quinta-feira, dezembro 12, 2024

Vem aí a bota biônica

Pode começar a guardar dindim que eu acho que você vai querer uma dessas botas biônicas!

POucas coisas tem mais cara de mundo Sci-fi do que sair correndo com isso por aí! Desenvolvidas por Keahi Seymour ( Bionic Boot ), um inventor originalmente do Reino Unido, que agora vive e é dono de um bar em São Francisco, as Botas Biônicas possuem molas reais e um sistema de flexão  para as pernas que imitam a estrutura da perna de um avestruz ou de canguru.

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Essas botas biônicas são capazes de duplicar a impulsão do seu passo, graças ao armazenamento de energia em suas molas de extensão de borracha que funcionam como tendões.  Na prática, eu acho que seria possível ajustar esse sistema para não apenas acumular, mas gerar energia. Mas isso é outro papo. Veja aí o video da parada que legal:

De acordo com o inventor, com o auxílio destas botas biônicas, os seres humanos podem gerar uma velocidade de cerca de 40km/h com baixíssimo esforço, chegando a impressionantes 72km por hora numa corrida esforçada. Para efeito de comparação, apenas dois homens na Terra já aceleraram até o limite de 43,9 km/h. O primeiro foi o americano Maurice Greene, sustentando a velocidade máxima por 10 metros, em 1999, numa prova de 100 metros rasos disputada em Roma. Na Olimpíada de Pequim, em 2008, o jamaicano Usain Bolt igualou a velocidade, mas foi além. O cara pulverizou o recorde mundial sustentando os 43,9 km/h por 30 metros.

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Então imagina o que é correr a 75km por hora?

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As botas biônicas ainda são fabricadas manualmente, usando materiais compósitos hoje usados na industria aeroespacial, pois combinam leveza, resistência e durabilidade. Faixas de speargun e  fibra de carbono são ajustáveis para dar ao corredor a taxa de recuperação de impulso desejada.  As pontas dos pés das bota biônicas são cobertos com pedaços de pneu de borracha usados para mountain bike, e eles atuam misturando uma certa absorção de impacto com o aumento da aderência friccional.

Seymour não vai arar nas botas. Ele ja planeja um traje de proteção integral que estenda as capacidades humanas, para ser usado em conjunto com as botas.

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Lendo sobre os inventos, creio que haveria aplicabilidade disso na exploração espacial, onde a taxa de recuperação do esforço que elas ofereceriam a astronautas em marte poderiam ser bastante apreciadas.

O cara está aperfeiçoando essas botas a nada menos que 25 anos. Até agora ela já teve mais de 200 protótipos. Por enquanto ainda é um projeto em desenvolvimento, mas que não creio que irá demorar a chegar no mercado.

fonte

 

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Philipe Kling David, autor de mais de 30 livros, é editor do Mundo Gump, um blog que explora o extraordinário e o curioso. Formado em Psicologia, ele combina escrita criativa, pesquisa rigorosa e uma curiosidade insaciável para oferecer histórias fascinantes. Especialista na interseção entre ciência, cultura e o desconhecido, Philipe é palestrante em blogs, WordPress e tecnologia, além de colaborador de revistas como UFO, Ovni Pesquisa e Digital Designer. Seu compromisso com a qualidade torna o Mundo Gump uma referência em conteúdo autêntico e intrigante.

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Comentários

    • Por isso que o cara já pensou em desenvolver as roupas. E na real, o cara pra poder correr com isso aí deve usar aqueles macacões de motociclista. Se cair, o tombo é feio! =P

  1. é realmente uma ótima idéia, apesar do protótipo ser funcional, a questão a ser colocada é, e o restante do corpo ? pois como foi dito acima, uma queda a 72km/h vai doer por alguns dias, mesmo que seja uma queda a 40km/h, ainda a uma chance considerável de ocorrer um novo darwin awards ( afinal um está la porque caiu a 36km/h) mas também nao poderiamos utilizar os equipamentos atuais de proteção, pois estes aquecem bastante e geram um peso consideravel, reduzindo assim a capacidade do corredor, pois com mais restrições de movimento e menor ventilação, o rendimento teria uma redução considerável, então ai que entra realmente a continuação da pesquisa desse cara, ele vai precisar desenvolver novos equipamentos de proteção que nao reduzam tanto a resistência física do usuario

  2. Depois que a pessoa cria, e explica como funciona, é algo tão obvio que a gente se pegunta como foi que não perceberam isso antes? A ciência há tempos vem usando soluções encontradas na natureza, sendo esse mais um forte exemplo.

    Parabéns ao inventor.

  3. Invenção genial. Daquelas em que vc mal viu a notícia e já deseja que já estivesse disponível no mercado.

    Tem potencial pra gerar uma tecnologia capaz de resolver e/ou aliviar o problema atual do deslocamento urbano.

    • Cara provavelmente ele mediu a velocidade dele mesmo correndo no limite que consegue sem o aparelho. Depois, mediu a velocidade que consegue usando o aparelho. Chegou a razão em que o aparelho multiplica a velocidade e depois calculou usando o recorde de 100m rasos do Usain Bolt para chegar nessa velocidade de 70km/h. Acho que ele quer dizer que o aparelho poderia na teoria, chegar nessa velocidade, não que chegará sempre.

  4. Só que tem um problema a mais que eu vejo. O joelho humano não está adequado para correr a estas velocidades e nem inverter direção e nem “brecar” num esforço destes… O joelho humano é a primeira coisa que “pipoca” quando um atleta passa do limite do esforço usual para este orgão… Então precisaria inventar também um cyber-esqueleto de uma vez, aí sim.

  5. Eu nãos sou engenheiro, mas em minha rasa análise, se ele invertesse a posição do sistema de molas (ou seja, hoje é batata-calcanhar, e passasse para joelho-ponta dos pés) a pessoa correria na posição correta: inclinado para frente. Dá pra notar que o tronco dele fica voltado para trás, o que não deve ser nem um pouco confortável.

    Será que é pelo fato de na posição atual o impulso é frontal? E se invertesse o impulso seria contrário?

    Se bem que aquelas pernas biônicas que os atletas paraolímpicos usam seguem o mesmo princípio.

    Bem… quem for engenheiro ou ortopedista que dê uma luz.

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