sábado, junho 7, 2025
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O pato comeu o extraterrestre??

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brown and white duck on gray concrete floor

212372 | Curiosidades | cadeia
Parece piada, mas pior que é sério. Bom, não é real obviamente, mas é sério. O Brunno que mandou. Bem escalafobético o caso.

Raio-X em pato mostra suposto ET

segunda-feira, 29/05/2006, 16h10

Serão leiloadas na internet radiografias de um pato que revelaram a imagem da suposta cabeça de um alienígena. O raio-X foi feito no pato no começo de maio no Centro Internacional de Pesquisa sobre aves, na Califórnia.

O veterinário procurava sinais de uma asa quebrada na ave. Mas acabou achando mesmo uma imagem que lembra as idealizadas para caracterizar extraterrestres. A quantia arrecadada vai parar no caixa da instituição que tirou o raio-X do pato.

Fonte: CNN

TEm o video aqui

Parecia pegadinha. Mas não era.

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imagem | Curiosidades | humor, video
A BBC de Londres virou notícia pelo mundo ao cometer uma gafe em seu programa BBC News 24, na semana passada, quando entrevistou o congolês Guy Koma, um desempregado que estava no local para uma entrevista de emprego, ao invés do verdadeiro entrevistado.

 

Koma foi confundido com um especialista em tecnologia de internet, que coincidentemente também se chamava Guy, mas com sobrenome Kewney, e que falaria sobre a disputa judicial entre a gravadora Apple (dos Beatles) e a gigante dos computadores Apple (fabricante do iPod).

A confusão começou quando Koma aguardava na recepção para uma entrevista de emprego e a produtora do programa o interpelou e perguntou se ele era o Guy. Diante da resposta afirmativa, Koma foi levado para ser maquiado e depois entrar ao vivo no programa para a entrevista. Posteriormente, ele afirmou que estranhara mas achara que tudo fazia parte da entrevista para uma vaga de emprego.

Após se dar conta que fora confundido, o congolês passou de uma expressão de surpresa para de pavor. A gafe repercutiu no mundo todo, e Koma virou até celebridade, dando entrevistas para diversos jornais e programas televisivos. Um vídeo da entrevista equivocada está disponível na internet e já foi acessado diversas vezes por internautas pelo planeta.

Skate sinistro

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Saca só esse skate:
wheelman blue1 | Curiosidades | cadeia
Ele é motorizado e anda bem rapidinho com o motor de 43 cilindradas. O sistema de combustível e controle fica na sua mão e quanto mais você aperta mais combustível vai pro motor, aumentando a velocidade. Se você reduzir a pressão ele vai mais devagar até parar.
A parada parece correr legal. Tem um video do bichinho aqui:

Net gato

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Close-up of a yawning kitten with eyes closed, capturing its playful and adorable expression.

Há um tempão atrás, antes de eu gastar os tubos da grana com a sky, eu desejei ter net gato.
O que é isso? É basicamente captar tv a cabo sem pagar.
Quando eu morava na rua Joaquim Távora, eu morava na cobertura e ouvi um barulho estranho no corredor. Fui ver e era o cara da net. Fiquei batendo papo com ele e ofereci uma coca-cola. Logo depois ele instalaria a net pra mim gratuitamente. O sinal na época não tava codificado e eu fiquei usando o modo degustação por dois anos com tudo liberado. De fato viciou.
Quando a net codificou eu fiquei desesperado querendo ver os canais que eu tinha me acostumado, mas aí a $ tava fraca. Comecei a pesquisar maneiras de “burlar” o sistema.
Mas fazer isso não é certo. POr isso que hoje eu tenho Sky PAGA.
Na época quase que eu comprei a fabulosa PLAQUINHA MÁGICA.
Plaquinha mágica, pra quem não sabe, nada mais é que um pequeno pedaço de circuito impresso com um chip e mais uma meia dúzia de componentes eletrônicos que desinvertem o croma e reestabelece o intervalo do sinal da TV à cabo, que chega pelo fio embaralhado para que só nos aparelhos da empresa (TOCOM) seja desinvertido.
Existem mil maneiras de chupar a tv a cabo sem pagar ou pagando pouco. Um dos mais usados é aquele de assinar o pacote vagabundo para que o fio chegue na sua casa, e depois comprar um TOCOM desbloqueado. O desbloqueio depende do modelo e em geral é feito por técnicos de eletrônica e vendidos num lucrativo mercado paralelo.
Os caras compram por mais ou menos 200 reais um tocom desbloqueado e substituem pelo tocom da companhia que está setado remotamente para pegar só até determinado canal. O desbloqueado já libera o sinal completo, acessando os pay per view, eróticos e tudo mais.
O problema é que comprar um tocom não é nada fácil, pq tem safados que tentam desbloquear sem saber e queimam os TOCOM e vendem para otários, passando o problema para frente. Como é algo ILEGAL o otário não tem com quem reclamar e morre em 200 merréis.
Já a plaquinha mágica, é instalada dentro do SEU video cassete. Ela tem uns 6 fios que se solda no seletronic do video cassete e assim o seu videocassete que já capta o sinal da tv a cabo passa a também reconvertê-lo corretamente, e você transforma o seu videocassete em um tocom.
Hoje recebi um email com uma propaganda da plaquinha magica e me lembrei dela . No email, ao lado do fabricante que eu não vou colocar aqui porque é uma coisa ILEGAL, Tinham perguntas e respostas:

PLACA INTERNA PRONTA – R$ 75,00 + ENVIO

* TEMOS A PRONTA ENTREGA

Perguntas Freqüentes:

1. A placa mágica decodifica que tipo de sinal?

R.: Qualquer sinal de operadora de Tv a cabo ou de antena parabólica.

2. A placa mágica pode ser instalada em qual tipo de aparelho?

R.: Em qualquer vídeo cassete que possua a função VCR.

3. Meu vídeo cassete não está funcionando para fitas, posso usá-lo?

R.: Sim. Você precisará somente da função VCR dele.

4. É fácil instalar? Como vou saber instalar?

R.: É fácil instalar. Basta conhecimento em solda de estanho e você consegue instalar seguindo atenciosamente os passos contidos no manual de instalação que acompanham o produto. Toda placa que vendemos acompanha manual de instalação IMPRESSO.

5. Quais estados vocês tem comercializado com êxito?

R.: RS, SC, MG, DF, SP, RJ, PR, GO. Outros estamos ainda em fase de análise.

6. Porque seus preços são melhores?

R.: Porque produzimos em quantidade e estamos on-line diariamente, o que nos permite custos de fabricação, atendimento e postagem bem reduzidos.

7. Vocês enviam o produto em quanto tempo?

R.: Nosso prazo de envio é de 72h úteis após confirmação do pagamento.

Trabalhamos com a opção SEDEX A COBRAR, que permite ao cliente retirar o produto e pagar diretamente nos correios.

(O valor da postagem deve ser depositado antecipadamente e cobramos uma taxa de 15%).

Só botei aqui por curiosidade mesmo.

A verdade é que esses esquemas de plaquinha magica ou são golpes (a maciça maioria deles) ou são soluções quase sempre sofríveis, que duram pouco, já que as companhias estão codificando tudo.

 

73416 | Curiosidades | 171, cadeia, dicas

Figuras inesquecíveis da infância

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a close up of a book with some type of text

Todo mundo que chega na idade adulta lembra-se com ternura de fuguras inesquecíveis que conhece na infância. Poucos desses sujeitos chegam à vida adulta ao seu lado, pois a vida toma certas atitudes estranhas e acaba nos separando.

Uma figura que eu me lembro da juventude foi o “pão com ovo“. Pão com ovo era o que esse garoto que eu não sei mais o nome levava de merenda.

Um dia, a merendeira dele caiu bem no meio do pátio , espalhando pedaços amarelos no meio de dois pedaços de pão. Na mesma hora ele foi cercado por uns vinte garotos, que rapidamente se transformaram em uns cem. E todos começaram a gritar “Pão com ovo, pão com ovo…” Ele caiu de joelhos. Cabeça baixa e as lagrimas rolando enquanto em volta centenas de crianças gritavam Pão com ovo pra ele. Sabe como pode ser devastador para um garoto ser chamado de… PÂO COM OVO?
Ao redor dele tudo rodou e ali estava decorrendo bem diante dos meus olhos uma situação digna de criar um super vilão. Ora, se fosse comigo eu me vingaria inventando uma máquina para destruir a humanidade, ou mesmo mostrar quem é o mestre…

Outro cara que nunca me esqueci foi o Telerj. Incrível como na infãncia a gente pode ser cruel. O defeito do moleque é que tinha orelhas de abano. Era um certo reconforto para mim, que tenho dois belos e lindos pares de orelha de abano modelo “dumbo”, mas o Telerj… Rapaz, o telerj era bizarro. Então ao zoar o Telerj eu me eximia de ser o cara da orelha de abano da turma. Mas as dele eram duas megra-protuberâncias aerodinâmicas que se bobear eram de fato capazes de jogar ele pra cima se o vento fosse forte. A parada ainda era pra fora e meio encurvada, de tal maneira que na época passava um comercial em que o Evandro Mesquita usava orelhões de plástico pra dizer que as fitas da BASF com Ferro extra eram as melhores. ( não eu não tenho essa memória toda. A propaganda foi eficaz, porque eu me identificava com o orelhão. POr anos eu me olhava no espelho e me via como o Evandro Mesquita com aqueles orelhões…) e na hora eu lembrava do Telerj e isso me tranquilizava um pouco. Se eu nunca ia pegar mulher na vida por causa delas, pelo menos era reconfortante saber que tem sempre um puto em situação mais ridícula que a sua…

O telerj tinha uma irmã que era DM. A Bianna. Fabianna era o nome dela. Quando eu devia ter uns onze a Bianna tinha uns vinte e seis. Ela era DM (deficiente mental) e andava de um jeito engraçado, balbuciando coisas ininteligíveis e babando direto. O que me marcou mais foi o carinho que o Telerj tinha com a Bianna. E eu passei a observar analíticamente o comportamento de uma DM. Baseado na Bianna que eu criei meu estilo DM de me comportar. ( mas nunca fiz isso pro Telerj ver. O mínimo de senso de humanidade eu já tinha)
Tinha.
Acredite se quiser, eu já entrei no banco HSBC do centro de Niterói me passando por um deficiente mental leve. Com direito a mãozinha repuxada e pernas “deixa que eu chuto” e ainda por cima toneladas de baba e um “bigadu tchiiia!” quando caixa fez o meu depósito.
Não eu não sou um canalha safado. Sou um safado só. A história é que eu queria comprar um aquário novo pra Tatá, minha tartaruga, e paguei com cheque. Ao chegar em casa me toquei que eu não ia ter grana pra pagar o cheque porque eu tinha errado nas contas. (eu sou um merda nas contas)
Daí tentei correr até a loja, mas o cara havia saído pra descontar o cheque e comprar de material. Nessa época eu não tinha limite no banco e mais um sem fundo e eu estaria liquidado. Comecei a suar frio. Palpitações no peito. O jeito foi correr no banco próximo pra achar o cara. E não achei. MAs era dia 5 e o banco estava lotaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado. A hora passando. A cada segundo eu me aproximava mais da merda colossal que ia ser ter a conta encerrada.
Corri pro centro de Niterói. Chegando lá a mesma coisa, só que muito mais lotaaaaaaaaaaaaaado. Olhei em volta, a fila dos idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo e DEFICIENTES estava vazííía… Só uma velhinha.
Não teve jeito. Dei uma saída rápida. Fui até a esquina, passei atrás de uma banca de jornal e ali eu me transformei.

OLha, no início eu achei que não teria coragem, mas à medida em que eu ia andando com aquele caminhar elegante do quasímodo, a boca retorcida como a do Lima Duarte (Melão!) os braços retorcidos para trás como um desses meninos do teleton e as pernas fazendo voltas que deixariam a coluna da Gisele Bunchen com inveja. Eu fui andando e subi as escadas. Nesse momento eu tive medo de que alguém que tivesse me visto no banco minutos antes lembrasse. Mas meu perrengue passou rápido qaundo o vigia abriu a porta lateral pra eu passar. Isso mesmo, eu não passei pela porta giratória. Na cabeça do guardinha eu provavelmente não saberia andar com a porta que gira e me desesperaria gritando e me socando como um autista em crise de pânico. Como um passarinho cego num aquário de vidro.

Caminhei decidido (todo torto) em dição a fila microscópica dos deficientes e fui eficientemente atendido. Fiz questão de ampliar o realismo de minha atuação deixando umas três gotas de baba no balcão. Acho graça até hoje quando penso quem foi que limpou (e com que cara) a minha baba de doente mental.
Daí consegui botar uns vinte reais na conta e salvei minha pele.
Saí andando ainda como o quasímodo e caminhei por todo o quarteirão, até a esquina, quando passando novamente por trás da banca, comecei a me “normalizar”.

Foi uma situação adversa. Depois pensei que não foi certo aquilo que eu fiz. Eu fiquei um tempão com peso na consciência de ter feito aquilo. Então prometi que nunca mais imitaria um DM, por mais realista que fosse o resultado final. Uma vez eu fiz pra minha mãe ver e ela ficou impressionada. Teve até que sentar.
Eu costumo apelar para minha veia artísitica quando a situação aperta.

A última vez que precisei usar os meus poderes de X men, quer dizer, de ator, foi no 31 de dezembro. Faltava mais ou menos uma hora para os fogos. Eu passei na casa da minha mãe pra me despedir, desejar feliz ano novo e tal. Nessa época, ela morava na rua Miguel de Frias. (A rua tem um nome que era o prenúncio do que estava por vir… FRIAS!)

Não tinha onde parar, obviamente e eu rodei até que milagre: achei uma vaga! Era super-híper apertada, mas eu enfiei meu corsinha ali. Desliguei o carro e já ia saindo quando surge correndo, com a mão esticada na minha direção um NEGÃO. ( o negão era tão negão, tão grande, que só grafando assim, em caixa alta)

– É dez reáu!
– …
– Ô patrão! É dez reáu!

– Ok, na volta a gente vê. – tática de engabelamento do flanelinha. Página 66 do manual de sobrevivÊncia na cidade grande. Parágrafo dois item um:

“Não tendo outro jeito diga ao flanelinha que você vai pagar na volta. E ao voltar, diga que já pagou a um outro com a camisa do flamengo. Sempre vai ter um puto com a camisa do flamengo. Ele vai sair na porrada com algum outro cara e você sai vazado sem pagar a extorção.”

– Não, não. Na volta não, patrão. Paga agora ou não pára!

– Quê? – Nessa hora a Nivea já começa a apertar suavemente meu braço. Pelo apertão eu sinto que ela quer dizer em código: Fudeu. Pága, pága!!!! E eu começo a discutir: – Vou pagar na volta PORRA! – o porra foi assim mesmo, mais alto pra ressalttar meu aspecto agressivo. Pra enfeitar a ação, eu jogo a Nivea delicadamente para trás de mim, como convém um macho homo sapiens.

Deu certo. Começou a parar gente pra ver. Mas o NEGÂO não se intimidou, fato este que ME intimidou:

– Vai pagar ou eu vou TIRAR O CARRO!– Quando ele falou isso eu senti um: ” WAZZAAAAAAAAAP!” Era o meu neurônio do perrengue acordando de suas férias. Acordou e jogou dois litros de adrenalina no meu sangue.

– Tira aí pra eu ver, feladaputa! – Eu gritando. A nivea com dois olhões do tamanho de um prato.

– O negão não teve reação. Veio com o peito estufado pra cima de mim. Senti um clima “porrada” no ar. O povo em volta. Eu dou uma rápida olhada em volta e vejo gente com garrafa de champanhe, mulheres com flores, coroa com a cadeira de praia. Percebo que o sangue não vai ficar bonito na minha roupa branquinha… E todo mundo meio que na indecisão se valhia a pena parar pra ver a porrada iminente entre o nerd e o HOLLYFIELD ou era melhor ir logo arrumar lugar pra ver os fogos.

Na falta de uma atitude de macho, conveniente numa hora dessas, você deve apelar para o parágrafo três do capítulo “COMBATE SOCIAL” do manual que diz:

“Na hipótese de estar desarmado e em franca desvantagem, apele para perguntar ou afirmar perguntando, se seu oponente sabe ou tem alguma ideia com quem está falando. Numa sociedade violenta e corrupta, ser amigo dos caras que matam ou dos que mandam prender, ou melhor, dos dois, é seu trunfo pessoal. Se não funcionar, corra.”

Eu meto o dedo no peito do negão. Olhando para cima em 45 graus vejo olhos amarelos injetados, como os do Trex de Jurassic Park. O negão tem no barato dois metros de altura por 1,5 de largura. É uma versão nacional do Mike Tyson anabolizado.

– Você sabe com quem que cê tá falando ô PALHAÇO? ( acentue o finalzinho de modo que quem está do outro lado da rua escute e venha correndo pra ver. Também indica que você não tá com medo. Curiosamente, quanto mais medo você tem, mais alto é o finalzinho que você solta. Mas cuidado pro cagaço não transparecer, dixando um vibrato na sua voz. Se vc der sorte, será um meganha que vai vir ver o que tá pegando e tudo se resolverá na lei.

– NÂO! E você? VocÊ sabe? – Disse ele decidido. Eu já sentindo a porrada. A Nivea nesse tempo todo ficou falando alguma coisa que não entrou na minha cabeça pois todo os meus neurônios estavam carregando protocolos de combate, lutas e obviamente, fuga.
Eu lembro que pensei comigo mesmo: ” TÔ falando com um assassino, marginal, traficante…” Mas rapidamente chegou uma ideia boa e:

– Não sei não, mas acho bom você também não saber com quem você tá falando. – Falei rápido e alto de modo que ele não tivesse tempo de responder. Eu meto a mão no celular. O negão dá dois passos pra trás achando que eu ia sacar um ferro. (revólver) Ouvi um certo ruído da platéia. Os dois passo para trás do negão foram o elemento base no jogo de expressão corporal que sinalizava um detalhe. O negão se cagou. Por um segundo, mas se cagou. Era minha chance de crescer na cena:
Eu saco o celular e finjo discar alguma coisa. O negão um pouco distante, hesitante entre me enfiar a porrada e correr, pisa levemente para trás. Os olhos fixos em mim. Eu nele. O povo atento.

– …Sete, sete meia… – (Ao fingir digitar, comente em tom mais baixo os números finais, que dá mais credibilidade ao fato de ligar para alguém.)
-… – (Espere um pouco. Quase ninguém atende de prima. Isso também é legal porque dá uma certa aparência de suspense. Todo mundo fica ligadão esperando pra ver a merda se avolumar. Sobretudo o carioca. Carioca adora ver merda se avolumar, aí depois corre).
Alô?! ALÔ, HARAKIRI! HARAKIRI… O NEGÓCIO É O SEGUINTE! CHAMA A GALERA! PEGA TODO MUNDO E VEM AQUI PRA MIGUEL DE FRIAS! VEM QUENTE! ISSO. COM O BERRO! VEM AGORA? È. VEM COM A CAMINHOETE. MAS TRAZ TODO MUNDO QUE O BICHO VAI PEGAR! TEM UM CRIOULO AQUI… – Nesse momento o negão correu empurrando umas pessoas da “rodinha da porrada”. A Nivea com aquele olhar de “quem é Harakiri??”
Hehehe, nem faço ideia, mas imagino que um traficante muito do malvado pudesse ter um apelido assim. ( Pra quem não sabe, Harakiri é um dos mais intrigantes e fascinantes aspectos do código de honra do samurai: consiste na obrigação ou dever do samurai de suicidar-se em determinadas situações, ou quando julga ter perdido a sua honra. Significa literalmente “corte estomacal”. Esse suicídio ritual também é chamado de seppuku.)ou então um policial civil da tropa de elite. Daqueles que vem com uma ponto cinquenta pra resolver briga de trânsito.
Não me pergunte como eu tenho ideias assim bem na hora da merda. Isso simplesmente acontece. Mas a história não acabou:

O negão correu, correu bonito, e em seguida um outro negão lá do outro lado da rua gritou:
– Aí, seu problema é com ele ali hein? Eu não tenho nada a ver com isso aí não! – Vi na hora que minha atuação fora digna de pelo menos um Kikito. Mais do que apenas o negão havia se cagado. A rua estava a espera de um furacão de morte chamado Harakiri. Era o fim dos tempos. A hecatombe social. O PCC! E eu não poderia deixar barato, berrei:
FODA-SE! VOU PASSAR O RODO EM TODO MUNDO! NÂO QUERO NEM SABER!!!!. – Antes da palavra “saber” o maluco também correu.
Entrei no carro e fui parar em outro lugar, afinal esses flanelinhas praticantes de extorção são cobras malditas. Pra voltar e arranhar meu carro corsa 96 não custa. Parei em outra vaga e fui andando de volta,. Ao chegar no lugar do meu entrevero com o negão, a rua tava qualhada de policial. Eram muitos… Deviam ser uns trinta. Todos olhando em volta, como se procurassem alguma coisa, ou alguém. Deviam estar procurando o Arakiri.

O primeiro porre a gente nunca esquece

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a close up of a book with some type of text

Là estava eu, numa festa na casa de um amigo. A cerveja rolando solta. Daí ele aparece com uma bebida lá que mais parecia um álcool absoluto com sabor de anís. beberiquei um pouco mas achei meio ruim.
No meio da festa, liga alguém pra lá. Este alguém que eu nunca saberei quem é, estava ligando de uma outra festa, e convida a festa que eu estava para se mudar para a tal festa deles.

Sim, convida uma festa inteira para atravessar a cidade e chegar numa outra festa. ( depois descobri que a pessoa que convidou não era a dona da tal festa. fato que por si só já nos garante o amplo direito de beber pra esquecer a vergonha.)Como na tal festa que eu estava eu não conhecia praticamente ninguém além da minha mulher, que também conhecia uns três ou quatro, fomos. Eu de penetra do penetra. Penetra ao quadrado. Receita para dar show.
Lembro que eu fui no carro cheio de gente. O carro lotado e eu contando piada.
Sei que no meio do caminho, um dos carros da caravana se perdeu. Pára a caravana, desce todo mundo. Cadê o fulano. Cadê ciclano. Beltrano tava no carro de herculano, liga do celular par eles… Essas coisas. Eu já meio chapado de quatro latinhas de cerveja.

Parei de beber quase totalmente depois que casei e agora sou um fraco. Duas latinhas me nocauteiam.

Mas seguindo a aventura, lá pelas tantas, aparece o carro com as figuras e a caravana segue o caminho por ruas que nunca vi na minha vida em busca do tal condomínio de luxo, onde a festa principal estava rolando.
Aí um dos carros quebra. Por sorte quebrou perto do lugar onde a festa ia rolar e deu pra fazer baldeação em duas viagens no carro que nós estávamos. ( eu não tinha carro na época. Eu era “a pé”, “viação canela” e outros adjetivos fofinhos).

Chegamos na festa e pra minha supresa, a festa que eu estava antes tava beeem mais animada do que a tal da principal. A festa principal era muito chique, muito requintada. Era festa de professor titular da UFF. Sabe como? Pessoas nojentas metidas e pedantes debatendo a linha epistemológica do impacto da obra Kantiana no conceito objetvo das sociedades pós modernas numa ótica neo-liberal paradigmática.
Eu assumo que cheguei lá e me senti um merda. Um merda não. Um merda-oficial da copa do mundo, com estrelinha no peito de mistar merda e pós graduado na ignorância. Só tinha doutorando, mestrando e muitos PHdeuses.

De graduado só eu e o bom e velho (e também caro) vinho chileno ali na minha frente.
Sentei sozinho num canto meio que tentando achar um vácuo para entrar no assunto de alguma patotinha. Mas nada. Eu era avulso. Eu era marido da reles mestranda – que era penetra. Porra, pior que ser o penetra é ser o anexo-sofrível da penetra.

Dei uma boa olhada na casa. Muito bonita chique e bem decorada. A mesa, uma mesona enorme de vidro, com vááááárias garrafonas de vinho de todos os países. (e eu querendo tomar uma cervejinha) Olhei em volta. Patês, queijos, saladas, molhinhos de todas as procedências, salgadinhos mil. E TOME VINHO!

Lembro que quando eu tava no meu décimo segundo copo de vinho, consegui conversar com alguém. O papo não avançou muito porque rapidamente apareceu alguma figurona que possivelmente era a dona da casa e agarrou meu interlocutor pelo braço pra apresentar ao doutor beltrano.

Merda. Lá estava eu, com o copo de vinho na mão. Só me restando beber para não mimetizar totalmente com o abajour.
OLhei na minha frente e vi um enorme queijo muito bonito numa tábua de madeira decorada. O queijo tinha uma cobertura em cima que parecia ser um creme. Parti um pedacinho pra ver qual era.

ERA MARAVILHOSO! Eu senti a mesma coisa que meu cachorro sentiu quando comeu carne pela primeira vez na vida dele. Tudo fazia sentido. A festa chata, as pessoas esquisitas, o carro que sumiu e o que quebrou. Tudo no mundo estava me levando para aquele sublime momento em que o queijo deitou-se sobre minha língua e fomos felizes juntos nuum universo cor de rosa que girou a minha volta. Uma musiquinha tocou. Era um orgasmo alimentar. O queijo era sensacional.

Não pude evitar partir mais um pedacinho e aproveitar e encher mais meu copinho.

Leia o parágrafo aí de cima mais sete vezes.
Pronto, agora é isso que acontece a seguir:
A dona da casa aparece e vendo que eu – o BÊBADO – estava acabando com o queijo caro pra dedéu dela, pega ACINTOSAMENTE o queijo da minha frente e coloca lá no final da mesa. Eu fico ali só olhando na direção dela. (porque nessa altura já não fazia diferença mais olhar de óculos ou sem) Pra falar a verdade, eu já enxergava meio como o morcego, meio pelo som e também pelo cheiro.
Ela saiu e eu levantei tão acintosamente quanto ela tirou o queijo da minha frente ( putamerda, que vergonha contar isso) e sentei novamente, na frente do queijo e COMI TUDO. O queijo INTEIRO. SOZINHO, mané!

O tempo dá um gap. Não sei o que se passou nesse tempo que deve ter levado por aí uma meia hora, 45 min. O que me lembro meio vagamente depois do episódio do queijo foi que eu comi um ovo de codorna que tava azedo. Acho que era picles. E se me lembro bem, cuspi num vaso de planta que tinha na sala. Deve estar lá até hoje.

A dona da casa subiu com o marido, abandonando a festa à sua própria sorte.

Em seguida eu lembro que a música ficou animada. Os bêbados da primeira festa se animaram mais ainda e sofri quando alguém gritou: ACABOU O VINHO!
Mas nessa altura do campeonato, eu já tinha bebido vodka, cerveja na primeira festa mais aquele treco que era igual metanol com sabor anis, vinho tinto, suave, branco, rosé, coca-cola e comido um queijo inteiro e mais uma metade de um ovo de codorna azedo, além de uns salgadinhos que não sei o que era,. Mas naquele estado, mesmo se fosse sabor barata seria bom.
Saí com uma amiga também absolutamente chapada procurando na cozinha da dona da casa por alguma bebidinha malocada. Um uísque, uma vodka, um detefon. Qualquer merda alcóolico serviria. Não achamos e resolvemos “fazer uma pista de dança” TIramos alguns móveis da sala… E virei o TONI MANERO!

Você deve estar se perguntando onde diabos a mulher do –PUDIM DE PINGA AVULSO – estava, né?

Bem, ela estava na varanda, debatendo com uma outra professora a experiência do sistema de ciclos na rede municipal de Niterói, sob a ótica da proposta oficial até às práticas concretas.

Tá vendo porque eu bebo?

Continuando a aventura etílica:
Alguém apagou a luz na cozinha e o que me lembro em seguida, é de estar amarradão dançando salsa com uma amiga da Nivea do mestrado. e mais um monte de bêbados que na minha memória são aqueles dançarinos zumbis do clipe do Michael Jackson.

A Nivea conta que nesse momento alguém chegou na varanda e comentou: Tem um cara bêbado dançando salsa lá na cozinha. È o seu marido?
Quando a Nivea chegou lá, a gente tava dançando lambada ou era forró. Se bem que tanto fazia. Não sei dançar nenhum dos dois mesmo, eu tava ali igual a uma minhoca, igual ao Mick Jagger.

Foi dando a hora de ir embora. A Nivea não sei se por medo ou vergonha me agarrou pelo braço e chamou pra ir embora. Quem sou eu pra resistir a uma apelo daqueles? Fomos embora. Eu pedi carona pra uma ex-professora minha do segundo grau e ela meio relutante ( meio é favor. RELUTANTE PRA CARALHO) aceitou. Não lembro de mais nada mas a Nivea contou que eu só falei merda. (grande vantagem. Eu normal só falo merda mesmo!) no carro.

No meio do caminho, a mulher resolveu achar que eu ia chamar o raul. Parou o carro e me botou pra fora. Eu e a Nivea. Mó sacanagem. Tres e porrada da madrugada. Longe pra caramba lá de casa. Fomos andando. Andamos, andamos, andamos no meio da madruga. Bem, eu cambaleando e ela andando e tentando me ajudar a andar num zig-zag mais coordenado.

Chegamos em casa, eu rindo alto.
Lembro que deitei na cama. Tudo rodou.
Primeiro rodou pra esquerda. Rodou e foi acelerando. Aí começou a desacelerar.

Depois rodou pro outro lado… Acelerou e em seguida rodou – no eixo Z.

Aí eu vi que ia vomitar. Corro pro banheiro pra chamar o raul. Acendo a luz e o vaso tava tampado. Porra, que mulher mané! Sabe que o marido tá chapado e tampa o vaso.

A boca cheia de vômito e por uma fração de segundo pareci um KIKO (do Chaves) possuído pelo capeta. Sobretudo quando o jato verde com pedaços ao molho voou. Então tentei me virar pra deixar o sopão na pia, mas só lembro de ter vomitado para o alto.
Eu vomitei pelo nariz também.

Maldito queijo. Pra quê ser tão gostoso? Se bem que se você vai vomitar, pelo menos é bom que seja algo gostoso, né? Afinal, você sente o gostinho duas vezes.

Voltei pra cama e ainda vomitei lá na cama duas vezes mais. (dormindo, graças a Deus!) Na manhã seguinte eu era um farrapo humano. A Nivea conta que eu devo ter vomitado rodando pra conseguir vomitar até no lustre. Ela queria me meter o esporro, mas até ficou com pena tamanho estado de putrefação em que eu me encontrava. Eu era um nada. Desci ao décimo quarto inferno naquele dia. Nada que eu comia ficava no estômago.
Tive que tomar varios remédios. Nivea ligou para o médico e tudo mais.
Tudo eu vomitava. Dizem que o porre de vinho é dos piores. Maluco, “dos piores”? Aquilo é o PIOR porre que um ser humano é capaz de suportar em vida. Só consegui comer alguma coisa (uma maçã) no dia seguinte.
Passei dois anos sem botar uma gota sequer de vinho na boca. Nunca mais comi o queijinho do creminho. Hoje só lembro dos pedacinhos de creme nas minhas narinas. Que nojo. Mas eu sei de quem é a culpa.
A culpa é da metade daquele maldito ovo de codorna. Eu devia ter previsto que um ovo de codorna marrom não podia ser saudável.

Avistamento em Recife

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1recife 2 | Curiosidades | cadeia

Ocorreu um interessante avistamento ufológico em Recife com muitas fotos.
Aqui está o link.

Campanha show

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Como ativista do não uso de casacos de pele eu faço aqui minha contribuição divulgando a propaganda anti-casacos de pele.
Vamos boicotar a Gisele Bunchen porque ela é a favor dos casacos de pele.