vivo, Claro, Tim e Embratel.

Anota essa, porque é uma frase mágica. Eu não sei que diabos de sistema bagunçado eles usam, mas essa porra SEMPRE COLA. E eles desligam NO ATO, sem perguntas, sem questionamentos, sem raivinha. É a melhor coisa. Eles ficam um tempão sem ligar de novo.

Mas eles sempre voltam.

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Cara, já tive meus problemas com flanelinha, mas nada demais, comparado com as suas.

    Felizmente aqui na minha cidade ainda impera o bom senso e você dá o valor que você quiser pro guardador de carros (que na real não guarda nada, se acontecer um problema é o primeiro a sumir). Exceto em shows, aí eu já vi cobrarem 5, 10, 15 reais.

    É meio foda isso. Uma vez eu fiz um calculo simples e se um flanelinha, entre guardadas de carro e lavagens, ele tira facilmente 50 reais por dia. Isso dá por mês mais que minha mulher ganha.

    Atualmente eu trabalho em regime de home office, e entre as muitas vantagens uma delas é não precisar dirigir para trabalhar, e por tabela, não ter que lidar com flanelinhas.

    • Tb tô no home office e agradeço todo dia por isso. Aliás, acho que se dependesse só de mim eu ia ser um cara recluso, tipo era o Michael Jackson.

    • Marcus, trabalho na loja do meu pai em Jundiaí e as vezes fico no caixa. É aqui que acabo fazendo amizade com os flanelinhas e bêbados que ajudam os carros a manobrarem pois tem um Banco do Brasil aqui do lado. Garanto pra você que é muito mais que 50,00… Já teve dias de trazem pra trocar no caixa 130 reais num só dia. Eu percebi que os que mais trazem dinheiro pra trocar aqui são os mais simpáticos. Normalmente os bêbados ganham pouco pq ninguém gosta deles. Mas tem um carequinha aqui que é o “boa praça” do ponto e esse é o que mais ganha… Tem dias que quando já é 3 ou 4pm ele resolve que “por hoje chega” e vai pra casa… Se esse cara tirasse 130,00 todos os dias por 25 dias num mês ele tira 3.250,00 reais! E eu que tenho duas faculdades, especialização em uma porrada de curso não ganho isso! Esse mundo é mesmo dos espertos…pqp!

  2. Já sobre telemarking, eu acho um inferno, mas devo dizer que também sofro pouco com isso graça aos smartphones.

    primeiro eu já não atendo ligações de cidades que eu sei q são “pólos de telemarking”, e agora eu instalei um app que bloqueia ligações indesejadas automaticamente.

  3. “Devido ao bom relacionamento que o senhor tem no mercado o Banco está disponibilizando para o senhor o cartão de credito das bandeiras Master e Visa com um ano sem anuidade e limite de crédito” Porra, achava que só eu recebia essa ligação.

  4. Já trabalhei em Telemarketing, e sem querer defender, uma parte daqueles que ligam nervosos são os que estão sob maior pressão pra vender. Claro, não é regra, mas não é exceção. Eu, que na época trabalhava em serviço administrativo em telemarketing, ficava do lado de gente que fazia ligação, eu via realmente os desaforados ligando, mas dps um minuto de conversa vc passava a saber a merda que tava a vida da pessoa, foi realmente um período de muito aprendizado na minha vida.
    Hoje em dia tento ser o mais paciente, seja ligando ou recebendo ligações, a não ser que tenha a certeza de que a pessoa do outro lado tá de pouco caso comigo, mas aí eu peço para falar com o supervisor, peço nome e faço denúncia. Uma boa parte já corrige a postura ali mesmo na ligação, outra parte (que realmente tá nem aí) vc leva a cabo, mas é bem raro de precisar.
    Ah, e seguindo aquela linha do Porntube, eu costumava (isso quando adolescente, faz tempo) colocar meu cachorro para rosnar no telefone, geralmente quando vou ver já desligaram faz tempo ahahaha

  5. A melhor tatica e simples… Vc se diz interessado… Deixa eles comecarem a falar sem respirar, ai desce o telefone SEM DESLIGAR e deixa eles falando sozinhos e volta a fazer o que vc ta fazendo. So desligar nao o faz perder tempo… Perder tempo eh o que realmente funciona.

  6. Tinha uma época que me ofereciam cartão de crédito/empréstimo a rodo… Era só mencionar que eu estava desempregado que a ligação caía instantaneamente.
    Agora tenho recebido direto ligações de imobiliárias querendo me interessar em um novo e fantástico investimento imobiliário na minha região… Alguma maneira criativa de se livrar? Já pensei em comentar que não posso assinar o contrato, mas posso enviar meu laranja…

  7. Ah, eu gasto 20 reais pra ficar meia horinha num estacionamento fechado, mas não deixo meu carro na rua pra dar dinheiro pra essa galerinha do mal aí. Se bem que aqui é bem difícil encontrar flanelinhas nas ruas. Acho que a polícia é atenta com esse tipo de coisa.

    A questão do cartão de crédito, me ligam de vez em quando, mas é só perguntar: “Você conhece o cartão Nubank?”, que eles desistem de falar abobrinha na hora. Que coisa né! hahahah

  8. Quando o telemarketing me liga eu já tenho um script ensaiado:
    (escuto a proposta ou uma pequena parte dela)
    – Olha, então, que legal, bem que eu tenho interesse sim, mas eu tenho que falar com meu oficial da condicional, sabe como é né, saí agora do sistema prisional, estragando a vida sem pensar né, por causa de besteira, melhor nem eu falar o que foi, tem como você me passar o telefone da sua casa ou celular?
    TU TU TU TU TU TU
    100% de eficiência nos sei lá 10 anos que faço isso!

  9. Top. Fico fudido com os flanelinhas pq o fdp nunca tá lá quando vc volta. Mas e o medo de riscarem teu carro ou coisa pior..odeio esses malandros..

  10. Nossa Philipe vc é Gump mesmo!!!

    Eu nunca briguei com flanelinha, eles não cobram preço tabelado aqui em SP, absurdo isso!!! Só em eventos como o colega comentou.

    Agora telemarketing, durante 6 meses todos os dias ligavam na minha casa atrás de um Paulo, detalhe era da net e eu falava “não existe paulo aqui, nunca existiu, e eu tenho net e é no nome de outra pessoa” eles falavam q iam anotar e isso durou 6 meses, era sábado de manha, e tdo dia depois das 18:00.

    E pior quando vc se cadastra em algm site e eles ficam te ligando como ocorreu com vc e a Globo.com.

  11. Eu costumo dizer que estou desempregado quando ligam para oferecer algo, 99% das vezes, desistem na hora. Agora flanelinhas eu desejo que todos morram. São bandidos da pior espécie, e não “espertos”.

  12. Eu trabalho na área de Telemarketing, porém é receptivo, ou seja a pessoa que liga pra mim então é mais tranquilo fazer um bom atendimento e até sou constantemente elogiado, o que eu nunca esperaria ser em teleatendimento.

    O problema é que o pessoal do varejo SOFRE, os caras precisam bater metas de até 70% de vendas ao mês pra ganhar um extra e ainda tem o tempo médio de ligação de 5~8min dependendo da empresa e ainda existe a monitoria, a área de qualidade e tantas outras monitorando suas ligações e averiguando se não tem qualquer mínimo motivo pra te dar uma advertência que come sem medo 50% do valor da sua meta.

    Por isso eu recomendo, se te ligam no telemarketing simplesmente DESLIGUE o telefone, isso te ajuda, ajuda o cara que não vai lucrar, mas também não perde e se ele ligar de novo simplesmente diga qeu entende a situação dele, mas que não está interessado e vai desligar, se ainda assim ele insistir ai sim reclame, mas com a gerência, porque não é nem ele que decide os números discados.

  13. Sobre Telemarketing, uma época me ligava o banco Itaú, oferecendo empréstimo e cartão. Detalhe que nunca entrei numa agência do Itaú, e o mais próximo que tem, fica em uma cidade a uns 50km de onde eu moro. Enfim a moça me ligou, falou, ofereceu, e minha tática foi a seguinte:
    Olha moça, eu sei que vc só tá fazendo o seu trabalho e não é culpa sua, mas eu não sei como vc tem meu número de telefone, nem meu RG e CPF, pq eu não tenho conta no Itaú e não autorizei ninguém a repassar meus dados. vc pode me falar quem foi ou qual agencia foi que passou meus dados pra vocês? Pq eu vou atrás dos meus direitos e processar quem divulgou essas informações.
    Em nenhum momento fui mal educada, mas foi só falar em querer saber quem divulgou meus dados, que ela se viu toda desesperada pedindo mil desculpas, e que ia tirar meu nome do cadastro pra isso não acontecer mais. E ainda explicou que, o cadastro levava até três dias pra sair totalmente do sistema, então já pediu mil desculpas caso nos próximos dias alguém ligasse novamente.
    NUNCA MAIS recebi ligação nenhuma de banco nenhum, e não precisei abrir mão da educação pra me livrar de um serviço incômodo…

  14. Esse lance de fingir baixar alguma entidade, eu já fiz isso pra me livrar de assalto. Estava na estação de trem de Duque de Caxias e um moleque queria meu celular, mas eu vi que ela tava desarmado. Pensei “Vou curtir com a cara desse moleque”. Comecei a me sacudir todo, fiz uma voz gutural dizendo “SAI DE PERTO, SAI!!! NÃO ENCOSTA, ESSE CORPO É MEU!!! ESSE CORPO É MEEEEEEEEU!!!” Moleque correu na hora, só não sei se foi de medo ou se foi pq eu chamei atenção.
    Quanto a telemarketing, eu já estou pegando ódio da Claro mandando cobrança de tv a cabo para um tal de Ricardo, mas no meu número, na última vez que atendi, fui grosseiro e mandei procurar Ricardo lá na casa do c*.

  15. Phillipe, eu trabalho numa empresa que chama Altitude Software, líder no segmento de discadores preditivos para Telemarketing. Ou seja, eu trabalho na aplicação que torna possível os telemarketings ligarem para os clientes.
    O fato de você falar “você já me ligou ontem” faz eles te tratarem desta forma porque há uma coisa bem importante nessa área, que é chamada de “contato finalizado”. O contato finaliza por diversas situações, como recusa, telefone errado, morreu, etc. E ligarmos novamente para contatos finalizados é digno de processo – a minha empresa também oferece serviços de gravação. Já chegaram diversos chamados aqui pra gente de busca de gravação PROCON. Portanto, dizer isso é extremamente eficiente – e eles “demoram” pra te ligar de novo pois seu nome é finalizado na recusa, mas provavelmente a empresa terceira não tem uma área boa de Backoffice e Planejamento, fazendo com que seu nome seja incluído em uma próxima carga de mailing.

    Um outro jeito bom também de não conversar com Telemarketing (apesar de não finalizar o contato, e somente “agendar” seu telefone para ligar dali a um tempo) é, ao invés de atender falando “alô”, atender falando aloaloaloaloaloaloaloaloaloaloaloaloaloalo (assim mesmo, diversas vezes e sem pausa). Isso fará com que o Discador Preditivo identifique que o atendimento da ligação não foi feito por um humano, e sim por uma máquina (caixa postal), e classificará a ligação desta forma, não transferindo para o operador.
    Abs!

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