Todo mundo conhece aquela escultura chamada “O pensador” de Auguste Rodin. Ela deve ser, ao lado do David de Michalangelo, uma das mais famosas esculturas do mundo. O Pensador era parte de uma obra maior, chamada os portões do inferno, mas havia tanta força naquela estrutura que ela se tornou rapidamente a mais famosa obra de Rodin.
Talvez por isso ela seja a escultura homenageada pelos pesquisadores coreanos que no início do ano criaram com o uso de um minúsculo raio laser a escultura do pensador, 93.000 vezes menor que a original. Para se ter uma ideia, esta escultura tem só o dobro da medida de uma hemácia, a célula vermelha do sangue.
A microscópica escultura é tão detalhada que podem ser vistos os músculos e até os dedos do boneco.
Parece brincadeira, mas a pesquisa é super séria. Os micro lasers irão ajudar a construir biosensores mais precisos e menores além de outros componentes que revolucionarão a indústria da medicina e tecnologia nos próximos anos.
O processo de criação de peças microscópicas via laser é parecido com a construção de modelos prototipados por laser azul.
Tudo começa com o uso de uma resina fotopolimerizável, isto é, uma resina que endurece com a luz. Usando um cruzamento de lasers os cientistas conseguem gerar um filamento de luz tão incrivelmente fino que eles endurecem uma fatiazinha da resina com tamanho bem menor do que o necessário para que ele possa ser visto. O boneco vai sendo esculpido camada a camada, milhonésimos de milímetro de cada vez, até que isso forme uma casca dura na forma do modelo.
O problema que havia até então com as esculturas nanométricas é que devido ao processo, o laser era absurdamente fino e isso gerava um modelo com a casca dura, mas com o interior do boneco permanece mole. Isso deixava a peça altamente suscetível a deformações, como as causadas pela tensão superficial, a mesma força que provoca as gotas de água.
O problema do amolecimento era parcialmente solucionado, engrossando o raio de luz, o que afetava mais profundamente a superfície do boneco, deixando-o mais durinho. Porém, o engrossamento do feixe de luz tem seu preço, que é o sacrifício da resolução. Com o invento de Dong-Yol Yang, do Instituto de Ciência e tecnologia avançada da Coréia do Sul, é possível através de um feixe de luz ultra-mega-fino capaz de deixar a pele do modelo mais grossa.
É o futuro minha gente!
Fonte:https://www.livescience.com/technology/070108_mini_thinker.html
achei bem legal e gostei muito :love: