Descoberto sal capaz de sequestrar o oxigênio. Entenda como isso pode ser revolucionário!

A Jaqueline Cristina me deu a dica. Veja esta notícia que interessante:

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Pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca anunciaram a criação de um cristal capaz de absorver o oxigênio do ar e também da água. Aparentemente, apenas um balde, com 10 litros desta nova substância, já seria capaz de sugar todo o oxigênio de uma sala. O cristal é um sal feito a partir do cobalto e parece ter capacidade de segurar o oxigênio a uma concentração que é 160 vezes maior do que o ar que respiramos. O artigo sobre o estudo, publicado na revista Chemical Science, indica que “um excesso” da substância poderia captar até 99% do oxigênio existente em uma sala.

Porém, o mais impressionante é que o cristal também possui a propriedade de, em um momento posterior, liberar o oxigênio quando exposto ao calor ou em ambientes com pouca presença de oxigênio. Em um comunicado à imprensa, a autora do estudo, Christine McKenzie, associou este fenômeno com a hemoglobina do nosso sangue, que usa o ferro para fixar e liberar o oxigênio do corpo humano.

Caso estas propriedades do cristal realmente se confirmem com a repetição dos experimentos, isso poderia render excelentes aplicações. Uma delas seria o fornecimento de altas concentrações de oxigênio em células de combustível de hidrogênio. Outra aplicação estaria relacionada ao bem estar de pacientes com doenças pulmonares, que não precisariam mais carregar pesados tanques com suprimento de oxigênio. Além disso, mergulhadores poderiam deixar seus tanques de oxigênio em casa, de acordo com a pesquisadora McKenzie.

“Alguns grãos contêm oxigênio suficiente para uma pessoa respirar e, como o material pode absorver oxigênio da água, nos arredores onde está o mergulhador, não seriam necessários mais do que alguns grãos do cristal para suprir o fornecimento necessário de oxigênio embaixo da água.”

A título de curiosidade, o nome do sal é [{(bpbp)Co2II(NO3)}2(NH2bdc)](NO3)2 * 2H2O.
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Eu não sei quanto a você, mas vejo um potencial sensacional para este material na exploração espacial. Hoje, é preciso usar oxigênio liquido, que além de volumoso pode ser bastante perigoso por estar em alta pressão. Algo como este sal poderia ajudar a reduzir o peso e risco nos programas espaciais, e mais que isso, pode mudar radicalmente muitas coisas, como a exploração submarina como diz o texto e até mesmo a redução de incêndios.
Se bem que não está claro com qual taxa de velocidade na absorção esse sal opera. Se for lentamente, aí seria inviável usar isso para apagar incêndios, porque o principal fator de combustão num incêndio é a presença do oxigênio. Se houvesse uma forma de fazer uma granada que suga o ar em segundos, esse tipo de invento poderia fazer a diferença.
O fato é que este novo material poderá converter aqueles grande e pesados aqualungs em coisinhas tão diminutas quanto uma caixa de fósforos muito brevemente. Certamente será possível usar isso para aperfeiçoar os trajes EVA espaciais que vem sendo desenvolvidos para a retomada das explorações na Lua e também em Marte. Um dos maiores entraves no design dos trajes, eram aquelas enormes mochilas que continham o aparato de respiração do astronauta. Hoje, grande parte do espaço no sistema de manutenção de vida é comido por dois tanques enormes de oxigênio liquido, além de dois tanques menores de água, bateria e instrumentos diversos.
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Claro que esta é uma descoberta empolgante, mas temos que lembrar que diferente do que se acredita o senso comum, o que nós respiramos não é oxigênio, e sim uma mistura desse gás com outros, principalmente o nitrogênio. O que nós chamamos de “ar” é na verdade uma mistura de coisas, onde a maior parte, 78% é o nitrogênio, aquele mesmo que congelou o robô T1000 no Terminator 2!

Cerca de 21% do ar que respiramos é o oxigênio. Nosso organismo não consegue ficar muito tempo sem respirar. Precisamos do ar atmosférico porque contém oxigênio, responsável para a respiração. O oxigênio atua na “queima” dos alimentos, produzindo energia necessária para o funcionamento dos nossos órgãos. Assim, eles conseguem se manter em atividade.
O oxigênio é mesmo um dos principais contribuintes para o envelhecimento, múltiplas doenças crônicas e, finalmente, a nossa morte. Embora precisemos desse gás para viver, ele também ajuda a nos matar.
Como? Simplesmente porque ela é a fonte de moléculas extremamente agressivas, tóxicas para o organismo chamado “espécies reativas de oxigênio” (ERO) e radicais livres.
Elas têm origens diversas. A principal é o metabolismo celular, um efeito colateral do processo químico que nos permite produzir energia . Isso se dá especificamente com o auxílio de oxigênio. Esta reação ocorre em pequenas usinas de energia celular chamadas mitocôndrias, que produzem 90% da energia de que precisamos.

O advento deste sal poderá gerar, no futuro, medicamentos que sejam sequestradores pontuais de oxigênio. Eles atuariam desabilitando a geração de radicais livres e aumentando a expectativa de vida das pessoas.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

  1. Esse é um material que todos setores que onde é vital ou mexem ou necessitam oxigênio já deveriam ter pedido/comprar amostras para testes e desenvolvimento, infelizmente só aceleram em desenvolvimentos militares e quando ha guerras etc, na industria nada de acelerar, soltem aos poucos com poucas melhorias e cobrando o máximo possivel… exemplo foi os nazistas que desenvolviam tecnologias em quase todas areas sem medo e era pra ontem e também a guerra fria acelerou tecnologias

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