Cientistas inventam lamina de vidro que poderia armazenar informação indefinidamente

Jor El, o pai do Super Homem já sabia disso:

Será que chegaremos um dia na tecnologia de Krypton? Ao que tudo indica, estamos nos encaminhando para lá! Veja só esta notícia que saiu no Gizmodo:

Os dados, como todas as coisas, uma hora morrem. Suas músicas, seus filmes, documentos, arquivos, seu computador. Você não espera que eles durem para sempre… mas e se sim? A Hitachi alega ter desenvolvido uma nova placa de vidro de quartzo que armazena dados eternamente.
CDs e discos rígidos duram apenas algumas décadas, um século no máximo. Este novo vidro de quartzo pode “suportar temperaturas extremas e condições hostis sem perdas, quase eternamente.” Como isso funciona? A informação é guardada em forma binária com pontos dentro de uma fina camada de vidro de quartzo. Os dados são lidos com um microscópio ótico comum. O PhysOrg diz:
“O dispositivo de armazenamento protótipo tem 2 cm² e apenas 2 mm de espessura, e é feito de vidro de quartzo, um material altamente estável e resiliente, usado para a fabricação de béqueres e outros instrumentos de uso laboratorial.

O chip, que é resistente a muitos produtos químicos e não é afetado por ondas de rádio, pode ser exposto diretamente a altas temperaturas e calor de até 1000º C por pelo menos duas horas antes que seja danificado.”

No momento, o material, que é resistente à água, tem quatro camadas de pontos capazes de armazenar 40 MB por polegada quadrada (aproximadamente a densidade de um CD de música), mas os pesquisadores acreditam que podem acrescentar ainda mais camadas. Armazenamento em vidro. É fantástico que algo que soe tao frágil seja, na realidade, a forma mais forte de guardar informações.

Incrível como a ideia de armazenar dados num vidro de quartzo é similar aos cristais de Krypton, coisa que parecia um delírio fabuloso nos fins da década de 70 e início dos anos 80. Ao que parece, a vida imita a arte mesmo, e esta devia ser EXATAMENTE a tecnologia que os cientistas de Krypton usaram para armazenar todo o seu conhecimento, enviando numa espécie de “pen drive” de cristal junto com a nave que salvou a vida de Kal El, o Super Homem.
Bacana né?

Por enquanto, a lamina de vidro tem uma taxa de armazenamento equivalente a do Cd, mas eu me recordo vagamente de ter visto num antigo programa do discovery, que se chamava “Next Step” a invenção de um cientista americano que numa lâmina de cristal conseguiria (usando um laser especial) armazenar TODA A INFORMAÇÃO JÁ PRODUZIDA NO NOSSO PLANETA. Mas o mesmo programa dizia que isso seria devastador para o mercado, e provavelmente a patente levaria séculos para ser comercializada. Imagina só ter um pen drive ode você simplesmente GRAVA A INTERNET!
Algo assim permitiria que Jor-El gravasse um tipo de “snapshot” de seu estado mental, uma replica de sua mente, simplificada, com menos memórias, menos lembranças, menor capacidade de reflexão, mas ainda com uma capacidade de produzir pensamentos. Sabendo que seu filho poderia se tornar dependente da imagem mental dele, Jor El poderia ter criado uma rotina para que seu snapshot mental vivesse brevemente, e então a cena que abre este post teria sido completamente baseada na ciência e não somente na fantasia.

Só não me pergunte como que eles conseguiram fazer um cristal disparar um efeito em cadeia para gerar a fortaleza da solidão. Ainda não chegamos lá. Talvez Nanorobôs capazes de controlar uma cristalização acelerada? (Bela masturbação mental de nerd né?)

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.

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Comentários

    • Realmente, o filme é visionario: informação condesada em cristal, imagem 3D…

      Esse tipo de coisa me leva a acreditar em Incosciente Coletivo (assim como o famoso livro antecipando a historia do Titanic)

      Mas falando do Cristopher Reeve, esses dias fui ler a historia dele e achei triste porque a mulher dele morreu pouco depois dele, de cancer, deixando o filhinho deles orfão (adotado pelo Robin Williams), hoje ja adulto.

  1. Mto bacana; Se de inicio ja conseguiram a densidade de um cd, daqui ha pouco teremos pendrives opticos minusculos com capacidade de terabytes, Unindo isso a uma trasmissao de dados da web mais rapida estamos feitos

  2. Pq será que a Apple e o Google, não compram essa tecnologia dos cristais que o americano inventou?…. Eles não precisariam criar aqueles Data Centers colossais que eles criam …rsrs

    Talvez o processo de leitura desses dados não seja algo tão simples assim de se extrair de um cristal… Mas a idéia é Dahora.

    • Acho que se futicar legal na wikipedia deve dar pra achar alguma menção ao tal invento do cara. Me lembro vagamente, era um cristal meio amarelado, cirular. Eles disseram na época que ele poderia ser usado pela biblioteca do congresso, para armazenar toda a cultura produzida até aquele dia, para fins de registro.

      • Tem coisas dificeis de entender… Um professor de Historia da Ciência conta que na decada de 70 (se não me engano) um cara inventou um motor movido a agua, mas que o invento (como outros), “sumiu” porque seria pernicioso pro status quo. Eu acho mesmo impossivel nao terem inventado algo assim…

        No filme “Reação em cadeia” acontece algo parecido (uma invenção é impedida de ser divulgada porque isso bagunaria muito o coreto).

  3. Fiquei pensando na possibilidade de civilizações que teriam povoado a terra anteriormente não teriam deixado toda a informação desse mesmo modo (em cristais); seria ironico se descobrissemos que temos tudo ao alcance das nossas mãos…

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