O menor crânio do mundo

Aqui está nossa foto gump do dia.

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Eu estava navegando pela net quando achei neste site aqui um microscópico crânio de macaco. É óbvio que este não é um crânio de macaco de verdade, mas sim um modelo impresso em 3d. Ao que parece, o crânio em miniatura é produzido usando-se um raio laser num material com consistência de gelatina.

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Se já parece bizarro ver uma cabeça de macaco desse tamanho, devo dizer que é ainda mais bizarro quando você descobre para que diabos esses caras estavam fazendo as cabeças dos macacos:

Para guardar colônias de bactérias.

 

Em um experimento recente, foi demonstrado que uma colônia de Staphylococcus aureus , aquelas bactérias que  podem causar  infecções de pele, se tornaram mais resistentes aos antibióticos, quando foram contidas dentro de uma comunidade maior de Pseudomonas aeruginosa , uma bactéria envolvida em várias doenças, incluindo fibrose cística.

O trabalho foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences .

Assim, os cientistas estão usando uma nova tecnologia de impressão 3-D para construir “casas” para as bactérias a um nível microscópico. Seu método utiliza um laser para construir gaiolas de proteínas em um material gelatinoso depositado ao redor das bactérias. Essas gaiolas para bactérias podem ser de quase qualquer forma ou tamanho.

O método deverá permitir o surgimento de uma classe totalmente nova de experiências que melhor se aproximam das condições que as bactérias encontram em ambientes biológicos reais, tais como os do corpo humano.

“Ela nos permite definir basicamente todas as variáveis”, disse Jodi Connell, um pesquisador de pós-doutorado na Faculdade de Ciências Naturais. “Podemos definir as características espaciais em uma escala que é relevante para uma única bactéria. Nós também podemos simular com muito mais precisão os tipos de ecologias bacterianas complexas que existem em infecções reais, onde há normalmente não apenas uma, mas várias espécies de bactérias interagindo umas com as outras “.

O método começa com um reagente à base de gelatina, que tem algumas características-chave. As bactérias podem viver e se reproduzir confortavelmente dentro dela. Quando quente, ela é uma solução líquida, mas a temperatura ambiente torna-se firme como gelatina de sobremesa.

As bactérias são colocadas na solução, e quando a solução esfria, as bactérias ficam agarradas. Uma análise de microscópio permite identificar quais as bactérias de interesse, e como será feita a gaiola. Em seguida, usando um chip adaptado de um projetor de cinema digital é emitido um laser que constrói uma imagem bidimensional na gelatina. Onde quer que a luz se concentra, forma-se uma matriz sólida.

Em seguida, é feita outra camada, e assim sucessivamente. As dimensões das gaiolas são de pirar o cabeção: Pense na espessura de um fino fio de cabelo. Pegue somente 1% dessa dimensão e depois divida esse 1% em quatro partes. Cada 1/4 é o tamanho de uma “gaiola”.

Após a estrutura estar completa, as bactérias podem ser alimentados com nutrientes e são deixadas para se reproduzir na cabeça do macaco. Elas vão se espalhar e inundar todo o espaço disponível. Os cientistas podem usar as gaiolas para gerar microcomunidades enjauladas e colocá-las perto o suficiente para que as comunidades possam sinalizar entre si. Eles podem até mesmo lavar o excesso de gelatina, deter o crescimento das bactérias e armazená-las para o transporte posterior para laboratórios em outras partes do mundo com mais segurança.

O que é fundamental é estas estruturas não são apenas controláveis em termos de suas geometrias, elas são também muito bio-friendly

As paredes destas moléculas de proteína estão ligados entre si com força suficiente para impedir que as bactérias consigam escapar, mas ainda são porosos o suficiente para ser quimicamente permeáveis. Os nutrientes podem entrar. Os rejeitos podem sair. Os sinais podem ser trocados. E assim a Ciência vai avançando, com suas bizarras microscópicas cabeças de macaco.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Muito louca essa experiência ! Mas não existe um certo risco quando você faz experiências com bactérias ? Acidentes podem acontecer, certo ? Já vi casos de experiências e laboratórios que mataram muitas pessoas.

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