Uma breve História do… Vibrador

A História do vibrador começa com ninguém menos que Sigmund Freud.
Freud estava intrigado pesquisando os tais misteriosos sintomas sem razão aparente que surgiam na grande maioria dos casos, em mulheres. (era a doença conhecida como histeria)
Um dia, conversando com um outro médico amigo sobre suas pesquisas com as pacientes histéricas, Freud comentou sobre a relação teórica que começava a se estruturar em sua mente sobre as questões íntimas das pacientes histéricas e sua relação com a sociedade opressora da época.
Este amigo de Freud, também intrigado com o fenômeno, num dia de exame com uam dessas histéricas, acidentalmente provocou nela um orgasmo. ( eu sei, eu tb pensei isso, hehe)

Curioso, o médico descobriu que o sintoma aparentemente havia desaparecido logo após o tal suspeito episódio do orgasmo, e perspicaz, relacionou os fatos. Ao voltar a falar com Freud, o médico mencionou que o orgasmo da mulher havia libertado o sintoma temporariamente. Freud estava no caminho certo. Dali em diante ele seguiria com a pesquisa que desencadearia na construção da psicanálise.

O problema é que a propaganda boca-a-boca da época foi forte e em pouco tempo havia uma fila quilométrica de mulheres histéricas na porta do tal médico, querendo se curar das doenças misteriosas. Ele – acredite se quiser – não gostava nem um pouco de ter que ficar fazendo aquele trabalho, digamos, digital.

Ele tinha que massagear os genitais de suas pacientes o dia inteiro para que elas pudessem chegar ao orgasmo. Algumas mulheres nem sempre eram bonitas e isso se tornava algo cansativo.

Foi quando ele teve uma ideia e contratou um amigo que era relojoeiro para desenvolver uma máquina vibratória capaz de fazer o que o dedinho esfolado dele não podia mais. O vibrador acelerou o processo, ele fazia isso em 10 minutos com o aparelho e levava as pacientes a sensações mais intensas.

O relojoeiro viu logo uma oportunidade à frente e começou a vender réplicas do aparelho milagroso. (sempre tem um esperto, né?)

Os preços dos vibradores se popularizaram e as pessoas não procuravam mais os médicos (ou masturbadores) para alcançar seu orgasmo, conseguindo assim uma independência maior. Naquele período era importante parecer respeitoso, você não precisava ser respeitoso, mas sim parecer. Falava-se de monogamia, castidade, coisas assim. As mulheres não eram progressistas em relação a sexo.

Por tal motivo havia necessidades de apresentar um bom apelo para a venda do produto que era apresentado como “bom para a saúde”. Muitas mulheres sabiam para que serviam o vibrador, outras não, mas pensavam ”parece bom, vou experimentar”.

Os médicos abandonaram o uso do vibrador em seus consultórios quando eles começaram a aparecer em filmes pornôs, por volta do anos 20. com isso foi impossível camuflar o fato de que era um dispositivo de uso genital. No fim dos anos 60 quando estudos revelaram a importância do orgasmo pela estimulação direta no clitóris o vibrador se popularizou como um aparelho sexual fundamental para a mulher nos E.U.A.

No Brasil, devido a preconceitos e um forte controle da censura, principalmente pela dominação religiosa o fato foi escondido e as pessoas não tiveram acesso a tais informações, carregando dentro de si uma imagem muito perversa deste pequeno acessório feminino. Até os dias atuais o fato não é bem divulgado e as pessoas mantém o conceito de masturbação feminina e estimulação clitoriano como algo errado.

Mundo gump é cultura. ( em geral, inútil)

Receba o melhor do nosso conteúdo

Cadastre-se, é GRÁTIS!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade

Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.
Previous article
Next article

Artigos similares

Comentários

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Advertisment

Últimos artigos