Guerra ao pelo

Eu acordei e tava dando uma olhada na net quando vi a bizarra notícia de que virou moda as mulheres se barbearem no japão. Falarei disso nesse post ainda, só que antes queria tratar de uma coisa que venho notando há alguns anos.

Lembro a primeira vez que vi uma mulher peladona que não era minha mãe. Foi quando alguém deu mole com uma antiga revista masculina, que poderia ser a Playboy, mas é possível que tenha sido a Status. Eu lembro claramente da mulher: Era a Sonia Braga.

Minha mente se fixou naquele triângulo peludo e insondável que transparecia naquelas páginas. Meu tesão, ou talvez tenha sido somente espanto, durou pouco, pois logo um adulto me viu olhando aquilo e me tomou a revista. Mas nunca mais me esqueci daquela imagem. Com o tempo, pude perceber que a floresta negra entrou em gradual extinção. Adolescente, eu assinava a Playboy e vi muita (muita mesmo) mulher pelada e pude constatar empiricamente como a depilação fez seu caminho para a fama de hoje em dia.

Em algum momento, o pelo pubiano se tornou um sinônimo de sujeira, de falta de asseio e deixou de ser desejável. Surgiam milhares de cremes de depilação no mercado, surgiam produtos e mais produtos, lâminas, ceras e o escambau. As companhias de depilação ganhavam mais e mais espaço e o Brasil começou a exportar sua “tecnologia” chamada “depilação à brasileira” para os EUA, principalmente Califórnia e Flórida. Não duvido que a depilação no mundo já seja um mercado super lucrativo de bilhões de dólares.  Alguém disse que ter pelo era coisa de mulher suja, de macaca e a mulherada entubou – como sempre fez.

depilacao

Claro, a depilação não surgiria ali. Cleópatra já se depilava.

Há tempos, pessoas em diversas sociedades procuram eliminar o excesso de pelos e lanugens, para fins estéticos e para higiene pessoal. A história nos revela que em 1500 a.C. os homens já removiam os pelos com um depilador feito de sangue de diversos animais, gordura de hipopótamo, carcaça de tartaruga e trissulfeto de antimônio.

Os romanos também se referem a composições depiladoras, algumas das quais continham soda cáustica como destacado ingrediente. Cleópatra tirava seus tão indesejáveis pelos com faixas de tecidos finos banhados em cera quente.  Mas alguma coisa aconteceu entre os anos 70 e os anos 90 que gerou uma corrida em busca de eliminar os pelos quase em sua totalidade. Surgia a faixinha, o bigodinho do Hitler e depois, o nada!

Basta pegar qualquer busão e rodar pela cidade para ver que existem inúmeros salões, centros de depilação e lojas. Hoje a franquia de empresa de depilação é uma das mais procuradas, por ser uma das franquias mais baratas e com maior retorno, já que todo mundo parece estar buscando um corpo lisinho.

Não obstante, o pentelho virou palavrão, virou xingamento, e até bordão do Fausto Silva. “Pentelho”, a forma como ele se dirigia aos seus subordinados, virou sinônimo de algo incômodo.

Muitas mulheres chegaram à depilação completa, a remoção de todos os seus pelos na busca pela “higiene”.

Nas redes sociais, esses lugares onde cada um fala a merda que lhe dá na telha, é comum vermos discussões entre as meninas que defendem a depilação por ser um método higiênico, sendo esculhambadas pelas feministas que vêem na depilação mais uma dessas prisões femininas. Uma guerra sem fim.

Note que não sou contra a depilação. Pra mim tanto faz quem faz ou quem não faz. Não sou do tipo que exige isso de nenhuma namorada, até porque penso que a questão da depilação está no campo íntimo onde não cabe ao outro dar pitacos. Mas estranhamente, certas modas vão se espalhando e quem não se adequa à ele, ganha um rótulo social de brucutu, mulher suja e etc. Para a alegria das empresas que faturam com isso, lógico.
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Me intriga é ver a defesa de depilação como sendo uma decisão baseada na higiene. As mulheres parecem ter uma necessidade brutal de perseguir esse ideal de higiene. Não sei e não vou aqui ficar fazendo filosofia de botequim de questionar se essa necessidade de buscar a higiene a todo custo (incluindo o financeiro) advém do fato da mulher se achar por natureza um ser sujo, permanentemente em dívida para com a sociedade e numa ingrata corrida pela perfeição que nunca será atingida.

Mas o fato é que basta você criar qualquer merda que seja para a mulher se sentir mais limpa e você ficará rico da noite para o dia. Lembro do meu espanto quando vi pela primeira vez,  numa gôndola de supermecado um sabonete íntimo. No meu olhar de homem, (ser da “raça macha” hahaha) aquilo me pareceu um 171, um engodo, uma conversa fiada de sabonetinho com Ph especial e moléculas redutoras de odores… A criação deliberada de um novo mercado com grande potencial de lucros para as grandes empresas, multinacionais de cosméticos mundiais.

Pensei: “Logo logo tudo que é mulher vai estar comprando essa merda para lavar as partes”.

Não deu outra e muito antes do que eu sonhava, eu estava diante daquela mesma embalagem no meu carrinho de supermercado, já que sou casado com mais uma dessas desesperadas pela higiene.

A busca pela higiene virou uma neura generalizada, é impressionante, meu. Note que ao apontar isso, não significa que eu seja um porcão. Não sou exatamente o pai da Peppa Pig. Mas basta uma olhada na história dos últimos 10.000 anos da humanidade para vermos que a escalada da higiene nas ultimas décadas chegou em níveis patológicos.

O ser humano parece ter sempre buscado a higiene, desde sua gênese lá atrás. Podemos ver a força da busca pela higiene pelos macacos. Nossos parentes evolutivos ainda usam a higiene, catando piolhos e carrapatos, mesmo quando eles não tem esses parasitas nos parceiros, como método de catalisar as relações sociais. Me parece bem provável que as leis que regem as mentes dos macacos ainda estejam gravadas nas profundezas das nossas instruções cerebrais.

Praticamente todas as civilizações da Antiguidade deram grande valor ao cuidado com o próprio corpo e com o bem-estar físico. Os egípcios já fabricavam sabão.  Os gregos, praticavam uma série de libações antes de sacrifícios animais e refeições, e o banho era uma instituição cotidiana, registrada até nos mitos. Podemos ver isso claramente em A Guerra de Tróia, onde Agamenon é assassinado na banheira por sua mulher. Depois o  Império Romano criou aquedutos para abastecer suas principais cidades e o romano que podia pagar, frequentava diariamente os banhos públicos, onde o corpo era lavado em uma sucessão de piscinas com temperaturas variadas e esfregado vigorosamente (ainda podemos ver reflexos disso nos banhos turcos)  para retirar todas as sujeiras. Gradualmente, os banhos romanos desapareceram com a prevalência dos cristãos.

Os cristãos estavam mais interessados na purificação espiritual, e com isso, gradualmente, os banhos romanos começaram a ser vistos como antros de putaria e pecados pagãos. Embora alguns dos primeiros patriarcas do cristianismo, como o teólogo Tertuliano e os santos Agostinho e João Crisóstomo, ainda frequentassem a casa de banho, elas foram sumindo, dando espaço a outras ideias, como o culto à sujeira.

Místicos como São Francisco de Assis consideravam a sujeira um modo de penalizar o próprio corpo, aproximando o espírito de Deus.

Lá pelo século seis, quando São Bento codificou as regras da vida monástica, ele determinou que só os monges doentes ou muito velhos fossem autorizados a se banhar. Na maioria dos conventos e monastérios da Europa medieval, o banho era praticado duas ou três vezes AO ANO, em geral às vésperas de festas religiosas como a Páscoa e o Natal. Imagina a morrinha de feto de urubu à vinagrete que infestava as escuras dependências dos monastérios medievais!

Duvido você dar uma cafungada na minha virilha!
Duvido você dar uma cafungada na minha virilha!

 

E é bem possível que os monges enclausurados não se banhassem nunca na vida.  A prática de lavar o corpo todos os dias demoraria séculos para se restabelecer (e em alguns países europeus ainda não se restabeleceu, como na França).

O cristão europeu médio seguiu lavando o rosto e as mãos antes da refeição e esfregando seus dentes com paninhos – e só.

O conceito de limpeza foi muito gradualmente se construindo. Em Londres, Paris ou Lisboa, a disposição de lixo e de dejetos humanos era feita na rua mesmo. No suntuoso Palácio de Versalhes, um decreto de 1715, baixado pouco antes da morte do rei Luís XIV, estipulava que as fezes seriam retiradas dos corredores UMA VEZ POR SEMANA (sim, do Palácio!).

Ocorre que a suntuosa obra de Versalhes não tinha banheiros, mas contava com um “quarto de banho” equipado com uma banheira de mármore encomendada pelo próprio Luís XIV – objeto que serviria apenas à ostentação, e que ele não usava.

Os médicos certa vez recomendaram banhos ao Rei Sol como forma de terapia para as convulsões que ele andava sofrendo – mas interromperam esse tratamento dramático quando o monarca se queixou de que a água “lhe dava dor de cabeça”. Assim, sabe-se que o francês não era chegado aos banhos, algo que para nós, brasileiros, muitos dos quais tomam mais de três banhos por dia (quando tem água), parece uma heresia.

As pessoas do passado eram tão toscas que e atribuíam perigos ao banho: lavar o corpo todo “abriria os poros”, facilitando a infiltração de doenças – o que obviamente, sabemos hoje que é o oposto. 

Outra crença curiosa do mesmo período diz respeito ao poder purificador da roupa: acreditava-se que o tecido “absorvia” a sujeira do corpo. Bastaria, portanto, trocar de camisa todos os dias para manter-se limpinho. Já no século XIX, o rei português dom João VI, que acreditava que uma boa camada de “cascão” lhe protegeria de doenças tropicais, mostrava-se descrente até da troca de camisas, que ele deixava literalmente apodrecer no corpo.

A História nos revela que dom João VI, era tão suíno, num nível ogro, que parecia nojento até para os baixos padrões sanitários de seu tempo. Mesmo coberto de feridas e contaminações na pele, dom João VI fugia da água.

Felizmente quadros não tem cheiro!
Felizmente quadros não tem cheiro!

Foi só no século XIX, com a propagação da água encanada e do esgoto e com o desenvolvimento de uma nova indústria da higiene – principalmente nos Estados Unidos –, que o banho foi reabilitado. O sabão, conhecido desde a Antiguidade, mas por muito tempo considerado um produto de luxo, foi industrializado e popularizado.

Precisamos vender sabonetes? Vamos colocar a galera pra tomar banho!
Precisamos vender sabonetes? Vamos colocar a galera pra tomar banho!

Em 1877, a Scott Paper, companhia americana pioneira na fabricação de papel higiênico, começou vender seu produto em rolos, formato que se mostra até hoje insuperado.

Começava a corrida pela limpeza. Em 1907 surgia o desodorante e a primeira escova de dentes plástica apareceria nos mercados nos anos 50. A divulgação de produtos e práticas de higiene pessoal passou a contar com um aliado poderoso: a publicidade.

A higiene era mais que uma necessidade humana, um efeito colateral da necessidade de ganhar dinheiro.  Assim, em 1917, surgia o Kotex, tido como o primeiro absorvente íntimo feminino, que foi divulgado em 1946 por um filme de animação produzido pelos estúdios Disney.

Esse avanço em busca de higiene nunca parou, especialmente nos Estados Unidos. Alguns cientistas já aventaram a hipótese de que a superproteção com que as crianças hoje são educadas está debilitando resistências imunológicas e aumentando a incidência de doenças alérgicas.

Tudo isso seria um reflexo da neura higiênica somada a necessidade de faturar cada vez mais, criando novos mercados. Assim, se um dia aparecer numa gôndola na sua frente um sabão para lavar o seu saco, não estranhe: è um sinal dos tempos. 

Enquanto o Sabão Cracrá não chega, podemos dizer que há uma pressão constante para que os homens comecem a se depilar. Lógico, o homem, por ter geneticamente mais pelos no corpo, é uma mina de ouro para o “universo depilacional”.

Se você parar para ver um desses filmes não exatamente bíblicos antigo, notará como as mulheres eram mais peludas e nem por isso menos atrativas ou ativas sexualmente, mas se você pega um filme de hoje em, dia, verá que não apenas as mulheres estão se depilando vorazmente, como também os homens parecem estar sendo forçados a entrar nesse padrão estético, sob uma justificativa pouco plausível de que é mais “higiênico”.

Certa vez eu estava num mercado quando vi uma dessas revistas de mulher com uma famosa na capa. Numa das chamadas, havia:

“Como convencer seu marido a se depilar”.

É curiosa essa súbita aversão aos pelos que não existia nos anos 70. Hoje o mais difícil é achar uma mulher que nunca desejou acabar com todos os pelos da virilha. Cera, lâmina, creme depilatório, laser ou fotodepilação. Não importa o método ou se é mais ou menos dolorido, elas encaram pra valer a depilação, sobretudo na famosa “região íntima”.

Há quem possa pensar que ao apontar meu dedo para esse mercado manipulatório, eu seja um daqueles fetichistas que gostam de mulheres peludas como o Yeti, com xavascas que lembram o Mapinguari. (sim, esses caras existem, pena que não posso dar links, senão o Google me ferra)

Não tenho nada contra, cada um curte o que quiser, mas não é meu caso. Porém, o que me intriga mais é essa necessidade de qualificar pelos como algo sujo. Pelo não é sujeira. Nunca foi. E se fosse, seria um contra senso raspar todos os pelos e não raspar a cabeça também. Mas enquanto torram fortunas na tentativa de ficarem lisinhas, as mulheres investem muita grana para suas cabeleiras ficarem brilhantes como as dos comerciais de shampoo repletos de efeitos especiais.

Aliás, comprar um shampoo é uma tarefa cada vez mais complexa que já deve estar exigindo uma pós graduação para saber qual seria o mais indicado, tamanha a profusão de fórmulas, com sal, sem sal, com óleo de sei lá o que, com extrato de abacate, com vitaminas, multivitaminas, silicone, vitamina A… Puta que pariu! E isso ó para ficar no shampoo, nem vou falar do condicionador, creme de pentear, musse, modeladores, e recuperadores de pontas, tinturas, e tratamentos de alisamento, cachos, efeito molhado…

De volta à depilação íntima, a chamada depilação “cavada”. (hahaha que nome, meu! )
A má notícia é que essa depilação íntima  é na verdade,  desaconselhada por muitos especialistas, pois pode ser porta de entrada para infecções já que os pelos pubianos são uma espécie de proteção da vulva.

Ao que parece, o lance que aqui é moda, fora do Brasil é questão de saúde pública.  A depilação íntima cavadíssima já ficou sob suspeita após ser proibida em Nova Jersey, nos Estados Unidos, quando, há aproximadamente dois anos, o comitê estadual responsável pela regulação de cosméticos e cuidados com o cabelo, subordinado à divisão de assuntos de consumo considerou o procedimento nocivo à saúde das mulheres.

A decisão veio após a internação hospitalar de duas mulheres que contraíram infecções com a depilação.

 

Até cigarro já foi vendido como algo desejável, que fazia bem e deixava a mulher bonita.
O marketing é foda. Até cigarro já foi vendido como algo desejável, que fazia bem e deixava a mulher bonita.

Os médicos ainda não chegaram a um consenso com relação ao quanto de pelo se deve aparar, cortar, queimar no laser ou extrair com cera. Alguns são radicais e afirmam que a mulher não deve depilar nada. Este é o caso da ginecologista baiana Dra. Nilma Antas Neves, associada da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Ela afirma que:

“As mulheres não deviam se depilar, apenas aparar os pelos pubianos dado o risco de infecções com depilações exageradas”

Mas a Dra. Nilma tem seus motivos para ser contra a depilação. Isso porque, segundo ela, as lesões causadas pela cera ou pelos barbeadores laminados rompem o equilíbrio local entre a flora vaginal e os microorganismos que nela vivem, ou seja, cada microlesão causada pelo impacto da depilação acaba servindo para perpetuar infecções da pele ou da base de cada pelo. “Por isso, as mulheres deveriam apenas aparar a região da virilha”, reafirma a médica.

Note como esse dado médico contradiz completamente o argumento pró-depilação que justifica a pratica como sendo uma questão de higiene. Algumas pessoas chegam à racionalizar alegando que “quando você vai fazer uma cirurgia, os médicos mandam raspar a área para assepsia”.

Fico imaginando o desespero completo dessas pessoas quando descobrirem que seus corpos, por mais lavados, besuntados e depilados que sejam, tem mais BACTÉRIAS DO QUE CÉLULAS!

Mas o que realmente é o pior nem é a necessidade de buscar a depilação a qualquer custo, mesmo que seja a saúde na perseguição daquele ideal de beleza que é massificado pelo marketing e suas pretensões financeiras ocultas. O pior é que na busca pela solução de mais baixo custo, muitos “salões”  costumam reaproveitar substâncias depiladoras, que viram focos de infecção e veículo de contaminações entre as clientes.

Na minha opinião, se uma pessoa toma banho direito, ela não deveria precisar se preocupar em raspar os pelos do corpo para ficar limpa.

Então agora vão dizer que o homem deve se depilar.

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Se antigamente a sexualidade do homem peludo transparecia nas camisetas abertas e peitos peludos do Humberto Martins nas novelas das 6,  nas primeiras décadas dos 2000 a coisa parece ter tomado outro rumo.

Cristiano Ronaldo e sua masculinidade depilada
Cristiano Ronaldo e toda sua forte masculinidade depilada

Atualmente pessoas públicas importantes como Cristiano Ronaldo e David Beckham que ditam comportamento e tendências, apareceram com o corpo todo lisinho, com uma imagem de homem “mais” jovem e fazendo “aflorar” a estética do metrossexual. Até porque a abundância de pelos foi gradualmente se tornando mal vista, pelo menos em nível de mídia.

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Sim, em nível de mídia o pelo está com os dias contados. Isso fica evidente quando pensamos na Gabriela vivida por Sonia braga nos anos 70, que era muito mais fiel a uma mulher que vivia no meio do sertão e sua versão pasteurizada pela Globo, onde essa mesma mulher que vem do mais árido e distante sertão, quase como um bicho, é depilada à laser.

A nova Gabriela fez escova progressiva, clareamento dentário e toda a sorte de tratamento estético. É, enfim, uma mulher de seu tempo. “Fiz depilação a laser, gente!”, confessou Juliana aos jornalistas na festa de lançamento da novela em Salvador, em março, explicando por que não poderia aparecer como Sônia, com a depilação por fazer para compor a perfeita retirante. Restaram-lhe as sobrancelhas que, elas sim, a atriz mantém espessas até o limite.

POr que é assim? Será que é a mídia induzindo o comportamento que interessa ao mercado ou a mídia também já foi induzida por este comportamento e TEME que qualquer coisa que vá em oposição aos desejos financeiros dos seus anunciantes não seja bem recebido pelo público?

Haja vista o fato de que pelos nem nos homens são mais desejáveis, o que torna a vida do Tony Ramos especialmente complicada, onde ele é inclusive alvo de piadas com esse aspecto de sua anatomia corporal. Pra ele pode ter sido uma bênção escapar daquelas lânguidas cenas de sexo – que são sempre um saco para gravar,  por parecer “um urso”.

Assim, as lâminas, e tratamentos entram em ação para que não existam mais Tony Ramos no mundo.

E como fazer um homem se depilar se isso é algo insanamente dolorido? Usando as mulheres, afinal, elas vêm, ao longo de séculos sendo obedientemente doutrinadas pelo mercado a fazerem o que os publicitários querem. Assim,  temos  cada vez mais os homens preocupados com sua aparência, principalmente no que diz respeito aos indesejáveis pelos em excesso que agora são visto pela mulherada como desleixo. Ao que parece, 5 em cada 10 homens já procuram clínicas de estética ou revelam depilar-se em casa. E vale dizer que esse número só tem a acrescer.

Então esses números parecem comprovar o fato de que cedo ou tarde o pelo masculino será declarado algo nojento, que fará todos os homens que almejam encontrar uma parceira (ou parceiro, já que a ideia e implantada na mente de geral) a gastarem dinheiro também nisso, o que nos leva a outro nível na bizarrice. Enquanto os homens irão passar por cremes e raspagens ou mesmo cera quente para tirar seus pelos, as mulheres no japão farão uma “barba imaginária” em busca de serem lisas como salamandras.

De volta ao lance que citei no início do post, aqui está a bizarrice:

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As mulheres japonesas que por natureza genética já são abençoados com a pele bonita e pentelhos alisados de fábrica, resolveram começar a se barbear.  A tendência foi iniciada por salões de beleza no Japão, e muitas mulheres agora acreditam que é a verdadeira razão para a pele com aparência mais jovem. (veja o mesmo mecanismo de sempre imperando)

Enquanto os homens geralmente raspam a barba as mulheres japonesas raspam a cara inteira!

Segundo elas acreditam, a prática levaria a uma pele suave, sedosa e com textura de porcelana, algo que é altamente desejável entre os japoneses. O tratamento de beleza tornou-se tão popular que quase todos os salões oferecem um barbear facial como uma parte de seus serviços regulares. Algumas mulheres fazem uma vez a cada estação, juntamente com outros tratamentos estéticos, outras encaram o barbear facial uma vez por mês, e há mesmo quem faça a barba facial todos os dias com as suas próprias lâminas. Algumas preferem raspar seus corpos inteiros, e tem aquelas exageradas que vão além, raspando suas sobrancelhas porque sentem que “o pelo facial não é um recurso refinado”.

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De acordo com “especialistas de beleza japoneses”, os homens têm usado sem saber, a técnica de antienvelhecimento por anos. Eles dizem que é esta “a razão dos homens parecem envelhecer mais lentamente. É porque eles raspam a face o tempo todo. O creme de barbear, aparentemente, hidrataria o rosto em todos os lugares certos, enquanto o próprio barbear funciona como uma massagem.

O processo de barbear não só removeria a penugem invisível do rosto feminino, mas também proporcionaria uma esfoliação das células mortas da pele na superfície. Isto promoveria uma rápida mudança de camadas da pele, fazendo com que a aplicação da base e outros produtos de maquiagem também mais fácil.

A especialista em cosméticos Mary Schook diz que um barbear facial a cada quinze dias faz todo o sentido. “Os homens envelhecem mais lentamente do que as mulheres”, disse ela. Claro que os salões dos EUA também oferecem serviços semelhantes que tem nomes estranhos, como “dermaplaning” e “patination”, e custam várias centenas de dólares por sessão.
fonte

E por aqui ficamos nós, elevando nossos pensamentos em desejos de que o marketing nunca resolva que é uma boa vender sondas anais.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Faz parte do trabalho do marketing inventar necessidades que não temos, para assim criar novos mercados. Mas acho que nesse casp não dá pra culpar apenas os marqueteiros, se é que cabe atribuir “culpa” a alguém.

    Algo que as mulheres buscam desde sempre (não é nenhum fenômeno recente) é a NEOTENIA, ou seja, reduzir ou dissimular os sinais de idade, buscando parecer mais jovens do que realmente são.
    Nesse sentido, a depilação íntima traz uma aparência pueril (crianças não têm pelos pubianos), dano a falsa idéia de juventude. O mesmo pra os pêlos das pernas, das axilas, e chegando a essa bizarrice de rasparem os pêlos do rosto. Perceba que a “necessidade” já existe, apenas o mercado se adapta e renova para atendê-la.

    Como homem, acho ótimo que as mulheres se depilem. Ficam muito mais bonitas e macias. Acho que ninguém hoje em dia iria querer algo com a macaca Monga.

    • Eu adoro a xaninha peluda e as axilas também, mas sou da velha guarda.

      Claro, as mulheres gostam de aparecer mais novinha, mas eu queria saber se talvez não seja algo mais sinistro. A engenharia social não é teoria da conspiração, mas fato e mulheres estão sendo incentivados a aparecer como as crianças e você é a prova de que os homens foram projetados para aceitar não só, mas de fato preferem esse. Ao mesmo tempo, as meninas estão sendo sexualizada. Coincidência?

  2. Com relação aos pelos masculinos, acho que ocorrerá um efeito pêndulo: a mulherada uma hora vai se cansar desses homens sensíveis com pele de bebê e vai procurar os ogrões peludos. Isso já está começando a acontecer, algumas campanhas publicitárias já mostram produtos voltados para um público mais másculo. A Jean Grey pode ficar com o Ciclope, mas ela vai pra farra é com o Wolverine hahaha.

  3. Foi a falta de higiene (e a ignorância também, claro) que fez um terço da Europa sucumbir à peste bubônica. A doença já existia há tempos na Ásia, mas devido aos princípios de higiene asiáticos nunca houve uma epidemia tão grande por aquelas bandas. Na Europa, com a porquidão que era, os ratos contaminados fizeram a festa. Mas é realmente triste usar a higiene como desculpa pra vender produtos inúteis e depilações nocivas. Bom, de acordo com ginecologistas, a mulher pode se depilar desde que mantenha uma camada de pelos na entrada da vagina-onde a vulnerabilidade é maior e precisa de mais proteção. Melhor evitar a depilação total e o bigodinho de Hitler. E pra lavar só sabão neutro, o íntimo é considerado até perigoso.
    Tenho que confessar que também não acho bonito um homem muito cabeludo. Algum pelo, ok, cosplay do King Kong não rola. Uma aparadinha ocasional vai bem neles também…
    Uma curiosidade, as japonesas não fazem depilação íntima. História que ouvi de uma brasileira que visitou um onsen japonês; as nipônicas realmente se preocupam com pelos, depilam até as costas, mas a vulva é tabu. Não se tira nada. O estilo Sônia Braga continua firme e forte na terra do sol nascente.

  4. Confesso que já me depilei uma vez, a pedido da patroa.
    Ela ficou feliz e fui muito bem recompensado. No entando vivi um inferno quando os pelos recomeçaram a crescer, causando uma coceira dos diabos, sem falar nos encravamentos.

    Agora deixo meus pelos em paz e nem a barba pretendo fazer durante um tempo.

    • kkkkkkkkkkkkkk…. Matheus, desculpe… Mas quando alguém se depila e fala da coceira dos pelos crescendo, morro de rir… Só imaginação… kkkkkkk

        • na boa? eu temia isso.. mas parti do princípio de que, como eu não acho agradável meter a boca e sair cuspindo pelos, elas também não devem curtir, então comecei a raspar também, e não me arrependo, sinceramente não tenho lembrança de sentir essa coceira… e pra falar a verdade, realmente me passou a sensação de ficar mais limpo…

  5. Interessante vc fazer um post sobre esse assunto, pois eu estava discutindo sobre isso com a minha irmã… acho que um mês atrás
    Ela depila e eu não…ela acha nojento e falta de higiene. Eu acho que estar com pelos é um estado natural do corpo humano, assim: tá lá, então pra alguma coisa serve..Fico feliz que a publicidade não acha nojento ter braços, pernas haha! E quem sai ganhando com isso são os centros de estética. Philipe..não sei se vc sabe da moda entre algumas mulheres de deixar o sovaco cabeludo…eu apoio esse movimento..porra! é um estado natural do corpo, não é sujo, não é falta de higiene, muito pelo ao contrário…o pelo, realmente, serve para nos proteger das bactérias e doenças, e esses sabonetes íntimos serve só para tirar o nosso pH natural.
    Falando de depilação masculina eu acho RIDÍCULO…puta coisa escrota homem que se depila! Eu gosto de homem homem, sabe?! homem de verdade, não o viadinho do Cristiano Ronaldo. Homem tem que ser natural, peludo, barbudo, é mais másculo. Eu odeio metrossexual, eu acho que é o estágio 1 da homossexualidade. O cara já vai passar pro outro time, entende?! Tá certo que homem também tem que se cuidar e tal, mas passar maquiagem, pepilar (com exceção dos nadadores, eles tem que depilar totalmente por causa da profissão), se olhar muito no espelho, arrumar excessivamente o cabelo, é pior de que uma mulher, cara…eu ODEIO isso, isso é narcisismo! É ridiculo homem assim!
    Vamos ser o mais natural possível, humanidade! ACORDAAAA!

    • É bem simples, na verdade. Tanto a calvície quanto os pelos do corpo são controlados pelos seus níveis de testosterona. Em geral, homens que ficam carecas antes da velhice costumam ter uma produção de testosterona mais acentuada, e isso se reflete em mais pelos corporais.

      Agora, o motivo pra testosterona bloquear só os folículos capilares da cabeça, eu não faço ideia.

  6. O Eric Cartman disse que essa afirmação sobre sondas anais não passou de um sonho. : )
    Essa questão da indústria vai támbem pros remédios. VI em algum lugar o fato de coisas que eram consideradas normais em uma criança, por exemplo, hoje serem motivo de medicação (hiperatividade, falta de concentração, etc).
    Parabéns pelo post.

  7. Fico feliz que tenha homem que não tenha “nojo” de mulher.
    Acho que muitas meninas se raspam por pensar que é sujeira mesmo mas também porque ela é forçada.
    Hoje em dia muito homem acha mesmo que se a garota não se raspar toda ela é suja.
    Aliás, tudo na mulher é “sujo”: pelos, menstruação, leite. Chega ao ridículo que em alguns lugares você vai comprar absorvente e o rapaz do caixa esconde o produto. Não que eu anuncie, mas pô, é uma coisa normal.

    Saí uma vez com um croata que dizia que as meninas por lá raspavam até os braços,
    affe é muita lavagem cerebral; O que está acontecendo com o mundo?
    isso deveria ser opção de cada menina.

  8. Sobre o comentário de feministas serem contra a depilação: Eu como pessoa feminista, tenho que abrir um parêntese pra explicar. O problema não é *a mulher* escolher se depilar ou não. Cada uma tem liberdade pra escolher o que quer fazer com o próprio corpo. A crítica mais comum das feministas com a depilação é contra *a sociedade* que tenta controlar o corpo feminino dizendo que se ela não for depilada, é anti-higiêncio, desleixo, falta de amor próprio, cheiro de peixe na bacurinha, e todos os outros clichês que todo mundo já ouviu.

    Aliás, na grande maioria das vezes, a briga nunca é *pessoa feminista* contra *outra pessoa*, e sim *feministas em geral* contra *padrão da sociedade*.

  9. Imagino que por ser psicólogo e curioso, você já tenha gastado seu quinhão de tempo vendo os extremos da política higienista, especialmente no que se refere a psiquiatria. Obviamente ela teve algum valor, mas vamos combinar que nego passou dos limites (ta certo que não dá para comparar 2015 com 1890, mas…).
    Eu não consegui achar a barra de search para procurar, e também não consegui lembrar se você já fez um post sobre isso, então vai a dica de um cara bacana da época higienista:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_Cotton_%28doctor%29

    A história da medicina tem gente fazendo merda a rodo, mas esse cara aí pra mim leva o prêmio, empatado com o russo que quis pediu pro Koch mandar um vidro lotado de bacilo, como ele queria provar a teoria do vapores em detrimento dos microorganismos, tomou o vidro.

    Fica a dica. Se não render um post continua sendo uma ótima leitura.

  10. Tenho uma preguiça desgraçada de me depilar.
    Mas no verão é bem difícil escapar dessa. E nem vem a médica lá dizer que é pra aparar. Certamente ela não usa biquíni.
    Tem que ter muita paciência (e grana) pra ser mulher hoje em dia.

    • Na verdade, Talita, vários ginecos já se conformaram e dizem que mulheres podem se depilar pra usar biquíni, mas aqueles pelinhos na entrada da vagina (que o biquíni cobre) é fundamental manter.

  11. Cara, ao ler este post parece que eu tive uma releitura de uma linha de pensamento que tive a uns meses atras… Pressão da mídia, marketing e etc:
    Eu passo a maquina de cortar cabelo pelo corpo esporadicamente por uma necessidade, tenho uns 30k acima do que eu deveria ter e sou um sósia do Tony Ramos, com menos pelos eu sinto bem menos calor…

  12. Eu sempre tive muitos pelos e independente do q a sociedade exigisse ou não eu jamais deixaria de tira-los…pra quem não tem quase nada nem faz diferença tirar ou não,mas no meu caso seria horroroso deixá-los

  13. Então, vamos lá.
    Eu sou inteiramente á favor da depilação total tanto no homem quanto na mulher.
    Depois que você se depara com isso, que nota o resultado no seu corpo, acaba gostando. É fato, não só porque esteticamente fica mais bonito, mas porque acaba sendo muito mais confortável. Pelo menos foi o que aconteceu comigo. Logo, se eu gosto, ninguém tem que dar pitaco e eu tenho liberdade para escolher o que quero fazer ou o que acho mais atraente pra mim.

    Sobre a questão de saúde, muita gente contrai bactérias porque não toma os cuidados de higine com as lâminas, ceras ou roupas que usa. Assim, fatalmente terá problemas.

    Sem falar que, mesmo que seja uma “proteção” é um SACO ter aquele monte de pêlos atrapalhando. Porque atrapalha sim…nas axilas aumenta a chance de mau cheiro, sim! Na vulva aumenta a incidência de cheiro porque urina e fluídos acabam ficando mais “presos” nos pêlos mesmo que você limpe.
    E os homens repletos de pêlos? Fica caindo pêlo do peito o tempo todo, enchendo lençol, colchão, tapete, a casa toda de pêlos que é terrível quando vamos limpar o local! Não importa o quanto você varre ou passe pano no chão sempre vai ter aqueles malditos pêlos, o que redobra o trabalho.
    XD

    • Espero que você então depile os seus pêlos, porque para as mulheres também não é nada legal ficar com pêlo na boca. Reciprocidade, coleguinha.

  14. Ta, tudo bem, mas que a presença de pelos aumenta os odores fétidos é indiscutível. Tanto nas axilas quanto na virilha.

    Outra: sabonete íntimo pra mulher näo é uma falácia pra vender mais. Mulheres tem mais alteraçöes hormonais, que alteram odores, e essas alteraçoes podem facilitar também fungos e bactérias (independentemente da higiene). Logo, regular o PH é importante e médicos mesmo recomendam.

    Acho que no Brasil a nossa obsessao por depilacao é um pouco heranca dos nossos indios, que na maioria também nao suportam pelos.

    A proximidade dos rituais estéticos com a tortura é realmente interessante. Os espartilhos, os pés deformados das antigas japonesas, os indios botocudos, as argolas nos pescoço de uma certa tribo africana… Algum sociologo pu historiador deve ja ter se debruçado sobre isso…

    A quem interessar possa, um estudo muitissimo interessante se chama “o tabu do corpo”, só se encontra em sebos.

    • Quem apertavam os pés eram as chinesas. Essas mulheres eram conhecidas como “pés de lótus” e tinham os pés quebrados e amarrados desde os quatro anos mais ou menos pra que não crescessem. Era torturante. E o pior é que não estamos tão longe deles, com esses saltos altíssimos horrorosos que apertam os dedos, inflamam as articuações, encurtam os tendões e fazem mal à coluna…

  15. Lembro que na época em que o Projeto Genoma foi concluído e era muito comentado na mídia, surgiram um monte de marcas de shampoo com o efeito “reparador de DNA”. KKKK, falar em reparar dna não faz sentido nenhum e muito menos de um tecido morto.

  16. Ótimo post e pontos d vista. É foda ver como as pessoas são má influenciadas por “verdades” publicitárias. Particularmente, acho mais bonito pessoas com poucos pêlos (ou nenhum, exceto as sobrancelhas), tanto homens quanto mulheres. Paradoxalmente, gosto de homens com barba por fazer. Mas isso é questão de gosto, acho mto errado rotular a pessoa de “limpa” pq tem pouco pêlo e “suja” pq tem mtos. Sinto q há uma verdadeira ditadura estética, sempre houve, aliás, e q algumas vezes beira o desrespeito quando pessoas propagam esses rótulos.

  17. Esse negócio de se depilar por higiene é tão ridículo que tem gente que depila o número 2!!!!!! Kkkkkkkkkkk Tipo, caguei, não preciso me lavar pq meu c….. ta depilado!!! AFF e vemos muito ai de pessoas que seguem o que a moda dita.

  18. O meu comentário é simples e direto se é pra deixar os pelos crescer tudo bem, mas que seja todos. Quero ver essa ativista no verão de fio dental na praia e como vai ficar a sobrancelha, olha eu sou da opinião de que cada um anda como quer sem problema algum. Mas por favor não me impeçam de olhar, caso contrario a moda vai ser usar burca mulherada. Pois eu sou um que vou achar muito estranho a mulher de biquíni e na virilha os bigodes de fora. Eu já tenho aversão as mulheres fumam, nunca namorei e nem namoraria uma mulher que fuma. Eu acho que deve sentir o gosto da boca de um homem. Gente a mulher depilada é toda macia eu paço as mãos nas minhas pernas é um troço rustico. Olha cada uma anda como quer mas isso de fazer campanha passeata para incentivar a mulherada, não se depilar, andar de sutiã e outras já querem abolir o sutiã. Cada cabeça uma sentença não tentem ditar moda na marra. Eu no fundo tenho pena das mulheres, entra na moda o silicone lá vão elas, ta na moda andar de salto alto, ocasionalmente porque não mas passar o dia todo em pé e de salto alto, calcinha fio dental aquele troço enrolado no rego, tenhamos dó da mulherada.

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