Torcer pela vitória ou derrota da seleção?

Meu irmão Raphael está torcendo para o Brasil perder. Não é só ele. Minha amiga Janaína, a minha irmã Leonor e tantos outros, torcem para o Brasil se ferrar. Há quem olhe para essas pessoas e os chamem de “babacas”. Você mesmo, caro leitor, pode ser um dos poucos torcedores brasileiros que torcem para os “canarinhos” se ferrarem, e pode ser vitima desses ataques por parte de todos aqueles que vêem no verde e amarelo o sentido de existência na “era da Copa”. Evidentemente, não me cabe qualificar nem os que torcem a favor ou contra a Seleção Brasileira como isso ou aquilo. Na minha opinião, cada um torce para o que mais lhe convém. A questão aqui não é o torcer contra ou a favor é isso ou aquilo. Torcer por um lado de uma partida não torna alguém babaca ou imbecil, porque como sabemos, a imbecilidade está bem abaixo disso, e o que eu considero babaquice e imbecilidade envolve muito mais a postura da pessoa com relação á forma como ela se porta diante do mundo do que pelo time que ela torce numa partida de futebol.

Neste post meu irmão Raphael nos mostra os seus 5 motivos pelos quais ele torce pela derrota do Brasil e eu mostrarei a outra face da moeda. A decisão sobre quais argumentos são os mais válidos, é uma coisa que nós dois deixamos para você.

Por que você deve torcer para o Brasil perder

 

5 motivos porque torço contra o Brasil na copa.

1- Democracia- Em um país democrático as pessoas tem o direito de ser contra ou a favor de uma ideia. Futebol não é o país, logo torcer contra a representação do país no esporte significa apenas torcer contra essa representação. Se você acha que é isso que faz de alguém brasileiro, me desculpe, mas você é um idiota. Você tem Todo direito de torcer para quem quiser e ninguém tem nada com isso, isso é liberdade e deveria ser respeitado.

2- Cenários futuros- Imaginemos por um momento que o Brasil ganhe, consequências: Algo indo desde uns 3 meses de carnaval fora de época com direito a desfiles em carro de bombeiro, muita alegria nas ruas muita festa e pouco trabalho. Cenário de derrota: Muito choro, imprensa escolhendo algum jogador para levar a culpa e o manjado clichê que não tem mais bobo no futebol. Considerando as possíveis consequências acho para o país a derrota seria mais vantajosa.

3- Romanos- Dois mil anos atras os romanos já usavam o pão e circo para acalmar os ânimos da população. Do mesmo jeito que os mágicos fazem a distração com a mão direita pra tirar o coelho da manga com a esquerda os políticos fazem com a copa. Quanto mais tempo copa ocupar a atenção da população e mídia menos tempo para os reais problemas. Copa cair sempre no ano de eleição presidencial é acaso?

4- Isso não é futebol- O torcedor que só vê copa talvez não saiba, mas a muito que seleção tornou se uma ferramenta de marketing, jogadores são convocados por esquemas que envolvem pagamentos a jornalistas para criar “craques”, agencias de gerenciamento de carreira de técnicos e jogadores. O objetivo é encher os bolsos, logo esses jogadores não representam o Brasil, mas sim um determinado grupo que ira se beneficiar com sua vitoria. Eu pessoalmente gostaria bastante de ver esse grupo (R9) quebrando a cara. Quem sabe no futuro tivéssemos mais futebol e menos marketing. A derrota as vezes faz mais bem que a vitoria. Quem conhece futebol sabe os exemplos de times que depois de rebaixados voltaram mais competitivos e mais profissionais.

5- Idolatria- Se você perguntar a uma criança de qualquer país o seu maior sonho muito provavelmente a resposta jogador de futebol no Brasil vai vir numa proporção maior. Muito disso é resultado da imagem que nós damos aos jogadores. Jogador de futebol não é herói, não faz nenhuma coisa realmente relevante pra ninguém que não ele mesmo. Herói é bombeiro, médicos e enfermeiras, professores, jornalistas que denunciam esquemas, pesquisadores que fazem cadeirante andar. Você que ta ai idolatrando esses caras ta contribuindo para que mais gente queira estar nesse lugar. Pessoalmente penso que pro país é importante outros sonhos.

6(bônus)- Exemplo, quase todo mundo sabe a força que um exemplo positivo ou negativo pode ter na formação do caráter de crianças e jovens. As maiores lições que poderiam vir do futebol como espírito de equipe e colaboração nessa seleção dai estão invertidas, aposta se no “talento individual” de um jogador. O Brasil pode ser campeão assim? Claro que pode mas isso fará com que mais gente aposte no individualismo em detrimento do espirito de equipe. Isso pra não falar nos exemplos que ganhar roubado é mais gostoso, que exagerar numa falta faz parte da malandragem brasileira, que postar chupa perdedor é bacana, que vaiar o hino do rival é torcer. Fair play significa mais que espirito esportivo, é questão de civilidade, logo enquanto os que não se comportarem de forma civilizada se derem bem, menor a força da imagem da importância de se comportar como gente civilizada.

Por fim é bom lembrar que nossa torcida não tem nenhuma influencia no resultado do jogo, por mais que você torça, faça oração, promessa, macumba, alguém do outro lado também estará. Logo não faz o menor sentido ficar incomodado se outra pessoa ta torcendo contra. Eu vejo mais benefícios na derrota. E acho que ia ser 10 ver o povo cantando o hino mesmo depois de uma derrota.

Por que você deve torcer para o Brasil ganhar

 

1- Representação – Apesar de achar o futebol uma perda de tempo do cacete, e um teatro sem final para enganar e tirar dinheiro dos incautos e ignorantes, quando é Copa do mundo eu torço pelo Brasil.
É surpreendente isso, porque afinal, o Brasil é um país que costuma me dar muito mais desgostos e decepções do que felicidade. Praticamente todo dia, sinto raiva de não ser mais ignorante e obtuso do que eu sou. Sim, porque em certas situações a máxima popular que diz que “A ignorância é uma bênção” te faz não ter que engolir certas verdades indigestas que estão às claras diante de todos, mas que a maioria das pessoas não consegue ver. Por que eu devo torcer pela seleção de um país que tem um governo que sistematicamente vem sendo canalha para comigo?
Essa pergunta me faz refletir sobre minha aparente incoerência. A resposta que encontro em meu coração é que: Governo não é o país. Pense no país como um condomínio e no governo como o síndico. Se o síndico for um velho babaca e rabugento, o condomínio vira uma bosta por causa dele? A minha resposta é não. Dessa forma, quando torço pela seleção que representa o meu país, não estou torcendo pela Dilma, pelo Lula, pelo Zé Dirceu, pelo Joaquim Barbosa ou seja a figura de poder que for. Mas estou torcendo pelo time do cara que vive lá no interior do nordeste, onde falta comida, falta água, falta educação. Eu tenho comida pra comer, estudei e tenho a felicidade de poder tomar banho todo dia. Se aquele cara infeliz lá que vive sob condições sub-humanas torce pelo Brasil, e acredita que aqueles sujeitos de camisa amarela no campo de certa forma o representam, não me acho no direito de discordar dele. O Brasil é um país repleto de problemas, e são tantos, e alguns tão ridículos que chega a ser impossível sequer começar a enumerá-los. Mas por causa disso devo torcer pelo Brasil perder para a seleção de outro país? Penso que não.
Há também as velhas alegações de que a “Copa foi comprada”.
A copa foi comprada mesmo? Você pode provar?
Veja, é CLARO que a FIFA é uma entidade corrupta. Todo mundo sabe disso. Como sabe também que o governo do Brasil SEMPRE FOI corrupto desde os tempos do descobrimento. Logo, é ululante que uma Copa da FIFA aqui vai ter putaria nas costas do povo. É cristalino isso e quem duvidar disso deve ter sérios problemas de QI.
Mas lances como aquela bola disparada que atingiu a trave nos segundos finais da partida entre Brasil e Chile mostram claramente que o Chile estava CAGANDO para uma “compra” da copa. Se aquela bola desvia um centímetro para baixo e entra, já era, acabava a copa para o Brasil. Se o Brasil tivesse comprado a Copa, NUNCA que o gol do Hulk seria anulado.
Esse argumento já era, naufragou e é frágil, bem como a é frágil a ideia de que torcer para o Brasil perder trará alguma diferença para o festival de “ação entre amigos” que se tornou o futebol.

2-Espelho – É uma verdade irrefutável que uma copa do mundo funciona como um catalisador de uma série de fatores. O evento esportivo atua quase que como um grande espelho, refletindo coisas boas e ruins. Há quem não goste de ver certas coisas aparecendo naquele espelho, como nossa falta de educação.
Vaiamos nossa presidenta (ô palavra desgraçada) e mandamos que ela tomasse no fiofó no jogo de abertura. Houve quem dissesse que isso foi o supra-sumo do mau gosto e falta de educação. Muita gente pensa que por mais que você odeie seu representante político, não deve expor essas mazelas para o mundo ver. Odeie quieto, odeie entre dentes. Li no meu facebook alguns dizerem que “Na Suíça isso não aconteceria”. Concordei discordando.
Na Suíça certamente que não aconteceria, meu chapa. Pra começar dificilmente eles teriam mentirosos oficiais como nós temos por aqui, e por lá parece que a cara de pau não é levada às últimas consequências como o senhor Lula (o operador do fantoche político que é a Dilma) nos demonstrou que era possível. Além do mais, na Suíça isso não aconteceria porque o povo da Suíça certamente é mais educado, e se é mais educado, está aí uma linda mazela nossa exposta ao mundo pelo espelho da copa. Mas não só isso. Quando o povo do estádio vaia o Hino nacional do Chile damos ao mundo o testemunho da nossa falta de noção e de respeito pelo próximo. E além do véu da obviedade, damos um testemunho de sangue sobre como as pessoas podem ser manipuladas por uma ideia maniqueísta de que nós e eles somos inimigos dentro de campo. Um conceito tão burro e criminoso quanto a perversa criação do ódio pelo argentino, estimulada irritantemente pelo senhor Galvão Bueno.
O povo sempre cai na armadilha do maniqueísmo. Temos uma pré-disposição cultural para isso, pois crescemos no seio de uma sociedade pautada pelo conceito cristão do bem versus o mal. Assim, se nós não podemos acreditar que somos os maus, só podemos pensar que o mau está no outro. E se eles são o mal, vamos vaiar o hino deles!
É uma multidão de gente burra, fazendo o papel de idiotas. Há quem não goste de ver isso sendo mostrado ao mundo. Eu gosto, porque estou sempre a favor da verdade.
Do mesmo modo, o que acontece no campo reflete quem somos. Quando nosso jogador cai no chão sem razão e rola fingindo que levou um porradão, só para atrasar o jogo, ou tentar foder o adversário com uma calúnia para o juiz, estamos dando um depoimento ao planeta do tipo de relatividade moral que nos reveste enquanto sociedade.
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Acho graça do discurso do Galvão: “tenho medo do Chile porque são tão catimbeiros quanto nós”.
É o perfeito retrato de uma América do Sul em que o gol de mão do Maradona é válido e ainda aclamado como “genial”, e o episódio vergonhoso é apelidado de “a mão de Deus”. O Uruguai justifica a mordida de seu jogador em outro dizendo que “é do jogo” e alegando que “não viram nada” apesar de ser algo reincidente, e que foi FILMADO. Sem falar que macas de dentadas não aparecem do nada no ombro dos outros, né?
Isso tudo são reflexos ruins do futebol, que devem ser mostrados. É melhor uma verdade ingrata que uma mentira. Nada de varrer o mal feito para debaixo do tapete.
Se temos reflexos ruins, temos também bons. O futebol está repletos de bons momentos. O pedido de desculpas após uma falta acidental, a troca de camisas, o respeito pelo adversário que perde no fim do jogo. O futebol pode se tornar um exemplo de conduta para um povo? Pode. A prova máxima disso é que o maior representante da honestidade da Nova Zelândia é Matt Mustchin, um jogador de Rúgibi. É dele a frase lapidar: “O que fazemos no campo serve de exemplo para as crianças do país”.
Dessa forma, o futebol espelha nossas forças e fraquezas, mas pode ser também um instrumento educativo.

3-Mudanças – É verdade que o que está por baixo de tudo envolvendo o esporte futebol, e por tabela a Copa do mundo é ele: O dindim.
Todo mundo sabe disso, e quem não sabe, tem graves problemas de percepção das coisas que o cerca.
Ora bolas, aquilo ali é altamente lucrativo. São campeonatos e mais campeonatos, disputas, amistosos, e tudo mais. É televisionado, vende anuncio, vende de pasta de dente a preservativo, passando por seguro e até, veja você – plano funeral!

Mais de 260 milhões de reais no banco.
Mais de 260 milhões de reais no banco.

Meu irmão torce para ver o empreendimento de agenciamento de craques do Ronaldinho fenômeno se ferrar. Eu não tenho nada contra quem ganha dinheiro, e isso inclui o Ronaldinho fenômeno e até o Galvão Bueno, que dá “aquela força”, seja na brodagem ou no busine$$, para endeusar o Neymar quando ele joga bem e desviar o foco pra outro infeliz quando ele joga pessimamente mal.
Seja como for, Galvão costuma desfilar de Ferrari em Mônaco, onde ele tem casa e só isso é um testemunho de que atuar com o Futebol – diretamente ou indiretamente, é coisa que dá dinheiro.
Você pode detestar o Ronaldo, detestar o Galvão, achá-lo chato, como o Brasil todo parece achar, mas não é por isso que ele não mereça ser bem remunerado pelo trabalho dele. Ter raiva de alguém porque ela tá rica é bobagem e representa um traço cultural do Brasileiro – que inclusive vem sendo estimulada pelos dirigentes do PT e do Governo, tirando proveito do maniqueísmo para criar uma “elite” pérfida ao qual devemos combater. (curiosamente, eles próprios são elite padrão super “ryca”! Vide o Zé Dirceu, que toma vinho Romané Conti cuja garrafinha pode chegar a módicos cinquenta mil reais. O Lula só toma “o melhor amigo do homem” no blue label. Tenta dar um red label pra ele, que ele cospe. Depois vem pagar de “povão”.)
O problema com o futebol, Copa, FIFA, CBF e companhia limitada, é a safadeza que corrói suas entranhas. Torcer pro Brasil perder não deixará o Ronaldo, o Neymar e a FIFA mais pobre. A trozoba dessa copa superfaturada já entrou no nosso rabo. O Brasil perdendo deixará as pessoas mais infelizes, e só isso. Quem ganhou dinheiro, já se deu bem.
Para a FIFA não faz a MENOR diferença se Brasil ganha ou perde, desde que ela não tenha que pagar impostos altos e ganhe uma nota preta com os ingressos, (como já aconteceu) tá de boa.
Quem financia isso são pessoas que tem dinheiro para pagar, e eu não as recrimino, como não recrimino o rico que compra uma Ferrari para andar nas ruas esburacadas de São Paulo. Cada um enfia seu dinheiro no local onde melhor lhe convém.
Embora as mídias (que ganham dinheiro com ela) gostem de repetir e reforçar na mente do povo que a Copa é o resultado de “uma guerra sem mortes” onde países se enfrentam na “arena” – E sob esta ótica, até entendo o uso do nome arena e não estádio, um modismo trazido pela FIFA para nosso estádios. Arena é onde gladiadores romanos se matavam para deleite do povo e autoridades. Estádio é onde gregos competiam.
Na mente do povo, são países se enfrentando. Talvez fazer essa fantasia na cabeça da galera faça parte do “jogo” numa perspectiva mais ampla. Não sei. O que eu vejo são profissionais, de todos os lugares do mundo trabalhando. E claro, não é de graça. Cada um que ganha leva pra casa seu milhãozinho. Mas muitos ali já são podres de ricos. Os caras dão o sangue porque a disputa corre em suas veias. E essa é a face que eu admiro naquele esporte.
Quando um jogador corre até seu peito quase explodir, quando ele se joga para buscar uma bola que parecia perdida, quando o jogador parece perder completamente seu medo mais básico de morrer em pulos acrobáticos para tentar aquele gol… Não é Galvão, não é Ronaldo, nem a Fifa e nem a Dilma. É aquele cara, se matando pela chance de fazer um gol. É o esforço, puro e simples, a disputa pelo ponto.

Esse sim é um herói
Esse sim é um herói

Mais que o dinheiro, pesa aí a ideia de que um povo inteiro torce por eles, e isso é uma responsabilidade foda, e eu acho que é muito isso que move o jogador. Agora, vamos tirar essa babaquice de que “jogador é herói”. Herói é Márcio Ronny da Cruz. Aquele cara que tava passando e viu o ônibus pegando fogo com uma criança dentro. Ele entrou, salvou a criança e ficou entre a vida e a morte, todo queimado. Hoje parece cover do Freddy Kruegger, não ganhou pensão, não ganhou medalha, troféu, placa, moção de aplauso na câmara, não desfilou em carro aberto, não ganhou aposentadoria pelo seu gesto de heroísmo. Pior, alguns disseram que ele foi burro, porque a menina de 6 anos que ele tentou resgatar nem sobreviveu. Herói é aquele cara. Jogador de futebol pode ser  no máximo um bom profissional. Faz gol? Ótimo. O entregador de pizza também chega com ela quentinha na minha casa e nem por isso digo que ele é um herói.

Mas isso não me motiva a torcer contra o Brasil na Copa.

4-Merecimento – Eu torço para o Brasil ganhar. Mas me pergunto uma coisa simples: Merecemos?
Me pergunto isso porque vejo muita gente dizer que não, que jogamos mal e etc. Mas véio, vamos entender uma coisa: Ninguém te “dá” uma copa. Você entra lá, joga rala feito um desgramado e ganha o jogo ou perde. Não tem sorte. Chutou no travessão? Isso não é nem azar nem sorte. É só resultado puro e simples da Mecânica. A bola é chutada, e o travessão é resultante de N fatores como resistência do ar, ângulo, força, desaceleração, e etc. Esquece essa de “mão de Deus”.
Assim, quando um time joga bem a partida toda e leva gol, ele perde. Sorry, esta é a vida! Esquece essa porra de merecimento. Leva o campeonato quem faz o gol no adversário e pronto.
Sob este ponto de vista, se o Brasil jogou mal, mas fez o gol e ganhou a partida, ótimo. Se não fez o gol e jogou mal, sai fora. Não é minha torcida que vai mudar isso, nem a vuvuzela do meu vizinho. Mas a gente torce. Eu torço porque gosto de ver a festa, o povo feliz, mesmo sabendo que essa felicidade é efêmera. Mas é uma felicidade legítima, e portanto, torço por ela.

5- A grande festa – Receber o povo do mundo todo no seu país por um campeonato é uma coisa boa. Os turistas vem aqui chegando de mais de 100 procedências diferentes, gastam dinheiro, conhecem o meu país. A vinda de pessoas pra cá é algo que pode contribuir para reforçar ou reduzir nossos estereótipos. No meio de muitos torcedores podem vir investidores em potencial, que podem querer investir aqui, o que gera empregos.
Outro motivo que me leva a torcer ainda mais pelo Brasil do que eu torcia antes (sempre torci) é que agora eu tenho um filho que para minha surpresa, gosta de futebol. Eu detesto, acho chato, um esporte bobo, mas curto copa do mundo, justamente porque envolve um monte de países. Se meu filho gosta do esporte, eu não tenho direito de convencê-lo de que aquilo não é legal só porque eu não gosto.
Então estimulo ele a vibrar e torcer pelo gol.
Há aqueles que sustentam que uma vitória na copa seria sinônimo de sucesso econômico. – Disso duvido. Acho falácia de economista. Do mesmo modo, duvideodó que o Brasil perder a copa em casa ferre em alguma coisa a campanhas presidencial da Dilma.

Torcer por um time perder não te faz nem um pouco mais patriota e coerente. Protestar torcendo para o Brasil perder é um direito, e eu gostaria que ele fosse acompanhado de uma atitude de verdade, tipo votar conscientemente, cobrar dos políticos, mesmo que simples vereadores.

No fim das contas, se o Brasil ganha essa copa, o povo comemora no máximo uma semana e acabou.

Tudo volta ao normal, as merdas e mentiras de sempre. Perdendo, dá no mesmo, vamos ver a mídia enchendo o saco com o assunto futebol sem parar, e veremos algum outro país levantar a escultura de ouro. Não vai deixar de ter telão, fogos, shows e gringos e brasileiros se atracando em beijos ostensivos.
No fim das contas, faremos carnaval fora de época como sempre, porque esta é a natureza do brasileiro. Assim, fazer festa pela vitória do outro ou fazer festa pela nossa, fico com a nossa.

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Philipe Kling David
Philipe Kling Davidhttps://www.philipekling.com
Artista, escritor, formado em Psicologia e interessado em assuntos estranhos e curiosos.
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Comentários

  1. Philipe, ta tendo algum problema de atualização do site? os posts que vc compartilha no facebook não aparecem na pagina principal do blog, só de pois de um tempo, pelo que eu percebi quase um dia de diferença

    • pra mim futebol é só um show como qualquer outro que eu vejo quando eu quero .
      e o show pra ser bom tem que ter investimento pra que ele seja de qualidade .
      ninguém quer ver pelada na tv e muito menos no estádio .
      a Seleção Brasileira de Futebol nao é o Brasil . é um time de futebol que representa os brasileiros apaixonados por futebol .
      ela representa o menino que joga bola descalço na rua , o peladeiro que joga com os amigos no final de semana ,
      o torcedor que gosta de ver seu time no estádio . futebol pra mim é isso . uma diversão a mais na minha vida .

  2. Estou contigo no último argumento. Torço com a Lorena pois ela não faz a menor idéia só bolo todo. Eu curti as copas enquanto durou minha ignorância…

  3. Não é torcendo contra time de futebol que se muda alguma coisa em um país. Muito menos a favor. Tanta sabedoria pra torcer contra estaria sendo bem aproveitada nas urnas eleitorais? Fui ali torcer pelo Brasil.

  4. Também nem sou ligado em futebol, mas torço para o Brasil apesar de achar que a Holanda leva essa copa. Mas, mais do que pelo Brasil, eu tenho uma enorme felicidade em torcer por esses países que ninguém bota fé e vão lá longe. Vou torcer muito pela Costa Rica nas quartas e ficarei chateado se ela perder. \o/ Força Costa Rica!

  5. Ah, Philipe mais uma vez perdendo uma ótima oportunidade de ficar calado. Não se espera ver algo sobre política aqui, para isso há lugares mais adequados e com pessoas obviamente mais instruídas e menos tendenciosas. "A decisão sobre quais argumentos são os mais válidos, é uma coisa que nós dois deixamos para você." Rs Depois deste discurso, vem um texto destes? No mínimo incoerente!
    Veja bem, você, seu irmão e quaisquer outros "coxinhas" (acho hilária esta expressão, mas ela qualifica bem a classe média, principalmente a média alta e seus argumentos pífios, da qual vocês fazem obviamente parte) que conhecem podem e DEVEM fazer uso de seu direito "democrático" (rs) de ver ou não uma partida de futebol ou mesmo torcer para quem bem entender. Mas, POR FAVOR, ajustem o foco e, da próxima vez, tb seu discurso, para que ele se alinhe com seus argumentos.
    Ah, esclareço: não sou usuário do bolsa família, muito pelo contrário, não sou PTista (ou PTralha, na linguagem coxinha), não vejo futebol… simplesmente tenho mais o que fazer e esperaria deste site o que lhe compete (e esta dentro da capacidade de seu criador): falar sobre GUMPices.

    • Sinta-se à vontade para não ler o que não gosta. Não estou pedindo nem que você leia e muito menos que concorde comigo.

      Agora com relação a sua questão:

      “Não se espera ver algo sobre política aqui, para isso há lugares mais adequados e com pessoas obviamente mais instruídas e menos tendenciosas.”

      Saiba que:
      1- O blog é meu e eu escrevo o que eu quiser
      2- Sendo meu e sendo um produto da minha opinião, não cabe a você querer exigir qualquer merda que seja de algo que está lendo sem pagar nada.
      3- SEMPRE emiti opinião política neste espaço, até porque é meu dever falar o que eu penso. Você pode não concordar, mas não venha querer definir pauta num espaço que não é seu.
      4- Discutir política é sempre útil, portanto, se discorda, discorde com argumentos

  6. “Copa cair sempre no ano de eleição presidencial é acaso?” hahahahahahahahah

    Quem falou isso não tem neurônios! Copa é um evento INTERNACIONAL! Se cai no ano de eleição no Brasil é coincidência. Ou a FIFA vai mudar só por causa do Brasil? Não é ano eleitoral nos EUA, por exemplo.

    • A Copa do mundo da Fifa teve início em 1930 e desse ano até hoje o Brasil enfrentou 2 ditaduras, logo não é impossível a ideia dos governantes casarem o pleito eleitoral com o ano da Copa

    • “Ou a FIFA vai mudar só por causa do Brasil? ” hahaha quem disse isso não tem neurotransmissores! Oque impede o Brasil de mudar por causa da FIFA?
      “Reformamos sua casa a domicilio” Dessa forma, acéfalo, você não precisa carregá-la até o pedreiro.

  7. Torço contra:
    – Por ter certeza de que a situação vai se beneficiar com a euforia de uma vitória (que não favorece em nada as reais necessidades e anseios populares);
    – Por ser a única forma de retirar o povo de seu estado enebriado e trazer à luz discussão sobre o saldo geral (e os gastos indevidos) com o evento;
    – Por achar o time brasileiro repleto de mercenários (arrogantes) que estão ali apenas para fazer vitrine por suas carreiras, sem qualquer moral para vestirem a camisa da pátria;
    – Por achar que há seleções que merecem e se sacrificam muito mais pelo título do que a nossa (em especial a Costa Rica, a Alemanha e alguns times africanos), especialmente por terem um futebol tecnicamente melhor (e não é este o objeto da copa?);
    – Para pôr à prova a real civilidade e espírito esportivo deste povo (que já provou que não o tem com a vaia ao hino estrangeiro – e que faz motivo em si mesmo para este povinho amargar a derrota).
    Aliás, quanto a vaia ao hino, me pergunto se isto fosse feito em relação ao Brasil na copa da França, se a torcida francesa vaiasse o hino nacional brasileiro: provavelmente iria haver até nota de repúdio pela presidência da república, sentimento de indignação nacional, xenofobia e late-late em sites e redes sociais… mas quando é o Brasil, o povo do qual Deus (exclusivamente) faz parte, a terra abençoada e que é superior a todas as outras, o melhor país do mundo, aí pode…

  8. Nunca consegui torcer pra essa seleção e após 98 pra mim foi o cúmulo.. Depois daquilo e de tanta safadeza e escrotices que vez ou outra lemos ou ouvimos a respeito, eu torço é contra! e esse ano ainda mais!! Aliás, de futebol eu sempre gostei mas até isso eu venho perdendo o interesse aos poucos.. fica difícil torcer e se empolgar quando imagina que por trás de tudo isso há inúmeros esquemas, fraudes para favorecer A ou B, time C ou D e no fim o grande babaca da história é você que gasta dinheiro e tempo torcendo. Como dizem, futebol bom deveria ser o de antigamente.. quem viveu essa época deve ter aproveitado de fato e sabe o que venha a ser torcer.

  9. Philipe, os argumentos do seu irmão para torcer contra são afirmando pontos de vista, já os seus argumentos para torcer pela seleção são negando pontos de vista… se você não consegue imaginar motivos para torcer a favor, e apenas nega os pontos de vista contrarios, mais parece um torcedor contra que se faz passar por um torcedor pró.
    Passou a impressão de você ser o advogado de defesa que não acredita na inocencia do cliente.

    • Creio que é assim porque cada um tem um estilo de escrever. Em parte pode ser que você tenha esta impressão pelo fato de que eu odeio futebol, mas torço pelo Brasil na copa. E eu também estou de saco cheio da copa. Mas isso não me impede de torcer pelo Brasil. já que a copa não acaba com o Brasil sendo eliminado como muita gente pensa. Eu quero que acabe logo, mas por outro lado, quando o Brasil joga, eu torço para que ele ganhe.

  10. Ótima argumentação de ambos os lados, mas eu estou no time “do contra”.

    Além de tudo que foi argumentado pelo irmão do Philipe. Mas o pior mesmo é que com uma vitória Brasileira, muitas pessoas votarão “anestesiadas” e sem pensar. O assunto do ano vai ser COPA e não ELEIÇÕES.

    • Como eu disse no texto, duvido muito disso, uma vez que há um intervalo grande entre a final e o dia da eleição. Se o dia da eleição fosse no dia da final afetaria sem duvida nenhuma. Além do mais há pesquisa que mostra que estou correto nesta opinião: Pesquisa realizada pelo banco suíço UBS para avaliar macroeconomia e estratégia de investimentos, concluiu que não há relação direta entre o resultado em campo na Copa do Mundo e a avaliação de governantes no Brasil. Quando o Brasil foi derrotado pela França, na final da Copa do Mundo de 1998, por exemplo, a avaliação do governo brasileiro cresceu 7%, enquanto, em 2002, quando o Brasil ganhou o penta, a aprovação caiu 2%. Confira a tabela:

      1994: campeão
      Mudanças no Índice de aprovação no governo antes e depois do torneio: +21 ponto percentual (aumento de 16% para 37%)**

      1998: vice-campeão
      Mudanças no Índice de aprovação no governo antes e depois do torneio*: +7 pontos percentuais (cresceu de 31% para 38%)

      2002: campeão
      Mudanças no Índice de aprovação no governo antes e depois do torneio*: -2 pontos percentuais (de 27% para 25%)

      2006: perdeu nas quartas
      Mudanças no Índice de aprovação no governo antes e depois do torneio*: -1 ponto percentual (de 39% para 38%)

      2010: perdeu nas quartas
      Mudanças no Índice de aprovação no governo antes e depois do torneio*: +1 ponto percentual (de 76% para 77%)

      *Entre maio e junho
      **A comparação de 1994 foi feita entre abril e agosto

      Impacto nas urnas

      Com base em estudos internacionais, o relatório afirma que a Copa poderia influir se ocorresse até duas semanas antes das eleições. E, mesmo assim, seria um efeito restrito: o governo poderia receber de um a dois pontos percentuais a mais em votos nas eleições.

      Como a Copa deste ano acabará quase três meses antes do primeiro turno das eleições, os autores concluem que não terá impacto significativo sobre o resultado.

      O mundial na política

      Só a partir de 1994 o ano da Copa do Mundo passou a coincidir com as eleições para a Presidência. Nestes 10 anos, nem sempre o título para o Brasil beneficiou as forças políticas de situação.

      1958
      Contando com Pelé, que despontava como prodígio aos 17 anos, o Brasil venceu pela primeira vez o torneio, na Suécia.
      Nessa época, a disputa não coincidia com as eleições nacionais, nem havia reeleição. Vencedor em 1955, o presidente Juscelino Kubitschek recebe a Seleção e tira fotos. Apesar de sua popularidade, Juscelino não fez seu sucessor. O vencedor em 1960 foi o opositor Jânio Quadros.

      1962
      Com dribles de Garrincha, a Seleção garante o bicampeonato no Chile.
      O país era governado desde 1961 por João Goulart, que assumiu depois da renúncia de Jânio Quadros. A vitória não impediu a instabilidade política, que culminaria com o golpe militar dois anos depois.

      Ditadura militar
      Em vigor entre 1964 e 1985, o regime militar atravessou cinco Copas (66,70, 74, 78 e 82). O Brasil foi tricampeão em 1970.
      Sem eleições nacionais durante a ditadura, houve influência militar da comissão técnica da Seleção, e havia incentivo ao culto aos “canarinhos” como forma de promover e legitimar o regime, com propaganda alimentada por marchinhas e frases de efeito, como Pra Frente Brasil. O general Médici, que pouco dava entrevistas, teve imagem popularizada ao aparecer em fotos dentro do Maracanã e ao lado da delegação brasileira. Se a vitória de 1970 ajudou, o jejum de títulos nas Copas seguintes não fragilizou o regime.

      1986
      Com pênalti perdido por Zico, o Brasil foi derrotado pela França nas quartas de final. O torneio disputado no México foi vencido pela Argentina.
      O país era presidido por José Sarney, que assumiu o mandato devido à morte de Tancredo Neves antes da posse.

      1990
      O Brasil caiu nas oitavas de final, na Itália.
      Eleito em 1989, o presidente Fernando Collor de Mello cumpria seu primeiro ano de mandato. Dois anos depois, sofreria um impeachment e seria substituído por Itamar Franco.

      1994
      A Seleção ganhou o tetracampeonato nos Estados Unidos, com ajudinha do erro na cobrança de pênalti do italiano Roberto Baggio.
      As eleições passaram a coincidir com a Copa. O candidato da situação, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que era ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, venceu. O principal motivo da vitória, no entanto é atribuído ao plano Real, que conteve uma inflação de 80% ao ano.

      1998
      Na França, o Brasil perdeu para os donos da casa na final, que ficou marcada por uma suposta convulsão de Ronaldo.
      Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se reelegeu no primeiro turno. A estabilidade da economia continuava a ser um trunfo político decisivo.

      2002
      Com artilharia de Ronaldo na Copa do Japão e da Coreia do Sul, o time do Brasil ergueu a taça do pentacampeonato.
      Os governistas não conseguiram capitalizar a vitória no campo político. O PT chegou pela primeira vez ao poder ao vencer o tucano José Serra, que era candidato do presidente FHC.

      2006
      Brasil perdeu para a França, nas quartas de final, na Alemanha.
      A situação venceu, com a reeleição do presidente Lula (PT). Nem as denúncias do mensalão abalaram a popularidade de Lula, ancorado em políticas sociais como o Bolsa Família.

      2010
      Brasil foi eliminado pela Holanda nas quartas de final, na África do Sul.
      A situação venceu. Lula conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff. De perfil técnico, Dilma chegou a ser comparada a “um poste” pelos opositores antes da eleição, mas o carisma de Lula e seus programas sociais garantiram sua eleição.

  11. Acredito nessas pesquisas, Philipe, tambem sei que a metodologia e a tecnica usadas para analisar o comportamento social são bastante eficientes e aprendi estatistica na faculdade.

    Mas não seria essa copa atípica para o eleitor?
    1- Diferente das anteriores, essa copa é realizada no Brasil.
    2- Alto custo dos estádios.
    3- Uso da copa para justificar investimentos em diversas obras públicas. (grande parte dessas obras está incompleta)
    4- Esforço do marketing politico do governo federal em associar a imagem do governo à copa.
    5- Fortalecimento de novas ferramentas de interação social como as redes sociais fomentando manifestações e protestos.
    6- Exposição do Brasil e seus problemas na mídia internacional. (e o feedback que aqui se faz da crítica internacional)
    7- Tamanho do fracasso e traumas passados: Pelo custo dos estádios, obras de mobilidade e outras obras públicas com imagem vinculada à copa (e a maioria suspensa, atrasada ou incompleta), a quantia investida é enorme, transformando a perda da copa (provavelmente) no maior fracasso esportivo do mundo, que se somaria ao nosso trauma do maracanasso (provável atual maior fracasso esportivo).

    Concordo que se fosse apenas perder uma copa disputada num país distante, teria pouca influencia no resultado das eleições, mas pelo clima que os próprios políticos prepararam (criando expectativas e associando sua imagem à copa), com as atuais ferramentas sociais, com a crise economica dos Brics, e com o dinheiro público mal investido, ser menos do que campeão, é um péssimo negocio.

    Só por curiosidade, Philipe, você que conhece bem os extremos, lembra de um fracasso esportivo e de marketing maior que investir tanto dinheiro, tempo e propaganda numa copa do mundo e ser derrotado jogando em casa?

    • De fato, vendo por este ângulo, um fracasso da seleção vai doer mais no povo. Agora se vão descontar isso na Dilma na hora da urna, eu não sei. Ate porque, quem correu para querer ser sede de Copa foi o Lula e não ela. Quem fez a pressão formidável para o Corinthians ter estádio com grama supercara e etc e tal pago pelo BNDES, foi o Lula… Quem fez pouco caso de muita coisa que foi prometida e não entregue (o tal lçegado) foi o Lula, que chamou de imbecis quem reclamava da falta de mobilidade urbana nos projetos prometidos.
      Acho que ela mesmo se sabota em muitos momentos, tipo quando inaugura “pedaço” de obra do pac e não a obra finalizada, quando inaugura obra que já foi inaugurada… Isso pega muito mal, mas o que queima MUITO o filme dela é ela apelar novamente para propostas e promessas de campanha passada – que ela ganhou e não fez. Aí é foda. O Lula também não tem ajudado muito, parece que já andou até – acredite se puder! – distribuindo promessas de ministério num governo que não só não é dele como não se garante completamente que será do PT. Essas arrogâncias é que matam.

  12. Acho que a oportunidade para se expressar contra tudo o que tem de errado neste evento e em todos os setores do pais ainda virá, outubro esta ai gente! Minha opinião (somente minha não digo o que a ninguém o que pensar) é que apesar dos pesares devemos aproveitar esta oportunidade pq tudo já foi feito e querendo ou não mesmo parecendo ser um argumento meio pobre isso que muita gente desdenha traz muitas alegrias para 80% da população, a vida da maioria dos brasileiro por si só já é uma coisa perdida por isso acho que devemos extrair o máximo já que tudo isto como já disse já foi feito e com o nosso dinheiro, abusemos desta festa ate o fim e coloquemos nossas forças e inteligência pra trabalhar em outubro!

  13. pra mim futebol é só um show como qualquer outro que eu vejo quando eu quero .
    e o show pra ser bom tem que ter investimento pra que ele seja de qualidade .
    ninguém quer ver pelada na tv e muito menos no estádio .
    a Seleção Brasileira de Futebol nao é o Brasil . é um time de futebol que representa os brasileiros apaixonados por futebol .
    ela representa o menino que joga bola descalço na rua , o peladeiro que joga com os amigos no final de semana ,
    o torcedor que gosta de ver seu time no estádio . futebol pra mim é isso . uma diversão a mais na minha vida .

  14. Phelipe, tentei ser imparcial mas acabei pendendo contra a copa. Desculpe, achei os argumentos de seu irmão mais bem embasados.
    Você escreveu: “…Mais que o dinheiro, pesa aí a ideia de que um povo inteiro torce por eles, e isso é uma responsabilidade foda, e eu acho que é muito isso que move o jogador. …”, (só para citar um ponto que achei falível dentre outros). Tem um vídeo e imagens que “falam” bem o contrário disso:
    http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/gana/noticia/2014/06/comitiva-com-dinheiro-de-premio-para-selecao-de-gana-chega-brasilia.html
    De qualquer forma, ótimo texto, mostrando ambos os lados do assunto!
    Abraços!

  15. Concordo plenamente com seu irmão!. O povo brasileiro, em sua maioria, é totalmente ignorante e o tempo todo é vítima (com raras exceções) de uma impressa vagabunda sustentada pelo governo. As propagandas, os patrocínios e os argumentos apresentados pela impressa (novamente: com raras exceções) , para que gostemos da seleção, só me faz querer ver o Brasil perder mesmo.

    Nossa população nem conhece a história do Brasil ( o que ensinam na escola é um conteúdo totalmente castrado), não entendem de política nem de economia. Não sabem, por exemplo, que a única coisa, que pode trazer uma melhor saúde, não são os sacos de cimento usados pra construir um estádio, e sim muita pesquisa, tecnologia, trabalho duro, e sangue, para que saibamos construir os equipamentos necessários, e gerar mais profissionais nesse ramo… o povo vai pra rua protestar, mas não tem a menor ideia de como resolver os pepinos do país.. são um bando de paus mandados.

    Grande parte de nosso povo só entra na internet para falar merda (principalmente facebook), eu penso que merecem que sua seleção perca mesmo, para que os filhos destes idiotas olhem e pensem “porra, mas meu pai e minha mãe são umas lesmas”.. eu acredito que quando o brasil perde, a nova geração que virá, dará menos créditos a essas festas temporárias, que só servem pra deixar o povo mais burro.

    Já faz 3 anos que não assisto TV (aposentei a minha para sempre). E cara, sinceramente, não sinto a menor falta.. a TV (mesmo os canais fechados) já me empurrou lixo demais.. faz 3 anos que não sou obrigado a ouvir/ver merda (porque os comerciais também só falam merda, não adianta você assistir um programa bom)… gasto muito menos comprando livros, e usando NetFlix… e só Deus sabe o quanto me beneficiei com os novos conhecimentos que adquiri e o quanto me sinto melhor por só assistir o que julgo ser de qualidade.

    Pra terminar: Adoro seu site, meus parabéns!. Abraço.

  16. Só lembrando se o Brasil perder ou ganhar a copa nada vai mudar então quem torce contra é um tremendo retardado mental e não sabe identificar que futebol é apenas entretenimento e diversão para o povo, vale lembrar que se a seleção perder os políticos não vão parar de roubar o pais não vai melhorar e o salário não vai aumentar então vai toma no c*** de quem é anti futebol, anti seleção então vão lá torcer para os gringos que nos chamam de macacos.

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